a nobreza do ministério

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IGREJA CRISTÃ MARANATA
SEMINÁRIO DO SÉTIMO PERÍODO
VITÓRIA – 07/01/00
ÍNDICE
A nobreza do ministério ....................................................................... 02
Onde está o corpo ................................................................................. 09
Aperfeiçoamento dos ministérios ........................................................ 17
O Pastor ................................................................................................. 22
Vida de oração ....................................................................................... 27
O diácono .............................................................................................. 32
Obra revelada ..................................................................................... 40
Culto Profético ....................................................................................
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A NOBREZA DO MINISTÉRIO
Dt. 9:19,23 – Porque temi por causa da ira ... e não obedecestes à sua voz.
Nós temos que entender e sempre recordar acerca da questão ministerial. Nós estamos aqui
com um grupo de pastores e obreiros, de um modo geral, com as responsabilidades de ministérios.
Essa Obra tem dado, particularmente, uma ênfase toda especial ao ministério porque, na
verdade, quando o Senhor nos chamou para esta Obra, Ele começou a nos mostrar um entendimento
a respeito dela, Ele exigiu uma mudança de posição do ministério com relação ao seu projeto.
O Senhor nos mostrou que até aqui o que existia era um ministério comprometido. Ao dizer
isso, o Senhor não estava fazendo uma acusação e nem nós vamos fazer nenhuma crítica a esse
respeito. O Senhor mostrou que para o ministério que Ele queria para esta Obra, seria consistido de
homens preparados pela Obra, com a mesma mentalidade de Obra e que entendessem o seu projeto
de maneira diferente, uma vez que muitos servos de Deus viveram antes de nós, deram seu
testemunho, mas ficaram presos a estruturas eclesiásticas.
À medida que os grupos evangélicos foram crescendo, eles criaram estruturas eclesiásticas
que impediram, de certa forma, a liberdade de ação dos ministérios. Eles ficaram presos a certas
ações, ficaram limitados. Então, o que foi acontecendo?
A operação do Espírito Santo foi desaparecendo, de certa maneira, e aquilo que era a
esperança do futuro, desapareceu. Foi o caso de Eli e de Samuel.
Eli estava envelhecido, ele não ouvia mais a voz do Senhor, a luz do templo estava-se
apagando.
É o envelhecimento do ministério, de um tempo que passou e que perdurou até aqui, mas
que não podia continuar. Foi como aconteceu ali.
Deus levanta Samuel e restaura o ministério falando diretamente a ele, que ainda era uma
criança.
Aquilo era um fato totalmente novo e, de certa forma, inexplicável porque Eli tinha oitenta
anos, era um homem experimentado, mas não dava mais ouvidos à voz do Senhor, enquanto que
Samuel ainda era um menino, um pequenino, e já podia ouvir a voz do Senhor.
Então Deus levanta a Samuel para fazer a Obra. O compromisso de Deus não é com este ou
aquele homem, o compromisso de Deus é com a sua Obra e a Obra de Deus é realizada de uma
forma, em cada época, em cada tempo.
Deus levanta, em tempos oportunos, àqueles que Ele quer, em qualquer lugar do mundo.
Essa foi a nossa experiência no início, quando houve uma mudança nos ministérios.
A primeira coisa que o Senhor nos mostrou é que o ministério não ia depender de cultura, de
idéias, de sabedoria humana. É evidente que, de um modo geral, todos têm uma cultura básica, não
se espera que a pessoa seja poliglota, que saiba inglês, francês, alemão ou italiano, não é isso.
Cultura é aquilo que você adquire no meio onde você desenvolve as suas características próprias, a
sua personalidade, os seus dotes e sobrevive ali dentro, sem agredir àqueles que estão à sua volta,
apenas trocando experiências, adquirindo vivência. Então, você é uma pessoa culta no meio em que
você vive. Se no meio em que você vive não se fala inglês e você também não fala, empatou, 0 x 0.
Se no meio onde você vive todo o mundo fala errado, não sabe nada de português e você fala errado
também, está tudo bem. Você tem cultura, que é aquela cultura daquele lugar onde você vive.
O que interessa à Obra é aquele homem que vai ouvir a voz do Senhor porque o ministério
nesta Obra é ouvir a revelação e transmitir ao povo. É ouvir aquilo que vem da parte do Senhor,
que é a revelação, e transmitir ao povo.
A cultura secular não é o requisito essencial, ela é necessária porque o saber não ocupa
espaço, mas quem tem uma cultura mais elevada não vai substituir aquilo que é o elemento
fundamental, que é a revelação.
A revelação é acessível a todos, negar isso é ir de encontro com aquilo que diz a Palavra.
Nós vimos que homens simples como Pedro, um pescador, tiveram experiências com a revelação.
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Jesus encontrou Pedro consertando redes de pesca, o barco não era dele, era de Zebedeu, ele pescou
a noite inteira e nada (até nisso Pedro era ruim, a única coisa boa que ele tinha era a sogra).
O que o Senhor quer e tem-nos mostrado é o entendimento da sua vontade num aspecto
tridimensional pleno (porque as três dimensões clássicas são: comprimento, largura e altura ou
profundidade). Faltava-nos a profundidade.
Qualquer um pode entender letra, até pelo fato de conhecer Bíblia de cor e salteado. Eu
conheci um cidadão ateu que ganhava todos os concursos bíblicos.
O que importa no ministério, no chamado, é a unção, é a escolha da parte do Senhor.
A partir dali, já não seria pela vontade humana, nem tampouco um preparo, para o cidadão
exercer aquela função ministerial. O Senhor começou a mostrar que Ele mesmo ia levantar. E a
beleza da Obra é exatamente esta.
Hoje nós temos na administração do presbitério pessoas que têm uma certa cultura e outras
que têm uma cultura básica. Alguns lêem aquelas letrinhas miúdas e entendem e outras que só
conseguem ler se as letras forem grandes. As grandes revelações estão com os que só lêem letras
grandes, elas não estão com os que lêem letras miudinhas, elas não estão com os que falam inglês,
nem francês, nem alemão.
A ênfase do ministério desta Obra é ouvir a voz do Senhor e transmitir.
À medida que você ouve a voz do Senhor e transmite ao rebanho, o que acontece?
Você transmite mais do que uma mensagem, você transmite uma herança. Você está
transmitindo uma herança que não é terrena, você não está transmitindo bens materiais, mas você
está transmitindo uma herança eterna.
Não é você quem dá àquela pessoa o direito à herança, você apenas é o transmissor
(transmitente) dessa herança, aí está a nobreza do ministério, é quando você transmite, com
fidelidade, essa herança.
A transmissão da herança está em função da nobreza daquele que a transmite porque está-se
falando de uma vida eterna.
Para você falar de vida eterna, você tem que ter uma herança eterna, do contrário você vai
confundir tudo, você vai dizer que ela é para baixo, quando ela é para cima, você vai transmitir de
uma maneira errada, e quando você faz isso, você tirou do homem o seu direito à herança eterna.
Nós não podemos fazer isso. Foi o caso de Eli, ele negou ao povo o direito à herança,
quando ele deixou de trazer as revelações, quando deixou a luz do templo apagar-se, quando ele
deixou de ouvir a voz do Senhor, quando ele deixou de ter o que transmitir ao povo.
O que aconteceu ao povo?
O povo dispersou, perdeu as batalhas, perdeu a arca, os filhos morreram, e ele caiu morto.
A esperança de Israel foi-se, e ela estava exatamente na transmissão da herança, de pai pra filho e
ele já não tinha como transmitir porque os seus filhos morreram, o seu neto morreu, ele mesmo
morreu, ali na porta.
A Porta é Jesus. Eli conhecia a Porta, que é Jesus, ele era sacerdote, no entanto morreu ali,
estava sentado numa cadeira e caiu para trás, quebrou o pescoço, morreu sem comunhão, corpo e
cabeça, sem comunhão. Quem tinha que passar ali, passou por cima dele.
Todos passam por cima do ministério que está morto porque ele não tem nenhum valor.
Não transmitiu a herança? Acabou.
O segredo está na transmissão da herança. Se você não é fiel na transmissão, você nega a
herança àqueles que tinham direito a ela.
De que forma você pode negar a herança?
Qual foi a mensagem do final do ano? O que nós dissemos com respeito à herança? Onde é
que estava o segredo da herança? Quem é o centro da mensagem?
É Jesus. Então, se você deslocou a mensagem para cá, se é o pão da padaria, se é aeróbica,
se é opressão, se é misticismo, se é superstição, se é animação, você não transmitiu a herança com
fidelidade. Se não é Jesus, então é Maria, é Pedro, é João... Você desviou o centro da mensagem e
assim o Espírito Santo não tem mais compromisso.
O Espírito Santo só tem compromisso se o centro da mensagem é Jesus. Se você deslocou o
centro da mensagem, que é Jesus, e colocou ali terceiros, quartos, quintos, pessoas ótimas,
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maravilhosas, o Espírito Santo não age mais, Ele foi embora, Ele não tem mais o compromisso de
operar, Ele não tem mais necessidade de ficar ali porque o compromisso dele é o sangue de Jesus.
Se você coloca o sangue para cá e o corpo para lá, o que acontece?
Você morre, houve uma morte natural.
Há um muro que separa a Obra do resto, mas isso não significa que os de cá não passem
para lá e os de lá não passem para cá, essa troca de posição vai-se dando naturalmente. Nós
precisamos de certas pessoas no ministério desta Obra? Tem pessoas que, se saíssem, seria um
grande benefício para a Obra, porque quanto mais lugares nós tivermos aqui para os que vêm de lá,
melhor.
O segredo da eleição
Por que você foi eleito?
O segredo da eleição está na soberania de Deus.
Deus nos elegeu porque nós somos bons? Aqui pra nós... a gente diz que não, mas lá no
fundo... Não é por estar na minha presença, mas eu sou uma pessoa ótima, tanto é que Deus me
escolheu para o ministério... Está vendo só, tem tantos que não foram escolhidos e eu, no final das
contas, fui escolhido, sou um pastor.
Deus escolheu Israel porque era um povo bom? O que Israel tinha de bom? Quais eram as
qualidades dele?
Só más qualidades, rebeldia e contradição, exatamente como nós.
A eleição está em função do amor de Deus na nossa vida, não é mérito nosso, esse é o
segredo.
Deus nos faz dignos através do seu amor.
No que consiste o amor de Deus?
O Senhor diz: Meu filho, Eu te amo. Olha, dá um abraço no teu irmão porque Eu o amo
também. É isso? É nisso que está o amor de Deus na sua vida?
O amor de Deus está no sangue de Jesus em nossa vida, que é o Espírito Santo. É o amor de
Deus que nos faz ministros. Se nós não entendermos isso, nós não temos ministério.
É o amor de Deus, é o Espírito Santo operando na sua vida.
Se você estiver fazendo as coisas da sua cabeça, então é o seu amor próprio... é bom
também, mas não é o amor que vai transmitir a herança.
O chamado
O chamado é segundo a presciência de Deus.
Deus chamou você. Agora, você pode aceitar ou rejeitar a unção.
A unção é para você estar à frente de um povo, todos os dias, de paletó e gravata, falando
“grosso”, subir no púlpito, todo posudo (não põe batina porque não deixamos)?
Não.
Governo e disciplina
Existem duas coisas fundamentais no ministério: governo e disciplina.
O governo é para conduzir o rebanho, é a orientação.
A disciplina é para colocar as coisas no lugar.
O ministério que não tem essas duas características, não tem como prosperar. Oh! O trigal
está pronto! A turma chega lá... Ih, rapaz, não tem trigo lá não, só tem joio! E o pastor está todo
satisfeito. Oh, o rebanho...! É só bode.
O ministério tem que ter governo e disciplina.
De que forma ele exerce isso?
O ministério é nobreza. A nobreza de Moisés foi apresentada em todos os aspectos.
Quando ele renunciou o mundo (Moisés renunciou ser o filho da filha de Faraó). Quando
ele sentiu a dor do seu povo. Quando ele deixou a vida pacata que tinha na casa do seu sogro,
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cuidando das ovelhas (não há nada melhor do que viver às custas do sogro) e vem falar pela boca do
Senhor para libertar o povo da opressão em que vivia no Egito.
É aquilo que nós já conhecemos, é fogo diante dele, pés descalços, é terra santa, não é
Religião, você não entrou para uma religião nova, aqui é lugar santo. Você colocou os pés, falou
bobagem? Então vai pagar por isso.
Você está pisando em terra santa, você vai conhecer as coisas eternas, vai conhecer o projeto
de Deus, o Senhor está-se revelando a você, dizendo: Eu sou o Deus de teus pais, o Deus de
Abraão, de Isaque e de Jacó.
Se você não conhece o projeto de Deus, então você não tem nada para dizer, você não viu a
sarça pegar fogo, você não tem experiência com o fogo, então você não vai ter como conduzir o
rebanho.
É preciso ter experiência com o fogo.
Quando nós escolhemos um obreiro para o ministério, perguntamos: Ele tem dons
espirituais? Tem. Quais são os dons? Tais e tais. Por quê?
Porque se ele não tiver, como ele vai administrar, como ele vai gerenciar sem os dons?
Como ele vai discernir sem dom?
Nós temos que entender que ministério não se resume em um púlpito, não é ganhar um
título. Se nós pensamos que estamos abrigados atrás do púlpito e que podemos dizer o que
quisermos para as ovelhas, que está tudo bem, nós estamos muito enganados.
O púlpito é do Senhor e é para aqueles que têm a revelação. Quem está com a revelação
entra para o púlpito, e quem não está com ela, não entra.
Nós temos que entender que o púlpito não nos abriga do pecado, ele não esconde o homem
do pecado. O púlpito é aquilo que nós chamamos de rocha tarteiana.
A rocha tarteiana era uma rocha que tinha em Roma, de onde eram atirados os criminosos.
Quando o camarada estava vendo aquela beleza toda, do alto, Pumba! Caía no abismo.
O púlpito tem isso. Você tem uma visão daquilo que o Senhor quer para a vida do seu povo,
mas se você não tiver cuidado, basta um escorregão... É uma rocha tarteiana. O púlpito é o lugar
mais escorregadio dentro da igreja, o púlpito não é lugar para a nossa maneira de achar, de pensar,
de ser ou de querer; aqui ou é a vontade do Senhor ou não é nada.
Solecismo
Nós não podemos pregar uma coisa e fazer outra. Isso é solecismo, fala uma coisa e pratica
outra.
Quando o ministério entra para este lado, ele perde a autoridade, ele fica sem autoridade e,
nesse caso, a nobreza foi para o espaço, porque os atos falam mais alto do que as palavras.
Nós temos que entender que a nobreza do ministério não está em função de um sangue real
(Que sangue real nós temos aqui? Só se for de algum nobre português que veio parar aqui) e nem de
títulos desta vida, mas sim em função daquilo que é a nossa responsabilidade em transmitir a
herança.
À medida que nós negamos essa transmissão da herança, à medida que nós formos infiéis
nessa transmissão da herança, a nossa nobreza vai embora.
Gratidão a Deus
Existem duas coisas fundamentais quando nós vamos transmitir a herança.
1ª) A gratidão a Deus – Se nós, ao transmitirmos a mensagem, não formos gratos a Deus, se
o nosso coração não estiver cheio de gratidão a Deus por aquilo que Ele tem feito por nós, então nós
só vamos transmitir bobagens, só tolices, vamos transmitir pessimismo, enfermidades, opressões,
tristezas mágoas.
Imagine que um irmão fez uma acusação contra você, uma injustiça, aí você aproveita, vai
no púlpito e vomita aquilo tudo em cima da Igreja, você despeja aquela carga toda em cima da
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Igreja, e ela não está em condições de receber aquele impacto, as pessoas vão ficar... E você vai-se
acostumando a fazer isso, de tal forma que só bate na Igreja, é só bater.
Meus irmãos, a Obra não comporta isso. Quem quiser bater em alguém, que vá bater na sua
mulher, nos seus filhos, se puder, porque é mais fácil você apanhar dela do que bater.
A Igreja não é saco de pancada, a Igreja é um hospital, as pessoas chegam doentes,
necessitando de socorro, elas entram desenganadas, porque trata-se de uma doença que não tem
cura na medicina, porque é doença da alma, é doença espiritual, é a tristeza, amargura, decepção,
injustiça.
Essa é a situação das pessoas que chegam. Elas estão ali, sofridas, e aí o pastor vem e
“desce a lenha”. Se deixar o diácono... esse mata de vez. O pastor contemporiza, mas o diácono
vem e acaba com o sujeito.
O pastor tem que ter cuidado em transmitir a herança, não é brigar com as pessoas, não é
desestruturar as pessoas, você tem que ter paciência, tem que ouvir, tem que conversar.
Nós recebemos uns telefonemas de um grupo de obreiros que foram ordenados. A primeira
vez... a segunda vez.. e aí dissemos: Fulano, escuta uma coisa, função de pastor é administrar
problema, não joga esse negócio para o presbitério... e não tem nada que botar ninguém pra fora
como você está pensando. Se alguém precisa ser posto para fora, esse alguém é você.
Resolveu logo o problema, ele pensava que ministério é licença pra bater nas pessoas. Olha,
te boto no banco, heim!
Botar no banco? Mas isso é papel? Isso é ridículo. Vai pro banco...
Banco? As pessoas são tratadas assim? São nossos irmãos, eles têm que ter um tratamento
de servos de Deus. Se tem uma falha, uma dificuldade, então chama, corrige.
A Obra chegou num ponto onde o Espírito Santo é quem está fazendo todas as coisas.
Nenhum pastor pode pensar que é ele mesmo quem está enchendo a igreja.
Quem está operando é o Espírito Santo, nós é que estamos atrapalhando. E esse deve ser o
nosso pedido, o de não atrapalharmos aquilo que o Espírito Santo está fazendo.
O Senhor está trazendo pessoas.
A Obra do Espírito se destaca em qualquer lugar que ela vai porque tem começo, meio e
fim, ela tem o que dizer às pessoas, ela tem uma palavra para o mundo, ela tem um púlpito de ouro,
de poder, tem a Palavra revelada. Ninguém tem isso, ninguém sabe o que é isso.
Aí fora é a mesmice de sempre, uma palavra falada, repetida, revivida, relida, trilida, é
cultura bíblica. Na Obra é Palavra revelada, é o que vai além da letra, é a terceira dimensão, é
altura e profundidade.
Nós somos gratos quando nos lembramos de onde nós viemos, de como nós éramos e
quando pensamos o que nós seríamos sem esta Obra.
Há alguns anos atrás, eu estava viajando e vinha conversando com um novo convertido. Eu
lhe dizia: Olha, não sei onde eu estaria se não conhecesse esta Obra, talvez estivesse por aí neste
mundo, largado, ou casado pela terceira ou quinta vez, jogado na bebida, na sarjeta, morto por um
enfarto ou por um tiro, ou na cadeia. O que eu tenho, agradeço unicamente a Deus, à Obra do
Espírito.
Eu não posso dizer nada, sem dizer isso a mim mesmo, dizer que sou grato a Deus por tudo.
Eu não queria ser chamado para o ministério, e a maioria aqui também não queria (embora a
Palavra diga que quem almeja o episcopado, excelente coisa almeja), porque nós não queríamos
enfrentar uma luta que já prevíamos.
A grande luta da minha vida foi quando eu tive que optar. O Senhor teve que falar comigo e
não falou brincando não, falou muito sério. Depois de três dias de jejum, setenta e duas horas ali,
não tinha mais jeito, eu já não era mais nada, a carne já não falava nada, era o Espírito quem falava
agora e eu disse: Está certo, eu vou aceitar, estou entregue.
Eu sou grato a Deus por isso, porque me fez digno até aqui, quando, na verdade, eu devia
estar noutra posição.
Um dia eu pensei que era muito importante. Nós estávamos construindo o Maanaim e
haveria um grande encontro aqui. Os carros foram chegando, tudo estava sendo improvisado e eu
pensei: Isso não vai ficar pronto de jeito nenhum, vai ser um fracasso total.
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Eu adoeci e nem consegui subir para a minha casa, fiquei numa rede que tinha ali embaixo,
balançando e chorando, as lágrimas vinham, aquele gosto, lambia, Coitadinho de mim, não sei o
que vou fazer, eu não agüento.
De noite o Senhor me disse assim: Está dispensado da minha Obra.
Eu disse: Mas Senhor?
O Senhor nem respondeu.
Eu dormia, eu acordava, aquilo tudo.
E o Senhor me disse: Você já está pago. Não vou tirar o que lhe dei..
Eu sabia que não se tratava das bênçãos espirituais, eu sabia que eram as bênçãos que Ele
havia-me dado com relação à família, à saúde, a tudo o mais.
Não dormi mais, passei a noite em prantos, comecei a sentir a ausência de Deus na minha
vida, todo o passado veio à minha mente. Aquele dia foi terrível para mim, não tinha mais lágrimas
para chorar.
No dia seguinte a turma me procurou, e eu arriado, dentro de casa, sozinho, sem comer. Eu
tinha um compromisso de ir a Valadares e voltar antes do seminário. Já eram 15:00h e o pessoal foi
lá me buscar:
_ Como é que é? Já está pronto?
_ Eu não vou
_ Você não vai?
_ Não.
Eu só chorava e dizia que não.
_ Mas o que foi que houve?
_ Eu estou dispensado.
Aí o Senhor deu uma revelação a um irmão que nem sabia de nada. Ele disse: O Senhor
disse que quer que você se ajoelhe agora porque Ele vai dar uma oportunidade a você, Ele vai-lhe
dar uma cura.
E naquele instante o Senhor me disse: Vou dar uma oportunidade a você, a única e a última.
E eu disse: É com essa que eu vou ficar, Senhor.
E a turma continua orando por mim para eu não perdê-la.
Meus irmãos, o amor pelo rebanho é a intercessão. O pastor que não ora pelo rebanho, ele
não tem nobreza nenhuma.
Moisés despede-se do povo, agora ele vai passar a herança, ele já tinha enfrentado tantas
lutas no deserto, tanta dificuldade. O povo se rebelava e ele intercedia, sempre intercedendo, Ainda
uma vez orei ao Senhor.
Ministério sem intercessão não é ministério. Ministério sem amor pelo rebanho não é
ministério. Mensagem sem gratidão não é mensagem, é chute, é pancada, é agressão e o Senhor
não nos chamou para isso, nós não temos esse direito.
As pessoas que entram nas nossas igrejas devem ser tratadas com amor, com carinho, com
dedicação, com desvelo, elas vêm de lutas, é o salário atrasado, é o desemprego que bateu à porta, é
o filho que está doente, é a filha, é o marido que foi embora de casa. Esse povo não pode ser
tratado assim, o nosso povo é um povo especial. Muitos de nós estão aqui vivendo a expectativa do
amanhã, a escola do filho, a cirurgia da esposa, o pagamento de uma dívida, a procura do emprego,
o aluguel. O que dizer para o rebanho estando nessa situação?
A pessoa chega: Pastor, ora por mim porque eu estou desempregado.
O pastor: Senhor, abençoa esta vida, dá-lhe um emprego para o seu sustento.
O pastor tem que sentir isso, se ele não tiver essa sensibilidade, ele não está em condições de
servir e transmitir a herança.
Moisés subiu no monte Pisga, ele olhou a terra prometida ao longe, o tempo tinha passado,
era a hora de partir, cento e vinte anos. E então ele faz um pedido: Senhor, eu quero entrar na terra
prometida. E o Senhor lhe diz: Não me fales mais neste negócio, você feriu a rocha.
Moisés tinha ferido aquilo que era o profético, ele bateu com força na rocha, ele se esqueceu
que ela era profética, que falava do Filho de Deus, que falava de Jesus.
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Nós não podemos ferir a Rocha porque é ela quem nos dá vida. Quando nós batemos no
corpo, nós estamos batendo na Rocha, que é Jesus e quando nós fazemos isso, nós não entramos na
terra prometida.
Moisés tinha sido criado para ser faraó, era um homem preparado para conduzir o povo pelo
deserto, era um homem extraordinário, bom, decidido, no entanto, não tinha mais argumento para
Deus, Moisés, você vai ficar aqui. E, simplesmente, ele desceu, chamou Josué e os anciãos e lhes
disse: Eu vou embora, vou partir, mas vou-lhes passar as recomendações do Senhor, elas são estas,
estas e estas.
Moisés não chegou dizendo: Preparem o meu funeral, quero uma homenagem especial para
mim, quero uma placa... bota o meu nome numa rua aqui do deserto, troca o nome Cades-Barnéia
por Moisés, afinal eu ajudei muito a vocês.
O ministério não comporta esse tipo de coisa, nós não somos os primeiros, nós somos os
últimos. Paulo disse que nós somos como o lixo deste mundo, e como a escória de todos. (I Co.
4:13)
Nós não queremos ser, mas não tem jeito.
Vai, Josué, o Senhor não faltou com a sua palavra até hoje. O Senhor nunca nos
abandonou, nunca faltou alimento, as sandálias e os vestidos não se gastaram, não envelheceram,
as promessas do Senhor estão de pé. Vai, entra na terra. Eu fico aqui.
Isso é transmissão de herança. O ministério é nobreza. A nobreza é a transmissão de uma
herança e não existe herança maior do que a vida eterna.
Amém.
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ONDE ESTÁ O CORPO?
Lc. 24:3,5 – E entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus... entre os mortos?
Meus irmãos, nós estamos num seminário de obreiros e temos estado muito preocupados em
definir algumas coisas para que haja um entendimento geral da nossa posição como Obra no
contexto daquilo que todo o mundo chama de cristianismo.
Quando nós falamos de cristianismo, nós estamos envolvendo tudo aquilo que chamam por
aí de cristianismo.
Nós não temos nenhuma preocupação em falar na idolatria, nesse cristianismo idólatra que
perdeu o sentido de uma forma global. Nós não estamos falando daquilo que nos trouxe até aqui
porque, na verdade, nós saltamos duma condução e pegamos outra. A condução em que nós
estávamos, nos levaria para um destino, mas nós saltamos desta e pegamos uma outra e essa
segunda condução está-nos levando para um destino totalmente diferente daquilo que nós
conhecíamos.
Quando nós pegamos as listas de unção e ordenação, nós fazemos a seguinte pergunta: Veio
de que grupo?
Uma grande maioria veio da idolatria e outros vieram de grupos evangélicos, por isso há um
interesse da nossa parte em dar um posicionamento com relação àquilo que está acontecendo
conosco.
Existe uma pergunta que o mundo hoje faz, mas não existe resposta para ela, o que há são
especulações porque as pessoas não sabem o que responder. O mundo pergunta: Onde está o
corpo de Jesus? e fica sem resposta.
Lc. 24: 1 – E no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro,
levando as especiarias que tinham preparado.
V. 2 – E acharam a pedra revolvida do sepulcro.
V. 3 – E entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus.
As mulheres foram ao sepulcro, mas não acharam o corpo do Senhor Jesus e ficaram
perplexas com aquilo e se perguntavam: Onde está o corpo? Nós vimos que o colocaram aqui, mas
agora o sepulcro está vazio. Onde está o corpo do Senhor Jesus?
Não havia uma resposta satisfatória.
Nós estamos na mesma situação.
Aqueles discípulos que iam a caminho de Emaús também não discerniram onde estava o
corpo, no entanto, Jesus estava ali com eles, ao lado deles, conversando com eles.
Maria Madalena estava inconsolável, ela viu dois homens ali e eles lhe perguntaram:
Mulher, por que choras? E ela disse: Porque levaram o meu Senhor e não sei onde o puseram.
Mas Jesus estava bem ali, atrás dela, e lhe fez a mesma pergunta: Por que choras? Quem buscas?
E ela não discerniu que era Jesus. Maria lhe diz: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste e
eu o levarei. (Jo. 20:11,15)
Tomé também não discerniu, ele disse: Eu só creio se vir e tocar o lugar dos cravos. (Jo.
20:25)
Todos eles tinham tudo para discernir onde estava o corpo de Jesus, porque tudo estava
acontecendo conforme a profecia, aquilo era profético, não tinham nada para errar, mas o segredo, a
descoberta do povo está na revelação, enquanto eles não tiveram a revelação, eles não tiveram a
resposta certa.
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Maria foi ao sepulcro porque, na sua mente, Jesus estava morto (a Religião é assim). Ela
foi lá e não encontrou aquele corpo morto e quis saber onde o haviam colocado.
Quando se deu a revelação?
Ela só descobriu que Jesus estava vivo quando Ele se revelou a ela. Jesus a chama pelo
nome: Maria. Naquele momento o discernimento veio e ela diz: Raboni.
Maria tinha conversado com Jesus pensando que era o jardineiro. Ela tinha ido lá com a
maior boa vontade, levava aromas para perfumar o corpo de Jesus, ela estava querendo servir ao
Senhor.
Da mesma maneira, os discípulos que estavam indo para Emaús, caminhavam com Jesus,
conversavam com Ele e até o repreenderam, dizendo: Só você não sabe o que aconteceu a Jesus?
Eles começaram a falar de Jesus porque aquele “estrangeiro” que estava com eles não sabia de nada
sobre Jesus, precisavam dar uma “mãozinha” para colocar Jesus a par da história.
Quando se deu a revelação?
Foi no partir do pão.
Os discípulos vinham de uma pescaria infrutífera e viram Jesus na praia, mas não
discerniram que era Ele. Jesus lhes pergunta se tinham alguma coisa para comer e eles disseram
que não. Então Jesus manda que voltem ao barco para pescar e, dessa vez, a rede veio
transbordando de peixes. Aí eles discerniram que era Jesus porque somente Ele poderia fazer tal
coisa.
Quando voltaram, viram ali brasas e um peixe posto em cima, e pão. Era a terceira vez que
Jesus se manifestava a eles. (Jo. 21:1,14)
O mundo não está em condições de discernir onde está o corpo, mesmo com a Bíblia, que
fala tudo a respeito de Jesus, mesmo com toda a operação do Espírito Santo. Por quê?
Porque Jesus é uma revelação. Se não houver revelação, o homem não descobre quem é
Jesus, por isso a mensagem tem que ser revelada.
O que faltou àqueles discípulos?
Faltou-lhes revelação.
Nós temos que entender que a mensagem só tem valor se tiver revelação, se não tiver, ela
não penetra, ela não alcança o seu objetivo, ela não move nada.
Todos eles tinham boa vontade, Pedro saiu correndo até ao sepulcro, aquela afobação toda,
todos saíram atrás de um corpo sem vida. E as perguntas eram as mesmas: Não sabes o que
aconteceu? Onde o puseram? São as dúvidas que ficam sem resposta, sem esclarecimento.
Ao terceiro dia, veio o esquecimento, todo o mundo esquece, a Religião esquece com
facilidade, os discípulos esqueceram que Jesus havia dito que ao terceiro dia Ele ressuscitaria.
Como eles não viram, pensaram que haviam levado o corpo.
A Religião presta homenagens ao corpo morto, as mulheres foram levar aromas para
perfumar o corpo morto, ainda hoje existe um povo que homenageia Jesus morto.
E quanto a nós?
Vamos abrir um parêntesis aqui para falar de uma coisa que a Obra já superou.
Mc. 11:1,11 / Lc. 19:28,44 - Jesus se aproximava de Jerusalém, de Betfagé e de Betânia,
junto ao monte das Oliveiras. A cidade de Betânia ficava ao lado do monte das Oliveiras e era uma
das entradas de Jerusalém. Quem vinha do deserto, contornava a montanha da Judéia por trás e
chegava a Betânia.
Foi ali que aconteceu um grande milagre, que foi a ressurreição de Lázaro.
Jesus estava vindo para Jerusalém e o povo já estava sabendo que Ele havia ressuscitado a
Lázaro, bem perto dali, a notícia logo se espalhou.
Jesus vinha montado num jumentinho e logo o povo saiu para aclamá-lo e estendiam as suas
vestes no chão por onde Ele ia passar, eles cortavam ramos de árvores e cobriam todo o caminho.
11
A multidão gritava: Hosana, bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!
Exatamente as mesmas palavras que eles disseram quando Jesus nasceu.
E hoje?
Hoje nós temos as mesmas coisas, a mesma festa: É Natal! Jesus nasceu! Existe um povo
que sai às ruas gritando: Hosana nas alturas! Jesus nasceu!
A maneira de festejar é parecida com a nossa, só que eles comem peru com farofa e nós
comemos chester. Eles dão, abertamente, presentes para todo o mundo e nós damos escondido.
Eu vou fazer uma pergunta aqui: Quem é que acha a árvore de Natal feia?
Todo o mundo gosta da árvorezinha, não é mesmo? Aquelas bolas coloridas... não é só
criança que gosta. Eu tenho dito nas mensagens, ultimamente, o seguinte: Olha, se fosse possível...
Eu gosto tanto de árvore de Natal que se fosse possível eu pendurava uma na minha cabeça e saía
com ela na rua, acendendo e apagando. Eu acho linda uma árvore de Natal.
Sou fanático por Papai Noel. Você recebe muitos cartões de Boas Festas! Feliz Natal!
Feliz Ano Novo!
Está errado ou está certo?
Nós temos que discernir as coisas direitinho.
Os discípulos estavam gritando Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu, e
glória nas alturas, por todas as maravilhas que tinham visto. (Lc. 19:28,40)
E alguns fariseus lhe disseram, então: Mestre, repreende os teus discípulos.
E Jesus lhes respondeu, dizendo: Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras
clamarão.
Todos estavam gritando, a multidão e, principalmente os discípulos, porque sendo Jesus o
Rei, eles teriam lugar certo na administração, já pensou, pescadores, os filhos de Zebedeu... a mãe
deles chegou para Jesus e disse: Olha, quando o Senhor estiver no seu reino, não se esqueça das
minhas crianças, um a direita e o outro a esquerda, heim?
Os outros discípulos acharam ruim porque eles queriam aqueles lugares.
Vamos analisar o texto.
1º) Todos faziam a mesma coisa, todos glorificavam ao Senhor pelas maravilhas que Ele
tinha realizado, mas naquele meio ali tinha aquele grupinho que pediu ao Senhor que Ele acabasse
com aquela aclamação toda, mas Jesus disse que se eles se calassem, as pedras clamariam.
2º) Jesus veio descendo, sentado no jumentinho, vinha-se aproximando de Jerusalém.
Quando Ele viu a cidade, Ele chorou e disse: Ah! Se tu conhecesses também, ao menos
neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos. Porque dias
virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te estreitarão de
todas as bandas; e te derribarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem; e não deixarão
em ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação. (Lc.19:41,44)
Mais tarde, o Senhor Jesus diz: Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os
que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus
pintos debaixo das asas, e tu não quiseste! Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta. (Mt.
23:37,39)
Certa vez, Jesus disse assim: Este povo honra-me com os seus lábios, mas o seu coração
está longe de mim. (Mt. 15:8)
Jesus estava falando aquilo para todos ali.
3º) O povo aclamava, os discípulos aclamavam e Jesus aceitou todas aquelas honras, toda
aquela ovação, Ele não fez diferença. Mas havia uma diferença, os discípulos louvavam a Jesus
porque eles tinham visto (entre outros milagres) a ressurreição de Lázaro, eles estavam, falando de
uma experiência com o Senhor, aquela glorificação ao Senhor era em função de todas as
maravilhas que eles tinham visto.
12
Quando nós vemos o Natal, aquela data em que todo o mundo dá presentinhos, escondido ou
não, nós vemos que somos aquele mesmo povo, só que hoje nós temos uma consciência a respeito
de Jesus totalmente diferente do mundo.
Aí você diz assim: Papai Noel? Errado? Comércio? Errado?
E os nossos irmãos que vendem nesta época? Que saem de dificuldades porque vendem
muito nesta época?
Às vezes nós não raciocinamos com a revelação e você fica vendo todo o mundo feliz, Feliz
Natal! Tem coisa mais linda do que isso?
Se eles se calarem, as próprias pedras clamarão.
Nós temos uma consciência completamente diferente, a nossa consciência é outra. O mundo
homenageia um Jesus que está morto e nós homenageamos um Jesus que está vivo.
Podem dar presentes daqui pra frente. Só não quero pastor metido a Papai Noel.
Às vezes o pastor vai para o púlpito numa época dessa e como não tem o que dizer, fala mal
de Papai Noel. Eu não admito isso. Se eu estiver numa igreja e o pastor começar a falar mal de
Papai Noel, eu saio, vou embora porque eu gosto dele.
Nós não vamos dar ênfase a estas coisas, mas nós vivemos neste mundo que está aí.
O mundo honra o Senhor com os lábios, mas o seu coração está longe dele. Esse não é o
nosso caso, o nosso louvor não é da boca pra fora porque nós temos a revelação da morte e da
ressurreição, exatamente como aqueles discípulos tiveram. Eles viram a ressurreição de Lázaro,
que estava morto há quatro dias, viram a operação de Jesus. Quando o povo gritava, eles gritavam
também, só que o povo gritava com os lábios e eles gritavam com o coração.
Meus irmãos, nós chegamos a um momento em que nós entendemos uma Obra, nós não
estamos com medo das coisas que estão acontecendo, das comemorações que estão aí, nós não
estamos dando ênfase, não estamos... O Papai Noel já vem chegando... Vem chegando o Natal, nós
não estamos com esta preocupação, mas nós sabemos o que está acontecendo e nós não temos
púlpito, hoje, para perdermos tempo com isto. Você não pode chegar para uma criança e pedir que
ela entenda porque ela não vai entender, Olha, eu vi Papai Noel... É pecado.
4º) Jesus viu a cidade de Jerusalém e chorou e disse: Ah! Se tu conhecesses também, ao
menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos... (Lc.
19:41,42).
O que estava acontecendo naquele dia?
Aquilo que eles não sabiam aquilo que estava encoberto para eles. Se ao menos naquele dia
eles soubessem aquilo que lhes pertencia...
O que pertencia a eles? De que o Senhor Jesus falava? Qual era a dádiva de Jesus para
eles?
Jesus veio montado em um jumentinho e isso simbolizava a paz, isso era profético, o profeta
Zacarias havia dito: Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei
virá a ti, justo e Salvador, pobre, e montado sobre um jumento, sobre um asninho, filho de jumenta.
(Zc. 9:9)
Aquela profecia estava acontecendo naquele momento, mas eles não tinham discernimento.
Os discípulos tinham discernimento, eles estavam sabendo.
Nós também estamos sabendo o que está acontecendo. Este é o segredo, descobrir por que
Jesus veio.
...pois que não conheceste o tempo da tua visitação.
Há um dia na vida do homem em que Deus o visita. Ele visitou a mim, no início desta Obra;
visitou a tantos e continua visitando e nós temos que entender o momento da visitação do Senhor,
ao menos nesse dia o homem tem que entender e guardar aquilo. Por quê?
Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão,
e te estreitarão de todas as bandas; e te derribarão a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem;
e não deixarão em ti pedra sobre pedra.
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Chegamos ao momento da definição, nós estamos chegando a um momento profético da
Obra, aquele mesmo momento da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.
O mundo todo está acendendo as luzes do Natal, mas é só de lábios, o coração está distante.
A Igreja está aí, a visitação do Espírito Santo e nós temos tido a bênção de conhecer a
visitação do Espírito Santo, identificar e viver este momento. E o Senhor tem revelado que a
intensidade da operação do Espírito Santo no nosso meio é cada vez maior e nós precisamos disso;
não merecemos isso, mas precisamos cada vez mais.
As festas estão aí, se eles se calarem, as pedras clamarão, portanto, deixem os camaradas
pularem, deixem gritar, deixem animar, a galera precisa disso. Agora, nós não, nós glorificamos ao
Senhor, nós nos alegramos no Senhor porque sabemos o dia da visitação, aquele momento único em
que o Senhor nos visitou.
Nós temos a experiência do cego de Jericó. Jesus nunca mais passou por Jericó, era a última
passagem dele ali.
Da mesma forma, o coxo de Betesda. Jesus nunca mais passou ali, o poço se fechou de uma
vez, não houve mais cura.
Há um dia na vida do homem que ele recebe a visita do Senhor, esse dia está marcado no
calendário de Deus para a nossa vida, por isso é que nós estamos livres do cerco que vem aí
(sitiarão a ti e aos teus filhos, porque não conheceste o tempo da tua visitação).
O Espírito Santo está sendo derramado nesta hora e a nossa função, como Obra, é transmitir
uma mensagem. Nós não temos outra mensagem, só temos uma mensagem, que é: O Rei virá, o
seu reino milenar está pronto.
Está tudo pronto para a vinda de Jesus. O mundo está gritando Glória! Aleluia!, mas é só
de boca, mas o coração está distante e é por isso que as trevas estão caindo sobre o mundo, o mundo
não tem experiência, será derribado com todos os seus filhos.
É o tempo profético. Nós estamos na terceira hora, é o momento final, nós não temos mais
nada para dizer ao mundo, a não ser que o Rei vem e fará um reinado de paz. É a graça do Senhor,
é a bênção do Senhor.
Nós temos que identificar para o mundo, para o homem, esse tempo da sua visitação, na
mensagem. A mensagem para este novo milênio é: O tempo da visitação. Por quê?
Porque é a oportunidade para o homem, é a oportunidade para o seu filho, para a sua filha,
para os seus familiares, para o seu vizinho, para os amigos, para todos aqueles que estão à sua volta.
Por quê?
Porque é uma hora especial na vida da Igreja, porque a visitação está vindo sobre a Igreja e é
preciso discernir este momento.
O homem só discerne se ele tiver a revelação. Essa é a necessidade da Igreja.
Hoje está sendo construído um grande muro. A mensagem do final do ano fala de um
grande muro; de um lado está uma Obra que não se isola, mas se identifica e constrói as suas
grandes barreiras, grandes, mas não intransponíveis.
Os homens colocam barreiras, tais como, a personalidade, a cultura, a inteligência, a razão,
mas as barreiras impostas pelo Espírito Santo são suaves, podemos passar por elas, passar para o
lado de lá e voltar imediatamente.
O mundo grita Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! Nós gritamos também,
não existem barreiras para isso, se eles calarem, as pedras clamarão.
Deixa. Nós ficamos muito preocupados com o que está em volta; é claro que temos que nos
prevenir por causa dos fracos. Os nossos irmãos, os nossos filhos na fé, estão ouvindo as coisas e
nós não vamos deixar que eles sejam cercados nesta hora, que eles sejam entrincheirados,
molestados e que sejam levados à morte.
Nós vamos lutar, e a Obra vai completar a sua grande tarefa, que é a revelação.
Não existe outra palavra para você porque o grito do mundo é o mesmo que o nosso, é
Hosana! Bendito aquele que vem em nome do Senhor! Só que nós temos a experiência da morte e
da ressurreição.
14
Os discípulos haviam visto a morte e a ressurreição de Lázaro, tinham visto o poder de
Jesus, e nós temos visto também, por isso, quando nós gritamos é como um brado de guerra, é a
certeza do reino, da vitória de Jesus, que é a nossa própria vitória.
Nós não somos como aqueles que gritam Hosana! E correm para crucificar a Jesus.
Jesus chorou sobre a cidade, Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, que apedrejas os
que te são enviados... Sitiarão a ti e aos teus filhos... não ficará pedra sobre pedra...
É a morte para o mundo que está aí gritando da mesma forma, mas se eles se calarem, as
pedras clamarão.
Alguém pode dizer assim: A Obra mudou. O pastor Gedelti está falando agora que pode
fazer Papai Noel.
Pode sim, se isso é bom, o que é que tem? Se é isso que você entendeu?...
Perguntaram se podemos enfeitar as nossas casas com luzes de Natal.
Essa pergunta não tem cabimento aqui no nosso meio, essa pessoa não está perguntando isso
para saber a respeito, ela sabe que não é.
Nós saímos dessa sanfona há muito tempo, nós sabemos para onde vamos, nós temos um
rumo e a cada dia nós nos distanciamos de tudo isso. Mas você precisa mandar que as pedras
deixem de clamar? Para nós seguirmos o nosso rumo, nós temos que fechar a boca da televisão, do
rádio, da Religião que estão aí? Desse povo que está dizendo muita coisa só de lábio, da boca pra
fora? Como você vai julgar isso? Nós podemos impor alguma coisa? Deixem eles falarem, porque
se eles calarem, as pedras clamarão.
Hoje nós vemos grupos evangélicos envolvidos com televisão, com time de futebol,
inclusive, tem até um jogador que é da Obra, se converteu. Eles estão fazendo aquilo que nós não
podemos fazer, portanto, deixem eles.
Nós temos um rumo, uma meta, existe uma barreira que está diante de nós, e sermos iguais a
eles é que nós não podemos. A Obra já está definida, já não temos compromisso com o histórico, o
nosso compromisso é com o profético.
Se esse irmão que fez essa pergunta falar essas coisas na igreja dele, no outro dia todo o
mundo estará fazendo árvore de Natal, inclusive ele.
O corpo sem vida, ele tem homenagens, ele tem liturgias para dizer que Jesus está vivo, mas
para ele Jesus está morto e por isso está precisando dessas mesuras todas.
A Religião vive de:
De conceitos - Ah, que homem bom era Jesus, tão bonzinho... Pena que Ele morreu...
De debates - Será que Ele guardou o sábado ou guardou o domingo? Religião, corpo
morto, tem que ter debates.
De lembranças - A páscoa, Ele morreu e ressuscitou... palmito com bacalhau, chocolate,
não come carne porque se comer, está mordendo o Senhor Jesus.
Isso acontece sempre. São pessoas mal intencionadas? Não. Mas quando nós vemos no
nosso meio, pessoas que tiveram experiência de salvação, que abandonaram o mundo, a idolatria,
fazendo as mesmas coisas, a mesma imitação, quando nós vemos isso, aí é que é duro.
De tristezas - A Religião tem as tristezas, ela fica preocupada, Mas bateram em Jesus,
espancaram Jesus, coitadinho... O próprio ambiente dela é triste, aquilo tudo sombrio, cheiro de
vela, aquelas flores de plástico, as janelas lá em cima, pintadas de marrom, uma atmosfera lúgubre.
Quando fizeram os primeiros templos da Obra queriam pintar as janelas de marrom, então
eu disse: De jeito nenhum, nada de marrom. Vocês não vão querer fazer oratório aqui, não é?
Ficaram zangados comigo, ficaram quase um ano sem falar comigo. Vejam se isso é para nós. Se
você encontrar algum com janela marrom por aí, não é da Obra, é saudade do passado, é
saudosismo.
De saudades - Ninguém sabe onde ele está. Onde o puseram? Que saudade! Ele era tão
bom. A Religião vive destas coisas.
De derrota - Está morto mesmo, é a derrota, não tem jeito.
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A Religião tem tudo isso para oferecer, é o cheiro da morte, e é por isso que a Palavra diz:
Onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres. (Mt. 24:28)
Religião é um abutre em cima do cadáver de Jesus, Cada um quer pegar um pedaço de Jesus
morto para guardar e tem que botar perfume por causa do mau cheio, e é por isso que é necessário
tanta especiaria, tanto incenso.
Cada um quer levar o maior pedaço, dilaceram o corpo. E o primeiro ataque do abutre no
corpo morto é exatamente nos olhos. Vamos tirar logo os olhos porque fica mais fácil para acabar
com tudo, o trabalho fica mais fácil.
Depois que a revelação é tirada, fica fácil trabalhar no corpo, pode carregar o pedaço que
quiser que ele não está vendo nada.
Religião não tolera a revelação, esse cristianismo que aí está não convive com a revelação, a
primeira coisa que ele faz é tirar o olho e isso é uma grande preocupação nossa, é a de que a
revelação saia da nossa vida.
A mensagem do final do ano enfatizou um centro que se desloca em todos os sentidos,
mostrando as facetas de um centro, ela finaliza com aquela revelação de Pedro, Nós não estamos
embriagados como vocês estão pensando, já nesta hora do dia, mas nós estamos cheios do Espírito
Santo.
Quando você fala em revelação, o mundo diz: Que revelação, que nada! Esse pessoal é
doido. Nós não estamos embriagados, nós estamos cheios do Espírito Santo.
Quem invocar o nome de Jesus será salvo. O mundo tem deslocado, a Religião deslocou o
centro da mensagem, que é Jesus, ela buscou tudo o que estava à sua volta e foi substituindo Jesus.
A Religião não tem mais saída e, por causa disso, ela tem-se empenhado em angariar pessoas que
não têm consciência de nada, que não sabem o que é obra de salvação, que não têm experiências,
que gritam da boca pra fora.
Nós temos uma palavra e por isso, deixem eles falarem porque se eles se calarem, as pedras
clamarão, só que um pouco diferente porque, naquela glorificação, apesar da situação de falarem só
com os lábios (e não com o coração, com a alma), eles estavam-se dirigindo a Jesus, mas eu acho
que o jumentinho pensou que era com ele. O dono da Religião quando ... Ah, que maravilha!... É
ele quem está sendo glorificado, é o jumentinho, ele bota o nome de Jesus como se estivesse
carregando o jumento, mas, na verdade, quem está carregando ele nas costas é Jesus, ele quer
aparecer.
Nós temos um limite que já está bem definido. Nós estamos vivendo este momento, que é de
definição. No ano passado, só na área da grande Vitória, calculamos, aproximadamente, 500
ungidos e pastores e prevê-se um salto extraordinário para este ano, serão 500 novas igrejas. Nós
estamos vendo que abre-se para nós algo maravilhoso, mas nós não podemos deixar de lado a
revelação, ela é fundamental, ela é tudo aquilo que o Espírito Santo quer fazer e Ele quer que
sejamos portadores da revelação. É ouvir a voz do Senhor e transmitir a revelação, nada mais. Isso
é ministério.
ADENDO: (Pr. Demerval)
Jo. 19:23,24 – Tendo pois os soldados crucificado a Jesus, tomaram os seus vestidos, e
fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e também a túnica. A túnica, porém, tecida
toda de alto a baixo, não tinha costura.
Disseram, pois, uns aos outros: “Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela, para ver
de quem será”. Para que se cumprisse a Escritura que diz: “Dividiram entre si os meus vestidos, e
sobre a minha vestidura lançaram sortes”.
Desde aquele momento e até hoje, a Religião não discerniu onde está o corpo de Jesus e por
causa disso, ela ficou com o exterior.
O que o Senhor está mostrando aqui é que a Obra é uma só, ela não tem emendas, não tem
costura, e por isso não pode ser dividida para este ou aquele.
O homem vive em torno daquilo que é exterior.
Eles não se importaram com o corpo de Jesus, mas nós temos o corpo de Jesus vivo Ele está
conosco. Graças a Deus!
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APERFEIÇOAMENTO DOS MINISTÉRIOS
No Principiantes, nós abordamos o corpo sob dois aspectos.
O primeiro aspecto refere-se ao funcionamento do corpo, enfatizado por Paulo na sua
primeira carta aos coríntios. (Cap. 12)
Paulo fala acerca dos dons espirituais como corpo e neste contexto, os dons sofrem um
aperfeiçoamento no corpo porque eles se completam.
Mas no segundo aspecto, quando ele fala aos efésios, ele chama a atenção de corpo para o
ministério, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do
corpo de Cristo. (Ef. 4:12)
O segredo do ministério consiste em ele estar ligado ao corpo porque é nessa situação que
ele se aperfeiçoa que ele vai melhorando aquilo que precisa ser melhorado.
Em quais aspectos o ministério é aperfeiçoado?
1º) O governo
Um dos pontos importantes da ação do ministério na vida da Igreja se chama governo.
O aperfeiçoamento acontece à medida que você aprende a conviver com aquilo que o Senhor
está revelando, as decisões começam a ser tomadas, de tal forma, por revelação do Senhor, que
daqui a pouco você já começa a entender como o Senhor vai agir.
Por exemplo, aparece um caso na igreja e você não sabe como lidar com aquilo, você não
sabe como resolver aquele problema. O que fazer? Qual é a solução?
O Senhor vai revelar como você vai tratar aquele assunto, essa é a grande vantagem do
ministério no corpo.
Hoje você tem as reuniões dos pólos, você vai e leva o assunto para a reunião, Olha, eu
estou com um problema na minha igreja que não dá pra resolver no grupo de intercessão (porque,
na verdade, no grupo de intercessão a decisão é do pastor).
Se na reunião do pólo não foi possível solucionar o problema, você pode levá-lo para uma
outra reunião.
À medida que o pastor usa esses recursos e não toma certas decisões de uma maneira
atabalhoada, o seu trabalho de governo na vida da Igreja começa a ser melhor, começa a ter um
desempenho melhor, o risco dele falhar torna-se menor.
Eu tinha que tomar uma decisão na igreja sobre um casal de noivos, eles não podiam casar
na igreja. Eu reuni os pastores, expus o assunto e colocamos diante do Senhor para sabermos dele
qual seria a nossa conduta.
Eu sabia que eu ia precisa da ajuda dos companheiros. Tomei a decisão.
Quando eu tomei a decisão, dois diáconos me chamaram em particular e disseram: Você
falhou naquela decisão. Nós estamos sendo francos porque você sempre prega sobre lealdade.
Eu disse: Então vocês vão procurar o presbitério porque a decisão foi dele. Vocês acham
que eu ia tomar uma decisão dessa sozinho? Acham que eu vou colocar a minha cabeça na
guilhotina? Tomar uma pancada dessa? Isso foi uma orientação que o Senhor deu no presbitério.
Querem que eu leve vocês lá para confirmar?
Nós começamos a aperfeiçoar.
O perigo é quando nós tomamos decisões unilaterais.
O aperfeiçoamento dos santos na obra do ministério é no corpo porque a probabilidade do
corpo falhar é mínima (pode haver falha, mas é mínima). É muito mais fácil eu falhar sozinho do
que todos os companheiros falharem juntos.
Isso é um aperfeiçoamento do governo. Os pastores estão aprendendo muito isso hoje, os
problemas são vários e a cada um cabe uma decisão.
Nestes dias surgiu um problema numa igreja e o companheiro me procurou. Fomos para a
reunião, ele expôs o assunto. Como é que nós vamos resolver?
São fatos que estão sendo trabalhados dentro do corpo, nós estamos exercitando isso,
estamos desenvolvendo isso. De que maneira?
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O trabalho na vida da Igreja tem sido muito bem feito nos pólos e nas coordenações e é por
isso que tem sido um perigo.
Nesses dias, o pessoal trouxe uma necessidade de uma região, o pastor deixou de se reunir
com o pólo. Aí me perguntaram: O que devemos fazer?
Eu disse: Acho que vocês devem tirar o pastor da igreja, até para preservá-lo. Se ele não
vai à reunião dos pólos, se ele não participa, se ele está isolado, tem que tirar, até para sua
preservação, porque, numa dessas, ele faz uma bobagem.
Vejam só, a igreja dele vem aqui no seminário, o Senhor entrega uma revelação e ele faz
diferente. O que aconteceu? Ele se queimou, entrou numa dificuldade.
Nós estamos dependendo do corpo nas ações da Igreja.
As coisas simples, eu posso resolver, mas quando vem a exceção, eu não decido sozinho, eu
não sou doido, Olha, essa decisão... nunca aconteceu na Obra... mas eu fui e tomei a decisão
sozinho.
Eu chego e digo: Olha, aconteceu isso assim, vamos ajudar, vamos ver o que vai ser feito
como resolver. Por quê?
Porque nós aprendemos, aquilo que foi resolvido daquela forma serviu de aprendizado para
todos.
2º) A discrição
Como é que nós agimos na disciplina das pessoas?
As pessoas são disciplinadas, mas nós não abrimos até por questões éticas. Às vezes a
esposa pergunta: Pastor, por que o meu marido foi afastado do diaconato?
Você diz: Minha irmã, o Senhor mostrou uma dificuldade espiritual. E só. Por que isso?
Porque nós nos tornamos alvo, ela ouve, diz para o marido, ele vai e processa o pastor
porque falou uma coisa e não provou. Hoje nós não falamos mais o motivo, as pessoas são
afastadas sempre por dificuldades espirituais e pronto, só isso. Não tem nada que dizer a causa, que
fez isso ou fez aquilo.
Isso é um aperfeiçoamento.
A pessoa errou, cometeu uma falha. O pastor vai chamar e começar a fazer perguntas
(Como foi isso? O que você fez? Quando? Que dia?) ? Não existe essa curiosidade, a falha está
diante do Senhor.
Isso é a maneira que você leva, há uma comissão, há um grupo de pastores, há as
orientações que são dadas. Isso é governo.
3º) A não agressividade
Outro ponto importante que nós estamos observando dentro da maneira de governar é a não
agressividade. Você pode governar bem, você pode ser sério, até mesmo rigoroso, sem ser
agressivo, sem ser ditador. Você diz o que precisa ser ouvido, mas sem se alterar, sem brigar; essa
fase já passou, nós mudamos, nos aperfeiçoamos.
Se a pessoa está com alguma dificuldade, você conduz, orienta. Se a pessoa cometeu uma
falha muito grande, você vai agir seriamente com ela, mas dentro de uma certa conduta ética, nunca
tentando resolver os problemas individuais através do púlpito porque aí você está disparando uma
metralhadora a esmo, vai acertar quem não tem nada com aquilo. Você diz: Tem um grupo aqui que
está indo à praia de biquini, e assim você começa a bater em todo o mundo, você quer bater em
dois e acaba atingindo trezentos. É mais fácil, é mais ético, é mais correto chamar os dois e
conversar com eles. Às vezes você fica com medo de falar com os dois e então joga isso
publicamente, você agride a Igreja e o Senhor não quer isso. Não use o púlpito para agredir
ninguém.
A mensagem tem que ter um tema. O Espírito Santo tem-nos dado um tema para a
mensagem de cada culto. Digamos que o tema da mensagem é salvação, ou é alegria no Senhor, ou
é a volta do Senhor Jesus, você usa aquilo que o Espírito Santo tem revelado e assim você não
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agride a Igreja, você evita aqueles atos de agressão. A mensagem não é para brigar com a Igreja,
você não pode usar o púlpito para despejar seus desaforos em cima de ninguém.
Quando eu ainda era ungido, eu conheci um pastor que deixava transparecer quando o dia
dele não tinha sido muito bom. Quando ele subia ao púlpito, eu olhava para a cara dele e pensava:
Ih, rapaz, a Igreja vai apanhar hoje até dizer chega, a mensagem era de arrebentar. No dia em que
ele estava alegre, a mensagem era um Salmo, mas no dia em que ele chegava atravessado, a
mensagem era Lamentações.
Hoje isso não cabe mais, o ministério entrou para uma fase de aperfeiçoamento. Hoje, a
mensagem tem um tema, um objetivo, ela está dirigida porque o Senhor tem preparado os cultos,
Ele prepara o ambiente do culto, Ele prepara tudo o que vai acontecer naquele culto e é por isso que
os grupos têm que estar orientados, é por isso que o culto profético tem que estar bem orientado, a
mensagem integrada nos dons, fazendo tudo aquilo que o Senhor está querendo.
Às vezes o presbitério pergunta: Como vai o ministério de Fulano? Por quê?
Porque existem ministérios que prosperam e ministérios que não prosperam.
Há falhas que hoje têm sido corrigidas no corpo. Todos nós somos partes do corpo e nós
estamos nos corrigindo porque o Espírito Santo está aperfeiçoando isso dentro da revelação.
Aí você diz: Ah, quer dizer que eu não posso preparar uma mensagem em casa?
Pode preparar. Você prepara hoje e o Senhor manda você pregar daqui a um mês, não é
isso? Você consulta: Senhor, eu posso preparar esse assunto? E Ele diz: Pode. E você vai
preparando porque uma hora o Senhor vai dar o tema e você vai aplicar aquela mensagem que o
Senhor já deu. Você tem as mensagens à disposição para que na hora que o Senhor revelar, você
aplica aquela mensagem e isso é o grande objetivo do culto.
A mensagem tem um conteúdo espiritual e por isso você tem que evitar certas colocações
indiretas, que expõem os servos, a Igreja, é preciso ter muito cuidado.
Uma vez, no começo da Obra, um pastor chegou no púlpito e, no meio da mensagem, ele
disse assim: Irmãos, eu chorei hoje, chorei quando vi este irmão (e apontou para um irmão que
estava ali) e vi essa costeleta nele, até aqui embaixo. Eu chorei quando vi essa costeleta.
Quando ele pensava que estava dando “um sermão” no companheiro, pensando que estava
com “a bola toda”, um irmão levantou-se lá atrás e disse assim: É, eu também chorei por causa
desse seu terno aí, Esse lançamento “moda Pelé”, eu também chorei por causa desse seu terno aí.
Não pode ser isso, você expõe os servos, não há necessidade disso, de falar com aspereza,
hoje nós recebemos pessoas de vários níveis, elas vêm com as suas necessidades.
Esses dias, pela manhã, um médico e a sua esposa passaram pela porta de uma de nossas
igrejas, e ele disse para ela:
_ Você sabe que eu tenho vontade de vir conhecer esta igreja?
_ É mesmo?
_ É. Eu acho que venho hoje à noite mesmo.
Ele foi pra casa com aquela idéia e ficou pensando: Eu vou lá só pra ver, quero ver o que
acontece ali.
De noite ele foi lá. Entrou, sentou-se e ficou aguardando.
O tema da mensagem para aquele culto era: Vem e vê.
Ele encontrou-se comigo e me disse: Amadeu, eu não tinha dito isso nem pra minha mulher,
eu disse pra mim mesmo: “Eu vou lá pra ver e a mensagem foi exatamente isso, Vem e vê”.
Uma mensagem simples, mas que penetrou no coração daquele homem, realizando uma
grande obra, uma experiência. Ele tem servido ao Senhor e tem trazido outros colegas.
O Espírito Santo tem aperfeiçoado esse trabalho nos ministérios, a maneira de pregar, tudo
isso.
Nestes dias o grupo chamou um irmão, para fazer uns acertos. Imaginem que ele estava
pregando num salão 5 x 6m, sem microfone e um irmão, que estava a três quarteirões dali, no ponto
de ônibus, ouvia a mensagem dele. Era uma gritaria, horrível.
Quando você está na igreja, quando você ouve a palavra gritada, isso irrita muito.
Vejam uma coisa, o Senhor revelou que os instrumentistas sempre toquem durante a
mensagem, certo? Foi feita uma pesquisa nos Estados Unidos, um grupo de neurocirurgiões
começou a operar ouvindo música suave e o índice de falhas foi muito menor. Agora, imagine
19
quando você ouve uma música espiritual dentro de um ambiente que já é espiritual e entra com uma
mensagem agressiva, ou dita de maneira agressiva. O que acontece? Ela destoa. Mas quando você
entra com uma mensagem que está casada, em harmonia com aquilo que é do Espírito, o que
acontece? Uma grande obra está sendo realizada.
Nós estamos aprendendo isso, não há mais necessidade de você gritar, pode pregar de
maneira branda e o Espírito Santo vai operar da mesma forma. O tempo da gritaria já passou.
Nós estamos aperfeiçoando isso, estamos trabalhando os nossos obreiros, estamos falando
isso para os diáconos e para os pastores.
O púlpito é uma coisa importante, precisamos ter cuidado para não usarmos certas
expressões no púlpito, certas palavras, certos nomes, palavras de duplo sentido.
Você pega um dom para ler, tem que ter cuidado, às vezes as pessoas na igreja não têm certo
cuidado de colocar certas coisas que agridem.
4º) Obediência às orientações do presbitério
Hoje nós estamos preocupados em que os pastores, os obreiros entendam o que é presbitério
porque tem pessoas que não entendem.
Uma vez eu fiz uma reunião de obreiros e perguntei o que era presbitério. Um disse assim:
Presbitério é aquele prédio que está localizado na rua Torquato Laranja, 90, aqui no centro de
Vila Velha. A idéia de presbitério para ele era a de um prédio.
Aí eu continuei perguntando. Presbitério é um grupo de pastores que se reúnem uma vez
por semana para decidirem os assuntos da Obra, do governo da Obra.
Ninguém sabia o que era presbitério.
Aí, um se levanta de lá e diz: Olha, Amadeu, eu estou muito aborrecido com o presbitério,
ele não dá muita atenção aqui para a nossa área.
Afinal, o que é presbitério? Vamos rever.
Presbitério é o conjunto de presbíteros. Se você é pastor, então você é presbítero e se você
faz parte do presbitério, você é parte do corpo. Quando você fala mal do presbitério, você está
falando mal de você mesmo, só que você está cometendo uma falha maior ainda. Qual é?
Vou falar uma coisa muito séria. O Espírito Santo ia excluir um pastor porque ele disse algo
que aborreceu o Espírito Santo, mas ele se humilhou e o Senhor teve misericórdia dele.
Nós estávamos numa reunião de pastores e nenhum assunto em reunião de pastores passa
sem que o Espírito Santo fale, nós não somos malucos, nós não vamos, por exemplo, comprar um
imóvel sem o aval do Espírito Santo.
Certa vez, nós queríamos comprar um terreno na praia da Costa. Eu achei o terreno bonito,
mas como eu não mando nada, levei o assunto para o Gedelti. Eu disse:
_ Gedelti, aquele terreno...
_ Quê??? Nós não podemos gastar tanto dinheiro, a Obra não está podendo gastar tanto
dinheiro, estamos precisando fazer economia, vamos comprar uma casinha e adaptar.
_ Uma casinha para adaptar?
_ Sim. E não se fala mais nisso, está tudo certo.
Eu fui consultar ao Senhor e Ele me deu aquele texto que diz: Este, pois, se pôs no meio
daquele pedaço de terra e o defendeu... (II Sm. 23:12)
Eu fiquei clamando. Continuamos a reunião e ele disse:
_ Vamos consultar sobre a compra de uma casinha... (ele tinha arranjado uma casinha
velha, horrível, mas que ele tinha achado ótima).
Aí um irmão levantou-se e disse: Eu tive uma visão. Eu vi um terreno assim e assim, na rua
tal... (era aquele terreno).
Gedelti disse:
_ Mas esse terreno eu já vi.
_ É, mas o Senhor disse que é pra comprar.
É o Espírito Santo.
Quando você traz um assunto e o Espírito Santo decide diferente daquilo que era a sua
vontade e você critica, você está ferindo o Espírito Santo. Quando você está na sua região, falando:
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Ah, o presbitério fez isso assim porque Ele tem marcação com esta região, você pode estar ciente
de que vai levar uma ripada, uma chicotada do Espírito Santo, não é de nenhum de nós aqui não.
Por quê?
Porque é o Senhor quem está falando, é o Espírito Santo quem está revelando. Se esta Obra
fosse de homem, tudo bem. Você pode falar mal de quem você quiser, mas do Espírito Santo,
nunca.
Outro dia eu reuni os obreiros e disse: Vocês podem falar mal de mim, podem falar mal do
Aluízio porque ele é enjoado, podem dizer o que quiserem, mas não podem falar mal do presbitério
porque presbitério significa pastor, isso está dentro de um contexto sério da Obra.
O pastor foi levantado para ter um ministério dentro de um corpo, por isso ele precisa
entender essa sua função e ter cuidado para não ferir a Obra porque os resultados vêm depois, na
pessoa.
Eu estava numa reunião e um irmão falou uma coisa que desagradou ao Espírito Santo e o
Senhor deu uma revelação. Ele, imediatamente, levantou-se e disse: Olha, eu quero que orem por
mim porque eu fiz uma bobagem.
E o Senhor lhe disse: Meu servo: Eu ia dar-te uma disciplina agora pela tua rebeldia, mas
pelo teu ato de humildade, Eu vou revogar.
Ele foi esperto demais, não deixou nem que contassem a revelação, quando ele sentiu o
clima, pediu perdão e isso foi a salvação dele.
Nós temos que entender isso e nos aperfeiçoar.
Amém.
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O PASTOR
I Pedro 5: 2,4 – Apascentai o rebanho de Deus... a incorruptível coroa da glória.
Existe um cuidado do presbitério (que, obviamente, é oriundo do cuidado que o Senhor tem
tido com o seu povo, com a sua Obra, com as nossas vidas, com o rebanho) para que haja a
transmissão da herança e que o ministério esteja integrado, esteja dentro daqueles limites
estabelecidos pela Palavra do Senhor.
Quando o Senhor chama o homem, como chamou a todos nós aqui, é uma honra. O
chamado é uma honra porque nós não merecemos, mas o Senhor, por sua misericórdia, vai-nos
capacitando, dia-a-dia, para o exercício do ministério.
Nós somos chamados pelo Senhor e Ele vai-nos capacitando, vai-nos preparando para que o
ministério seja frutífero e abençoado e é por isso que existe esse cuidado de estar dentro daquilo que
está estabelecido dentro da Palavra, aquilo que é a experiência acumulada, o ministério que vem
aperfeiçoando na sua Obra ao longo dos anos.
Hoje, quando o servo chega ao ministério ele já vem com o risco e o alerta que o Senhor
quer-nos fazer para evitar esse risco, que é para que ninguém se ensoberbeça por haver chegado ao
ministério.
Os novos precisam absorver a experiência passada, por isso, compete aos mais antigos
transmiti-la àqueles que estejam ingressando, para que eles possam se dispor a aprender e absorver
as experiências vividas.
O apóstolo Pedro nos dá neste texto que lemos, uma referência de como conduzir o rebanho
e estar com ele, conviver com ele.
Todos os pastores precisam observar isso. Os novos têm sido citados aqui exatamente pela
falta de uma experiência no ministério, eles caminharam como diáconos, como ungidos, estiveram à
frente de um trabalho, mas agora é hora de tratar diretamente com a ovelha e é por isso que essa
palavra precisa ser compreendida por nós.
1º aspecto: Todos nós fazemos parte do rebanho de Deus.
Pedro diz o seguinte:
Apascentai o rebanho de Deus que está entre nós, tendo cuidado dele,... – Pedro não diz
aqui que o rebanho está abaixo e nem acima do pastor, porque, na verdade, todos nós fazemos parte
do rebanho de Deus. Nós não somos os melhores, talvez sejamos os mais necessitados, mas os
melhores com certeza nós não somos.
não por força, mas voluntariamente, ... - É voluntariamente. Nós não servimos por
dinheiro, por salário.
nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; ... - A ganância é aquela ambição
desmedida que o homem tem de auferir lucros lícitos ou ilícitos.
Nada vai nos levar a isso, muito menos o ministério porque o Senhor pode-nos conceder a
bênção independentemente da posição que tivermos; se Ele quiser, Ele nos abençoará, mas nós
precisamos entender que não é o ministério que vai-nos enriquecer e o rebanho empobrecer.
Dentro desse aspecto de cuidar do novo é que nós trouxemos essa palavra para o
companheiro que foi levantado com o propósito de ajudar aquele que está começando.
Nós não merecemos o Senhor está-nos honrando e, enquanto formos fiéis a Ele, o Senhor
vai-nos honrar, Ele vai operar, Ele vai responder às nossas intercessões.
nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, ... - Nós poderíamos resumir essa
introdução numa única frase, que é: Nós não somos donos do rebanho, nós somos mordomos, nós
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estamos com esta responsabilidade para servir, para contribuir, para auxiliar na caminhada do
rebanho.
2º aspecto: O exercício do ministério
Nós sabemos da doutrina, dos ensinamentos, dos fundamentos da Obra, das orientações,
tudo aquilo que o obreiro vai absorvendo ao longo da caminhada, mas quando ele chega ao
ministério, ele precisa saber como se conduzir.
Numa das nossas reuniões, o Senhor deu uma revelação nos lembrando aquilo que está
escrito na Palavra, que é: Não remova os limites antigos que fizeram teus pais (Pv. 22:28). Este é
um conselho útil para o pastor novo.
Muitas vezes nós chegamos à igreja e encontramos alguma coisa para ser aperfeiçoada,
porém, nós não precisamos nos precipitar. O companheiro chega e faz uma tempestade dentro da
igreja, ele revoluciona tudo, muda o púlpito de lugar, coloca o grupo de louvor no fundo da igreja, e
com isso ele traz um transtorno para a Igreja e aquilo que era pra ser feito não se realiza com o
passar do tempo.
Esta palavra precisa ser observada por nós, existem os limites antigos, limites que já foram
estabelecidos e que não devem ser removidos.
É claro que aquilo que contraria a doutrina, aquilo que estiver fora do lugar vai ser colocado
em ordem porque, às vezes, o Senhor mudou o ministério até para isso mesmo, mas isso pode
acontecer sem nenhum transtorno, sem nenhuma dificuldade, sem nenhuma precipitação.
Você chega e vai conhecer a Igreja, vai conhecer a ovelha, saber da necessidade de cada um
e depois disso você vai colocar em prática aquilo que o Senhor for orientando aquilo que Ele for
determinando.
Conselhos
Nós podemos enumerar alguns itens que auxiliam no ministério, que são:
Saber ouvir - O pastor precisa saber ouvir o rebanho, ouvir a necessidade da ovelha, o seu
problema, a sua luta. O companheiro está chegando em uma igreja nova, não conhece ninguém,
não sabe de nada e é por isso que precisa saber ouvir, ele precisa ter essa disposição, estar nessa
condição de ouvinte e se dar para o rebanho.
Saber falar - Às vezes, antes mesmo de ouvir, de conhecer, o pastor pode emitir uma opinião
que não se enquadra à situação daquela ovelha.
Primeiramente ele precisa ouvir, conhecer e depois, na hora de falar, saber como falar,
porque nós, como ministério, temos a responsabilidade de não expor ninguém, nem a sua
dificuldade e nem a sua intimidade, dentro daqueles aspectos éticos do ministério.
Existem assuntos que não podemos comentar com ninguém, nós vamos orar pela ovelha,
colocar o problema diante do Senhor para que Ele dê a solução. Se nós falarmos, nós estaremos
contribuindo para aumentar a dificuldade da pessoa.
Saber discernir - Você ouviu, mas precisa considerar o que ouviu.
A ovelha, ao mesmo tempo que tem as suas necessidade, as suas lutas, as suas aflições, ela
tem também as suas manchas.
Trocou o ministério, a ovelha já vem... Não, agora eu vou voltar, eu vou isso, eu vou
aquilo... Mudou o pastor, a ovelha já se faz de vítima. Se você der uma palavra precipitada, você
pode estar criando uma dificuldade para si mesmo e para a própria pessoa.
Você precisa ouvir e discernir, considerar aquilo que está ouvindo, você precisa avaliar
julgar, e até mesmo aguardar um sinal, um dom do Senhor. A pessoa coloca o problema contando a
sua versão, e se você diz alguma coisa, ela já usa aquilo como um juízo a seu favor.
O pastor deve chegar e dizer: Meu irmão (minha irmã), nós vamos orar acerca desse
assunto e depois nós voltamos a falar sobre isso. Ou então eu digo: Meu irmão, me procure daqui
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a algum tempo. Fazendo assim, você terá tempo de levar o assunto ao grupo de intercessão e saber o
que aconteceu realmente, colher informações de terceiros, apurar a verdade. Você não pode ficar
com uma versão apenas porque seria um juízo tendencioso, sem defesa.
Avaliar o momento para aplicar a revelação
O Senhor dá dons, Ele mostra, mas a revelação tem um tempo para que seja implementada,
para que seja colocada em prática. É preciso ser paciente, saber o momento certo.
Vamos dizer que você está num culto de ceia, que é uma festa para a Igreja, você está
comemorando ali com a Igreja, e tem uma orientação acerca de uma correção para uma ovelha, de
uma disciplina, que é preciso dar-lhe uma palavra para um acerto. Definitivamente, aquele culto não
é o momento apropriado, não é a melhor hora, todos estão alegres, acabaram de sair de uma festa de
dedicação, aí você vai, chama, fala e entristece aquela ovelha.
Você vai aguardar a hora certa, ser cauteloso, ser paciente.
Eu lembro de uma experiência antiga. Eu ainda não era pastor e, durante o culto o Senhor
deu uma revelação: Eu quero a minha Igreja no monte. O pastor consultou, era do Senhor. Daqui a
um pouco, a mesma pessoa mandou outra revelação: Quero a minha Igreja no monte essa sextafeira. Era quinta-feira e nem todos estavam na igreja, nem o lugar onde se daria o encontro estava
preparado para receber a Igreja. Então nós vemos que o primeiro dom era do Senhor, mas o
segundo tinha um “graveto”.
As coisas que vêm de maneira impositiva, querendo, às vezes, até a nos levar a tomarmos
uma ação imediata, apressada, devem ser tratadas com cuidado e saber esperar.
Nós precisamos estar atentos a todos os aspectos do exercício do ministério, precisamos
viver isso, precisamos julgar e discernir.
Saber colocar em prática - É revelação do Senhor? Se é, tudo certo.
É o momento de colocar em prática? Sim.
Então, agora, cabe-nos saber como transmitir aquela orientação, até mesmo se for para
corrigir alguém.
Nós temos que chamar a pessoa em particular (não é expor), ela está passando por uma luta,
por uma dificuldade, um desacerto. Você não pode chegar e colocar a situação dela diante de
alguém, de um terceiro que não está preparado para ouvir porque aquilo se espalha no meio do
rebanho e a dificuldade que era de uma pessoa somente se espalhou pela Igreja, contagiou todo o
rebanho.
Não é apenas esperar o momento, mas também é saber colocar a revelação em prática
porque tudo aquilo que falamos e que fazemos está diante do rebanho, tudo é um ensino para o
rebanho, por isso o apóstolo Pedro diz:
mas servindo de exemplo ao rebanho. - Se nós formos precipitados, os nossos obreiros e
os diáconos serão precipitados, e os pastores que vierem através do nosso ministério vão adquirir a
mesma característica porque vão dar seqüência ao que aprenderam e vão agir da mesma maneira.
Nós precisamos entender que um gesto, uma palavra, um comportamento que nós
assumirmos, serão vistos por todos no rebanho.
Quantas vezes o garotinho diz: Eu quero um terno igual ao do pastor. E eu sei de crianças
que falaram isso referindo-se a outro pastor que não era o seu, tudo porque foi amável com elas.
Mesmo sem sabermos, nós estamos influenciando as pessoas com os nossos atos e palavras
e essa influência tem que ser positiva para que as pessoas sejam levadas a uma experiência com o
Senhor. Se não for assim, toda a nossa serventia ao Senhor acaba sendo inútil, um desserviço.
Saber colocar em ordem - Além de precisarmos saber o momento apropriado, temos que
saber como colocar aquilo em ordem.
É outra coisa difícil porque, às vezes, ou nós erramos o momento ou erramos a forma de
transmitir.
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Não há demérito nenhum em reconhecermos que erramos, reconhecer que falhamos é um
ato nobre, nós não somos infalíveis, nós erramos. Nós reconhecemos os nossos erros e clamamos:
Senhor, tem misericórdia de mim.
Assim como o Senhor tem-nos alcançado com a sua infinita misericórdia, nós também
temos que ter misericórdia, isso é uma característica da humildade.
O ministério não foi-nos dado para nos exaltarmos, pelo contrário, nós precisamos entender
que somos necessitados; podemos até orar pela Igreja, impormos as mãos, mas sabemos que somos
necessitados.
O meu defeito, a minha falha, a minha fraqueza, eu conheço, cada um de nós sabe da sua e,
por isso, se nós somos falhos, nós temos que entender que os outros falham também.
Nós temos que ser humildes e reconhecer o nosso erro, reconhecer a nossa limitação e
reconhecer que a ovelha também erra e que também tem as suas limitações.
Todos erram. Quem pode dizer que é perfeito?
Só o Senhor é perfeito e mesmo assim foi humilde.
Humildade não faz mal ao pastor e nós precisamos estar consciente disso.
3º aspecto - A comunhão
Um varão foi levantado para o ministério e no final do culto já estava dando ordens para os
diáconos. Faltou um pouco de humildade.
Por outro lado, vem o aspecto da comunhão, ele diz: Agora eu sou pastor, eu tenho que me
virar.
Não existe isso na Obra. A Obra é corpo, mesmo porque não existe nenhuma vergonha em
buscar ajuda.
Hoje a Obra tem uma estrutura, no pólo, na área, na região, nós temos um corpo à nossa
volta não apenas para nos corrigir, mas também para nos ajudar. Se estamos com alguma
necessidade, por que não recorrermos ao corpo? Às vezes o companheiro começa uma luta, uma
dificuldade e vai até ao fundo do poço e fica lá até morrer porque não buscou a ajuda dos
companheiros.
A ajuda é em todos os sentidos. O companheiro que foi recentemente levantado, ele tem um
assunto a tratar, ele procura o companheiro que era o seu pastor e conversa com ele, pois existe uma
comunhão entre eles, ou depois ele procura o coordenador e expõe o assunto.
E por que não? Virou auto-suficiente só porque recebeu uma bênção do Senhor? Nenhum
de nós é auto-suficiente, nenhum de nós sabe tudo, há sempre alguém que pode-nos ajudar.
Se estivermos em comunhão com os companheiros, no pólo, na área, na região, nós vamos
saber, sempre vai ter alguém para nos ajudar.
4º aspecto - Não insistir
Nós consideramos este aspecto importante. Nós podemos nos tornar maçantes, insistentes.
Nós vemos na Palavra aqueles necessitados que iam carregados até ao Senhor.
Nem todos da Igreja chegarão ao diaconato, ao ministério, seria bom que todos fossem como
já dizia Moisés: Oxalá que todo o povo do Senhor fosse profeta (Nm. 11:29). Seria ótimo que todos
tivessem dons, que todos fossem sábios, que todos tivessem intimidade com o Senhor, mas existem
aqueles que só vão se forem carregados e, às vezes, o Senhor exorta a pessoa: Rapaz, você tem que
dar um jeito, você tem que caminhar, e a pessoa não quer.
Eu costumo dizer uma coisa: Eu gosto de trabalhar com quem quer trabalhar. Não adianta
você insistir com quem não quer nada, você está perdendo tempo, está aborrecendo a pessoa e não
vai ter resultado. Trabalhe com quem quer trabalhar e trabalhe firme, assim você vai conseguir
levar a Obra do Senhor a bom termo.
Aqueles que quiserem ficar acomodados, o Espírito Santo vai tratando com eles, não se
preocupe.
Nós temos aprendido, nós temos visto ao longo desta caminhada o Senhor tratando com
todos, individualmente.
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Não precisamos ser insistentes, impertinentes, com as pessoas.
5º aspecto - Imparcialidade
Isso precisa acompanhar a nossa vida.
A Palavra diz:
Dt. 16:19 -... nem tomarás peitas; porquanto a peita cega os olhos dos sábios e perverte as
palavras dos justos.
Ec. 7:7 - ... e a peita corrompe o coração.
O presente, a peita, pode vir de várias formas, é aquela ovelha que chega para dar uma
palavra de elogio, é aquele irmão que chega dizendo: Lembrei muito do senhor... Ah é seu
aniversário... está aqui... Nós não precisamos disso, nós temos que estar bem à vontade se
precisarmos chamar a pessoa e dar uma palavrinha a ela.
Precisamos ser imparciais. Precisamos nunca nos esquecer daquilo que a Palavra nos
ensinou, que é:... e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. (Mt. 7:2)
6º aspecto - Misericórdia
Quantas vezes você chega e dá uma cajadada numa ovelha, depois dá outra, e outra?
Eu vou contar uma experiência. Um companheiro chegou numa igreja e lá estava um jovem
que estava prestes para ir para o mundo, já estava numa situação difícil. O pastor sentou com o
rapaz, conversou com ele e lhe disse: Olha, agora você pensa naquilo que ouviu e escolhe o que
você vai fazer.
Dias depois ele procurou o pastor e lhe disse: Olha, nunca ninguém falou comigo como você
falou, nunca tinham-me tratado assim, como gente. Até aqui eu só tenho sido chamado para
receber cajadada, você foi o primeiro que sentou e conversou comigo. Eu quero a bênção do
Senhor.
E deu resultado, aquele rapaz está firme e hoje ele é instrumentista, toca no Maanaim, está
caminhando, está servindo ao Senhor, tudo isso porque ele encontrou alguém que lhe dirigiu uma
palavra de misericórdia, uma palavra de esperança.
A cajadada é benéfica quando é dada no tempo certo e da forma certa; às vezes a pessoa está
precisando de um curativo, que lhe espremam a ferida e coloquem óleo, precisa provar o vinho, a
doçura do Espírito, a comunhão, o refrigério.
Então nós vemos que essa palavra do apóstolo Pedro é muito proveitosa para o exercício do
ministério e, principalmente, ela se encaixa no lema que o Senhor tem determinado para este ano,
que é: E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória. (I Pe. 5:4)
Se, como pastores, nós vivermos isso aqui, estaremos guardando aquilo que o Senhor temnos dado, aquilo que Ele tem-nos confiado, para que nós exercitemos juntos com o rebanho.
Amém.
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VIDA DE ORAÇÃO
Mateus 26: 36,40 - Então chegou Jesus com eles... nem uma hora pudeste velar comigo?
Este assunto, Vida de oração, geralmente é dado no 6º período, mas o Senhor revelou que
ele fosse trazido para este 7º período porque, certamente, Ele tem um propósito, uma bênção de
despertamento.
Nós ouvimos o Senhor falar ao nosso coração de uma maneira direta com relação ao
ministério que Ele nos deu, que nós zelássemos por ele porque Ele tem um propósito singular, para
este ano, para a sua Igreja, para o seu povo, para o seu rebanho.
Nós ouvimos na aula de Nobreza do ministério, a colocação de que o ministério que não
intercede pelo rebanho, não tem nobreza, não há nobreza nesse ministério.
Se fôssemos dar o nosso testemunho, passaríamos o dia aqui falando a respeito daquilo que
o Senhor tem feito em nosso favor, em favor do nosso ministério, na atuação do Espírito Santo
dentro do rebanho, na solução dos problemas das ovelhas (aqueles assuntos que a ovelha expõe, a
sua luta, a sua prova) porque em você mesmo não existe solução nenhuma, você não pode fazer
nada diante desses problemas, você se sente impotente para resolver qualquer coisa. Então, o que
fazer?
Só há um recurso, ir aos pés do Senhor junto com a ovelha. Muitos aqui têm esta
experiência; e não fica só naquela oração depois do culto, naquela imposição de mãos. Você chega
em casa e lembra daquela ovelha por quem você orou, você nem sabia o que dizer para ela, e então
o Senhor dá uma revelação, uma visão e aí você vai para uma madrugada especial, ou para um
jejum, são os recursos que o Senhor nos deu. Você usa o recurso, você clama, põe no altar do
Senhor e, daqui a pouco, a ovelha traz a notícia da bênção, da vitória, do livramento.
Não foi só a ovelha que recebeu a bênção, o ministério também recebeu porque o Senhor viu
a sua pequenez, quando você se prostrou aos seus pés porque com isso você está dizendo: Senhor,
eu não posso fazer nada, só o Senhor pode. Dessa maneira, todos crescem, a Obra cresce, a família
cresce, as experiências na vida da Igreja também crescem porque os problemas vêm junto com o
crescimento do rebanho, mas com o crescimento da Obra, o Espírito Santo também cresce nos
nossos corações.
Nós vivemos na dependência do Senhor. A cada dia nós aprendemos mais que não podemos
ser auto-suficientes, isso não cabe no ministério, no diaconato.
Um dia Deus nos fez um convite, um chamado (e ninguém aqui sabe porquê foi escolhido, a
não ser pelo fato da misericórdia de Deus, do seu amor). Nós não somos melhores do que ninguém,
e quando achamos que somos muito importantes, acontece o que aconteceu com aquele irmão, o
Senhor nos dispensa da sua Obra. É a soberania de Deus, o seu amor imensurável, que nos
escolheu um dia e nos fez um convite.
O TEXTO
V. 36 – Então chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmane, e disse a seus
discípulos: “Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar”.
V. 37 – E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e
a angustiar-se muito.
Haviam doze discípulos, mas Ele escolheu três e lhes fez um convite, um chamado: Vou
além orar. Venham comigo, vamos mais além, vamos mais adiante, subam o monte comigo e velai
comigo.
Jesus estava ensinando aquilo que já aprendemos nesta Obra.
Quando Jesus convidou a Pedro, Tiago e João para velarem com Ele, para orarem juntos
com Ele, Jesus estava falando a respeito do corpo. A oração no corpo não se perde. O corpo é o
nosso abrigo, o nosso refúgio.
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Jesus estava dizendo que na sua Obra, ninguém faz nada sozinho, ninguém consegue ir
sozinho porque a Obra é a seqüência de um projeto que só se realiza quando nós entendemos o que
é corpo.
O Senhor, pela sua graça e misericórdia, tem-nos feito entender o que é corpo, e nós
sabemos onde está o corpo. O corpo está aqui, e ele está vivo porque o Espírito Santo está agindo
no nosso meio.
Há uma interação de vida maravilhosa e ela cresce a cada dia na obediência, seguindo as
orientações, as revelações do Senhor.
Pedro, Tiago e João aceitaram aquele convite, eles poderiam ter dito que tinham outra coisa
para fazer, poderiam ter dito: Mas Senhor, já é noite, nós estamos cansados. Não pode ser depois?
Amanhã?
Eles, de pronto, aceitaram o convite. Nós também aceitamos o convite, o chamado de Deus.
Todos nós aqui temos consciência do chamado de Deus para nós e nos lembramos da palavra final
do ano: Não estamos embriagados. Não estamos fora do juízo, fora da razão, nós não somos um
povo doido, nós temos consciência plena daquilo que o Espírito Santo está realizando, apesar de
nós.
Nós não estamos embriagados, mas nós estamos cheios do Espírito Santo.
Qual era o momento profético que Jesus estava vivendo ali?
Davi profetizou a respeito daquele momento, quando disse: Cordéis da morte me cercaram,
e angústias do inferno se apoderaram de mim; encontrei aperto e tristeza. (Sl. 116:4)
Jesus sabia que ia para a cruz do calvário, Ele sabia que ia ser crucificado, que ia ser morto,
que ia derramar o seu sangue, e sabia também que ia ressuscitar e subir ao céus.
Profeticamente, aquele momento se transfere para nós hoje. A experiência que nós estamos
tendo da salvação; a nossa carne está sendo crucificada cada dia, nós temos experiência do novo
nascimento e, da mesma maneira como Jesus foi assunto aos céus, a Igreja vai ser arrebatada
também.
V. 38 – Então lhes disse: “A minha alma está cheia de tristeza até à morte; ficai aqui e
velai comigo”.
Neste momento difícil, de provas, Jesus fez um chamado, Ele fez o convite e aqueles
discípulos aceitaram, eles subiram o monte.
Jesus foi mais além, Ele foi mais adiante e os deixou ali com uma recomendação: Velai
comigo.
V. 39 – E indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e
dizendo: “Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero,
mas como tu queres”.
Jesus foi um pouco mais adiante e começou a orar, dizendo: Meu Pai, se é possível, passe
de mim este cálice.
Jesus começou a angustiar-se e quanto mais Ele se angustiava, mais Ele orava. (Lc. 22:44)
Esse é um outro ensino para nós. Quanto mais a luta aperta, mais oração devemos fazer,
mais devemos buscar ao Senhor.
A luta do Senhor foi tamanha que o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, Jesus
sentiu o peso do nosso pecado, das opressões do mundo, aquilo era tão difícil de suportar que Ele
ora ao Pai e diz: Pai, se possível, passe de mim este cálice.
Por que o Senhor Jesus diz se possível ?
Em primeiro lugar, para demonstrar a sua humanidade. Tudo aquilo que nós sentimos como
homens, todas as nossas fraquezas, todas as nossas mazelas, toda a nossa fragilidade, Jesus também
sentiu.
Pai, passe de mim este cálice, passe de mim esta prova, passe de mim este momento, me
poupe deste sofrimento.
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Mas Jesus completa a sua oração, dizendo: ... todavia, não seja como eu quero, mas como
tu queres.
Ele queria ser poupado, mas não queria sair do projeto do Pai para a sua vida, e isso era
mais forte nele.
Dizer isso, não seja como eu quero, mas como tu queres, é fácil, mas viver isso é muito
difícil. Viver uma luta, uma provação, uma dificuldade, uma enfermidade até o fim, não é nada
fácil, porque a nossa tendência é a de querer que o Senhor sempre faça a nossa vontade, da nossa
maneira, como nós pensamos.
Quando Jesus se coloca nessa posição, Ele está-nos ensinando que a nossa oração, a nossa
busca, deve colocar sempre e em primeiro lugar, o projeto de Deus para nós. Senhor, isto vai ser
bom para a tua Obra na minha vida? Vai ser bom para a tua Obra como corpo? Se não vai ser,
então eu não quero.
A verdadeira obediência começa na disposição sincera do nosso coração e no satisfazermos
a vontade de Deus para nós.
Em Lc. 22:43, lê-se: E apareceu-lhe um anjo do céu, que o confortava.
Na versão espanhola, lê-se: Um anjo desceu do céu e fortaleceu a sua vida.
Meus irmãos, louvado seja o nome do Senhor porque esta tem sido a nossa experiência com
Jesus. Muitos aqui têm sido provados de muitas formas.
Lembro-me de uma frase que o pastor Barros sempre dizia quando orava por aqueles que
estavam sendo ordenados, que era: Vocês estão sendo ungidos para sofrer. É uma verdade.
Quantas vezes nós sofremos? É a incompreensão de alguém, é obedecer à revelação quando isso é
difícil para nós, é a orientação que temos que transmitir, a dificuldade, a prova que cresce. Mas nós
vamos aos pés do Senhor e clamamos, é a madrugada, é o jejum, e, às vezes o Senhor revela que
você vai mesmo passar por esta prova, a sua família vai ser provada, que você vai passar por uma
luta financeira, mas que Ele estará ao seu lado, Eu vou estar contigo, Eu vou-te sustentar.
Caminha, o mar vai-se abrir, não temas. E assim nós somos confortados, o nosso coração é
fortalecido, muitas vezes, através de um dom que é trazido para corrigir o nosso rumo, o nosso
procedimento. Se não fosse assim, nós teríamos ficado lá atrás.
Estes dias eu estava conversando com um companheiro e ele me dizia o seguinte: O Senhor
deu uma revelação acerca da minha vida, eu fiquei... na hora eu tomei um susto, mas foi muito bom
para mim aquela revelação porque eu fui aos pés do Senhor, fui buscar mais a face do Senhor e Ele
mostrou-me muitas coisas que eu precisava corrigir.
A nossa experiência da Obra como corpo é essa. Muitas vezes nós teremos mesmo de
enfrentar as dificuldades, mas nós as enfrentamos com o Senhor ao nosso lado, com o consolo do
Espírito Santo na nossa vida.
Lembro da experiência de um pastor. Um obreiro que estava sendo provado quis falar com
ele e foi dizendo: Pastor, eu não estou entendendo o que está acontecendo comigo, eu estou numa
luta muito grande e tenho orado, tenho buscado, tenho atendido às orientações, por isso eu acho
que isso não podia estar acontecendo comigo porque eu estou fazendo assim para o Senhor, acho
que eu não precisava passar por essa prova.
E o pastor lhe disse: Olha, companheiro, você não vai sair dessa luta assim, dessa maneira,
porque você está orando, está buscando o Senhor confiado no seu desempenho como servo e isso
não sensibiliza o Senhor, essa oração que você está fazendo não é em nome de Jesus, ela é em seu
próprio nome, é no seu esforço próprio. Você precisa de uma bênção, você precisa lembrar-se
daquilo que diz a Palavra, de que quando o servo faz tudo o que lhe mandam fazer, ainda assim ele
é um servo inútil. Quando você for aos pés de Jesus, lembre-se de que é em nome de Jesus e isso
não é uma frase decorada porque quando você pedir em nome de Jesus, o Filho, você está dizendo
para Deus Pai que você não merece nada, que você não é nada, que você não é digno, mas que
você está confiado no seu Salvador, e que o amor de Deus por você é Jesus, que todos os méritos
são de Jesus e não seus, que é em nome da revelação, que é em nome daquele que desceu, morreu e
ressuscitou e que vai voltar para nos buscar. A oração é em nome de Jesus.
A oração e seus efeitos
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A Palavra diz que a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. (Tg. 5:16)
Nós sabemos o que significa justo na Palavra. Justo é aquele que é justificado no poder do
sangue de Jesus, é aquele que valoriza o sangue de Jesus todos os dias na sua vida.
Efeitos imediatos
Há efeitos que são imediatos e isso nos edifica constantemente.
A Igreja fazia intensa e contínua intercessão por Pedro, para que o Senhor o libertasse da
prisão e Ele atendeu imediatamente, Pedro foi solto pelo anjo do Senhor. (At. 12:5,17)
O Senhor respondeu tão rápido que eles nem acreditaram. Pedro bateu à porta e uma
menina chamada Rode foi ver quem era. Quando ela ouviu a voz de Pedro, ficou tão feliz que nem
abriu a porta, ela foi correndo avisar aos outros e eles lhe disseram: Você está louca. Deve ser o
seu anjo.
Às vezes o Senhor nos responde tão depressa que nem acreditamos.
Efeitos futuros
Há outros efeitos que não são imediatos, mas que são no tempo do Senhor.
Ana orava incessantemente por um filho. O tempo foi passando e ela continuava a clamar
por um filho, ela perseverou e, no tempo certo, quando convinha ao Senhor e à sua Obra, o Senhor
atendeu, Ele respondeu ao coração de Ana.
A oração dentro do projeto de Deus não se perde. A oração no corpo é transmissão de amor,
de vida, ela não se perde.
V. 40 – E voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro:
“Então nem uma hora pudeste velar comigo?”
V. 41 – Vigiai e orai, para que não entreis em tentação: na verdade, o espírito está
pronto, mas a carne é fraca...
Jesus os encontrou dormindo. Jesus lhes disse: Mas vocês estão dormindo? Não
agüentaram ficar acordados nem por uma hora? Eu não chamei vocês aqui para dormirem, esta
não é a hora para dormir, é para ficar atento, vigiando.
Quando Paulo ensina sobre a ceia, ele diz: Examine-se pois o homem a si mesmo, e assim
coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para
sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos
fracos e doente, e muitos que dormem. (I Co. 11:28,30)
Quem está tendo o discernimento de corpo, de onde está o corpo, de que ele está num corpo
vivo, não está dormindo porque ele está orando, ele está tendo uma vida de oração e é por isso que
as revelações fluem nesta Obra como corpo e para a nossa vida, individualmente.
O Senhor permite as lutas para a Igreja e para cada um de nós, individualmente, para nos
despertar, para que não nos acostumemos com este mundo, com esta terra, mas para que desejemos
ir logo para a eternidade.
Quem está dormindo, dorme porque não está discernindo o corpo.
Essa uma hora aqui, não é um período de 60 minutos, é uma hora profética, é aquele tempo
que Jesus estava atravessando, é aquele momento de provas, de trevas, um momento difícil e Ele
precisava de força para continuar realizando o projeto de Deus na sua vida.
E a palavra do Senhor para nós é uma palavra de alerta, é a recomendação, é o conselho.
O Senhor não quer nos encontrar dormindo, Ele não nos chamou para isso. O seu convite é:
Estamos numa hora difícil. Velai pela minha Obra, Velai comigo. Zelai pelo ministério que Eu
tenho-vos dado porque o momento é sério, é a última hora, é o momento de trevas, é o momento de
colírio para os olhos, é o momento da candeia acesa para que ninguém durma.
É por isso que nós temos que estar sempre pedindo: Senhor, mostra a meu respeito, fala
alguma coisa de minha vida, eu preciso ouvir a tua voz, eu quero saber o teu querer. Eu quero
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estar velando contigo, quero estar zelando pelo ministério que me conferiste, quero estar vigiando
porque a trombeta vai soar e só vai ouvir aquele que estiver espiritualmente acordado.
Esse é o conselho do Senhor: Velai comigo.
Meus irmãos, quem está tendo uma vida de oração, está tendo a sua vida aperfeiçoada pelo
Espírito Santo.
O Espírito Santo tem concertado as coisas na nossa vida, Ele vai organizando os nossos
pensamentos, vai colocando tudo em ordem, no seu lugar.
Nós não somos super-homens, também não somos super-servos, mas há um evangelho aí
fora dominado por dois grandes males, que são: O conformismo e o comodismo.
É conformismo porque esse evangelho está tomando a forma do mundo. É comodismo
porque esse evangelho que aí está não tem nenhum compromisso com Deus.
Há um ministério aí fora que trocou a oração pela oratória. Esse não é o nosso caso, nós
temos aprendido que dependemos do Senhor para tudo e por isso mesmo, dependemos do corpo,
que é de Cristo, para continuarmos velando, vigiando, acordados, atendendo ao chamado, ao
convite do Senhor para a nossa vida.
Amém.
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O DIÁCONO
ATOS 6:1, 4 - Ora, naqueles dias, crescendo o número... este importante negócio.
As palavras gregas diácono e diaconia, têm sentidos diferentes.
A palavra diácono está relacionada a serviço, e a palavra diaconia está ligada a ministério.
No sentido mais simples, a palavra diácono significa servir no pó (prefixo dia = através de).
Em outras palavras, é servir na humildade, nas coisas mais simples da Igreja.
A função de diácono foi instituída pelo Espírito Santo no início da Igreja primitiva, era uma
função específica, e o Espírito Santo levanta servos fiéis para exercê-la. Por quê?
Porque antes do Pentecostes, a Igreja era composta de cento e vinte pessoas,
aproximadamente, mas quando Pedro entrega a primeira mensagem naquele dia, três mil pessoas
entram para a Igreja (a Bíblia não diz que todas elas se converteram, que todas aceitaram a Jesus
naquele dia).
Dias depois, quando Pedro e João vão ao templo para orar, às três horas da tarde, um coxo
que ali estava pediu-lhes uma esmola, e aqueles discípulos são usados pelo Senhor na cura daquele
homem.
A multidão fica maravilhada com aquilo e Pedro, por revelação, lança a rede pela segunda
vez, ele entrega a segunda mensagem sobre Jesus, dizendo que aquele povo havia consentido na
morte de Jesus, exatamente o mesmo Jesus que havia curado aquele homem coxo.
Neste dia, mais cinco mil pessoas entraram para a Igreja.
Então nós vemos que antes do Pentecostes eram cento e vinte pessoas e doze apóstolos, mas
de repente e em pouco espaço de tempo, esse número salta de cento e vinte para oito mil. O que
aconteceu?
Os apóstolos já não podiam dar a mesma atenção a todos, já não tinham condições de dar
aquele atendimento e, por causa disso, começou a haver murmuração dos gregos contra os hebreus
porque as viúvas gregas estavam sendo mal assistidas pelo ministério, no tocante às necessidades
materiais mais prementes que elas tinham.
Foi nesse contexto que o Espírito Santo revela e institui essa nova função dentro da Igreja,
que era a função de serviço, uma função que deveria ser exercida por homens fiéis, chamados
diáconos.
A função do diácono consistia em auxiliar o ministério.
E qual seria a função do ministério a partir dali?
Pedro disse: Nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.
Então nós vemos que diácono não é ministério, diácono é serviço, a sua função na Igreja é
ajudar o ministério, ele é um complemento do ministério. É como se o ministério tivesse uma
equipe e ele fizesse parte dessa equipe.
Por que ele complementa o ministério?
Porque ele exerce, na vida da Igreja, as funções de comando, as funções de orientação, mas
sempre na dependência do governo, do ministério, do pastor. Ele tem tudo aquilo que o pastor tem,
exceto o governo.
O que ele pode fazer? - Ele pode ouvir sonhos, pode discernir (se não tiver discernimento,
ele deve passar para o pastor), pode impor as mãos, pode visitar, pode estar à frente de grupo de
assistência, enfim, todas aquelas funções básicas dentro da Igreja que complementam o ministério.
O que ele não pode fazer? - Não cabe a ele, por exemplo, mudar o horário do culto, mesmo
se estiver tomando conta de um trabalho (Olha, pastor, eu mudei o horário do culto, era na
segunda-feira e eu mudei pra terça-feira). Ele tem que ser orientado porque isso é função do pastor
e não dele, se ele não aceitar, deve ser disciplinado, porque ele não pode passar por cima do pastor,
ele é um complemento do governo.
Nós tivemos um caso aqui. Eu chamei o instrumentista e perguntei:
_ Como é que está o trabalho lá.
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_ Está bem, mas eu não estou tocando.
_ Por que não?
_ Eu estou disciplinado.
_ Como? Que disciplina é essa? Como foi isso?
_ O irmão que está lá me disse que havia uma revelação para eu ficar seis meses no banco.
Eu chamei o diácono e perguntei:
_ Quem foi que disciplinou Fulano?
_ Fui eu, pastor, o Senhor me deu uma revelação.
Aí eu fui lá na igreja e disse: Olha, o diácono Sicrano errou porque não é função dele
disciplinar ninguém, O irmão Fulano vai retornar à sua função, vai voltar a tocar e o diácono
Sicrano vai sair daqui da igreja.
Depois ele veio falar comigo:
_ Mas pastor, o senhor acabou comigo aqui na igreja.
_ Você falhou e a sua falha foi pública, portanto, a sua repreensão também é pública,
certo? Para que a Obra entenda o que é doutrina e a doutrina é: Você não tem função de governo,
você não pode exercer governo, você não pode disciplinar, não pode mudar a ordem das coisas
porque isso é função do governo e você é diácono, você é serviço, você é um auxiliar do pastor, do
ministério.
É por isso que há todo um trabalho em relação a escolha do diácono.
Como é feita a escolha?
A escolha segue aquilo que a própria Palavra ensina. Nós não podemos escolher o diácono
sem que ele esteja de acordo com a Palavra.
E quais são os requisitos bíblicos?
Ser cheio do Espírito Santo – Ele tem que ser cheio do Espírito Santo, ter intimidade com
Deus.
Hoje a Obra cresceu tanto que não se admite mais um diácono sem dons espirituais.
O pastor chega e diz:
_ Eu vou levantar um diácono lá.
_ É? E quais os dons que ele tem?
_ Ele tem dom de curar.
_ Só o dom de curar? Esse a Igreja toda deve ter também.
Ele precisa ter dons, ele precisa ser cheio do Espírito Santo, ele precisa ter as evidências do
Espírito Santo. Um homem que tem visões, que tem revelações, que é usado, esses servos com
dons são servos credenciados ao diaconato, desde que preencha todos os outros requisitos bíblicos.
Ser cheio de sabedoria - Não basta que ele seja cheio do Espírito Santo, é necessário que
ele também tenha sabedoria.
Tivemos um candidato ao diaconato que deixou de ser candidato por causa da sua falta de
sabedoria. O pastor estava dando um atendimento a um homem bem gordo e careca e ele estava ali,
de repente ele diz assim: Pastor, eu tive uma visão. Eu via uma rosa que nascia na careca do
gordo aqui. Esse irmão teve que ser afastado porque lhe faltou ética, respeito, uma série de coisas.
Ninguém tinha mais visões nem revelações do que ele, um santo homem, mas não servia para o
diaconato porque não tem sabedoria. Não se deve levantar, isso é bíblico. Não adianta ensinar, são
obreiros, mas eles não aprendem. Você ensina uma coisa hoje e no outro dia... Olha, pastor,
aquele obreiro que o senhor mandou pra cá, ele é estranho. Nós fomos encerrar o jejum (nós aqui
não estamos acostumados), todo o mundo se ajoelhou na poltrona da sala e aí ele deu um pulo pra
trás, deu um salto mortal, aí botou as pernas pra cima, ficou “plantando bananeira”, todo eufórico
com o encerramento do jejum.
Você não pode ter um obreiro sem sabedoria, tem que ter cuidado porque você já sabe que
ele não pode ser diácono.
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Quando você fala de sabedoria, você está falando de uma série de coisas, inclusive no lidar
com as pessoas.
Ser de boa reputação - Você tem que ver o testemunho dele, como ele é como obreiro,
como ele serve, as características, como ele atende, a sua confiança na fé através daquilo que ele
está realizando.
Quais são os outros requisitos?
I Tm. 3:1,13
Não ser neófito - Neo = novo / fitos = planta
É o novo convertido (planta nova).
Não se deve levantar novo convertido, um irmão que tem seis meses, um ano de Igreja, para
o diaconato porque é um perigo. Por quê?
Porque uma das condições para ser diácono é conhecer a doutrina, ser apto para ensinar.
Como pode ser isso se ele não conhece a doutrina?
Para ser levantado a diácono, o irmão tem que ter, no mínimo, o 4º período, para conhecer a
doutrina básica da Obra e nós não corrermos o risco.
Um pastor levantou um obreiro a diácono que estava nesta condição. O texto para a
mensagem falava da cólera do Senhor, mas na hora de ler, ele disse: A coleira do Senhor e pregou
em cima disso, toda a mensagem foi sobre a coleira do Senhor: Porque o crente deve andar na
coleira do Senhor... Porque o Senhor manda, leva e traz, vai e volta...
Isso só acontece porque não conhece a Bíblia. Não pode porque você expõe a Obra, você
expõe a Palavra.
Que governe bem a sua casa - Se você percebe que ele tem uma dificuldade com relação à
sua casa, é preciso tomar cuidado. Por quê?
Porque ele, assim como o pastor, ouve os problemas das ovelhas. Uma irmã chama para
contar um problema pessoal, particular... a mulher está de cá... se ela tiver uma certa autoridade
sobre ele, quando terminar a conversa, ela chama o marido num canto e começa o interrogatório:
_ O que aquela mulher está querendo com você?
_ Nada não, bem.
_ Como nada não? Vocês ficaram vinte minutos conversando. Qual é o problema dela?
Aí ele, com medo dela, vai e conta o assunto que foi tratado.
Ela sai dali e vai contar para uma irmã da Igreja e, daqui a pouco, todo o mundo está
sabendo do problema daquela irmã. Tudo por causa do diácono.
Esse diácono não manda em casa, ele não está governando bem a sua vida.
Se acontecer uma coisa dessa com você que é diácono, se a sua mulher quiser saber qual o
problema de alguém que conversou com você, qual deverá ser a sua atitude?
Você vai chegar pra ela e dizer, mansamente, educadamente, o seguinte: Querida, isso não é
da sua conta. Só o servo que está cheio do Espírito Santo dá essa resposta, se ele estiver na carne,
não dá não. Assunto que você ouve de irmão na igreja, você não pode levar pra casa, não leve para
a sua esposa. O servo que faz isso não está preparado para ser diácono. Por quê?
Porque ele tem que guardar segredo, o irmão confiou a ele um segredo da sua vida.
Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição, e
muita confiança na fé que há em Cristo Jesus.
Isso é muito importante dentro desse contexto todo.
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FUNÇÃO
A principal função do diácono é zelar pela doutrina.
É necessário que ele conheça a doutrina, ele tem que conhecer as doutrinas básicas da Obra,
ele tem que saber acerca do clamor pelo sangue de Jesus porque através do conhecimento dessa
doutrina, é através do clamor pelo sangue de Jesus que nós entramos na Palavra.
Quando você entra na Palavra através do clamor pelo sangue de Jesus você vai descobrir o
segredo porque ele é a chave que abre o segredo da Palavra, ele é a chave para você entrar nesse
projeto de Deus.
O diácono precisa conhecer profundamente essa doutrina, que é o clamor pelo sangue de
Jesus, para que sejam tiradas todas as dúvidas daqueles que estão chegando, daqueles que são
tentados a serem levados pelo engano.
O diácono tem que saber também a respeito da Palavra revelada, a respeito da consulta à
Palavra, que é, na verdade, aquilo que movimenta a Igreja. Por quê?
Porque o novo convertido vem e aprende duas coisas fundamentais, que são: o clamor pelo
sangue de Jesus e a consulta à Palavra.
Aquele que vem, ele coloca essa doutrina, o clamor pelo sangue de Jesus, rapidamente em
prática. Por quê?
Porque ele chega em casa, a opressão vem em cima dele, ele clama pelo sangue de Jesus e o
Senhor opera naquela hora. Ele entrou no seu local de trabalho, veio a opressão, ele clama e tem o
livramento. Ele vai-se defendendo das opressões que estão vindo porque ele começa a clamar pelo
sangue de Jesus e começa a ter experiências com o Senhor.
Depois ele começa a ter experiência com a Palavra. Por quê?
Porque ele não tem dons, não tem visão, não tem revelação. Ele abre a Palavra e Deus
começa a falar com ele através dela, de tal forma que ele até se assusta.
O que firma o novo convertido no começo da caminhada é isso, é ter experiência com o
clamor pelo sangue de Jesus e com a consulta à Palavra, porque ele vai-se desviando de todas as
dificuldades que surgem, ele clama e Deus fala com ele.
Lembro de uma nova convertida que aprendeu e entendeu o clamor pelo sangue de Jesus e a
consulta à Palavra. Nunca vi nada igual, de como o Senhor falava com ela pela Palavra.
Um dia, quando ela chegou em casa, o marido estava em “pé de guerra” , teve uma briga
terrível com ela e disse que ia-se separar dela.
Ela clamou pelo sangue de Jesus e abriu a Palavra e o Senhor lhe disse: Não acontecerá.
Ela glorificou ao Senhor.
No dia seguinte ela o viu com uma moça e foi saber do Senhor: Mas o Senhor me disse que
ele não vai-se separar de mim. Já pensou se ele arruma um outro filho lá? Como eu e o meu filho
vamos ficar?
Ela abriu a Palavra e o Senhor disse: Se gerar, certamente abortará.
Passaram dois meses e a situação não melhorava e ela perguntou ao Senhor: Até quando,
Senhor, isso vai perdurar?
E o Senhor lhe disse: Isso vai durar mais um tempo.
Ela foi-se firmando porque Deus falava com ela tão diretamente, Pastor, como Deus fala
comigo! Deus fala mesmo!
O diácono tem que saber levar o novo convertido a essas duas doutrinas básicas da Obra,
que são o clamor pelo sangue de Jesus e a consulta à Palavra. Por quê?
Porque, a partir daí, abre-se um leque, o novo convertido clama pelo sangue de Jesus, depois
consulta a Palavra, e aí os dons começam a entrar na vida dele, de repente é uma visão, e ele está
lendo, orando, abrindo a Palavra, e o Senhor falando com ele através da Palavra, daqui a pouco,
uma revelação, depois outra, daqui a pouco está falando em línguas. É a abertura, e a doutrina
começa a fluir na vida dele, ele começa a ter experiências com a doutrina.
É por isso que é importante que o diácono conheça, pelo menos, a doutrina básica para
conduzir o novo convertido a ter essas primeiras experiências com o Senhor.
A partir daí, ele vai mostrar o que é corpo, que o dom não é isolado, que o dom é no corpo,
que o dom é incompleto. Ele vai introduzindo, vai preparando, vai apresentando as demais
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doutrinas da Obra, o culto profético, as experiências do culto profético. É uma seqüência, e o
diácono é importante para dar esse seguimento na vida do novo convertido,
O diácono tem que zelar pela doutrina.
Quando você vir no grupo um que está com a cabeça virada, nunca deixe que ele levante os
assuntos porque a opressão dele é exatamente esta, levantar as questões no meio de todo o mundo.
Quando ele vier com aquela história de: Olha, eu tenho uma dúvida... tem algumas perguntas que
eu preciso saber... Você diz logo: Olha, irmão, depois da nossa reunião do grupo de assistência
aqui, eu converso com você, em particular e vamos falar sobre isso.
Os problemas sempre são isolados, não podemos jogar o problema de um em cima dos
demais.
A participação do diácono no culto
A participação do diácono no culto é fundamental porque, enquanto o pastor está
preocupado com o culto em si, como ele vai ser conduzido, ele está vendo aquilo que é necessário.
Culto de casamento – Ele vai reservar os primeiros bancos para os parentes dos noivos, vai
orientar os fotógrafos e os cinegrafistas (filmadores) para que a ordem seja mantida.
Eu fui fazer um casamento numa igreja em que os diáconos ficaram parados. Me deixaram
“na onça”, na dificuldade. A noiva tinha combinado tudo com o fotógrafo e foi um desastre.
Eu comecei o casamento. Já no louvor, o fotógrafo rodava, aí ela virava, fazia “psiu” e ele
batia a foto. Enquanto isso eu estou lá fazendo o culto. Aquilo já estava me aborrecendo. Depois
ele foi para trás de mim, ficou no púlpito comigo, e ela “psiu” e ele lascava o flash. Aquilo foi me
aborrecendo, a mulher fez um show à parte. Aí eu parei e disse: Tem um negócio errado aqui. O
culto é para os noivos. Vai parar com esse negócio de fotografar agora, a noiva vai prestar
atenção no culto, na mensagem porque senão vai ficar difícil.
Culto de sepultamento – É um culto já com aquela dificuldade natural. O pastor orienta
sobre a colocação dos bancos em diagonal, a saída, fechar a urna quando começar o culto para não
dar azo aos curiosos. Terminou o culto, os varões já levam, saem naquela ordem que nós já
sabemos.
Isso é trabalho de diácono, ele segue as orientações do pastor que está à frente.
Culto de formatura – O diácono vai orientando os visitantes, os convidados dos formandos.
Culto normal – Evitar aquela interrupção do culto, o diácono andando toda a hora pelo
corredor, arranjando lugar, chamando daqui e de lá, isso atrapalha.
É importante zelar pela ordem do culto.
QUANTO AO ASPECTO ÉTICO
Quem fala mal de diácono é pastor.
Eu fico impressionado porque há uns tempos atrás, eu estava com um diácono lá na igreja.
O presbitério foi lá e esse irmão foi levantado para o ministério. Terminado o culto, toda a Igreja
foi abraçá-lo, aquelas coisas. Aí ele virou-se para os diáconos e disse assim: Olhem, vocês sempre
deram problemas. Tratem de arrumar as coisas lá dentro.
Ele era diácono meia hora antes e agora já estava brigando com os diáconos. Eu olhei para
a cara dele... os pobrezinhos dos diáconos ... são perseguidos até por aquele que passa a pastor,
como se ele nunca... E eu posso falar porque nunca fui diácono, eu não tive este privilégio. Alguns
dizem que é por isso que eu implico com eles.
Quando o diácono falta na igreja, o pastor pula, Olha, eu estou sem diácono lá. Tratem de
me arranjar uns diáconos bons. O pólo de vocês está cheio de diáconos e eu lá não tenho nenhum.
Todo o mundo fala mal do diácono, mas todo o mundo quer o diácono, então é porque não é
tão ruim assim, na verdade, eles são uma bênção, são uma necessidade.
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Tinha um diácono muito humilde lá na igreja. Um dia eu fui atender uma senhora e
perguntei:
_ Tudo bem com a senhora?
_ Tudo bem.
_ Está esperando para orarem por você?
_ É, eu estou esperando sim.
_ Está esperando quem?
_ Estou esperando Fulano (e apontou para aquele diácono).
Tem aquele pessoal que gosta mesmo do diácono e isso é bom.
No tratamento ao visitante – Como você aborda o visitante? O diácono tem que saber isso.
No caso de um senhor, uma senhora, o tratamento deve ser cerimonioso, você não vai chegar para
uma senhora e tratá-la com intimidade, você não vai dizer: Como é que você está?
Às vezes é uma autoridade, um juiz de direito, uma outra coisa qualquer, chame-o de doutor,
essa turma aí fora gosta disso, dessa deferência toda, crente é que não gosta, mas eles gostam.
No tratamento à criança – Como é que você entrega um dom a uma criança? Precisa ter
cuidado, tem que saber lidar com ela, não pode ser de qualquer maneira, tem que usar de
inteligência. Você não pode entregar um dom a um adulto perto de uma criança, porque pode ser
algo complicado.
No tratamento ao idoso – Você orou pelo idoso e aí começa: Pois é, irmão, oitenta e cinco
anos, não é? A Bíblia diz que depois dos setenta é só canseira e enfado, mas o Senhor está sempre
de braços abertos para nos receber... Ele começa a armar um cenário de morte, uma expectativa de
morte para o pobrezinho, o homem sai dali pensando que está prestes a morrer.
Estas coisas não são sábias. O que você vai conversar com o idoso?
Você vai conversar com ele, alegre... Mas senhor está muito bem, vamos orar aqui... Se ele
tiver noventa anos, você diz: Eu quero ir ao seu centésimo aniversário...
São pessoas que têm algum tipo de carência.
No tratamento às autoridades – Você tem que ter cuidado com a pessoa pública, não pode
colocá-la num lugar de evidência, você não pode expor, colocá-lo de frente para a porta, até mesmo
por medida de segurança, tem que ser num lugar mais protegido. Chegou o governador, leva para
um canto mais protegido.
Nós não tratamos mal ao político. É claro que você não vai botar o político lá na frente para
falar, Olha, estamos recebendo a visita do deputado Fulano de Tal. Deputado, faz favor, venha
entregar uma palavra... Nós não fazemos isso. Se quiser, você pode fazer uma menção apenas.
Às vezes, em época de eleição, chega lá na igreja, aí o diácono vai logo “barrando”: Você
veio fazer campanha política aqui é? Nós não nos metemos com política não. Por favor, retire-se
daqui pra fora.
Não precisa ser mal educado. Se ele disser: Olha, eu poderia entregar o meu papelzinho
aqui? O que você vai dizer? O senhor pode ficar à vontade, mas aqui do portão para fora. O
senhor pode distribuir para os membros da Igreja sem dificuldade alguma, não tem problema. Não
pode fazer isso aqui dentro porque nós temos uma orientação nesse sentido, é um lugar de culto, as
pessoas estão mais envolvidas com o culto. Aí na calçada não tem problema nenhum.
Não vamos tomar nenhuma posição, mas também não vamos tratá-los mal.
Na visita aos lares – O diácono que visitar uma irmã quando ela estiver sozinha em casa, ele
deve ser repreendido. Ele foi lá e o marido dela estava trabalhando e os filhos estavam na escola;
volta da porta mesmo. Ele fez a visita a primeira vez, foi avisado para não fazer mais aquilo, se
repetir a visita na casa daquela irmã, nas mesmas condições, ele deve ser afastado sem consultar ao
Senhor porque já é uma orientação, isso é questão de ética. Ele foi a primeira vez, você chamou a
atenção, ele repetiu, foi desobediente, pode e deve afastá-lo.
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Nos lares incompletos – Tem que ter muito cuidado em se tratando de lares incompletos,
tem que haver sabedoria com relação a dons e tudo o mais, precisa ver isso.
Horários impróprios – Você vai fazer uma visita à casa de uma irmã na hora que o marido
dela está vendo o futebol. Você fica ali trinta minutos, ele não vai prestar atenção, vai ficar
oprimido, com raiva porque perdeu o jogo.
Hora de almoço, ou de janta, ou onze horas da noite. Tem que ser conforme a
disponibilidade da pessoa a ser visitada, Irmã, qual é o melhor horário para fazermos uma visita à
senhora? Fale com o seu marido, veja se não é na hora do descanso dele.
Tem que ver isso.
Intimidades – Tem que evitar certas intimidades, certas coisas que trazem problemas.
QUANTO AO ASPECTO ESPIRITUAL
Guardando o ministério da fé – O diácono leva as experiências porque o seu trabalho na
vida da Igreja é com as experiências de fé, experiências maravilhosas, de sinais, de curas, de
libertações, de revelações.
Eu tinha um diácono à frente de um grupo de assistência, era o grupo que mais crescia,
chegou a ter noventa e oito pessoas. Ele não dizia pra ninguém, É, tem muita gente, mas eu não
contei.
Um dia a minha filha me disse assim:
_ Estou impressionada com Fulano.
_ Por quê?
_ Porque eu queria ir ao morro de Juburuna com mais duas colegas para orarmos, mas não
tinha ninguém para nos acompanhar. Conversei com ele, era o dia do aniversário da irmã dele e
ele deixou de ir ver a irmã e foi conosco no morro.
Deixou de ir ao aniversário da irmã. Eu não faço isso não. Ele fez espontaneamente e por
isso o carinho que elas dedicam a ele agora é muito grande, se ele lhes chamar a atenção, elas vão
ouvir, porque o gesto dele foi um gesto de fé, de abnegação. Isso é muito importante na vida do
diácono, você conta com ele a qualquer hora do dia ou da noite. Ele chama a atenção e a pessoa
ouve porque sabe que ele zela, é o ministério da fé.
Não de língua dobre – Diz uma coisa ali e outra aqui. Isso não pode acontecer.
Provado – Ele é provado e aprovado.
Irrepreensíveis – Ele tem que ter uma conduta irrepreensível.
QUANTO AO ASPECTO MATERIAL
Não cobiçosos
Honestos
Tendo bom testemunho dos que estão de fora
Hospitaleiro
Não espancador – Nós colocamos isso aqui para contarmos um fato interessante que
aconteceu com um obreiro. Ele estava pregando no culto e o filho dele, um garotinho de quatro,
cinco anos, começou a fazer bagunça. Aí ele parou e disse assim (se dirigindo à esposa dele): Eu
pediria à irmã, à mãe da criança, que tratasse do caso. E continuou pregando. A mãe... na maior
comunhão... o bichinho... Lá pelas tantas, ele desceu do púlpito, passou a mão no bichinho, botou
embaixo do braço e começou a bater no filho enquanto ia pregando, ele não parou a pregação, ia
batendo e ia pregando: Irmãos, porque a Obra... TAP! TAP!... e o bichinho... Ai! Ai! Ai!... Deus
tem-nos falado... TAP! TAP!... de várias maneiras... porque a operação do Espírito Santo... O
bichinho quase morreu.
38
Ele pregou cinco minutos enchendo o menino de tapa. O bichinho saiu tonto.
Tem certas situações, as vezes o obreiro tem uma filha que já está uma mocinha, precisa ter
cuidado.
Dias atrás uma irmã conversou com um pastor, ela disse que a filha de dezesseis anos falou
uma coisa e o pai, um obreiro, deu um tapa no rosto da moça. (Se bem que ela não tem mesmo
nada na cabeça, não tem Obra, não tem nada... apesar de que tem gente que tem dons, mas não tem
Obra e aí cria uma dificuldade).
Não contencioso – Tem gente que contenda com tudo.
Não avarento - Aqui também tem muita coisa.
Amém.
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OBRA REVELADA
Esse assunto começou em função de uma série de perguntas que nos faziam a respeito do
nome Obra. As pessoas nos perguntavam: Por que vocês chamam de Obra?
Eu lembro de uma senhora que chegou no meu consultório e me disse assim:
_ O senhor é crente, não é?
_ Sou sim.
_ O senhor é da Maranata?
_ Sou sim.
_ Eu também sou crente, mas eu não estou na Obra não, mas eu sou crente.
Então eu compreendi que ela pensava que Obra era o apelido da Igreja Maranata.
Daí partiu a necessidade de um entendimento maior do que vem a ser Obra.
Quando você fala de obra, você fala de construção. A Obra do Espírito Santo é uma
edificação feita pelo Espírito Santo, é Ele quem realiza esta construção.
A Obra é dinâmica, e para você fazer parte dessa construção, que é a Obra de Deus, você
tem que ter nas suas mãos o projeto da Obra de Deus, que é o projeto eterno. E como você alcança
esse projeto?
Você alcança esse projeto através da revelação.
A revelação leva você ao projeto e, de posse desse projeto, você realiza a Obra de Deus.
Eu fiz uma reunião de obreiros e abri uma discussão sobre o seguinte tema: O que é Obra
de Deus e o que é obra do homem. Cada um disse alguma coisa a respeito e, no outro dia, um deles
foi à minha casa levando um estudo sobre o assunto, ele disse: Pastor, eu gostei muito daquela
aula sobre Obra que foi dada em Jaburuna e fiz um esboço de uma coisa que o Senhor me mostrou,
até mesmo para o irmão acrescentar algum comentário.
Eu peguei o estudo e lá estava o seguinte: A Obra pode ser de Deus e do homem. A Obra
de Deus se constitui em: Visões, revelações, cânticos espirituais, culto profético, Palavra revelada,
fé, etc. A obra do homem se constitui em: Estradas, construção de pontes, viadutos, colégios,
prédios, estradas de ferro, estradas de rodagem, etc.
Eu fiquei assim... Nós falamos de uma coisa e o pobrezinho veio com aquela...
Quando eu falo de Obra de Deus, eu estou falando de uma Obra que está sendo realizada
pelo Espírito Santo, segundo a revelação do Espírito Santo.
Quando eu falo de obra do homem, eu estou falando do homem fazendo a Obra de Deus
pelos seus próprios meios, segundo a razão do homem, eu não estou falando de uma construção
material.
Quando eu falo Obra de Deus e obra de homem, eu estou falando de duas construções
espirituais, que são feitas de maneiras diferentes, sobre dois fundamentos diferentes, porque a Obra
de Deus está baseada na revelação e a obra do homem (que também fala de Deus) está baseada na
razão humana, e não na revelação e isso não tem nada a ver com construção de estradas nem de
pontes nem de viadutos.
A Obra é a realização de um projeto. Ninguém constrói obra alguma sem um projeto porque
há detalhes que devem ser observados numa construção. Inicialmente não há muito detalhe, você
faz um buraco, coloca a sapata e se ficar torto, o engenheiro dá um jeitinho. No começo da Obra,
certas coisas até passavam, o sujeito fazia uma bobagem, um dom esquisito... mas à medida que a
construção veio crescendo, vieram os detalhes.
Hoje nós podemos dizer que a Obra está em fase de crescimento e também em fase de
acabamento, por isso a abundância de detalhes, ela está muito mais detalhista nesse momento que
estamos vivendo porque agora o Senhor começa a mostrar pequeninas coisas que aparecem, mas
que são muito importantes dentro dessa construção. Por exemplo: Hoje você vê a grande
preocupação do Espírito Santo com o louvor. Dias desses quase que o Maanaim caiu, colocaram
um louvor com um ritmo aí que o negócio ficou feio, o instrumentista apanhou mais do que pobre
na chuva. Você começa a colocar esses ritmos lá de fora e aí fica ruim porque a Obra atingiu um
certo grau de sensibilidade, ela não aceita mais certas coisas, há detalhes, há coisas que parecem
insignificantes, mas não são. No começo se aceitava, mas agora não, e o louvor é um desses
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pontos, hoje vemos a mensagem do louvor, o ritmo, a maneira como é tocado, os instrumentos, são
detalhes de uma Obra que o Senhor está realizando.
Nós estamos vivendo essa experiência dentro da Obra.
Eu não vou mais falar sobre a obra do homem por se tratar de um assunto amplamente
comentado, todos já são conhecedores dessa obra, que é do homem, que é a razão humana. Eu vou
falar da Obra de Deus, que é a que nos interessa.
Paulo disse: Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de
Jesus Cristo. (Gl. 1:12)
Nós entramos para uma fase de mais detalhes em todos os aspectos. Por exemplo:
A Palavra revelada – A Obra atingiu um grau de amadurecimento tal com relação à
mensagem que hoje é um requisito básico para aquele que vai ser levantado para a unção.
O pastor trouxe um candidato: Olha, o Senhor tem revelado que Fulano seja ungido. A
primeira coisa que o presbitério quer saber é como é a mensagem que ele está pregando. Tem umas
que são maravilhosas, mas tem outras que denunciam a dificuldade do obreiro... tadinho, ele não
alcançou nada, a mensagem dele não disse nada, falou, falou e não disse rigorosamente nada.
São os detalhes.
O púlpito na Obra tem hoje uma característica diferente, o irmão chega, lê um texto e você
diz assim: Incrível! Eu não sabia que existia isso neste texto.
Chegou um obreiro na minha igreja, ele foi pregar sobre o Salmo 23, um texto mais do que
conhecido, no entanto, ele abordou um aspecto muito interessante, ele disse assim: O Senhor é meu
Pastor. Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias. Quer dizer: Se o
meu Pastor é o Senhor, então eu terei a sua bondade e a sua misericórdia me seguindo todos os
dias.
Ele disse: O Senhor é meu Pastor, a sua bondade está sobre mim.
Ele foi desenvolvendo, vendo os detalhes do texto. Eu fiquei maravilhado.
Você vê, uma pessoa simples, de pouca cultura, entregando uma mensagem maravilhosa.
A Obra caminha hoje para os detalhes, é a fase de acabamento, á a fase do aperfeiçoamento.
Durante o aperfeiçoamento que o Senhor tem feito na Obra, certas coisas se tornaram muito mais
minuciosas. Exemplo:
Corpo - Hoje não existe mais a possibilidade de um “racha” na Obra, ela não se divide
mais porque corpo não “racha” (se fosse organização, rachava), porque o dono desta Obra é o
Espírito Santo e quem tentar rachar, vai sair rachado, porque o Espírito Santo está zelando por esta
Obra.
O Espírito Santo não vai permitir uma dissensão.
A Palavra diz: E quem cair sobre esta pedra despedaçar-se-á; e aquele sobre quem ela cair
ficará reduzido a pó. (Mt. 21:44)
A Obra atingiu uma posição de controle total do Espírito Santo, Ele comenda todas as
coisas, Ele tem um comando notável. A atuação do Espírito Santo nesta Obra hoje é muito
detalhista, são pequeninas coisas, mas que têm um grande efeito, parecem insignificantes, mas são
fundamentais. Por que isso?
Porque as pessoas estão vindo e vendo como nós entendemos isso, como a Obra entendeu
isso, como as crianças estão entendendo isso, como toda a Igreja está entendendo isso, essa
interdependência.
Dons espirituais
Hoje nós não temos mais problemas com os dons porque a nossa dificuldade era com o dom
incompleto e com um outro tipo de dom (que era um problema mais sério), que era o dom recheado
(60% do Espírito Santo + 40% da cabeça da pessoa. Esses 40% acabam com o Dom).
Com a experiência do corpo, com o aperfeiçoamento, isso foi completamente tirado.
Eu estava numa reunião do grupo de intercessão e uma irmã teve a seguinte revelação: O
Senhor disse que os jovens vão orar por meia hora, depois do culto, todos os dias, durante um mês.
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Eu disse: Tem alguma coisa estranha aí, meia hora depois do culto? Por um mês?
E ela disse: É, mas foi a revelação que o Senhor deu.
Aí uma outra irmã falou: Tive uma visão
Uma outra também disse: Eu também tive uma visão.
Consultamos. Eu disse: Pode contar a visão.
E a irmã contou: Eu vi uma maçã e 1/3 dela estava perfeito, mas 2/3 dela estava podre.
Era a revelação que a irmã tinha entregue. Qual era a parte da revelação que correspondia a
1/3 da maçã?
- Os jovens deveriam se reunir depois do culto e orar... Certo. (1/3)
- Por meia hora... Errado. Somente por 10 minutos. (1/3)
- Todos os dias. Errado. Somente três vezes na semana. (1/3)
Eu tive um diácono que era um horror. Quando você ia consultar ou orar por alguém que
estava com uma grande dificuldade, ele sempre tinha uma revelação para o cidadão jejuar, e o jejum
era de matar. Foi coisa desse tipo que acabou com a igreja pentecostal, o mau uso dos dons.
Fui orar por um irmão que estava numa dificuldade terrível, uma luta, doente, com
problemas em casa, oprimido. Terminou ali, impus as mãos (e eu já de olho no tal diácono)... Aí
ele disse assim: Tive uma revelação.
Consultamos (todo o mundo... ninguém quer dizer que não...). Amém? Amém.
Aí ele disse: O Senhor me revelou que o irmão vai fazer 7 jejuns de 24 horas. Amém?
Eu disse: Eu tive um discernimento e gostaria que os irmãos consultassem, inclusive
Fulano que teve a revelação. Amém?
Consultamos.
Eu disse: O Senhor disse que é isso mesmo, 7 jejuns de 24 horas, tudo certo, mas só que
quem vai fazer esse jejum é Fulano (o que teve a revelação). Você vai fazer o jejum pelo irmão.
Nunca mais ele entregou revelação desse tipo.
Nós estamos tendo esse cuidado, é o aperfeiçoamento. Os dons no culto profético hoje são
sempre bem ajustados porque eles têm que ser objetivos, diretivos. No atendimento também há que
se ter cuidado. Da mesma maneira, na vida da Igreja.
Consulta à Palavra
Há pessoas que entram em dificuldade e arrastam quem estiver por perto também.
Há certas coisas que o Senhor que falar ao crente. Você pode dar uma ajuda, mas há certas
coisas que ele mesmo vai consultar, é a experiência dele, se você se meter, você pode complicar,
pode até criar um problema. A pessoa vai buscar ao Senhor e o Senhor vai falar com ele.
Clamor
Todo o mundo já sabe
Ministério
Vamos voltar ao item II – Palavra revelada.
Nós estamos vivendo uma experiência nesses últimos meses. A mensagem está ligada ao
tema e o tema pode ser criado dentro do culto baseado nas revelações que o Senhor deu no culto
profético. Não é necessário, por exemplo, que o Senhor revele o tema, mas, às vezes, baseado nas
revelações que o Senhor deu a respeito do culto profético, você tem a conclusão do tema da
mensagem que vai ser abordada aqui com relação ao ministério.
Hoje existe uma preocupação muito grande com a escolha. Por quê?
Há certas coisas que nós precisamos viver hoje. O ministério precisa ser equilibrado. Uma
pessoa mentalmente desequilibrada não pode exercer a função de ministério.
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Aí alguém diz: Mas está controlado, ele toma remédio regularmente. Mas ele pode
descompensar, ele pode esquecer de tomar o remédio, pode tomar uma dose menor, e aí a coisa
acontece, ele fica extremamente...
Nós temos essa preocupação porque é uma função de destaque, ele fica à frente.
Há uma série de coisas que você observa hoje com relação à escolha, além da revelação; são
os detalhes. A revelação é fundamental, é o ponto de partida, mas há uma série de detalhes que vão
ser considerados na escolha, com relação ao ministério. Você não pode levar em conta uma pessoa
totalmente desequilibrada, totalmente desarticulada, isso tem que ser muito bem visto nesta fase
atual.
A função do ministério hoje vai além da pregação, ele é mais do que um pregador, ele tem
outras funções muito importantes, mas a mais importante de todas é gerar ministérios novos.
Como é que você gera ministérios novos?
Quando você transmite a sua herança genética para o seu filho, ele vai ser parecido com
você, ele vai ter as suas características genéticas. Com relação à geração de ministérios novos, o
processo é o mesmo. Para que ele seja parecido com você, é necessário que ele assimile todas as
coisas que você aprendeu a respeito de ministério e passou para ele. Se ele não alcançou isso, ele
não serve para o ministério.
Você vê um irmão que começa a se destacar dentro da Igreja, você percebe que ele é um
candidato que vai evoluir para ministério, ele tem desenvoltura na palavra, na participação do grupo
de assistência, na direção do louvor, na mensagem, você começa a sentir que ele é um obreiro que
está despontando. Você começa a ver também se a mulher dele é complicada, se for, você começa
a corrigir isso porque ela vai ser um impedimento, você tem que começar a fazer um trabalho com a
esposa dele, você diz pra ela: Irmã, você precisa mudar, desse jeito o seu marido não vai a lugar
nenhum, você precisa parar de falar dos outros, corrige isso; você tem a mania de se indispor com
muitas pessoas, se irrita com facilidade, responde mal ao seu marido na frente da Igreja. Vai
trabalhando a esposa, em particular, já pensando nele porque amanhã, quando o Senhor revelar a
unção dele, isso não ser mais um problema. Chega no presbitério, E a mulher dele, como é que é?
É uma complicação? Então deixa, espera mais um pouco.
Esse é um trabalho que o ministério faz. A preocupação, principalmente, com aqueles que
estão sendo gerados, com os novos. Você tem que mostrar-lhes o que é o presbitério. O pastor que
fala mal do presbitério para o obreiro, ele é doido, porque se ele discorda do presbitério em alguma
coisa, a falha é dele. Se você fala isso para o obreiro, você começa a gerar na cabeça dele uma
dificuldade com relação ao presbitério, quando você diz: Ah, eles estão de marcação comigo, estão
me perseguindo..., você começa a criar uma mentalidade ruim no obreiro e, amanhã, quando ele for
pastor, ele terá a mesma idéia que você incutiu nele, que o presbitério persegue as pessoas, que tem
marcação e tal. Você pode ter-se corrigido, mudou de opinião, alcançou o entendimento correto,
mas aquela semente ficou germinando na mente do obreiro e você acabou criando um pastor
rebelde no meio da sua igreja e, daqui a pouco, ele é excluído porque não aceita orientação vinda do
presbitério.
Há certas coisas de intimidade de ministério que não se conta para obreiro porque ele ainda
não está preparado. Você tem que mostrar para ele que presbitério é corpo, você tem que mostrar
para ele o que é a Obra, a beleza da Obra, a nobreza da Obra.
Governo
Governar é exercer o governo, é o executivo.
Os dons vêm (é aquilo que a Igreja está legislando) e o pastor executa.
Nós estamos vendo isso agora com mais critério. Quando você vê uma igreja que não está
crescendo...
O presbitério me mandou para uma igreja que já nos primeiros dias eu pensei assim: O
presbitério me deu um castigo. Igrejinha difícil... uma luta... não crescia, ou melhor, crescimento
negativo.
Chamei os obreiros e perguntei:
_ Como estão os grupos de assistência aqui?
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_ Eu tenho um grupo e Fulano tem outro...
_ Fulano, como está o seu grupo? Quantas vezes vocês se reúnem?
_ Às vezes uma vez por mês.
Eram seis grupos.
Eu disse: Fulano, você vai cuidar do seu grupo, vai reunir uma vez por semana, o culto
profético desse dia será seu.
E fui distribuindo entre os grupos as atividades da semana.
Depois perguntei:
_ Fulano, quantas pessoas tem o seu grupo?
_ Eu tenho 28 pessoas.
_ E você Sicrano?
_ Eu tenho 35 pessoas.
_ E você, Beltrano?
_ Eu tenho 25 pessoas.
Fui anotando tudo.
No mês seguinte, reuni novamente e perguntei:
_ Fulano, quantas pessoas tem no seu grupo?
_ Tem 27 pessoas.
_ Então eu vou substituir você porque o seu grupo está diminuindo. Vou dar mais uma
chance para você, um mês para você levantar esse número.
_ Ah, pastor, misericórdia!
_ Está diminuindo, tem alguma coisa errada, você não está funcionando.
Um dia cheguei lá e perguntei;
_ Quem é o responsável pelo grupo de hoje?
_ Sou eu mesmo, é o meu grupo.
_ Cadê as revelações do culto profético?
_ Não teve nenhuma não senhor.
_ Tudo bem. Semana que vem, no seu dia, eu virei aqui pregar, se não tiver revelação,
quem vai pregar é você e eu quero ver que revelação você vai entregar.
Entrei com mão de ferro? Não. Vamos colocar em ordem aquilo que o Senhor tem revelado
ao presbitério, é o grupo de assistência, é o culto profético, é a visita, é o atendimento ao visitante,
não há nenhuma novidade nisso.
_ Aquele visitante ali... Quem trouxe?
_ Fulano.
_ Fulano, você é de que grupo?
_ Eu sou do grupo do diácono Tal.
_ Diácono Tal, você vai cuidar daquele visitante que Fulano trouxe.
Eu vou nesta igreja duas vezes por semana. No começo do ano passado, eles me entregaram
uma relação de 129 membros, e nesse final de ano, a relação tinha 208 nomes. Eu fiz alguma coisa?
Não, foram eles que fizeram, eu só fiz aquilo que era a minha função.
É inadmissível que um pastor veja uma igreja que não está crescendo e não tome nenhuma
providência, tem alguma coisa errada. Não precisa fazer força, não precisa brigar com a Igreja, é só
colocar as revelações que o Senhor tem dado em ordem e o Senhor começa a mandar as pessoas.
Diaconato
A escolha, a função; é a mesma coisa. Já falamos muito sobre diácono.
Louvor
Há uma preocupação com o louvor. O Senhor tem mostrado a necessidade de orarmos
muito pelo louvor, de orarmos muito pelos nossos “louvoreiros” .
Os instrumentistas precisam de muita intercessão porque, de vez em quando, entra um
negócio atravessado na cabeça deles e fica difícil.
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Temos que interceder, clamar, porque as influências de fora... nós temos que ter cuidado.
Um dia chegou um médico lá na minha igreja e ele disse assim: Amadeu, aconteceu um fato
interessante na sua igreja. Tocaram um hino... Rapaz, na hora que tocou o hino e o povo cantou,
eu tive vontade de chorar, foi uma coisa diferente. Aí, passou um pouquinho e tocaram um outro
hino e eu tive vontade de dançar. Interessante como isso mexe com a emoção.
Ele me disse que ouviu um hino e quis chorar e com o outro hino ele teve vontade de dançar.
Isso acontece porque, às vezes, os instrumentistas dão uma de Pedro, uma hora estão na bênção e,
daqui a pouco, dão uma “rateada”.
Precisamos orar por eles. É o cuidado com o louvor revelado.
Culto
Hoje, cada dia mais, o culto está diferente daquilo que aconteceu na Religião.
O culto está sofrendo um processo de aperfeiçoamento porque todo o trabalho está voltado
para o culto profético.
No tocante aos dons, nós temos que evitar, no culto profético, certas coisas que são óbvias,
com por exemplo: O Senhor revelou que vai dar, hoje, uma bênção especial à Igreja. Esse é o tipo
do dom que está dispensado, esse eu também tenho. O Senhor revelou que quer dar uma bênção de
alegria à Igreja... O Senhor mostrou uma nuvem muito bonita sobre a Igreja...
Mas eu pergunto: E o culto profético? O que o Senhor quer do culto? Quem veio? Quais os
problemas que eles trazem?
Nós temos que aperfeiçoar isso com relação ao culto profético porque o nosso culto tem que
ser realmente profético.
Vou fazer aqui uma estatística bem violenta. Se em cada culto tiver um dom consistente
com uma pessoa, um dom de definição com um visitante, no final do ano, você teve,
aproximadamente, trezentas pessoas que foram alcançadas. Se a metade delas permanecer, você
tem cento e cinqüenta membros a mais na Igreja.
Você sabe o que é dom consistente?
Exemplo: No final do culto o pastor disse o seguinte sinal: O Senhor revelou que está aqui
um homem que sonhou nesta noite que estava abraçado numa pedra muito grande e então ele
acordou sem saber o significado do sonho. Aí o camarada lá atrás, no penúltimo banco, se levantou
e disse: Mas não é possível! Todo o mundo olhou para trás. E ele continuou dizendo: Eu tive esse
sonho, mas eu não contei nem pra minha mulher. Que coisa extraordinária!
As pessoas que têm essa experiência, elas permanecem. Se você tiver um dom desse, pelo
menos, em cada culto, ou um por semana, você tem quatro pessoas por mês, ou cinqüenta membros
por ano.
Só existe salvação na Obra?
As pessoas dizem: Mas vocês são muito convencidos, vocês dizem que só tem salvação na
Obra, mas na minha igreja, graças a Deus, também tem salvação.
Só existe salvação na Obra?
Só.
A pergunta é: Você está na Obra? Eu não estou perguntando se você está na Maranata.
Você está na Obra de Deus?
Só existe salvação na Obra de Deus porque só existe um projeto, não existe mais de um
projeto.
Nós estamos ou não estamos nesse projeto?
E a resposta que cada um tem que dar ao Senhor.
Amém.
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CULTO PROFÉTICO
I Coríntios 14:26 – Que fareis pois, irmãos? ... Faça-se tudo para edificação.
O assunto é Culto Profético. O painel é aquele painel básico que nós repetimos em todas as
aulas, acrescentando as revelações.
Nós gostaríamos de lembrar que a revelação, a nível geral da Obra, que nós estamos vivendo
é o culto profético.
O Senhor nos revelou o culto profético há algum tempo, mas nós estamos aperfeiçoando
nos detalhes que o Senhor tem acrescentado a cada dia. O mais difícil de tudo foi chegar ao culto
profético e, uma vez dentro dele, é só atender a vontade do Senhor, que o mais Ele faz. Se nós
estivermos dentro do culto profético, daqui por diante o Senhor nos conduz porque o seu objetivo
foi nos levar ao culto profético.
O culto profético é uma revelação extraordinária da parte do Senhor. É importante saber que
o culto profético não nos foi dado pelo Senhor sem que antes houvesse uma estrutura. O culto
profético não funciona sem essa estrutura. E que estrutura é essa?
É a estrutura de Obra que nós já temos.
Nós aprendemos a clamar, nós praticamos o clamor, não é uma experiência teórica, mas é
uma experiência que todos os servos praticam, nós vivemos o clamor, ele habita em nosso coração,
quando sentimos qualquer dificuldade, conscientemente nós já clamamos. O servo já está tão
consciente disso que até quando ele sonha com alguma dificuldade, ele clama no sonho.
Nós aprendemos a consultar ao Senhor através da Palavra. Nós não tomamos nenhuma
decisão sem consultarmos ao Senhor.
O Senhor foi-nos dando essa estrutura, a obra de Saul e a de Davi, ministérios, dons, Ele foinos levando, nos fazendo a subir aqueles degrauzinhos da escada até chegarmos no patamar do
culto profético.
Foi preciso que o Senhor nos desse essa estrutura para podermos ter o culto profético.
Nós aprendemos a obedecer, a atender as revelações e agora precisamos aperfeiçoar.
O painel mostra as fases do culto profético, que são: a busca, a reunião, o culto, a
assistência e a reunião do próximo dia.
Toda a Igreja busca.
Na reunião são colocadas em ordem: as revelações, os louvores, a mensagem.
O culto se processa na presença do Senhor.
A assistência.
A reunião do próximo dia.
Tudo isso já está bem absorvido.
A Reunião - Pergunta: As crianças e intermediários podem participar do culto profético?
Resposta: Houve uma experiência de uma igreja que aniversariou durante o período de
intercessão pelas crianças e adolescentes. O Senhor deu um sonho mostrando como deveriam ser os
cultos naquele período de aniversário e que todas as crianças e adolescentes deveriam participar do
culto profético, estarem na reunião.
E o irmão disse que as crianças eram as primeiras a chegar, ficavam lá, sentadinhas, sendo
usadas, tendo dons, glorificando, orando, buscando ao Senhor, consultando ao Senhor.
As que estão em condições podem participar SIM, da reunião, conforme foi mostrado no
sonho pelo Senhor.
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Agora, quando você está falando sobre culto profético, tem uma parte que vai caber ao
ensino das crianças e adolescentes. As professoras vão ter uma forma de aplicar o culto profético lá
também, certo?
O que nós podemos rever agora é aquilo que é relevante.
Mensagem - Um assunto que tem sido muito citado pelo presbitério é como conduzir a
mensagem porque o culto profético nos leva a uma meta, a um tema, segundo a vontade do Senhor.
O Senhor dá uma revelação, depois uma visão, um sonho, outra revelação e, nesse conjunto,
você descobre a vontade do Senhor. É importante saber que a mensagem não vai ter por objeto um
dom específico, não se prega em cima de um único dom, e isso é uma coisa fácil de entender, é uma
coisa básica, mas na prática... não são todos que estão colocando isso em prática, nem todos estão
atendendo à essa orientação.
O Senhor concede um, dois, três, quatro, cinco dons e eu pego um e prego sobre ele. Isso
não deve ser feito.
Nós temos que entender o seguinte: O Senhor concedeu um dom, mas quando Ele concede
o segundo eu vou me basear nos dois dons. Se Ele der um terceiro dom, eu vou me basear nos três
e assim sucessivamente. É do conjunto de dons concedidos pelo Senhor que eu vou extrair a
vontade dele.
O que tem acontecido na prática? O que alguns irmãos têm feito?
Chega um dom escrito em uma folha e você transforma em uma linha, como numa frase de
um telegrama. Chegam o segundo dom, o terceiro, o quarto e o quinto; você tem cinco linhas, cinco
frases que simplificam aqueles dons, que transmitem o entendimento dos dons. Você constrói uma
frase final que aborda toda a vontade do Senhor, ou seja, no final das contas, você descobriu o que o
Senhor quis através dos dons.
Quando o Senhor deu o primeiro dom, nós tivemos uma direção. Quando veio o segundo,
essa direção ficou mais específica. No terceiro, ela ficou mais direta, mais clara e assim nós vamos
nos aproximando daquilo que é a vontade do Senhor, até chegar naquele ponto, naquele objetivo
que o Senhor quer para aquele culto.
Nós precisamos discernir isso, é muito importante descobrir a vontade do Senhor para o
culto.
É evidente que aqui tem um grupo suficientemente maduro para entender a questão dos
dons.
Num dos períodos, nós demonstramos o aperfeiçoamento dos dons através de uma
escadinha, isso porque, às vezes, a pessoa tem dom, mas ainda tem a mente de Movimento, ou de
Tradição.
Nós convivemos com isso com discernimento. É preciso que aquele que está à frente desta
reunião, ou quem vai trazer a mensagem, tenha discernimento, o governo, para colocar em ordem
aquilo que o Senhor quer.
Há cinco anos atrás houve uma revelação onde era mostrado um funil onde caíam todos os
dons que vinham do corpo, da Igreja. Esse funil era trifurcado, ele era dividido em três partes
ramificadas que desembocavam em três recipientes.
De tudo aquilo que era colocado na boca do funil, 70% caía no primeiro recipiente que tinha
o nome de Edificação pessoal, 15% caía no segundo recipiente que tinha o nome de Igreja e os
15% restante caía no terceiro recipiente que tinha o nome de Culto profético.
O Senhor estava mostrando que a maior parte dos dons que vêm do corpo é para a edificação
pessoal. O servo já sabe quando o dom é para ele, para a sua própria vida e sabe quando é para o
culto profético. Ele deve entregar somente aquele que é para o culto profético.
O Senhor reeditou isso num sonho, recentemente. Foi uma experiência de um servo, onde
ele ia discernir e lembrou: É, tem aquela revelação... eu acho que 70% dela é para mim. E era para
ele mesmo.
Nós fazemos essa lembrança porque esse é um momento em que é preciso muito
discernimento quando estamos tratando com os dons. Porquê?
Porque eles vão ser a base dos louvores, da mensagem, eles vão dar a direção do culto.
Doravante, quando os pastores trouxerem os candidatos a unção e ordenação, devem trazer
também, junto com os demais quesitos satisfeitos, uma mensagem que o obreiro pregou e os
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respectivos dons, que foram a base daquele culto profético. Pode até ser que a mensagem não tenha
sido assim tão extraordinária, mas ele atendeu às revelações que o Senhor deu e isso é que é
importante.
O culto profético tem essa peculiaridade, às vezes a mensagem é tão simples que a pessoa
fica em dúvida se deve pregar ou não, tal a simplicidade dela, no entanto, ela é toda a vontade do
Senhor para aquele momento, e é ali que o Senhor vai realizar aquilo que foi programado para
aquele culto.
Quando nós atendemos à vontade do Senhor, todo o rebanho é alimentado. Quando nós
entregamos uma mensagem extraordinária, cheia de palavras bonitas, mas que não veio da parte do
Senhor e sim do nosso coração, o rebanho não é alimentado, essa mensagem não acrescenta nada de
espiritual ao rebanho.
Nós aprendemos isso com o Senhor, dentro dessa estrutura que o Senhor nos deu, nos
fazendo chegar ao culto profético.
É atender àquilo que o Senhor mandou e a bênção cai sobre o rebanho.
Um outro ponto relevante é a assistência do primeiro dia e dos demais dias.
A assistência do primeiro dia - O culto é hoje. A assistência do primeiro dia é a assistência
de hoje. A Igreja buscou, tivemos a reunião pré-culto, discernimos, tivemos um culto na presença
do Senhor e agora vamos dar a assistência àqueles que estão vindo pela primeira vez, é o primeiro
dia deles na nossa igreja.
A assistência dos demais dias - É a assistência para aqueles que vieram ontem, anteontem,
e nos dias anteriores, observando-se que em todos esses dias também tivemos culto profético.
Os irmãos que vieram antes e estão vindo, eles devem continuar tendo toda a assistência
porque senão você jogou fora aquele trabalho todo que fazia parte do projeto do Senhor, você
cumpriu tudo, houve uma bênção, mas você interrompeu o projeto. E o que vai acontecer?
Você vai ter uma pessoa dentro da igreja mal formada na Obra e todos nós sabemos o que é
isso.
Uma pessoa bem formada, ela já entra na Obra direto e o culto profético tem tudo para
possibilitar isso.
Nós vamos dar assistência àquelas pessoas que estão vindo pela primeira vez à nossa igreja,
as que vieram hoje e também vamos dar assistência àquelas pessoas que estão vindo pela segunda
vez, as que vieram ontem, e anteontem e nos dias anteriores.
Há dias que a igreja recebe muitos visitantes e o diácono tem que atender mais de uma
pessoa. O que ele deve fazer?
Ele vai atender e chamar uma pessoa do seu grupo de assistência e recomendar que esse
irmão (ou irmã) fique responsável em continuar a dar assistência àquela pessoa nos dias
subseqüentes.
Amanhã vai ter culto profético, novos visitantes virão pela primeira vez, o Senhor vai
mandar mais gente, mas aqueles que vieram ontem têm que estar cobertos pela Igreja, senão o
projeto é interrompido.
O objetivo da assistência é um cuidando de um.
Nós temos toda a condição de fazer isso, inclusive, sem subestimar os novos convertidos
porque costuma-se dizer que os mais velhos têm a ciência, mas os mais novos têm o vigor. O novo
convertido está cheio da graça, ele pode trabalhar também. Quem mais traz visitante para a igreja é
o novo convertido. O mais antigo está cheio de ciência, cheio de doutrina, mas o novo convertido
vem com a tocha acesa, ele não tem muita doutrina, mas tem muito a dar.
Se nós conseguirmos alcançar essa meta de um cuidando de um, seria uma coisa
extraordinária.
O culto - Ele deve ter a direção do Espírito Santo nos levando ao entendimento da vontade
do Senhor através das revelações. Nós precisamos compreender a vontade do Senhor, ter esse
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entendimento e, dessa forma, o culto será maravilhoso, na direção do Espírito Santo, entrando na
comunhão com o Senhor, para estar na sua dependência.
Nessa posição, os atos libertadores do Senhor vão atingir os nossos corações.
Quando tudo está na presença do Senhor, os atos libertadores da parte de Deus acontecem na
vida da Igreja. O que nós estamos dizendo com isso?
Se tudo estiver na presença do Senhor, se nós atendemos ao culto profético, não será
somente o visitante que será abençoado, mas, em primeiro lugar, a Igreja será abençoada porque
tudo vai estar preparado para o Senhor operar, Ele estará pronto para curar, para livrar, para falar,
para revelar, para operar maravilhas, para fazer tudo aquilo que nós lemos no texto-chave.
A busca da Igreja - Ela tem por objetivo alcançar a revelação e os benefícios do culto.
A Igreja busca ao Senhor, ela tem as experiências com o Senhor, e isso impulsiona a buscarse mais e, por conseguinte, o Senhor opera mais e mais a cada dia. A Igreja busca o Senhor e
intercede em favor dos dons, das revelações, as operações do Espírito Santo, do louvor revelado, da
mensagem dentro da vontade do Senhor, entendendo o teor profético do culto.
No culto revelado cada um de nós se apresenta ao Senhor com santidade e com gratidão,
aqui está-se falando da vida do servo.
Exemplo. Um servo estava sentado no primeiro banco, preparado para pregar e, no decorrer
do período do louvor, ele lembrou-se de uma dificuldade que tinha com um outro companheiro que
lhe tinha feito uma coisa seríssima. O irmão tinha razão para estar zangado, mas ele lembrou do
texto que diz: Deixa a tua oferta no altar e reconcilia-te primeiro com o teu irmão e depois traga a
tua oferta. Ele disse assim: Eu não vou pregar deste jeito, só tem uma solução, eu vou colocar
diante do Senhor e vou perdoar o companheiro. E ali mesmo, em silêncio, ele perdoou aquele
irmão. Chegando em casa, ele e a esposa ajoelharam e entregaram diante do Senhor e acabou
aquilo tudo.
Isto é santidade.
O culto se realiza com santidade ao Senhor, com gratidão ao Senhor, tendo consciência
daquilo que Ele fez por você. O culto tem que ter esses ingredientes.
A batalha
No culto há uma batalha espiritual. No Velho Testamento nós vemos que o exército de Israel
estava sempre lutando contra os seus inimigos e sabemos também que aquilo era sombra daquilo
que havia de vir.
Nós não temos que lutar contra a carne nem contra o sangue. Israel ia para o campo de
batalha para enfrentar os seus inimigos, mas hoje a batalha se dá nos ares porque ela é espiritual.
Entra um visitante pela primeira vez na igreja. Há uma batalha espiritual da parte do Senhor
contra o adversário para que aquela pessoa seja liberta. Os anjos do Senhor são os guerreiros que
combatem o adversário, a Igreja fica no clamor, na intercessão, na busca, na consagração, e o
Senhor peleja por aquela vida.
É preciso haver consciência de que em cada culto se trava uma batalha espiritual em prol da
salvação daquele que entra.
Avaliação dos grupos de assistência
I - Função do responsável pelo grupo de assistência:
* Assistir os membros, conhecendo a cada um e seus respectivos problemas (com exceção
dos problemas íntimos).
Antes o pastor cuidava de cem ovelhas (como diz a parábola), mas hoje está conseguindo
cuidar de trezentas, quatrocentas porque o trabalho foi dividido entre os grupos de assistência.
O Senhor criou uma estrutura dentro da Igreja e a fortaleceu, e hoje ela cresce em número e
em conhecimento, em espiritualidade.
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A Igreja cresce no poder de assistir e na estrutura espiritual também com os grupos de
assistência.
O grupo de assistência que cuida de vinte, trinta e até de cinqüenta pessoas, ele tem
condição de conhecer tudo a respeito dos membros, com relação ao aspecto espiritual, dá pra saber
até o número que ele calça. O Senhor já concedeu até um sonho nesse sentido
* Orientar que os membros do grupo orem uns pelos outros, principalmente por aqueles que
estão passando por alguma dificuldade.
Nós oramos pelas pessoas que estão no nosso coração, nós nos lembramos delas quando
estão no nosso coração e elas só entram no nosso coração mediante a oração, é preciso buscar o
Senhor para isso.
* Mostrar aos membros a importância do culto profético e orientar a sua participação nas
reuniões do grupo de assistência e do culto profético.
* Levar os membros ao crescimento espiritual, participando do culto profético e do grupo de
assistência, participando das visitas, das reuniões de oração, dos seminários.
* Ensinar os membros a buscarem ao Senhor, no que consiste buscar o Senhor. Exemplo: a
pessoa diz:
_ Pastor, faz uma consulta comigo?
_Meu irmão, faz uma coisa, faz uma consagração da 00:00h às 09:00h. Consulta você
primeiro. Se você entender, está resolvido, mas se você não entender, nós estamos à sua disposição
para consultarmos juntos.
O que você fez? Você ensinou que ele também pode buscar ao Senhor e que Deus fala com
ele também. Ele tem que ter a sua própria experiência.
* Levar os membros a buscar e exercitar os dons espirituais.
O culto profético está requerendo que os dons sejam mais aperfeiçoados. Não é qualquer
dom que traz uma informação útil para o culto profético. Exemplo: Vai entrar aqui uma pessoa que
tem uma cegueira espiritual. Para nós que estamos todos os dias na igreja, dá até para entender
alguma coisa, mas em se tratando de visitante, esta informação cabe para umas cinqüenta pessoas
que entram. Se olharmos direitinho, nós veremos que a pessoa não foi identificada, a informação
não atingiu o objetivo porque o culto profético visa identificar uma pessoa no meio da multidão, é
direto, é específico, é pessoal.
Vem um sinal: Vai entrar aqui uma pessoa necessitada. Qual é a novidade dessa
informação? Todos nós somos necessitados.
Outro: O Senhor vai estar presente aqui. Se o Senhor não estiver presente, nós fechamos a
porta e vamos para casa.
Os dons óbvios não satisfazem mais, é preciso orientar aqueles que têm dons para que
busquem um aperfeiçoamento, é orar ao Senhor e pedir que Ele dá ao detalhes que identifiquem
perfeitamente a pessoa para quem é dirigido aquele dom.
E aqueles que não têm dons, devem orar ao Senhor pedindo que lhes conceda essa graça.
* Não compete ao responsável exortar e doutrinar sobre usos e costumes, especialmente aos
novos convertidos.
* Não deve usar de intimidade, nem ouvir confidências, confissões e nem segredos.
Quando alguém começar a falar da sua intimidade, o responsável do grupo vai dizer assim:
Olha, esse assunto não é comigo. Procure o pastor que ele vai saber lidar com isso.
* Não compete ao responsável consultar sobre assuntos que envolvam comércio, compra e
venda, negócio de qualquer monta.
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* Não compete ao responsável impor condição de qualquer espécie. Exemplo: Quem chegar
atrasado, não toca. Isso já passou, nós estamos numa Obra que é do Senhor, é do Espírito Santo,
onde cada um tem a sua experiência. O servo que tem experiência com o Senhor, ele sabe o que
está fazendo.
Não é assim que nós tratamos... obrigar a ir à madrugada, impor regras, condições, dar
ordens às ovelhas, ser rude, grosseiro, indelicado, isso não faz parte da função de responsável pelo
grupo de assistência, ele não é um xerife, ele é um servo do Senhor que sabe como lidar com as
ovelhas do Senhor. Quando isso acontece é porque está faltando a bênção do Espírito Santo, a carne
está agindo no lugar do espiritual.
II – Requisitos dos obreiros e membros de grupos
Quem pode participar da reunião do culto profético?
O grupo de intercessão (sempre), os obreiros, e o grupo do dia.
Os responsáveis pelos grupos de assistência precisam participar das reuniões e anotar os
dons, as revelações, a mensagem, para aprenderem como o pastor está fazendo e saber fazer
também.
Nós estamos falando isso porque grande parte dos responsáveis pelos grupos de assistência
(se não forem todos) estão entrando no grupo de intercessão. Isso não é uma regra, mas na verdade
são pessoas que têm dons, são usadas e estão indo para o grupo de intercessão, e é por isso que eles
precisam preencher alguns requisitos. Quais são eles:
- Ser fiel na Obra, tanto no aspecto material, quanto no aspecto espiritual.
- Ter bom testemunho fora e dentro da igreja.
- Ser considerado como uma bênção pela Igreja.
- Ter um bom relacionamento no lar e no trabalho
- Entender o que é ministério e ser fiel nesse aspecto também, ter respeito ao ungido (isso é
bíblico e ninguém prospera na Obra sendo infiel nessa parte, é preciso que ele tenha esse
entendimento).
- Saber o valor, diante do Senhor, de ser responsável por um grupo e participar do grupo de
intercessão (se for o caso).
O Senhor concedeu um sonho numa igreja que mostrava que os membros de intercessão
chegavam e batiam na porta, mas a porta não se abria de jeito nenhum. Então eles começaram a
ficar aflitos e começaram a ver o valor que tinha em estar lá dentro. Uns falavam assim: Eu só saio
daqui quando a porta se abrir. Eles começaram a valorizar aquilo que o Senhor lhes tinha dado.
Tem que ter uma consciência espiritual. É fidelidade, que é o tema deste ano, Guarda o que
tens.
Aquilo que você não tem, não é tomado. Só é tomado aquilo que se tem, e a coroa é aquilo
que o Senhor tem-nos dado.
- Ter identidade com o Senhor.
O servo precisa ter uma identidade com o Senhor.
O Senhor concedeu um sonho em que um dos membros do grupo passava na sua igreja e a
igreja era como um pasto e lá estavam algumas ovelhas tristes, doentes, mal cuidadas. E a pessoa
dizia assim: Você sabia que existe o Estatuto da ovelha? Que as ovelhas têm uma Constituição
elaborada pelo Senhor, e que essa Constituição é o Salmo 23? Você sabia que toda ovelha tem um
pastor e que ele cuida dela, e que isso é um direito adquirido? Você sabia que a ovelha tem direito
a pastos verdejantes e à água cristalina, e que se ela estiver doente deve ser medicada?
Esse é um Estatuto do Senhor para a ovelha. Isso fala profundamente ao nosso coração
porque nós somos aqueles que estão cuidando. O responsável pelo grupo de assistência, os
diáconos, os pastores, precisam conhecer que as ovelhas têm um direito adquirido diante do Senhor
e que nós temos que ser usados para levá-las a estes pastos verdejantes, à esta água cristalina, saber
medicá-las adequadamente, no momento certo. As ovelhas não precisam ficar tristes.
Tem um momento na vida em que todo o mundo está na posição de ovelha. A Obra tem
isso, todos sabem cuidar e chega o momento em que todos precisam de cuidados.
É preciso que tenhamos estas coisas nos nossos corações porque são frutos de experiências
vividas pelo rebanho e que têm sido passadas para nós .Amém!
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