1 ELIANE BERGO DE OLIVEIRA INTENSIFICAÇÃO DA COLETA DE EXAME PREVENTIVO DO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO NA ÁREA DE UMA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE NAVIRAÍ-MS. NAVIRAÍ-MS 2011 2 ELIANE BERGO DE OLIVEIRA INTENSIFICAÇÃO DA COLETA DE EXAME PREVENTIVO DO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO NA ÁREA DE UMA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE NAVIRAÍ-MS. Projeto de Intervenção apresentado à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, como requisito para conclusão do curso de Pós Graduação à nível de especialização em Atenção Básica em Saúde da Família. Orientadora: Profª Esp. Ethel Ebiner Eckert NAVIRAÍ-MS 2011 3 SUMÁRIO RESUMO .................................................................................................................. 04 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 05 2 ASPECTOS TEÓRICOS .................................................................................... 08 2.1 EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO ............... 10 2.2 FATORES DE RISCO ............................................................................ 11 3 OBJETIVOS .......................................................................................................... 13 3.2 OBJETIVO GERAL ................................................................................ 13 3.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................. 13 4 METODOLOGIA ................................................................................................. 14 4.1 SENSIBILIZAÇÃO DA EQUIPE ........................................................... 14 4.2 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ....................................................................... 15 4.3 CAMPANHAS PARA COLETA DE EXAME PREVENTIVO .......... 15 4.4 AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO E EXECUÇÃO DAS 16 AÇÕES ...................................................................................................................... 5 CRONOGRAMA .................................................................................................. 18 6 ANÁLISE DOS DADOS E DISCUSSÃO ........................................................... 19 7 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 22 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 23 4 RESUMO O câncer do colo do útero é previnível ou curável quando detectado precocemente. Constitui um sério problema de saúde pública nos países em desenvolvimento. Representa a quarta causa de morte, no sexo feminino, em nosso país, onde cerca de 70% dos casos desse câncer são diagnosticados em fase avançada, isto devido a grande parte das mulheres não se submeterem regularmente ao exame preventivo. Em Naviraí-MS, a cobertura desse exame esta abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde (MS). Nesse sentido, este projeto tem como objetivo aumentar o número de exames coletados atingindo a meta pactuada entre mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos, residentes na área de abrangência da Unidade de Saúde da Família Maria de Lourdes no município de Naviraí-MS, através da captação precoce de mulheres, capacitação das equipes de saúde, realização de palestras e campanhas. Concluise, portanto, que a adesão às práticas e estratégias propostas pelo presente estudo possibilitou o aumento da adesão das mulheres na faixa etária entre 25 e 59 anos na área adscrita a Unidade, no que se refere à procura e realização do exame preventivo do câncer de colo do útero, após campanha realizada no ano de 2011. Assim sendo, propõe-se a efetivação dessas ações no decorrer dos anos subseqüentes, estimando que estas ações viabilizem a detecção precoce do câncer de colo do útero, assim como a redução da morbimortalidade das mulheres por esta patologia. Palavras-chave: Prevenção, diagnóstico, sensibilização. 5 1 INTRODUÇÃO A Agência Internacional para Pesquisa em Câncer-IARC/OMS indica a ocorrência de (489.270) casos novos de câncer no Brasil para o ano de 2010. Os tipos mais incidentes, à exceção do câncer de pele do tipo não melanoma, serão os cânceres de próstata e de pulmão no sexo masculino e os cânceres de mama e do colo de útero no sexo feminino. Estima-se (49 mil) casos novos de câncer de mama e (18 mil) casos novos de câncer de colo de útero no Brasil em 2010 (BRASIL, 2010). O câncer de colo de útero, também chamado de câncer cervical, tem início no tecido que reveste esta região, e se desenvolve lentamente. Primeiramente, algumas células normais se transformam em células pré-cancerosas e, mais tarde, em cancerosas. (BRUNNER & SUDDARTH´S, 2002) A realização do Exame Preventivo do Câncer do Colo do Útero tem sido reconhecida mundialmente como uma estratégia segura e eficiente para a detecção precoce do câncer do colo do útero na população feminina e tem modificado efetivamente as taxas de incidência e mortalidade por este câncer (BEGHINI et al, 2006). O Exame Preventivo do Câncer de Colo do Útero permite que seja efetuada a detecção precoce em mulheres assintomáticas, contribuindo para a detecção de lesões precursoras e da doença em estágios iniciais. O exame preventivo também se caracteriza por ser um método de rastreamento seguro, sensível e de baixo custo (CRUZ, 2008). Estima-se uma redução de até 80% na mortalidade por este câncer a partir do rastreamento de mulheres na faixa etária de 25 a 65 anos, através do exame preventivo do câncer de colo de útero e o tratamento das lesões precursoras com alto potencial de malignidade (NIC II) ou carcinoma "in situ" (NIC III). (BRASIL, 2002). Considerando os impactos negativos de ordem física, psicológica e social que o câncer significa às mulheres e seus familiares, como a baixa auto-estima, a dificuldade de socialização, baixa produtividade, encargos sobre o Sistema Previdenciário e o SUS, demonstra a importância das ações de prevenção dos Cânceres de Colo do Útero, como medida de controle da morbimortalidade causadas por essa doença. A Atenção Primária em Saúde na grande maioria das vezes representa o primeiro contato dos usuários com o Sistema Único de Saúde (SUS), sendo a Estratégia de Saúde da Família (ESF) a proposta de reorganização desse nível de assistência. 6 Através do planejamento e execução de ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde, a ESF objetiva alcançar a integralidade na assistência à saúde da população, sendo um dos grandes desafios, a execução de ações de prevenção do câncer do colo do útero. A Unidade de Saúde da Família Maria de Lourdes do município de Naviraí – MS é localizada na região central da cidade, sendo a mais recente do município, em funcionamento há dois anos e nove meses. A população residente nas sete áreas de abrangência da Unidade de Saúde da Família Maria de Lourdes, é de 3898 pessoas, com 1301 famílias cadastradas, sendo que 2.005 (51%) são do sexo feminino e 1.893 (49%) do sexo masculino. É possível observar que a população que reside na área em sua grande maioria 2.249 (57,69%) são adultos com idades entre 20 a 59 anos. Também observamos que 373 (9,56 %) são pessoas com idades acima de 60 anos de idade (idosos), sendo 901 (23,11 %) crianças menores de 15 anos de idade e 52 (1,33 %) crianças menores de um ano (SIAB, 2011). Quanto ao perfil de mortalidade, da Unidade de Saúde da Família Maria de Lourdes, as principais causas de mortes são em conseqüências de distúrbios do aparelho circulatório, aparelho respiratório, causas externas e neoplasias (SIM, 2011). O preventivo do câncer do colo do útero é realizado diariamente na Unidade de Saúde da Família Maria de Lourdes, em livre demanda, sendo coletado pelas profissionais auxiliares de enfermagem. Ações para adesão das mulheres a este método importante de prevenção ao câncer do colo do útero são desenvolvidas sistematicamente no horário de funcionamento da Unidade. No ano de 2010, a população de mulheres com idade entre 25 e 59 anos de idade no município de Naviraí – MS, segundo dados do IBGE era de 10.730 mulheres. A meta pactuada para a realização do Exame Preventivo do Câncer de Colo Uterino, neste ano foi de 30%, das mulheres residentes no município na faixa etária de 25 a 59 anos, perfazendo um total de 3.219 mulheres a realizarem o exame. Através do relatório do Sistema de Informação de Saúde do município de Naviraí e avaliação dos livros de registros das Unidades de Saúde que realizam o exame, podemos constatar que foram realizados 3.163 exames no final do ano de 2010, não alcançando a meta pactuada para este ano. Em 2011, a população de mulheres com idade entre 25 a 59 aos de idade no município de Naviraí-MS, segundo dados do IBGE é de 10.730 mulheres. A meta pactuada para o corrente ano é de 31%, das mulheres residentes no município na faixa etária de 25 a 59 anos, totalizando 3.326 mulheres, foi observado que até o mês de junho foram coletados 1.563 exames na faixa etária de 25 a 59 anos, de acordo com as informações levantadas junto ao 7 Sistema de Informação de Saúde do município de Naviraí e avaliação dos livros de registros das Unidades de Saúde. Outro fator que nos aponta a necessidade da adoção de estratégias que possam aumentar o número de exames preventivos de câncer do colo do útero, é que a área de abrangência da Unidade de Saúde Maria de Lourdes no ano de 2010, apresentava baixa cobertura de exames preventivos e que após a realização de uma campanha de mobilização conseguiu atingir 86% da meta pactuada pelo município. Em 2011 a população de mulheres na faixa etária de 25 a 59 anos, na Unidade ESF Maria de Lourdes é de 1.125, o município pactuou a meta de 31%, correspondendo a 348 mulheres (SIAB, 2011). Através da avaliação do livro de registros de exame preventivo da Unidade ESF Maria de Lourdes, constatou-se que foram realizados até o mês de outubro de 2011, apenas 215 exames. O interesse pelo tema surgiu da preocupação pela baixa procura de mulheres na faixa etária de 25 a 59, em realizarem o Exame Preventivo do Câncer do Colo Uterino. Além da preocupação com a magnitude do problema, ratificada pelos números elevados de sua incidência, prevalência e mortalidade, cabendo ainda ressaltar o sofrimento que esta patologia acarreta. Entendemos que a implantação e implementação de ações com o objetivo de intensificar a realização da coleta do exame de preventivo, visando a “Prevenção do Câncer de Colo do Útero”, na Unidade de Saúde da Família Maria de Lourdes, representará uma oportunidade de captar as mulheres que por compromissos sociais e/ou familiares, culturais, ou por desconhecimento, apresentem dificuldades em realizarem o exame. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo aumentar o número de exames coletados, atingindo assim a meta pactuada de 31%, correspondendo à coleta de 348 exames preventivos do Câncer de Colo do Útero, entre mulheres na faixa etária de 25 a 59 anos, residentes na área de abrangência da Unidade de Saúde da Família Maria de Lourdes no município de Naviraí - MS, através à adoção de medidas de intervenções visando o diagnóstico precoce e tratamento oportuno, diminuindo assim a morbimortalidade causada por esta doença. 8 2 ASPECTOS TEÓRICOS O Câncer de Colo do Útero constitui um sério problema de saúde pública nos países em desenvolvimento, como no Brasil, para Duavy (2007), isto ocorre, devido às altas taxas de prevalência e mortalidade em mulheres de extratos sociais e econômicos mais baixos e em fase produtiva de suas vidas. Representando a quarta causa de morte, por câncer, no sexo feminino, em nosso país, superada pelos cânceres de mama, pulmão, cólon e reto. (INCA, 2006a). Sendo que o câncer cérvico-uterino, apresenta alto índice de letalidade entre mulheres de varias idades. O exame preventivo do colo do útero foi preconizado como medida de prevenção deste tipo de patologia, devendo ser realizado a partir do início da vida sexual. (CASARIN & PICCOLI, 2011). Isso ocorre devido ao fato de uma grande parte das mulheres não se submeterem regularmente ao exame preventivo do câncer de colo do útero. A realização do exame preventivo do câncer de colo do útero tem sido reconhecida mundialmente como uma estratégia segura e eficiente para a detecção precoce do câncer do colo do útero na população feminina e tem modificado efetivamente as taxas de incidência e mortalidade por este câncer. O câncer do colo do útero inicia-se a partir de uma lesão pré-invasiva, curável em até 100% dos casos, anormalidades epiteliais conhecidas como displasia e carcinoma in situ ou diferentes graus de neoplasia intraepitelial cervical que normalmente progride lentamente, por anos, antes de atingir o estágio invasor da doença, quando a cura se torna mais difícil, quando não impossível (SAWAYA et al., 2001). A evolução do câncer do colo do útero, na maioria dos casos, se dá de forma lenta, passando por fases pré-clínicas detectáveis e curáveis. Dentre todos os tipos de câncer, é o que apresenta um dos mais altos potenciais de prevenção e cura. Seu pico de incidência situa-se entre mulheres de 40 aos 49 anos de idade, e apenas numa pequena porcentagem, naquelas com menos de 30 anos, sendo que a faixa de idade para detecção precoce é dos 20 aos 29 anos, período que corresponde ao pico de incidências das lesões precursoras da doença e antecede ao pico de mortalidade pelo câncer (INCA, 2011). Os programas de rastreamento para câncer de mama e de colo uterino foram sendo implantados pelos sistemas de saúde ao longo do tempo, mais intensivamente nos países desenvolvidos, ainda que com protocolos diferenciados e, freqüentemente, desempenho abaixo do esperado. Programas para detecção precoce do câncer de colo uterino com base no 9 exame preventivo do câncer de colo do útero, de citologia oncótica, foram propostos há mais de 50 anos, e mostram custo-efetividade muito favorável para a prevenção do câncer, desde que alcancem cobertura elevada para toda a população feminina e façam parte dos programas de atenção à saúde da mulher e das consultas individuais, com adequada indicação do exame, coleta e análise do material, entrega do resultado e conduta terapêutica (INCA, 2011). O câncer de colo de útero, quando detectado precocemente tem ampla possibilidade de cura. A estratégia utilizada nas últimas décadas, em diversos países, para a detecção precoce deste câncer e suas lesões precursoras é a realização do exame preventivo do câncer de colo do útero. Este exame consiste em uma tecnologia simples, eficaz e de baixo custo para o sistema de saúde, podendo ser realizado por um profissional de saúde treinado adequadamente, sem a necessidade de uma infra-estrutura sofisticada (Oliveira et al, 2006). Ele possibilita um rastreamento de até 80% dos casos de câncer de colo uterino e se as lesões iniciais forem tratadas de forma adequada, a redução da taxa de câncer cervical pode chegar a 90% (Tavares & Prado, 2006). O Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2011), recomenda que o exame preventivo do câncer do colo do útero, a partir de 2012, deve ser realizado anualmente por mulheres com idade entre 25 e 64 anos, ou antes, desta faixa etária, caso já tenham mantido relações sexuais, aumentando a faixa etária que antes era de 25 a 59 anos, isto devido ao alto índice de mulheres com esta patologia, na faixa etária entre 25 a 64 anos. Para Czeresnia (2003) as orientações dos serviços públicos são fundamentais. A mulher deve saber sobre o que é, e qual a importância do exame preventivo, pois a sua realização periódica permite reduzir a mortalidade por câncer do colo do útero na população de risco. Segundo Diógenes (2001), o exame pode ser realizado nos postos ou unidades de saúde que tenham profissionais capacitados para realizá-los. A ocorrência de infecção pelo papiloma vírus humano (HPV) é considerada como um fator de risco determinante, para o desenvolvimento do câncer de colo uterino (Novais et al, 2006). Outros fatores que também são associados a um aumento no risco são o tabagismo, a ingestão deficiente de vitaminas, múltiplos parceiros sexuais, histórico de doenças sexualmente transmissíveis, vida sexual precoce e o uso de anticoncepcionais orais (Silva et al, 2006, INCA, 2008). 10 2.1 EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO Na América Latina, as maiores taxas de incidência (ajustadas por idade) de câncer cervical, estimadas em 1990, foram observadas no Brasil, na cidade de Belém do Pará (64,8/100.000 mulheres), seguida pelo Peru, na cidade de Trujillo (53,5/100.000 mulheres), como relata Parkin e Ferlay em sua publicação científica em 1997. Quanto à taxa de mortalidade, segundo Eluf-Neto e Nascimento (2011), não houve nenhuma tendência à redução significativa no período de 1960 a 1993 em países da América Latina e do Caribe, tais como Brasil, Colômbia, Cuba, Guatemala, Uruguai e Venezuela. Para Pinho e Franca-Junior (2003 p. 95) às razões para esta permanência nas altas taxas de incidências, justifica-se no perfil epidemiológico que segue: As razões para a permanência de altas taxas de incidência e mortalidade por câncer de colo do útero em muitos países da América Latina e do Caribe encontram-se, provavelmente, no perfil epidemiológico que essa doença adquire nesses países, quanto à freqüência dos fatores de risco, mas, principalmente quanto ao grau de implementação de ações efetivas de curto e longo prazos tanto no plano técnico, no diagnóstico precoce da doença e tratamento das lesões detectadas, quanto nos planos educacional, social e político-econômico. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA, 1999), o câncer de colo uterino no Brasil, representa a segunda causa de mortalidade bruta entre as neoplasias malignas para a população feminina nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, e a primeira causa na Região Norte. Estima-se que apenas 2% das mulheres em âmbito nacional, e cerca de 10% delas em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, faziam o exame de preventivo do câncer do colo do útero periodicamente na década de 70 (Aquino et al., 1986). O Ministério da Saúde, com o intuito de modificar o cenário brasileiro em relação ao Câncer do Colo do Útero, por meio da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), estabeleceu diretriz e estratégias de organização visando ampliar e qualificar as ações de prevenção e promoção da saúde nos serviços e na gestão no SUS (BRASIL, 2006a). Para Maia, Guilherm e Lucchese (2010 p. 682), o município tem responsabilidades perante a gestão do SUS, com segue: É de responsabilidade dos municípios na gestão do SUS é: a implementação da integralidade da atenção à saúde de sua população, garantindo esse principio, englobando atividades de promoção da saúde, prevenção de riscos, danos e agravos e ações de assistência e reabilitação. 11 A atenção básica é responsável por fazer com que o programa de controle do Câncer do Colo do Útero tenha ênfase nas ações preventivas e na detecção precoce. Em 2003, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher firmou o compromisso com a implementação de ações e serviços de saúde que contribuíram para a garantia dos direitos humanos das mulheres e reduzam a morbimortalidade por causas previsíveis (BRASIL, 2009a). A Atenção Primária em Saúde na grande maioria das vezes representa o primeiro contato dos usuários com o Sistema Único de Saúde (SUS), sendo a Estratégia de Saúde da Família (ESF) a proposta de reorganização desse nível de assistência (GENIOLE, 2001). Através do planejamento e execução de ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde, a ESF objetiva alcançar a integralidade na assistência à saúde da população, sendo um dos grandes desafios, a execução de ações de prevenção do câncer do colo do útero. 2.2 FATORES DE RISCO Para Oliveira (2006), são considerados fatores de risco para o câncer do colo do útero a multiplicidade de parceiros e a história de infecções sexualmente transmissíveis, a idade precoce na primeira relação sexual e a multiparidade. Além desses fatores, estudos epidemiológicos sugerem outros, cujo papel ainda não é conclusivo, tais como tabagismo, alimentação pobre em alguns micros nutrientes, principalmente vitamina C, beta caroteno e folato, e o uso de anticoncepcionais. Desde 1992, a Organização Mundial de Saúde considera que a persistência da infecção pelo Papiloma Vírus Humano representa o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença. Sabe-se também que a infecção pelo HPV é essencial, mas não suficiente para a evolução do câncer de colo uterino. Segundo Andreoli (1998), é comum no resultado da prevenção do câncer do colo uterino ou mesmo nas colposcopias a suspeita de HPV. Isso reflete comportamento sexual distinto. Estudos recentes mostram ainda que o papiloma vírus humano (HPV) tem papel importante no desenvolvimento da displasia das células cervicais e na sua transformação em células cancerosas. Este vírus está presente em mais de 90% dos casos de câncer do colo do útero. Para Duavy (2007), existe a associação entre o câncer de colo uterino e o baixo nível socioeconômico em todas as regiões do mundo. Os grupos mais vulneráveis estão onde existem barreiras de acesso à rede de serviços de saúde, para detecção e tratamento da 12 patologia e de suas lesões precursoras, advindas das dificuldades econômicas e geográficas, insuficiência de serviços e por questões culturais, como medo, desconsideração de sintomas importantes e preconceito. 13 3 OBJETIVOS 3.2 OBJETIVO GERAL Aumentar o número de exames coletados, atingindo assim a meta pactuada de realização de exames preventivos do Câncer de Colo do Útero, entre mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos, residentes na área de abrangência da Unidade de Saúde da Família Maria de Lourdes no município de Naviraí – MS. 3.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Captar precocemente as mulheres que por compromissos sociais e/ou familiares, culturais, ou por desconhecimento, apresentem dificuldades em realizarem o exame. Capacitar à equipe de Saúde da Família Maria de Lourdes, quanto à importância da captação precoce de mulheres, para a realização do exame preventivo do câncer de útero. Realizar educação em saúde, visando despertar a reflexão crítica entre mulheres de diferentes faixas etárias sobre câncer do colo do útero. Realizar campanhas para coleta de exames preventivos do câncer de colo do útero em horários alternativos de funcionamento da unidade de saúde em estudo. Avaliar o desenvolvimento e execução das ações através do monitoramento mensal da quantidade de exames coletados, para acompanhamento do cumprimento da meta. 14 4 METODOLOGIA O presente trabalho trata-se de um estudo descritivo e exploratório, iniciado na ESF Maria de Lourdes, no município de Naviraí em 2011, através de um procedimento de intervenção para o aumento da adesão das mulheres adscritas na área de atuação da ESF no que se refere ao aumento da execução de exames preventivo do câncer de colo do útero. Inicialmente, realizou-se o levantamento de dados numéricos e características da população feminina residente na área em estudo através da análise de prontuários individuais e livros de registros de procedimentos arquivados na unidade e através de dados estatísticos disponibilizados pelo Sistema de Informação da Atenção Básica. Posteriormente, ações que viabilizassem o aumento da adesão da população feminina ao exame preventivo do câncer de colo do útero foram implementados. Dentre essas ações, destaca-se: sensibilização da equipe da ESF Maria de Lourdes sobre a importância da realização do exame preventivo, educação em saúde, campanhas para realização do exame preventivo em horário alternativo ao funcionamento da unidade e avaliação do desenvolvimento e execução das ações. 4.1 SENSIBILIZAÇÃO DA EQUIPE O inicio das ações do plano de intervenção ocorreu em 05 de novembro de 2011, com a sensibilização da equipe da ESF Maria de Lourdes, que ocorreu através de uma reunião, no período vespertino, na própria unidade de trabalho da equipe, na ocasião foi exposto o projeto de intervenção em estudo, seu objetivo, metodologia e resultados esperados. A equipe multiprofissional recebeu informações sobre a importância da captação precoce quanto à realização do exame de preventivo do câncer do colo do útero, assim como a importância da prevenção e promoção da saúde no que se refere ao diagnóstico no estágio inicial da lesão precursora do câncer, bem como o papel de cada profissional na sensibilização da população para adesão das práticas de exame de preventivo a serem realizadas na unidade. A sensibilização terá continuidade durante o ano de 2012, através de reuniões trimestrais a serem realizadas na Unidade de Saúde, com a equipe multiprofissional, preferencialmente no período vespertino, onde a presença de todos os membros da equipe se fará obrigatória. 15 4.2 EDUCAÇÃO EM SAÚDE Esta etapa tem a intenção de levar as mulheres que tem ou já tiveram atividade sexual, especialmente se estiverem na faixa etária dos 25 a 64 anos de idade, ações educativas e informativas, utilizando uma linguagem de fácil entendimento, sobre a importância de submeter-se ao exame preventivo periódico, como uma forma de detecção precoce de lesões precursoras da doença em estágios iniciais, antes mesmo do aparecimento dos sintomas, reduzindo assim a mortalidade por câncer do colo do útero. Entre as ações a serem realizadas estão: - Ações de saúde coletiva: através de palestras, realizadas pelo enfermeiro responsável pela unidade e pela equipe multidisciplinar. Estas palestras acontecerão trimestralmente, em locais estratégicos da Unidade de Estratégia Saúde da Família, através de uma agenda que melhor se adapte aos profissionais e ao público-alvo, sempre articuladas pela equipe multiprofissional e com o apoio da Gerência Municipal de Saúde, trazendo temas relevantes para a promoção e prevenção da saúde, buscando desenvolver uma reflexão crítica entre mulheres de diferentes faixas etárias sobre câncer do colo do útero, estimulando a identificação de sintomas bem como a procura pelo serviço de saúde. - Ações educativas nas visitas domiciliares: nas visitas dos agentes comunitários e da equipe multiprofissional, deverão ser entregues convites contendo orientações quanto ao correto preparo para a realização do exame, horários de atendimento, bem como realizar orientações quanto aos benefícios da detecção precoce, através da realização do exame preventivo do câncer de colo do útero. - Ações educativas em sala de espera: orientações realizadas pelo enfermeiro, ou membros da equipe de saúde, na sala de espera da unidade, realizadas enquanto os pacientes aguardam a consulta ou procedimentos, por meio de palestras, rodas de conversa, distribuição de panfletos e/ou vídeos educativos, conforme agenda que melhor se adaptar aos profissionais. 4.3 CAMPANHAS PARA COLETA DE EXAME PREVENTIVO Para a campanha de coleta de preventivo realizou-se “O Dia de Mobilização de Prevenção do Câncer de Colo do Útero”, esta ação teve início em 05 de novembro de 2011 (sábado), das 07 h: 30 min. as 18h00, possibilitando que mulheres que trabalham durante a semana, pudessem participar devido à flexibilidade de horário. 16 Houve a participação de profissionais capacitados para a execução da atividade os quais citamos: - 01 (um) enfermeiro, que realizou a coordenação das atividades, a supervisão da coleta de exames preventivos de câncer de colo de útero e na oportunidade também foram realizados os exames clínicos das mamas. - 02 (duas) auxiliares de enfermagem da Unidade de Saúde da Família Maria de Lourdes, para realizaram as coletas dos exames preventivos de câncer de colo de útero; - 05 (cinco) Agentes Comunitários de Saúde-ACS’s, que se organizaram de forma a executar as atividades administrativas e de educação em saúde na sala de espera, pegar os prontuários no arquivo, preencher a parte de identificação da requisição dos exames preventivos de câncer de colo de útero e atividades de educação em saúde junto às usuárias na sala de espera da USF. Para divulgação junto às mulheres sobre “O Dia de Mobilização de Prevenção do Câncer de Colo de Útero”, realizou-se o anúncio todos os dias na sala de espera da USF e as ACS’s entregaram nas residências um informativo, convidando e explicando os cuidados necessários para realização dos exames. Preferencialmente foram convidadas mulheres de 25 a 59 anos de idade, que já tiveram iniciação sexual e que nunca realizaram o exame preventivo de câncer de colo de útero e/ou as que não coletaram nos últimos 12 meses. Também foi solicitada junto à assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal de Naviraí, a divulgação do “Dia de Mobilização de Prevenção do Câncer de Colo de Útero e de Mama”, para as mulheres que residem na área de abrangência da Unidade de Saúde da Família Maria de Lourdes. É importante destacar que um exame deve ser feito a cada ano e, caso dois exames seguidos, no intervalo de um ano, apresentem resultado normal, o exame pode passar a ser feito a cada três anos. No caso de mulheres histerectomizadas que comparecerem para a coleta, deve ser obtido um esfregaço de fundo do saco vaginal. Mulheres grávidas também podem realizar o exame. Neste caso, são coletadas amostras do fundo do saco vaginal posterior e da ectocérvice, mas não da endocérvice, para não estimular contrações uterinas. 4.4 AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO E EXECUÇÃO DAS AÇÕES Serão avaliados os dados levantados através da observação de prontuários e livros de registros da unidade de saúde, para estudo comparativo mensal do número de exames coletados, realizando assim a avaliação do cumprimento da meta pactuada pelo município no 17 que se refere ao numero de mulheres na faixa etária entre 25 e 64 anos submetidas ao exame de preventivo, assim como detectando a porcentagem de exames que apresentarem alguma alteração para o posterior segmento dessas pacientes. 18 5 CRONOGRAMA Ação 2011 Nov Sensibilização da Equipe Dez 2012 Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set X X X X X X X X Out Nov Dez X Ações de saúde coletiva/ X Palestras Ações educativas nas visitas X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X domiciliares Ações educativas em sala de espera Coleta de Exame Preventivo do Câncer de Colo do Útero. Campanhas para coleta de X X X exame preventivo Avaliação do Desenvolvimento X e Execução das Ações X X X X X X X X X X X X X 19 6 DISCUSSÃO Após a implantação de ações de intervenção proposta neste estudo, onde foram realizadas atividades de sensibilização da equipe, ações educativas nas visitas domiciliares com entrega de convite para a campanha de coleta de exame preventivo do câncer de colo do útero e ações educativas em sala de espera. Podemos observar a adesão e a sensibilização da equipe, quanto à importância da captação precoce de mulheres, para a realização do exame preventivo do câncer de colo do útero, como forma de prevenção. Na Unidade de Estratégia Saúde da Família, em 2011, a população de mulheres na faixa etária de 25 a 59 anos é de 1.125, o município pactuou a meta de 31%, correspondendo 348 mulheres (SIAB, 2011). Através da avaliação do livro de registros de exame preventivo da Unidade ESF Maria de Lourdes, constatou-se que foram realizados até o mês de outubro de 2011, 215 exames, nesta faixa etária. Perfazendo uma média mês de 21 exames preventivos coletados. No dia de mobilização de prevenção do câncer de colo do útero, realizada em 05 de novembro de 2011, foram realizados 51 (cinqüenta e um) exames preventivos dentro da faixa etária priorizada pelo Ministério da Saúde, conforme Quadro 01. Sendo que esta quantidade corresponde a dois meses da média de coletas na rotina, demonstrando a importância da realização de mobilizações, que possam captar mulheres que não freqüentam os serviços nos dias e horários de rotina. Quadro 01. Exames Preventivos de Câncer de Colo de Útero, segundo faixa etária. Faixa Etária ≥ 25 anos à ≤ 59 anos de idade Outras idades Total Quantidade 35 18 51 (%) 69 31 100 Como podemos observar no Quadro 01, um aspecto positivo foi que dentre os 51 exames realizados, 69% (35) foram entre mulheres na faixa etária prioritária segundo o Ministério da Saúde. Outra situação positiva, foi o “O Dia de Mobilização de Prevenção do Câncer de Colo do Útero”, ter representado a oportunidade de 03 mulheres realizarem o exame preventivo de câncer de colo de útero pela primeira vez. 20 Quadro 02. Mulheres que realizaram o Exame Preventivo de Câncer de Colo de Útero e a período do último exame. Quantidade: 27 13 3 1 1 1 1 1 3 51 Última coleta 01 ano 02 anos 03 anos 04 anos 06 anos 07 anos 08 anos 10 anos Nunca havia coletado Exames realizados Como podemos observar no Quadro 02, dos 51 exames realizados, 24 (47%) foram em mulheres que não realizavam o exame Preventivo de Câncer de Colo de Útero, num período igual ou maior que 2 anos. Na oportunidade foram realizados 49 Exames Clínicos de Mamas em mulheres com idades entre 15 e 89 anos. Importante ressaltar que todas essas mulheres, afirmaram que a grande maioria 45 (92%), informou que nunca haviam passado pelo exame Clínico das Mamas e que desconheciam a técnica correta do auto exame das mamas. Realizamos uma avaliação positiva dentro do que foi proposto, pois através da mobilização específica de prevenção do câncer de colo de útero, realizada em dia e horário alternativo, foi possível oportunizar que mulheres realizassem o exame preventivo de câncer de colo de útero, bem como, realizarmos abordagens sobre temas como higienização íntima, doenças sexualmente transmissíveis, técnica e importância do auto exame das mamas. Também podemos concluir que mesmo com a oferta do exame preventivo de câncer de colo de útero fazendo parte da rotina da Unidade, sendo a estratégia mais adotada para o rastreamento desta patologia. A realização de “Mobilização” específica representa oportunidade do sistema de saúde captar mulheres com longo período sem realizar os referidos exames. Assim sendo, destacamos que realizaremos a continuidade da campanha de mobilização de prevenção do câncer do colo do útero de forma semestralmente nos anos subseqüentes, pois atingir alta cobertura da população definida como alvo é o componente mais importante no âmbito da atenção primária para que se obtenha significativa redução da incidência e da mortalidade por câncer do colo do útero (INCA, 2011). 21 Verifica-se a relevância de uma mudança estratégica no combate ao câncer de colo uterino, combinando ações preventivas, de promoção e proteção à saúde, com medidas diagnósticas precoces, com objetivo principal de reduzir a mortalidade por este tipo de câncer. 22 7 CONCLUSÃO O presente estudo e projeto de intervenção visa contribuir para o aumento do número de exames de preventivo do câncer de colo do útero coletados a partir da organização da rede de assistência á saúde, propondo a Estratégia Saúde da Família rotinas de atendimento, educação em saúde, sensibilização profissional e da comunidade, afim de que se estabeleçam meios de captação precoce de mulheres a serem submetidas ao exame. Conclui-se, portanto, que a adesão às práticas e estratégias propostas pelo presente estudo possibilitou o aumento da adesão das mulheres na faixa etária entre 25 e 59 anos adstritas na Estratégia Saúde da Família Maria de Lourdes no que se refere à procura e realização do exame preventivo do câncer de colo do útero. A partir da implantação do plano de intervenção foi possível garantir a essas mulheres que as ações de prevenção, promoção e diagnóstico precoce do câncer do colo do útero fossem efetivas, garantindo assim acesso ao serviço de saúde, a detecção precoce do câncer de colo do útero, bem como seu tratamento e seguimento em tempo oportuno. Assim sendo, propõe-se a efetivação dessas ações no decorrer dos anos subseqüentes, estimando que estas ações viabilizem a detecção precoce do câncer de colo do útero, assim como a redução da morbimortalidade das mulheres por esta patologia. 23 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ______. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. 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