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MONIÇÕES PARA A CELEBRAÇÃO DO III DOMINGO DA QUARESMA A 2014
Entrada: «Vir à fonte. Ir em frente». Este é o nosso programa quaresmal. Somos
desafiados a vir à fonte, a regressar às fontes da verdadeira vida, cuja nascente
encontramos na fonte batismal, para “renovar o nosso encontro pessoal com Cristo”
(EG 3).
São estes dois movimentos “vir à fonte” e “ir em frente” que queremos viver nesta
Quaresma, de modo a agitar as nossas águas batismais, de tal modo que a torrente
que daí parte, alcance as periferias e fecunde os desertos, aonde esta água chegar.
Estamos, pois, cara a cara com Cristo, e somos chamados a cavar fundo o poço das
nossas misérias, para deixar o Senhor abrir em nosso coração uma fonte de água
viva para a vida eterna! Regenerados, um dia, nas águas do Batismo, este é o
momento para dizer a Jesus Cristo:
Leitor: «Senhor, deixei-me enganar, de mil maneiras fugi do vosso amor,
Cântico: Senhor, tende piedade de nós!
Leitor: “Mas aqui estou novamente para renovar a minha aliança convosco. Preciso
de Vós.
Cântico: Cristo, tende piedade de nós!
Leitor: “Resgatai-me de novo, Senhor; aceitai-me mais uma vez nos vossos braços
redentores» (Papa Francisco, EG 3)
Cântico: Senhor, tende piedade de nós!
Oração coleta
LITURGIA DA PALAVRA: 1ª leitura; Salmo; 2ª leitura; Evangelho a três vozes:
Narrador, Jesus, Samaritana.
FÓRMULA LONGA
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Narrador: Naquele tempo, chegou Jesus a uma cidade da Samaria, chamada Sicar,
junto da propriedade que Jacob tinha dado a seu filho José, onde estava o poço
de Jacob. Jesus, cansado da caminhada, sentou-Se à beira do poço. Era por volta
do meio-dia. Veio uma mulher da Samaria para tirar água. Disse-lhe Jesus:
Jesus: «Dá-Me de beber».
Narrador: Os discípulos tinham ido à cidade comprar alimentos. Respondeu-Lhe a
samaritana:
Samaritana: «Como é que Tu, sendo judeu, me pedes de beber, sendo eu
samaritana?»
Narrador: De facto, os judeus não se dão com os samaritanos. Disse-lhe Jesus:
Jesus: «Se conhecesses o dom de Deus e quem é Aquele que te diz: ‘Dá-Me de
beber’, tu é que Lhe pedirias e Ele te daria água viva».
Narrador: Respondeu-Lhe a mulher:
Samaritana: «Senhor, Tu nem sequer tens um balde, e o poço é fundo: donde Te
vem a água viva? Serás Tu maior do que o nosso pai Jacob, que nos deu este poço,
do qual ele mesmo bebeu, com os seus filhos e os seus rebanhos?».
Narrador: Disse-Lhe Jesus:
Jesus: «Todo aquele que bebe desta água voltará a ter sede. Mas aquele que
beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede: a água que Eu lhe der tornarse-á nele uma nascente que jorra para a vida eterna».
Narrador: Suplicou a mulher
Samaritana: «Senhor, dá-me dessa água, para que eu não sinta mais sede e não
tenha de vir aqui buscá-la».
Narrador: Disse-lhe Jesus:
Jesus: «Vai chamar o teu marido e volta aqui».
Narrador: Respondeu-lhe a mulher:
Samaritana: «Não tenho marido».
Narrador: Jesus replicou:
Jesus: «Disseste bem que não tens marido, pois tiveste cinco e aquele que tens
agora não é teu marido. Neste ponto falaste verdade».
Narrador: Disse-lhe a mulher:
Samaritana: «Senhor, vejo que és profeta. Os nossos antepassados adoraram
neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém que se deve adorar».
Narrador: Disse-lhe Jesus:
Jesus: «Mulher, acredita em Mim: Vai chegar a hora em que nem neste monte nem
em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o
que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vai chegar a hora – e já
chegou – em que os verdadeiros adoradores hão-de adorar o Pai em espírito e
verdade, pois são esses os adoradores que o Pai deseja. Deus é espírito e os seus
adoradores devem adorá-l’O em espírito e verdade».
Narrador: Disse-Lhe a mulher:
Samaritana: «Eu sei que há-de vir o Messias, isto é, Aquele que chamam Cristo.
Quando vier, há-de anunciar-nos todas as coisas».
Narrador: Respondeu-lhe Jesus:
Jesus: «Sou Eu, que estou a falar contigo».
Narrador: Nisto, chegaram os discípulos e ficaram admirados por Ele estar a falar
com aquela mulher, mas nenhum deles Lhe perguntou: «Que pretendes?», ou
então: «Porque falas com ela?». A mulher deixou a bilha, correu à cidade e falou a
todos:
Samaritana: «Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz. Não será Ele o
Messias?».
Narrador: Eles saíram da cidade e vieram ter com Jesus. Entretanto, os discípulos
insistiam com Ele, dizendo: «Mestre, come». Mas Ele respondeu-lhes:
Jesus: «Eu tenho um alimento para comer que vós não conheceis».
Narrador: Os discípulos perguntavam uns aos outros: «Porventura alguém Lhe
trouxe de comer?». Disse-lhes Jesus:
Jesus: «O meu alimento é fazer a vontade d’Aquele que Me enviou e realizar a sua
obra. Não dizeis vós que dentro de quatro meses chegará o tempo da colheita?
Pois bem, Eu digo-vos: Erguei os olhos e vede os campos, que já estão loiros para a
ceifa. Já o ceifeiro recebe o salário e recolhe o fruto para a vida eterna e, deste
modo, se alegra o semeador juntamente com o ceifeiro. Nisto se verifica o ditado:
‘Um é o que semeia e outro o que ceifa’. Eu mandei-vos ceifar o que não
trabalhastes. Outros trabalharam e vós aproveitais-vos do seu trabalho».
Narrador: Muitos samaritanos daquela cidade acreditaram em Jesus, por causa da
palavra da mulher, que testemunhava:
Samaritana: «Ele disse-me tudo o que eu fiz».
Narrador: Por isso os samaritanos, quando vieram ao encontro de Jesus, pediramLhe que ficasse com eles. E ficou lá dois dias. Ao ouvi-l’O, muitos acreditaram e
diziam à mulher: «Já não é por causa das tuas palavras que acreditamos. Nós
próprios ouvimos e sabemos que Ele é realmente o Salvador do mundo».
Palavra da salvação.
HOMILIA NO III DOMINGO DA QUARESMA A 2014
«Vir à fonte. Ir em frente». Mergulhados, no coração da Quaresma, meditamos
nesta cena maravilhosa, do encontro de Jesus, cara a cara, com a samaritana. Ela é,
na verdade, a «musa inspiradora» deste nosso caminhar sobre as águas do Batismo.
1. Vir à fonte!
Vede: uma mulher da Samaria, essa terra negra de perdição, vai à fonte, em busca
de água para beber, mesmo se o cântaro, à cabeça ou na mão, é apenas um
pretexto, para mais um encontro, quem sabe, pouco edificante. Mas lá vai… um
dia e outro dia. E tantas vezes, na sua sede, vai o cântaro à fonte, que um dia lá
deixa a asa… Eis que lá está, junto ao poço de Jacob, Quem ela, no fundo de si
mesma mais procura, mas que, por agora, desconhece e não esperaria, com
certeza, ver por ali. Nesta mulher, insatisfeita, está o retrato da nossa sede, pois
“não há homem, nem mulher que, na sua vida, não se encontre, como ela, ao lado de
um poço, com uma ânfora vazia, na esperança de encontrar, que seja satisfeito o
desejo mais profundo do coração, o único que pode dar significado pleno à existência.
Hoje são muitos os poços que se oferecem à sede do homem, mas é preciso discernir
para evitar águas poluídas. É urgente orientar bem a busca, para não ser vítima de
desilusões, que podem arruinar”
(SÍNODO DOS BISPOS 2012, Mensagem ao Povo de Deus, n.1).
E, por
isso, “nos desertos desta vida, há sobretudo a necessidade de pessoas de fé que, com
suas próprias vidas, indiquem o caminho para a Terra prometida, mantendo viva a
esperança” (Bento XVI, Homilia, 11.10.2012; cit. por Papa Francisco, E.G. 86).
2. Encontrar Cristo, água viva
E ali está Jesus, com sede da sede daquela mulher! E nós havemos de O
contemplar, uma e outra vez, “para conseguirmos um diálogo parecido com aquele
que o Senhor teve com a Samaritana, junto do poço onde ela procurava saciar a sua
sede” (E.G.72). “Como Jesus no poço de Sicar, também a Igreja deve sentar-se ao lado
dos homens e mulheres deste tempo, para tornar presente o Senhor na sua vida,
para que O possam encontrar, porque só o seu espírito é a água que dá a vida
verdadeira e eterna. Só Jesus é capaz de ler no fundo do nosso coração e de nos
revelar a nossa verdade: «Disse-me tudo o que fiz», confessa a mulher aos seus
concidadãos” (SÍNODO DOS BISPOS 2012, Mensagem ao Povo de Deus, n.1).
3. E daí, toca a “Ir em frente”.
Quem recebeu a vida nova do encontro com Jesus, não pode deixar de se tornar
anunciador de verdade e de esperança, para os outros. A pecadora convertida
torna-se mensageira de salvação e conduz a Jesus toda a cidade. Na verdade, “a
Samaritana, logo que terminou o seu diálogo com Jesus, tornou-se missionária, e
muitos samaritanos acreditaram em Jesus «devido às palavras da mulher»”
(E.G. 120).
Também nisto, ela nos inspira, a ser «pessoas-cântaro para dar de beber aos outros»
(E.G.86).
E o Papa Francisco não deixa de insistir: “Em virtude do Batismo recebido,
cada membro do povo de Deus tornou-se discípulo missionário” E explica: “se uma
pessoa experimentou verdadeiramente o amor de Deus que o salva, não precisa de
muito tempo de preparação para sair a anunciá-lo, não pode esperar que lhe deem
muitas lições ou longas instruções! Por isso, não digamos mais que somos discípulos e
missionários, mas sempre que somos «discípulos missionários»” (cf. EG 120).
Irmãos caríssimos: lembrai-vos disto: «Quem não tem fé não mata a sede! Mas quem
tem a graça de a ter, está ligado a uma tarefa enorme: dar desta água bebida um
testemunho ao longo de toda a sua vida»
esperamos nós” (E.G.120)?
(Erri di Luca, Caroço de azeitona.,66).
“Por que
Oração dos Fiéis – III Domingo da Quaresma A 2014
P- Oremos por aqueles que foram eleitos para o batismo, para que, ao
completarem a sua preparação, encontrem a Cristo, nas próximas festas pascais.
1.
Pela Santa Igreja: para que seja o fontanário, a que todos acorrem, para saciar
a sede de Deus! Oremos ao Senhor.
2.
Por aqueles que governam: para que encaminhem o mundo pelas sendas da
paz e do progresso. Oremos ao Senhor.
3.
Pelas nossas nove crianças, eleitas para o batismo: para que reconheçam em
Cristo Aquele que veio salvar os que estavam perdidos, oremos ao Senhor.
4.
Por todos nós: para que saibamos ser pessoas-cântaro, discípulos missionários,
que levam a água da vida, que é Cristo, anunciando-O a todos os outros.
Oremos ao Senhor.
P- (adaptado do RICA, n.164): Senhor nosso Deus, que nos enviaste o vosso Filho como
Salvador, olhai para os vossos filhos, que, como a Samaritana, desejam a água viva.
Convertei-os pela vossa Palavra e levai-os a confessarem-se prisioneiros dos seus
próprios pecados e fraquezas. Não permitais que nós, levados por falsa confiança
em nós próprios, nos deixemos enganar pela astúcia do demónio, mas livrai-nos do
espírito da mentira, para que, reconhecendo os nossos pecados, sejamos
purificados no Espírito e entremos pelo caminho da salvação. Por Jesus Cristo,
nosso Senhor.
Prefácio Próprio: (III Domingo da Quaresma / Ano A)
Santo
Oração Eucarística II
Ritos da Comunhão
Pai-Nosso: “O pedido de Jesus à Samaritana: «Dá-Me de beber» (Jo 4, 7), que é
proposto na liturgia do terceiro domingo, exprime a paixão de Deus por todos os
homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da «água a jorrar para a
vida eterna» (v. 14): é o dom do espírito Santo, que faz dos cristãos «verdadeiros
adoradores» capazes de rezar ao Pai «em espírito e verdade»” (Bento XVI).
Distribuição da Comunhão
Cântico de comunhão
Oração Pós-comunhão
Avisos
1. Espetáculo Ajudem o Gonçalo, na cripta, este domingo, às 16h00.
2. Terça-feira, 25: reunião com todos os MEC’s;
3. Sexta, 28 de Março, 21h30: Via-Sacra dos Frágeis, no Hospital Pedro Hispano. Início e
conclusão na entrada principal.
4. Sábado, dia 29, às 21h30: Vigília Quaresmal, com concerto musical pelo Coral da Bicas da
Senhora da Hora, Associação Cultural.
5. Bilhetes para as Festas da Senhora da Hora já estão disponíveis. Agradece-se colaboração
na distribuição e na compra.
6. “Ele pagou por nós”, Musical, pelo Coro Infantil de Gulpilhares, sábado, 5 de Abril, 21h30,
na Cripta da Igreja. A favor do Movimento Fé e Luz.
7. Foi sugerido aos paroquianos (àqueles que não têm feito qualquer tipo de contribuição regular)
que dessem uma contribuição paroquial faseada, em dois momentos: novembro e março.
Estamos na altura de o fazer. Aos pais, com filhos na Catequese, foi pedido que
colaborassem, se possível, com 20 €, em 4 prestações.
8. Confissões de grupos da catequese: 2ª feira, 18h30, 4º ano (Sara, Ana Oliveira); 6ª feira,
18h30, 4º ano (Ana Vale e Joana Moreno);
9. Confissões nas paróquias, às 16 e 21h30: 3ª feira, dia 25: Araújo e Custoias; 4ª feira, dia 26:
Perafita; 5ª feira, dia 27, Santa Cruz do Bispo.
10. Bicas Sra da Hora, Ass. Cultural organiza passeio a Óbidos, para o Festival do Chocolate,
dia 30 de Março. Adultos: 25 €; crianças: 22 €.
Bênção da água (opcional) e Rito do envio
P- Irmãos e irmãs: Trouxestes o cântaro, para retirardes água da pia batismal, a fim
de a levardes aos outros. Escutai antes a oração da Igreja, que nos sugere o sentido
deste gesto:
1. Senhor, nosso Deus, louvado sejais, pela Água,
que é tão útil, humilde, preciosa e pura!
Vós criastes a água, para dar fecundidade à Terra
e frescura e pureza aos nossos corpos!
2. Mas, também, ao longo dos tempos,
preparastes, Senhor, a água,
para manifestar a graça do Batismo:
Logo no princípio do mundo,
o vosso Espírito pairava sobre as águas (Gén.1,2)
prefigurando o seu poder de santificar.
Nas águas do dilúvio (Gén.7,10),
destes-nos uma imagem viva do Batismo,
pelo que as águas significam, ao mesmo tempo,
o fim do pecado e o princípio da santidade.
Vós fizestes atravessar a pé enxuto o Mar Vermelho, (Ex.14,21-22)
libertando da escravidão do Egipto o vosso povo
e matando a sua sede no deserto.
Por meio dos Profetas (Is.44,3-4),
Vós proclamastes a água,
como sinal da nova aliança
que quisestes estabelecer com os homens.
3. O vosso Filho Jesus Cristo,
ao ser batizado nas águas do Jordão (Mt.3,16)
recebeu a unção do Espírito Santo.
“Quando Ele pediu à samaritana água para beber, (Jo.4)
já lhe tinha concedido o dom da fé
e da sua fé teve uma sede tão viva
que acendeu nela o fogo do amor divino”.
Suspenso na Cruz, do seu lado aberto,
fez brotar sangue e água! (Jo.19,34)
Senhor, nosso Deus,
como terra árida, sequiosa, sem água (Sal.63,2)
a nossa alma tem sede de vós, tem sede do Deus vivo (Sal.42,3)
Que esta água, desperte em nós a sede de Deus,
nos faça reviver o Batismo que recebemos,
para que nós, que fomos sepultados com Cristo na sua morte
participemos, agora de coração purificado,
na alegria dos que vão ser batizados,
na Páscoa de Cristo Nosso Senhor,
o Qual é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Todos: Ámen.
Monitor: Ides agora, passar pelo «batistério» e encher os vossos cântaros de água.
João XXIII gostava de designar a Paróquia, como «o fontanário da aldeia, a que todos
acorrem na sua sede». O Papa Francisco define a Paróquia como uma “comunidade
de comunidades, santuário onde os sedentos vão beber para continuarem a caminhar”
mas acrescenta que ela deve também ser um “centro de constante envio
missionário” (EG 28). Isto é, a Igreja não deve reduzir-se a um posto de
abastecimento, para manutenção dos seus membros, mas deve ser o fontanário,
donde os fiéis possam haurir a água da vida. E a torrente desta água precisa de ir
mais longe, de chegar aos outros, às extremidades, às periferias existenciais, aos
grandes desertos deste mundo, a todos os que experimentam a sede de Deus e do
seu amor.
P- A cena do encontro de Jesus com a samaritana e os seus seis maridos podia levarnos ao encontro dos casais em situações difíceis ou irregulares: uniões de facto,
divorciados, recasados. Podíamos levar uma Carta de acolhimento da Comunidade.
Aos meninos da catequese sugerimos que escrevam uma carta-convite aos
padrinhos, para virem, no domingo seguinte, acender a vela do batismo.
Diácono: Viemos à fonte, como a samaritana. À sua semelhança, toca a ir em
frente, anunciando Cristo ao mundo. Ide em Paz…
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