4ª PARTE – Reforma na Inglaterra - História

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HISTÓRIA
Profª Isabel Cristina Simonato
- REFORMA NA INGLATERRA
A Inglaterra era um dos países de maior desenvolvimento comercial na Europa. No plano político, o poder
encontrava-se firmemente centralizado nas mãos do rei e, mesmo assim, a Igreja católica, com sua riqueza, poder e
influência constituía-se em “um Estado dentro do Estado”.
O rompimento com a Igreja romana ocorreu no reinado de Henrique VIII. O monarca estava casado havia 18
anos com Catarina de Aragão e tinha apenas uma filha. A rainha era princesa espanhola e tia de Carlos V, da casa de
Habsburgo, rei da Espanha, imperador do Sacro Império Romano-germânico e grande aliado do papa. Henrique VIII
considerava sua esposa um instrumento da política espanhola dentro da Inglaterra. Temia que após sua morte os
espanhóis dominassem a Inglaterra, pois sua filha estava prometida em casamento a Filipe, filho de Carlos V e
herdeiro do trono espanhol. A forma de evitar tal destino seria o nascimento de um filho homem, mas Catarina haviase tornado estéril.
Assim, Henrique VIII decidiu separar-se de Catarina de Aragão e casar-se com Ana Bolena, dama de honra
da corte. Para tanto, solicitou ao papa Clemente VII a anulação de seu casamento. Depois de muito hesitar, o pontífice
negou o ato anulatório, temendo desagradar ao poderoso imperador Carlos V.
Em represália, entre 1531 e 1534, o monarca inglês progressivamente rompeu todos os laços com a Igreja
romana: proclamou-se “protetor da Igreja e do clero inglês”, separou-se de Catarina e casou-se com Ana Bolena,
decretou leis abolindo todos os pagamentos de rendas ao papa e finalmente confiscou os bens da Igreja católica no
país e criou a Igreja Anglicana, independente da autoridade papal.
A Igreja anglicana permaneceu praticamente idêntica à Igreja católica romana, residindo a grande diferença na
autoridade máxima dos anglicanos, que passou a ser o rei e não o papa.
O calvinismo também criou raízes na Inglaterra. Seus adeptos, os puritanos, iriam entrar em choque com os
anglicanos, gerando inúmeros conflitos no século XVII, que levaram às emigrações maciças para a Nova Inglaterra, na
América do Norte.
Henrique VIII e suas seis esposas
A primeira esposa de Henrique VIII, Catarina de Aragão, era filha dos reis católicos da Espanha, Fernando e
Isabel, e teve seis filhos, dos quais apenas a princesa Maria sobreviveu. Sem herdeiro do sexo masculino, o rei separouse dela em 1531, para casar-se com Ana Bolena, que deu à luz a futura rainha Elizabeth I. Acusada de adultério e
incesto foi decapitada em 1536.
Henrique VIII casou-se logo em seguida com Jane Seymour, que lhe deu o herdeiro que tanto ansiava, Eduardo,
morrendo em seguida pelas complicações do parto. Com a morte desta terceira esposa, Henrique casou-se novamente,
desta vez com Ana de Cleves, em 1540, divorciando-se seis meses depois. No mesmo ano, Henrique VIII casou-se com
Catarina de Howard, uma dama de honra da esposa anterior, que acabou decapitada devido as suas aventuras
extraconjugais. O último casamento de Henrique VIII, o sexto, foi com Catarina Parr, viúva duas vezes e que, com a
morte do rei, encerrou sua terceira viuvez casando-se com um almirante da marinha real.
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