FACULDADE MUNICIPAL PROFESSOR FRANCO MONTORO CURSO DE PSICOLOGIA ALINE GODOES DA ROSA PREVENÇÃO PRECOCE EM FILHAS DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA MOGI-GUAÇU/SP 2015 ALINE GODOES DA ROSA PREVENÇÃO PRECOCE EM FILHAS DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Projeto de Pesquisa apresentado pela aluna Aline Godoes da Rosa, do Curso de Psicologia da FMPFM, como exigência parcial para a realização do Trabalho de Conclusão de Curso, sob a orientação da Prof. Mrs. Andréia Queiroz Carniel. MOGI-GUAÇU/SP 2015 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO............................................................................................................ 1.2 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS......................................................................... 1.3 ASPECTOS PSICOLÓGICOS E SÓCIO ECONÔMICOS....................................... 2 PROBLEMA................................................................................................................ 3 OBJETIVOS................................................................................................................ 3.1 OBJETIVO GERAL.................................................................................................. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................................... 4 METODOLOGIA.......................................................................................................... 5 JUSTIFICATIVA.......................................................................................................... 6 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES............................................................................. 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................ 1. INTRODUÇÃO O presente projeto de pesquisa visa realizar um levantamento de dados com base em dados bibliográficos reconhecidos pelo meio acadêmico, no intuito de verificar se filhas de genitoras com o diagnóstico da doença C.A. de Mama iniciam precocemente a prevenção ao C.A. de Mama, visto o que é solicitado os protocolos de saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde (MS), o Instituto Nacional De Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) e Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Segundo o INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA, 2015), “...o câncer de mama é um grupo heterogêneo de doenças, com comportamentos distintos. A heterogeneidade desse câncer pode ser observada pelas várias manifestações clínicas e morfológicas...”. CAMON e GASPAR (2013) define câncer como sendo o nome dado a um grupo de doenças que tem como característica comum o crescimento desordenado de células as quais tem a característica de invadir outros tecidos e criar novos tumores malignos ou em outras partes do corpo no que se chama de metástase, podendo atrapalhar o funcionamento do organismo e causar a morte. Para FARIAS, SOUZA E AARESTRUP (2005), os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo, e sua cura está relacionada com a detecção precoce de suas células atípicas. A maioria dos tumores malignos de mama é classificada como carcinoma ductal infiltrante. Este tipo de C.A. de Mama se desenvolve nos ductos (canais) de leite (FARIAS; SOUZA e AARESTRUP, 2005). RAMOS e LUSTOSA (2009) afirmam que algumas alterações que podem surgir na mama, acompanhadas ou não de dor mamária são: mudanças de tamanho ou formato; nódulo ou aumento de espessura em determinada região; enrugamento da pele. No mamilo devem-se observar: nódulo ou aumento da espessura; retraimento do mamilo; saída de sangue, e no braço inchaço ou nódulo na axila. Os nódulos, ainda segundo RAMOS e LUTOSA (2009) podem ser palpáveis ou não, podendo o C.A. de Mama ser detectado precocemente através de estratégias como auto - exame das mamas, realizado pela própria mulher, exame clínico anual, onde o mastologista aborda o histórico familiar e realiza a palpação e exame minucioso da mama. Segundo o INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA, 2014), no Brasil excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama também é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, exceto na região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa a primeira posição. Ainda segundo o INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA, 2014), foram estimados no Brasil 57.120 casos novos, que representam uma taxa de incidência de 56,1 casos por 100.000 mulheres, com 13.345 número de mortes, sendo 120 homens e 13.225 mulheres. De acordo com dados coletados no INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA, 2015): A taxa de mortalidade por Câncer de Mama ajustada pela população mundial representa a primeira causa de morte por câncer na população feminina brasileira, com 12,10 óbitos/100.000 mulheres em 2012. As regiões sul e sudeste são as que apresentam as maiores taxas, com 13,61 e 13,42 óbitos/100.000 mulheres em 2012. Sobre os fatores de risco, a Organização Mundial de Saúde – OMS (BRASIL, 2008) postula que a história familiar é um importante fator de risco para o C.A. de Mama, especialmente em parentes de primeiro grau (mãe, irmã e filha) acometidas antes dos 50 anos de idade. Também são fatores de risco para o C.A. de Mama menarca precoce, ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos e a nuliparidade. A ingestão regular de álcool, mesmo que em quantidade moderada, é identificada como fator de risco para o C.A. de Mama, assim como a exposição à radiações ionizantes em idade inferior a 35 anos (RAMOS e LUSTOSA, 2009). Ainda de acordo com RAMOS e LUSTOSA (2009), o diagnóstico do C.A. de Mama quando realizado precocemente, aumenta as chances de cura e pode evitar que o câncer se espalhe para outras partes do corpo, favorecendo o prognóstico, a recuperação e a reabilitação. O INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA, 2015) recomenda que: Mulheres de 50 a 69 anos realize a mamografia a cada dois anos e do exame clínico das mamas (ECM) anual. A mamografia nesta faixa etária e a periodicidade bienal é a rotina adotada na maioria dos países que implantaram o rastreamento organizado do câncer de mama e baseia-se na evidência científica do benefício desta estratégia na redução da mortalidade neste grupo. Segundo revisões sistemáticas recentes, o impacto do rastreamento mamográfico na redução da mortalidade por câncer de mama pode chegar a 25%. Para as mulheres de 40 a 49 anos, a recomendação é o exame clínico anual e a mamografia diagnóstica em caso de resultado alterado do ECM. Segundo o Ministério da Saúde, a inclusão desse grupo no rastreamento mamográfico tem hoje limitada evidência de redução da mortalidade. Uma das razões é a menor sensibilidade da mamografia em mulheres na pré-menopausa devido à maior densidade mamária. As mulheres com maior risco de C.A. de Mama devem ter acompanhamento clínico individualizado, por terem maior propensão a desenvolver a doença. Foi implantado um Sistema de informação do C.A. de Mama (SISMAMA) em 2009 com o objetivo de aumentar as mamografias pelo Ministério da Saúde. De acordo com o INCA, publicou-se documentos, “...dentre os quais os Parâmetros técnicos para o rastreamento do C.A de Mama e o folder Recomendações para redução da mortalidade do C.A. de Mama no Brasil...”, com o objetivo de impulsionar a organização para as ações de controle, (INCA, 2009). Os dados do SISMAMA permitem avaliar as mamografias à população alvo e sua cobertura, bem como a qualidade dos exames, distribuição dos diagnósticos, situação das mulheres com exames alterados e acompanhamento da melhora com relação ao controle da doença. 1.2 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS A edição Estimativa 2014 – Incidência de Câncer no Brasil, publicado pelo INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA, 2014) afirma que o número estimado para 2014/2015 é de aproximadamente 576 mil casos de câncer no Brasil, incluindo os casos de pele não melanoma, que é o tipo mais incidente para ambos os sexos (182 mil casos novos), seguindo de mama feminina (75 mil), próstata (69 mil), cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil), estômago (20 mil) e colo do útero (15 mil). Após o diagnóstico do C.A. de Mama, CAMON e GASPAR (2013) afirmam que as principais formas de tratamento são: cirurgia, radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia, podendo ser usadas isoladas ou de forma conjugada. As formas de tratamento devem ser escolhidas pelo médico, dentre outras questões, em função do tipo histológico, do estadiamento (determinando o tamanho do tumor e a existência de metástase), da localização anatômica e das condições gerais do paciente (CAMON e GASPAR, 2013). Estudos desenvolvidos por SANTOS e VIEIRA (2011) apontam que, o adoecimento pelo C.A. de Mama e seu tratamento geram sérias consequências que podem ser temporárias ou permanente na vida da mulher. Ainda segundo SANTOS e VIEIRA (2011), a cirurgia mamária, seja ela conservadora ou não, mesmo acompanhada de reconstrução mamária pode ser vivenciada de modo traumático pela mulher, sendo considerada uma mutilação, dependendo da importância dada pela mulher à imagem corporal. TAVARES, CONCEIÇÃO e SILVA (2011) afirmam que as terapias mutiladoras, a exemplo da mastectomia – técnica cirúrgica que remove completamente a mama, e as altas taxas de mortalidade por C.A. de Mama poderia ser evitadas se houvesse a garantia de diagnóstico precoce, sendo detectado o mais cedo possível e tratado imediatamente. Em razão disso, o C.A. de Mama é hoje uma doença de extrema importância para saúde pública em nível mundial, motivando ampla discussão em torno de medidas que promovam o seu diagnóstico precoce e, consequentemente, a redução em sua morbidade e mortalidade (SCLOWITZ; et al., 2005). 1.4 ASPECTOS PSICOLÓGICOS E SÓCIO ECONÔMICOS De acordo com SILVA (2008), o diagnóstico do câncer, em geral pode apresentar um efeito devastador na vida da pessoa que o recebe, seja por temer as possíveis mutilações e desfigurações que podem ocorrer durante o tratamento, ou pelo o medo de morrer, ou ainda, pelas perdas emocionas, sociais e materiais que podem ocorrer. Por esse motivo no processo de assistência ao paciente oncológico, deve se ter uma grande atenção ao impacto psicossocial que a doença pode causar na vida do indivíduo. Estudos mostram que o C.A. de Mama é uma experiência desagradável para as mulheres, pois a confirmação do diagnóstico traz sentimento de tristeza, raiva e intenso medo, podendo levá-las a situações de ameaça à integridade psicossocial. Trazendo assim, incertezas quanto ao sucesso do tratamento, principalmente àquelas que consideram a doença como uma “sentença de morte” (SILVA, 2008). Para SILVA (2008), as representações de dor insuportável, de mutilações desfigurantes e de ameaça de morte não desaparecem com a retirada do tumor, pois há sempre o fantasma da metástase e da recorrência. Um estudo feito em 1993 por CARVER mostra que a primeira preocupação da mulher e sua família após receberem o diagnóstico do C.A. de Mama é a sobrevivência, em seguida surge a preocupação com o tratamento e condições econômicas para realizá-lo; e quando o tratamento está em andamento, as inquietações se voltam para a mutilação, a desfiguração e suas consequências para a vida sexual da mulher. Mesmo quando o tratamento permite a preservação da mama e ocorre apenas a retirada do tumor, observa-se que a indicação causa medos e crises nas doentes. No imaginário social, a mama costuma ser associada a atos prazerosos (como amamentar, seduzir e acariciar), não combinando com a ideia de ser objeto de uma intervenção dolorosa, ainda que necessária (GOMES; SKABA & VIEIRA, 2002). Considerando a importância da mama na vida da mulher com relação a sua feminilidade, QUINTANA, et al., (1999) consideram que, quando a equipe médica informa à paciente que ela deverá retirar a “mama”, a comunicação por ela recebida é a de que irá perder o “seio”, lugar privilegiado das representações culturais de feminilidade, sexualidade e maternidade. Desta forma, o C.A. de Mama acaba por representar uma ameaça para a mulher, que acaba por se sentir fragilizada nos aspectos discutidos acima, acarretando sentimentos de baixa auto – estima, inferioridade e medo de rejeição tanto do parceiro quanto da sociedade. SILVA (2008) afirma que, em trabalho com grupos de apoio psicológicos a pacientes com câncer, há mulheres que a princípio, preferem a finitude de suas vidas à remoção da mama, e outras, manifestam um intenso medo de rejeição, com relação ao parceiro afetivo, dos filhos, familiares e / ou amigos. Deste ponto de vista, podemos observar a importância no acompanhamento psicológico à essas mulheres que estão com o C.A. de Mama. Segundo os dados bibliográficos analisados, um fator a ser considerado é o nível sócio econômico da grande parte das mulheres diagnosticadas com C.A. de Mama em fase avançada. ABREU e KOIFMAN (2002) afirmam que a relação entre nível sócio econômico e prognóstico da doença é permeada pelo diagnóstico realizado numa fase já avançada da doença, devido à dificuldade de acesso aos programas de prevenção e aos cuidados médicos nas classes sociais menos favorecidas. Outra variável sócio econômica levantada por MOLINA, DALBEN e De Luca (2003) é a escolaridade, mostrando-se como fator independente na sobrevida. Para eles, isso pode ter acontecido devido ao fato de mulheres com maior escolaridade serem mais expostas ao exame clínico das mamas e apresentarem maior frequência de mamografia. Quanto ao grau de escolaridade, MOLINA, DALBEN e De LUCA apontam como fator significante que mulheres com mais anos de estudo teriam melhores oportunidades de diagnóstico precoce de C.A. de Mama por possuírem mais informações e plano de saúde privado. A cobertura para fazer mamografia é de 72 % em plano de saúde privado. Segundo BIM; et al. (2010), o nível sócio – econômico parece ser o principal determinante de acesso à consulta ginecológica e, consequentemente, às demais condutas na prevenção secundária do C.A. de Mama. A mortalidade é mais elevada em mulheres de grupos com baixa condição sócio econômica, sugerindo que a dificuldade de acesso ao atendimento e a adesão ao tratamento constituem obstáculos importantes para o diagnóstico e tratamento (STEIN; et al., 2009). Levando em consideração toda a problemática discutida acima, e se embasando nos estudos que mostram que há um risco elevado de filhas de mães que já tiveram C.A. de Mama também desenvolver a doença, recomenda-se a prevenção precoce dessas mulheres, visando um possível diagnóstico antecipado da doença, favorecendo um tratamento mais efetivo e menos agressivo. Para tal, será feito uma revisão bibliográfica e levantamento de dados acerca da problemática levantada. 2. PROBLEMA De acordo com o que foi descrito anteriormente, está havendo uma busca precoce na prevenção de filhas de mulheres com C.A. de Mama no intuito da detecção e prognóstico positivo da doença? O que a literatura nos aponta a respeito? 3. OBJETIVOS 3.1. OBJETIVO GERAL Verificar através de investigação bibliográfica, se a detecção precoce do C.A. de Mama está ocorrendo entre o publico alvo deste projeto: Filhas de mulheres com C.A. de Mama. 3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Verificar se há conscientização das filhas de mulheres com C.A. de Mama pela equipe multiprofissional. Identificar se há políticas públicas em prol de filhas de mulheres com C.A. de Mama. Verificar se filhas de mulheres com C.A. de Mama tem tido adesão precoce ao tratamento. Refletir sobre a adesão desse público. 4. METODOLOGIA A metodologia de pesquisa adotada para a elaboração da pesquisa será embasado em critério de seleção e inclusão de dados bibliográficos (livros e artigos) sobre o tema do C.A. de Mama e a prevenção precoce da doença, leitura, análise e fichamento do material bibliográfico selecionado. As Bibliotecas Virtuais on-line a ser utilizada será BIREME, BVS-PSI. Posteriormente será realizado uma leitura e análise dos conteúdos coletados, introduzindo uma discussão sobre o material coletado. 5. JUSTIFICATIVA O motivo que gerou este estudo foi de cunho pessoal, em virtude de a pesquisadora deste tema já ter vivenciado tal problemática. O estudo será relevante socialmente, pois através da conscientização e detecção precoce do C.A. de Mama em filhas de mulheres que tem ou tiveram o C.A. de Mama, as equipes multiprofissionais da rede poderão fazer um levantamento da predisposição dessas filhas, evitando um diagnóstico tardio e avançado da doença. Cientificamente, o estudo é relevante pois irá trazer contribuições acadêmica e científicas para a área da saúde, acrescentando saberes ao conjunto do conhecimento científico já produzido até hoje. 6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES Atividades Ago. Set. Apresentação do Projeto ao Orientador X Reformulação do Projeto X Leitura e análise das Bibliografias X Coleta dos dados empíricos X Out. Definição da estrutura do texto X Redação do texto provisório X Nov. Dez. Apresentação do texto ao Orientador Redação definitiva Apresentação à Banca Examinadora X X X 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, E.; KOIFMAN, S. Fatores prognósticos no câncer de mama feminino. Rev. Bras. Cancerol, 2002. BIM, C.R; et al. Diagnóstico precoce do câncer de mama e colo uterino em mulheres do município de Guarapuava, PR, Brasil. Rev. Esc. Enferm. USP. Guarapuava, 2010. CARVER, S. C. How coping mediates the effects of optimism on distress: A study of woman with early stage breast cancer. Journal of Personality and Social Psychology. p. 375-389, 1993. FARIAS, R. E.; SOUZA, A. R.; AARESTRUP, F. M. Avaliação da apoptose no carcinoma ductal infiltrante da mama: associação com graus histológicos e fatores prognósticos. Revista Brasileira de Cancerologia, v.03, n.51, 2005. GOMES, R.; SKABA, M. M. V. F.; VIEIRA, R. J. S. Reinventando a vida: proposta para uma abordagem sócioantropológica do câncer de mama feminino. Caderno de Saúde Pública. 19(1), p. 197-204, 2002. INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER (Brasil). Conceito e Magnitude. Rio de Janeiro: INCA. Disponível em http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/acoes_ programas/site/home/nobrasil/programa_controle_cancer_mama/conceito_magnitud e. 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