PLANO DE ARBORIZAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS DA CIDADE DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS VERSÃO EDITADA EM DEZEMBRO DE 1999 LEI Nº 29/97, DE 17 DE JULHO DE 1997. DISPÕE SOBRE A OBRIGATORIEDADE DO PLANTIO DE ÁRVORES NOS PASSEIOS PARA A EXPEDIÇÃO DO CERTIFICADO DE CONCLUSÃO DA OBRA. A CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, ESTADO DO PARANÁ, aprovou e eu, Prefeito Municipal sanciono a seguinte Lei: Art. 1 º Art. 1º Fica determinado que toda e qualquer concessão do certificado de conclusão de obras, licenciamento de obras para construção, acréscimo, reforma, ou instalação em edificações residenciais e de outros estabelecimentos, somente será expedido o respectivo alvará pelo órgão competente, mediante prévia comprovação do plantio de árvores nos passeios, na forma e nos casos previstos nesta Lei. Art. 2- Art. 2º º O Poder Executivo baixará normas regulamentando esta Lei no prazo de 90(noventa) dias, definindo disposições complementares para a sua plena execução. Art. 3º- Art. 3º -Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. Art. 4º- Art. 4º -Revogam-se as disposições em contrário. GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 17 de julho de 1997. LUIZ CARLOS SETIM Prefeito Municipal 1. INTRODUÇÃO As árvores desempenham simultaneamente várias funções essenciais à vida humana, melhorando notadamente as condições do meio urbano. Dentre os inúmeros benefícios originados pela presença de árvores, além da função decorativa, devem-se ressaltar os seguintes aspectos: Sombreamento, pela absorção de parte dos raios solares; Diminuição da poluição sonora; Proteção contra os ventos; Ação sobre o bem estar físico e psíquico do homem; Purificação do ar através da neutralização do excesso de dióxido de carbono resultante da combustão que exerce efeitos nocivos à vida humana. Pensando na melhoria da qualidade de vida do cidadão sãojoseense, a Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente, priorizou a elaboração de um Plano de Arborização de Vias Públicas (PAVIP), cujo objetivo principal é planejar a arborização de vias públicas do município, bem como colocar em prática a Lei N° 29/97, a qual dispõe sobre a obrigatoriedade do Plantio de Árvores nos Passeios para a Expedição do Certificado de Conclusão de Obras. O processo de planejamento de arborização considerará os seguintes aspectos básicos com respeito ao caráter técnico (Milano, 1990): a) O ambiente urbano: observado e caracterizado em termos de clima, solos e qualidade do ar, fatores fundamentais à seleção de espécies adaptadas ao local; b) O espaço físico disponível: observado e caracterizado em termos de largura de ruas e calçadas, afastamento predial, ocorrência e posicionamento de redes de utilidades aéreas e subterrâneas, entre outros fatores fundamentais para a definição da espécie a ser plantada, da posição de plantio e do tipo de condução; c) As características das espécies a utilizar: observadas em termos de adaptabilidade climática, resistências a pragas e doença, tolerância a poluição e características morfológicas e fenológicas (forma, porte, raíz, floração, frutificação). 2. OBJETIVOS DO PAVIP a. GERAL Planejar a arborização de vias públicas do município de São José dos Pinhais. 2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Inventariar através de censo as principais espécies plantadas nas 18 Principais Vias do Centro da cidade. Diagnosticar a situação da arborização das vias públicas a partir da análise das informações provenientes do inventário. Definir as diretrizes de manejo, conservação e expansão da arborização de vias públicas. Estabelecer normas para o plantio de mudas a qual se refere à Lei N° 29/97. 3. ETAPAS DO PLANO a. CONHECIMENTO DA SITUAÇÃO GERAL DA ARBORIZAÇÃO DAS VIAS PÚBLICAS Foi realizado um levantamento quantitativo das espécies arbóreas existentes nas 18 Vias principais da Cidade de São José dos Pinhais, para este levantamento foi elaborado uma planilha (Anexo 1) para coleta de dados, com espécie, espaçamento, largura de passeio e outros. Estes dados foram copilados em planilha eletrônica, totalizando 1929 árvores, os quais permitiram a construção de gráfico por rua, e um gráfico de representatividade geral da situação da Arborização Urbana da Cidade (fig.-1). Observa-se que 40% das árvores existentes são da espécie extremosa (Lagerstroemia indica), a qual contém inúmeros fungos e oídeos, sendo prejudicial aos transeuntes e população local e 32,7% contêm Alfeneiros (Ligustrum lucidum), espécie que faz demasiada sujeira não recomendada para arborização de uma cidade. A densidade recomendada por bibliografia é em torno de 15% de cada espécie, conclui-se então que, a cidade de São José dos Pinhais está altamente saturada (72%) por apenas duas espécies, correndo seríssimos riscos quanto ao ataque de pragas e doenças a estas espécies. b. ESCOLHA DAS ESPÉCIES A SEREM IMPLANTADAS i. CARACTERÍSTICAS DAS ESPÉCIES Em levantamento realizado nos viveiros de produção de mudas da região metropolitana, concluiu-se que, das 50 espécies comerciáveis, apenas 18 são adequadas para a cidade de São José dos Pinhais. Foram considerados os seguintes aspectos para a escolha de espécies: Preferências por árvores de pequeno a médio porte (até 12 metros); Forma e dimensões da copa; Tipo de folhas, flores e frutos; Crescimento regular; Adaptabilidade climática (principalmente resistência contra geadas); Ausência de espinhos; Ausência de princípios tóxicos; Rusticidade e resistência a pragas, doenças e poluição; Ausência de raízes superficiais; Vida útil da árvore, etc. Segue abaixo a relação das espécies escolhidas e suas características: 123456789101112131415161718- Nome Comum Canelinha Caroba Cássia Multijuga Cerejeira do Japão Chuva de Ouro Coeleutéria Dedaleiro Ficus Ipê-anão Ipê-roxo Ipê-amarelo Ipê-branco Ipê-rosa Jacarandá-mimoso Jerivá Magnolia amarela Manacá da Serra Sibipiruna Nome Científico Nectrandra megapotamica Jacaranda cuspidifolia Senna multijuga Prunus serrilata Senna macranthera Koelreuteria paniculata Lafoensia pacari Ficus benjamina Tabebuia umbellata Tabebuia heptaphylla Tabebuia chysotricha Tabebuia roseo alba Tabebuia impetigonosa Jacaranda mimosaefolia Syagrus romanzoffiana Michelia champaca Tibouchina mutabilis Caesalpinia peltophoroides 1- CANELINHA (Nectandra megapotamica) Nomes populares – canelinha, canela-imbuia, canela-preta, canela-ferrugem, canelacheirosa, canela-fedorenta, canela-de-cheiro, canela-merda, canela-loura. Características morfológicas - Altura de 15-25 metros com tronco de 40-60 cm de diâmetro. Copa perfeitamente globosa quando jovem. Folhas glabras, de 8-14 cm de comprimento por 2-4 cm de largura. Informações ecológicas – Planta perenifólia ou semidecídua em algumas regiões, heliófita, sem preferência definida por tipo de solo. Apresenta ampla dispersão pela floresta ombrófila em geral, sendo menos freqüente nas associações pioneiras e secundárias. Nos sub-bosques dos pinhais e capões é geralmente muito rara. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis, amplamente disseminadas por pássaros. Fenologia – floresce a partir de junho, prolongando-se até setembro. Os frutos amadurecem nos meses de novembro-janeiro. 2- CAROBA (Jacaranda cuspidifolia) Nomes populares – caroba, jacarandá-de-minas, jacarandá, caiuá, jacarandá-branca, caroba-branca, pau-de-colher, pau-santo, carobeira, jacarandá-preto, mulher-pobre. Características morfológicas - Altura de 5-10 metros, com tronco de 30-40 cm de diâmetro. Folhas compostas bipinadas de 20-50 cm de comprimento, com 8-10 jugas (pares de pinas); pinas com 10-15 pares de folíolos glabros. Informações ecológicas – Planta decídua, heliófita, pioneira, seletiva xerófita, característica de encostas rochosas da floresta latifoliada e transição para o cerrado. Sua dispersão é maior em formações secundárias do triângulo mineiro e Noroeste de São Paulo, onde é facilmente notada durante a floração em terrenos rochosos secos. É rara sua ocorrência no interior da floresta primária densa. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis. Fenologia – Floresce a partir do mês de setembro com a planta totalmente despida de sua folhagem, prolongando-se até outubro. Os frutos amadurecem durante os meses de agosto-setembro. 3- CASSIA MULTIJUGA (Senna multijuga) Nomes populares – Pau-cigarra, caquera, aleluia, canafístula. Características morfológicas - Altura de 6-10 metros, com tronco de 30-40 cm de diâmetro. Folhas compostas de 20-40 pares de folíolos membranáceos e glabros. Informações ecológicas – Planta decídua no inverno, heliófita, pioneira, indiferente às condições físicas do solo, característica das matas secundarias (capoeiras e capoeirões) da floresta pluvial atlântica. É rara no interior da mata primária densa. Em certas regiões do alto da serra do mar no estado de São Paulo chega a formar populações quase puras, ou amplamente dominantes em formações secundárias. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis. Fenologia – Floresce durante um longo período do ano (dezembro-abril), conferindo à planta grande beleza. A maturação dos frutos (vagens) verifica-se nos meses de abriljunho, entretanto permanecem abertos na planta por mais alguns meses. 4- CEREJEIRA DO JAPÃO (Prunus serrilata) Nomes populares – Cerejeira- ornamental, cerejeira do Japão. Características morfológicas - Altura de 4-6 metros, árvore caducifólia, originária do Japão, de tronco curto, revestido, por casca rugosa e acinzentada. Copa arredondada, folhas simples, alternas, com formato oval de 7-13 cm de comprimento. Informações ecológicas – Árvore de florescimento exuberante, amplamente cultivada no sul e sudeste do Brasil, prefere climas frios, é rústica, porém com lento crescimento, plantas originadas de sementes iniciam o florescimento aos 4-5 anos. Fenologia – Inflorescências agrupadas, axilares, de pecíolo-curto, com flores róseoavermelhadas, de pétalas simples, formadas após queda das folhas durante os meses de maio-julho. 5- CHUVA DE OURO (Senna macranthera) Nomes populares – Mandiurana, pau-fava, aleluia, cabo-verde, fedegoso, mamangá, ibixuna, tararaçu. Características morfológicas - Altura de 6-8 metros, com tronco de 20-30 cm de diâmetro. Folhas compostas de dois pares de folíolos opostos. Informações ecológicas – Planta semidecídua ou decídua durante o inverno, heliófita, pioneira, indiferente às características físicas do solo, é muito freqüente em formações secundárias de regiões de altitude. Rara no interior da floresta primária densa. Produz anualmente grande quantidade de semente de viáveis. Fenologia – Floresce de maneira exuberante durante vários meses do ano (dezembroabril). A maturação dos frutos verifica-se nos meses de julho-agosto. 6- COELEUTÉRIA (Koelreuteria paniculata) Nomes populares – Árvore de chuva dourada, árvore- da- China. Características morfológicas – Árvore com até 12 metros de altura, tronco ereto, casca acinzentada, marcada com cicatrizes de ramos já caídos. Ramagem longa, formando copa aberta, folhas caducas, decíduas, opostas de pecíolos longos, compostas bipinadas, com 4-5 pares de pinas opostas. Informações ecológicas – Espécie com grande rusticidade, tolera clima subtropical. Em regiões frias, no Outono, sua folhagem adquire coloração amarelada, Fenologia – Inflorescências terminais, uniformemente ramificadas, com época de floração em Abril-Maio, cor predominantemente amarelo com perfume agradável. 7- DEDALEIRO (Lafoensia pacari) Nomes populares – Dedaleiro (SP), pacari, pacari-do-mato, pacuri, louro da serra (SC), dedaleira-amarela, mangaba brava (GO), candeia-de-caju, capinho, dedal, mangabeirabrava (MS), pau-de-bicho. Características morfológicas - Altura de 10-18 metros, com tronco de 30-60 cm de diâmetro. Folhas curtas pecioladas ou sésseis, coriáceas, de 8 a 15 cm de comprimento. Informações ecológicas – Planta decídua, heliófita, indiferente às condições físicas do solo, característica das florestas de altitude (latifoliada semidecídua e de pinhais). Ocorre também no cerrado, porém seus exemplares apresentam menos desenvolvimento. Ocorre principalmente nas formações secundárias como capoeiras e capoeirões. Sua dispersão é ampla, porém descontínua, nunca formando grandes populações. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis. Fenologia – Floresce durante os meses de outubro – dezembro. A maturação dos frutos ocorre durante os meses de abril-julho. 8- FICUS ( Fícus Benjamina ) Nomes populares – Figueira benjamina. Características morfológicas – Árvore nativa na Índia, China, Filipinas, Tailândia, Austrália e Nova Guiné, de até 15 metros, com frutos particularmente decorativos, folhas simples, sempre verdes de formato oval com até 10 centímetros, apresenta coloração verde brilhante. Ramagem densa, longa, ereta, um tanto pêndula, formando copa globosa grande. Informações ecológicas – Espécie de características ornamentais, uma das árvores exóticas mais cultivadas no sudeste do Brasil, tolerante a podas, embora seja originária de clima tropical, é amplamente cultivada em todo território brasileiro. 9- IPÊ-ANÃ (Tabebuia umbellata) Nomes populares – ipê-amarelo-do-brejo, ipê-de-varzea, ipê-amarelo, ipê-do-brejo, pau-d´arco-amarelo. Características morfológicas - Altura de 10-15 metros, com tronco de 40-50 cm de diâmetro. Folhas compostas por 5 folíolos subcoriáceos, pubescentes em ambas as faces, de 5-10 cm de comprimento por 2 -3 cm de largura. Informações ecológicas – Planta decídua, heliófita, higrófita, característica da mata pluvial, ocorrendo em planícies e várzeas muito úmidas e parcialmente encharcadas durante as chuvas de verão. Ocorre também nas várzeas da floresta latifoliada da bacia do Paraná e do Cerrado, onde é encontrada tanto na mata primária como nas formações secundárias. Produz anualmente grande quantidade de sementes que são disseminadas pelo vento. Fenologia – Floresce durante os meses de agosto-outubro com a árvore totalmente despida da folhagem. Os frutos amadurecem de outubro a meados de novembro. 10- IPÊ-ROXO (Tabebuia heptaphylla) Nomes populares – ipê, ipê-roxo, ipê-roxo-de-sete-folhas, ipê-preto, ipê-rosa, pau d’arco-roxo. Características morfológicas - Altura de 10-20 metros, com tronco de 40-80 cm de diâmetro. Folhas compostas por 5-7 folíolos glabros, membranáceos, de 5-14 cm de comprimento por 3-6 cm de largura. Informações ecológicas – Planta decídua, heliófita, característica da mata primária na floresta pluvial atlântica. Sua dispersão é ampla porém bastante esparsa, podendo esporadicamente ocorrer também formações abertas e secundárias, como capoeiras e capoeirões. Produz anualmente razoável quantidade de sementes, que são disseminadas pelo vento. Fenologia – Floresce durante os meses de julho-setembro com a planta totalmente despida de sua folhagem. A frutificação verifica-se nos meses de setembro até início de outubr 11- IPÊ-AMARELO (Tabebuia chysotricha) Nomes populares – ipê-amarelo-cascudo, ipê-do-morro, ipê, ipê-amarelo, aipé, ipêtabaco, ipê-amarelo-paulista, pau d’arco-amarelo.. Características morfológicas – Altura de 4-10 metros, dotada de copa globosa e densa. Tronco um pouco tortuoso e cilíndrico, de 30-40 cm de diâmetro, com casca grossa e fissurada. Ramos novos e pecíolos cobertos por densa pubescentes ferrugínea. Folhas alternas, compostas palmadas 5 folioladas. Folíolos pubescentes em ambas as faces, distantemente discolores, ásperos, coriáceas, de 5-10 cm de comprimento por 3-5 cm de largura. Inflorescências em panículas terminais e axilares, com flores grandes amarelas. Fruto cápsula alongada, deiscente, denso-rufo-pubescente contendo muitas sementes aladas. Informações ecológicas – Planta decídua, heliófita, característica de formações abertas de floresta pluvial do alto da encosta atlântica. Sua dispersão é descontínua e irregular, geralmente ocorrendo em baixa freqüência. É mais freqüente nas formações secundárias localizadas sobre solos bem drenados de encosta. Produz anualmente grande quantidade de sementes, amplamente disseminada pelo vento. Fenologia – Floresce durante os meses de agosto-setembro, geralmente com a planta totalmente despida de folhagem. Os frutos amadurecem a partir do final de setembro de meados de outubro. 12- IPÊ-BRANCO (Tabebuia roseo-alba) Nomes populares – ipê-branco, ipê-d’arco, ipê-do-cerrado Características morfológicas - Altura de 7-16 metros, dotada de copa alongada. Tronco ereto de 40-50 cm de diâmetro, com casca suberosa e superficialmente fissurada. Folhas compostas trifolioladas; folíolos levemente pubescentes em ambas as faces, os menores com 6-11 cm de comprimento e o maior com 8-13 cm. Informações ecológicas – Planta decídua, heliófita, e seletiva xerófita, característica de afloramentos rochosos e calcários da floresta semidecídua. Ocorre tanto no interior da mata primaria como nas formações secundarias. É esparsamente encontrada na caatinga do nordeste brasileiro. É particularmente freqüente nos terrenos cascalhentos das margens do pantanal mato-grossense. Produz anualmente grande quantidade de sementes, facilmente disseminadas pelo vento. Fenologia – Floresce principalmente durante os meses de agosto-outubro com a planta totalmente despida de folhagem. Os frutos amadurecem a partir de outubro. . 13- IPÊ-ROSA (Tabebuia impetiginosa) Nomes populares – ipê-roxo , pau-d’arco-roxo, ipê-roxo-de-bola, ipê-una, ipê-preto, pau-cachorro, ipê-de-minas, ipê-rosa, ipê-roxo-do-grande. Características morfológicas - Altura de 8-12 metros, com tronco ereto de 60-90 cm de diâmetro. Folhas compostas 5-folioladas; folíolos coriáceas, pubescentes em ambas as faces, de 9-18 cm de comprimento por 4-10 cm de largura. Informações ecológicas – Planta decídua durante o inverno, heliófita características das florestas semidecíduas e pluvial. Apresenta ampla dispersão, porém descontínua em toda sua área de distribuição. Ocorre tanto no interior da floresta primária densa, como nas formações cobertas e secundárias. Fenologia – Floresce durante os meses de maio-agosto com a árvore totalmente despida da folhagem. Os frutos amadurecem a partir de meados de setembro até outubro. 14- JACARANDÁ MIMOSO (Jacaranda mimosaefolia) Nomes populares – Jacarandá mimoso Características morfológicas – Árvore originária da Argentina, Bolívia e Paraguai, de até 15 metros de altura, de tronco com casca pardo-escura, copa arredondada com ramagem longa e aberta, folhas caducas, pinadas, dividida em muitos folíolos. Informações ecológicas – Espécie de boa rusticidade e rápido crescimento, tolerante a podas, produz madeira branca, com potencial para aproveitamento em trabalhos leves e confecção de forros. Pode ser cultivada em todo território nacional. Fenologia – Inflorescências terminais, em panículas piramidais, época de floração no verão com a planta desprovida de folhagem, com flores cores azul-violetas. Floresce com mais intensidade no interior do Brasil, distante da costa. 15- JERIVÁ (Syagrus romanzoffiana) Nomes populares – Jerivá, coqueiro Jerivá, coqueiro (SC), coco-de-cachorro (SC), baba de boi (RJ), coco catarro. Características morfológicas - Altura de 10-20 metros, com estipe (tronco) de 30-40 cm de diâmetro. Folhas de 2-3 metros de comprimento. Espádice (cacho) de 80-120 cm de comprimento. Informações ecológicas – Planta perenifólia, heliófita e seletiva higrófita, particularmente abundante nos agrupamentos vegetais primários localizados em solos muito úmidos, brejosos ou inundáveis. É rara na mata primária da encosta atlântica e, descontínua, na floresta latifoliada semidecídua da bacia do Paraná. É frequentemente encontrada nas capoeiras e áreas recém abandonadas, demonstrando tratar-se de uma espécie pioneira. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis 16- MAGNÓLIA AMARELA (Michelia champaca) Nomes populares – Champaca-fragante, champaca-laranja, champá. Características morfológicas – Árvore com até 10 metros de altura, originária da Índia, tronco cilíndrico com casca parda levemente fissurada. Ramagem disposta de maneira a formar copa característica. Folhas simples, alternas, ovalado-lanceolado, de até 18 cm de comprimento. Informações ecológicas – Não tolera clima tropical, suas sementes são muito apreciadas por pássaros. Fenologia - Flores agrupadas em hastes florais, floresce em Outubro-Novembro, cor predominantemente laranja, aromáticas,com numerosos estames e órgãos femininos em espiga. 17- MANACÁ DA SERRA (Tibouchina mutabilis) Nomes populares – cuipeúna, manacá-da-serra, jacatirão, flor-de-maio, flor-dequaresma, jacatirão-de-capote, jaguatirão, pau-de-flor, jacatirão-de-joinville (SC). Características morfológicas - Altura de 7-12 metros, com tronco de 20-30 cm de diâmetro. Folhas rígidas, de 8-10 cm de comprimento por 3-4 cm de largura. Suas flores mudam de cor à medida que envelhecem. Informações ecológicas – Planta perenifólia, heliófita e pioneira, característica da encosta úmida da Serra do Mar. É encontrada quase que exclusivamente na floresta secundária, onde chega por vezes constituir-se na espécie dominante. Fenologia – Floresce durante os meses de novembro-fevereiro. Os frutos amadurecem em fevereiro-março. 18- SIBIPIRUNA (Caesalpinia peltophoroides) Nomes populares – sibipiruna, pau-brasil, sebipira, sepipiruna, coração de negro (MS). Características morfológicas - Altura de 8-16 metros, com tronco ereto de 30-40 cm de diâmetro. Folhas compostas bipinadas de 20-25 cm de comprimento, com 17-19 pares de pinas; folíolos em número de 13-27 por pina, de 10-12 mm de comprimento. Informações ecológicas – Planta semidecídua, heliófita, indiferente às condições físicas do solo, característica da mata pluvial atlântica. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis. Fenologia – Floresce a partir do mês de agosto, prolongando-se até os meados de novembro. Ocorre tanto no interior da mata primária como em formações abertas. Os frutos amadurecem desde o final de julho a meados de setembro. c. NORMAS REGULAMENTARES PARA O PLANTIO DE ÁRVORES PREVISTOS NA LEI Nº. 29/97 1. Fica determinado que toda e qualquer concessão do certificado de conclusão de obras ou licenciamento de obras, para construção, acréscimo, reforma, ou instalação em edificações residenciais e de outros estabelecimentos, somente será expedido o respectivo certificado pelo órgão competente mediante a prévia comprovação do plantio de árvores nos passeios de acordo com o Plano de Arborização de Vias Públicas (PAVIP). 2. Ficam isentos da obrigatoriedade e da comprovação de plantio de árvores nos passeios residências e estabelecimentos localizados em vias com menos de 7 (sete) m de largura entre os alinhamentos prediais. 3. As espécies a serem plantadas e o espaçamento entre as árvores estão definidas no Plano de Arborização de Vias Públicas (PAVIP). 4. As árvores referentes aos imóveis e estabelecimentos de esquina das vias ou cruzamentos devem manter uma distância mínima de 5 (cinco) m da confluência. 5. Entre o lugar do plantio das mudas e os postes de iluminação e rede de distribuição de energia elétrica deve-se manter uma distância mínima de 3 (três) m. 6. As distâncias das mudas a serem plantadas em relação aos passeios, devem seguir os seguintes parâmetros (ver em anexo); - Passeios com menos de 2,99 metros as mudas devem ser plantadas à 40 cm de distância do meio fio; - Passeios entre 3,00 e 4,79 metros as mudas devem ser plantadas à 50 cm de distância do meio fio; - Passeios com 4,80 metros ou mais as mudas devem ser plantadas à 70 cm de distância do meio fio; - Passeios com menos de 2,99 metros as mudas devem ser plantadas à 40 cm de distância do meio fio; 7. A substituição das árvores que encontram-se em situação inadequada, seja pela incompatibilidade de porte em relação ao espaço físico, seja pela inadequabilidade da espécie em relação ao Plano de Arborização de Vias Públicas (PAVIP) deve ser feita de forma gradual. A espécie adequada deve ser plantada no espaçamento recomendado, executando a remoção da espécie inadequada somente quando a árvore adequada tenha atingido porte razoável e os efeitos de sua retirada não possam ser drasticamente sentidos. 8. Todo e qualquer plantio deve seguir as especificações e recomendações técnicas a seguir. Mudas: As mudas deverão ter altura superior a 1,8 metros, apresentar bom estado fitossanitário, estando livre de pragas, doenças e ferimentos. O tronco deve ser retilíneo, sem brotações laterais inferiores. Covas: As covas deverão ter dimensões mínimas 0,50 m X 0,50 m X 0,50 m. é importante que seja deixada uma área livre de, pelo menos, 1 m² no entorno da muda onde deverá ser feito o plantio de grama para melhorar as condições de drenagem da água. Substrato: O fundo da cova deverá ser preenchido com uma mistura, em partes iguais, de solo e composto orgânico (esterco). Protetores Para garantir um crescimento retilíneo e oferecer proteção à muda contra ações que possam danifica-la, deve ser armazenado uma estava de bambu ou madeira junto ao fuste. A estaca deve ser um pouco superior ao tamanho da muda e fixada com firmeza ao solo (ver em anexo). MODELO CORRETO DE COMO PLANTAR UMA MUDA: - Tamanho da muda; - Cova; - Tutor; - Amarrio; - Enchimento de cova. MODELOS PADRÃO DE PASSEIOS 4 - BIBLIOGRAFIA CONSULTADA - MILANO, M.S. Planejamento da Arborização Urbana: relações entre áreas verdes e ruas arborizadas. In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE ARBORIZAÇÃO URBANA, 3. Anais... Curitiba- Pr, 1990. p. 368. - BALENSIEFER, M e Wiecheteck, M. Arborização de Cidades. Instituto de Terras, Cartografia, e Florestas (ITCF), Curitiba- Pr, 1987. p. 24. - SOARES, M. P. Verdes Urbanos e Rurais (Orientação para Arborização de Cidades e Sítios campesinos). Editora Cinco Continentes. Porto Alegre – RS, 1998. p. 240. - Flora Brasileira (Primeira Enciclopédia de Plantas do Brasil). Edição Três Livros e Fascículos. 1ª edição 3 v. São Pàulo- SP. - LORENZI, H. Árvores Exóticas no Brasil (Madeireiras, Ornamentais e Aromáticas). Editora Plantarum, 1ª edição Nova Odessa- SP. 2003. - LORENZI, H., et.al. Árvores Brasileiras (Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil. Editora Plantarum, 2ª edição 2 v. Nova OdessaSP. 1998. - BIONDI, D. Curso de Arborização Urbana, Universidade Livre do Meio Ambiente. Curitiba- Pr. 1994. p. 145. - BIONDI, D. Paisagismo e Arborização Urbana: II Curso de Especialização em Silvicultura (a nível de pós-graduação). Departamento de Ciência Florestal, Universidade Federal de Pernambuco. Recife- Pe. 1995. p. 74.