Deputado LOBBE NETO

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O SR. LOBBE NETO (PSDB–SP) pronuncia o
seguinte discurso: Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,
no último dia 1º de abril do corrente ano, a Escola de
Engenharia de São Carlos da Universidade De São Paulo
(USP), completou 50 anos do início de suas atividades e
de sua mais nobre atividade: a formação de recursos
humanos qualificados em Engenharia.
Como parte das comemorações, dessa instituição de
ensino superior, que sem duvida é um dos grandes
orgulhos do povo brasileiro, fruto dos excelentes trabalhos
realizados em benefício de nosso País, gostaria de que
fosse dado como lido e distribuído aos órgãos de
comunicação da Casa, para a divulgação dessa data.
Criada em 1948, pela Lei Estadual 161, originada de
projeto do Deputado Miguel Petrilli, foi implantada no final
de dezembro de 1952, passando a oferecer, no ano
seguinte, os cursos de Graduação em Engenharia Civil e
Engenharia Mecânica.
As comemorações do cinqüentenário da EESC
tiveram início em abril de 2002. Um dos fatos mais
marcantes de sua história ocorreu no dia 18 de abril de
1953, quando o Professor Doutor Lucas Nogueira Garcez,
Governador do Estado de São Paulo, proferiu a Aula
Inaugural sobre o tema “A Influência da Engenharia
Sanitária no Progresso Nacional”.
No inicio de suas atividades, a EESC ocupou Edifício
cedido pela “Casa d’Itália”, situado na Rua Nove de Julho.
1227, no centro da cidade de São Carlos, onde no saguão
de entrada, o Exmo. Sr. Prof. Dr. Theodoreto Henrique
Ignácio de Arruda Souto, seu primeiro Diretor, fez cunhar a
frase: “Nesta casa se procura a verdade científica e a
técnica de adaptação das energias da natureza a serviço
da humanidade “. Mais do que uma frase que reconhece o
valor do conhecimento científico e técnico para a
humanidade, os conceitos adjacentes de busca do
conhecimento e da associação de ciência com tecnologia
viriam a se constituir nas linhas mestras da atuação desta
Instituição, que se destaca no ensino de graduação e pósgraduação, na pesquisa e na extensão de serviços à
sociedade nas áreas em que atua. O edifício ocupado para
a implantação da EESC. em 1952, foi utilizado por muitos
anos no apoio às atividades de ensino, sendo, nos dias
atuais, a sede do Centro de Divulgação Científica e
Cultural (CDCC) da USP.
Através de várias doações sucessivas, a Prefeitura
Municipal de São Carlos concedeu 13,5 hectares para a
instalação definitiva da EESC. O projeto de implantação do
Campus atual foi elaborado pelo escritório do Arquiteto
Hélio de Queiroz Duarte e Engenheiro Ernest Robert de
Carvalho Mange. A primeira etapa do projeto previa a
construção
de
três
blocos
de
edifícios
idênticos,
denominados E-1, E-2 e E-3. A construção do E-1, que
teve início em 1954, foi interrompida por alguns meses
durante
1955,
por
motivos
econômicos,
os
quais
impediram, também, a implantação do projeto completo.
As obras tiveram prosseguimento sendo que, em 1956,
concluiu-se a primeira etapa da obra, correspondente à
metade do edifício, a qual passou a ser ocupada
imediatamente. Em 1957, a obra foi finalizada.
A arquitetura arrojada do E-1 e as inovações
introduzidas na sua concepção e construção fazem do
edifício um dos marcos da Arquitetura Moderna Brasileira.
O prédio se eleva sobre pilotis constituídos por pilares
retangulares
eqüidistantes,
de
concreto
aparente,
centrados sobre eixos transversais e alinhados sobre o
eixo
longitudinal,
suportando
vigas
cujas
secções
diminuem do centro para a extremidade, escondidas por
lajes inclinadas. Foi empregada modulação rigorosa na
definição de todos os elementos construtivos para permitir
o
uso
de
pré-moldados.
Inovou-se
nos
métodos
construtivos, principalmente levando-se em consideração o
local onde foi construído — uma pequena cidade do
interior do Estado de São Paulo. Usou-se concreto
aparente nos pilares e vigas e caixilhos de metal nas duas
faces longitudinais, vedadas com vidro e placas de
madeira intercalados, formando longas faixas laterais que
transmitem inegável sensação de leveza. No edifício, as
duas escadas externas, também de concreto aparente e
corrimão de metal, separadas do prédio e a ele ligado
apenas por patamares de acesso em cada andar,
engastadas nos pilares retangulares, delgados, que se
elevam do chão até acima da cobertura. constituem
detalhe de extrema beleza, principalmente se comparadas
às escadas externas dos edifícios atuais. Em uma delas, a
mais iluminada pelo sol, cresceu uma primavera que está
florida o ano todo.
Pouco a pouco, outros prédios foram erguidos,
permitindo a gradual transferência dos setores que ainda
funcionavam fora do local definitivo para a instalação da
Escola.
Em 1971, a partir de quatro Departamentos da
Escola, foram criados os Institutos de Física e Química e
de Ciências Matemáticas de São Carlos da USP. Os
cursos de Física e de Matemática foram oferecidos pela
Escola até que os Institutos supracitados adquirissem
condições de assumi-los.
O número de vagas oferecido nos cursos foi
sendo aumentado à medida que a infraestrutura se
tornava disponível. De 1953 até 1962 permaneceram
fixadas em 50 vagas, depois passaram para 80. Em
1963, foram elevadas para 100 e, em 1967, chegaram a
120.
Atualmente,
são
oferecidas
as
seguintes
habilitações e vagas respectivas: Curso de graduação em
Engenharia: Engenharia Civil, 60; Engenharia Mecânica,
50; Engenharia Elétrica, 50; Engenharia de Produção
Mecânica, 30; Engenharia Aeronáutica, 40; Engenharia
Ambiental, 40; Engenharia Elétrica com Enfase em
Sistemas de Energia e Automação, 50; Engenharia
Mecatrônica, 50; e Engenharia de Computação, 50; além
do Curso de Arquitetura e Urbanismo, com 30 vagas.
O total dos alunos matriculados nos cursos em 2002 é
de 1.187 e o total de engenheiros e arquitetos formados
até o semestre de 2002 é de 5.735.
A EESC atua nos seguintes Programas de PósGraduação
que
oferecem
cursos
de
Mestrado
e
Doutorado: Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Elétrica,
Geotecnia, Engenharia Civil (Engenharia de Estruturas),
Engenharia (Hidráulica e Saneamento). Engenharia de
Transportes,
Engenharia
Mecânica,
Engenharia
de
Produção e Ciências da Engenharia Ambiental.
Participa, juntamente com a Faculdade de Medicina
de Ribeirão Preto e do instituto de Química de São Carlos,
do
Programa
de
Pós-Graduação
Interunidades
em
Bioengenharia. que oferece curso de Mestrado e também
do Programa lnterunidades Ciência e Engenharia de
Materiais, que oferece cursos de Mestrado e Doutorado,
integrado pelos Institutos de Física e Química de São
Carlos.
Sala das Sessões, 02 de Abril de 2003.
Deputado LOBBE NETO - (PSDB/SP)
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