Visualização do documento Formação e evolução do Oceano Atlântico.doc (366 KB) Baixar Assunto: A Formação do Oceano Atlântico Discilplina: Geologia Aplicada 1º B/TGA Professor: Juarez Fontana dos Santos João Carlos Simoni Manoel de Góes Neto José Rivaldo Santos, 22 de outubro de 2007 1. FORMAÇÃO E IMPORTÂNCIA É o segundo oceano do mundo em superfície, está localizado no hemisfério ocidental e alonga-se no sentido Norte-Sul. Com um formato que lembra um S, comunica-se com o Oceano Ártico pelo estreito da Islândia; com o Oceano Pacífico e com o Oceano Índico pela ampla passagem que se abre entre a América, a África e a Antártida, nas altas latitudes austrais. figura 01: Oceano Atlântico É o oceano mais importante comercialmente devido ao fato de ser a menor distância entre as maiores potências do mundo os EUA e a Europa e também o mais importante para indústria pesqueira conta com bancos pesqueiros mais produtivos do mundo. As áreas com afloramento, nas quais as águas profundas do oceano ricas em nutrientes sobem para a superfície, possuem abundante fauna marítima. O oceano é rico em recursos minerais, e as plataformas e taludes continentais possuem abundantes combustíveis fósseis. Também é o Oceano que recebe os rios mais caudalosos do mundo como: o Rio Amazonas, São Lourenço, Orinoco, Mississipi, Paraná, Congo, Niger e Loire e, dividido as chamadas “áreas de afloramento” é também um dos locais mais ricos em biodiversidade. O Oceano Atlântico possui elevada importância histórica, uma vez que sua navegação foi, durante muito tempo, um ponto vital da história da civilização. Durante muito tempo os homens se recusaram a navegar o “Mar Oceano”, como chamavam o Oceano Atlântico com medo de se verem tragados por algum abismo. Mas em 1.492, coube a Cristóvão Colombo acabar com todos os temores ao aportar na ilha de Guanahaní, que ele rebatiza de São Salvador, nas atuais Bahamas. Este feito abriu as portas do Atlântico que, desde, então, foi palco da maior colonização de todos os tempos. 2. FORMAÇÃO DO OCEANO ATLÂNTICO O Oceano Atlântico começou a formar-se há 150 milhões de anos, quando se afastou do grande continente de Gondwana como resultado da separação da América do sul e da África, que ainda continua com uma progressão de vários centímetros por ano ao longo da dorsal submarina Meso-atlântica, cadeia montanhosa que se estende de norte a sul, com aproximadamente 1.500 km de largura, na qual ocorre freqüentes erupções vulcânicas e terremotos. A origem da cordilheira meso-oceânica (ou Dorsal Atlântica) está relacionada à dinâmica da tectônica de placas. O afastamento entre as placas Sul-Americana e Africana, em conseqüência das correntes de convecção do magma existente no manto, determina a formação de um extenso dobramento moderno que se estende de norte a sul ao longo do Oceano Atlântico. figura 02: Tipos de Limites de Placas São três os tipos de limites de placas, Limites transformantes ou conservativos, Limites divergentes ou construtivos e Limites convergentes ou destrutivos; caracterizados pelo modo como as placas se deslocam umas relativamente às outras, aos quais estão associados diferentes tipos de fenômenos de superfície. No caso da formação do Oceano Atlântico foi através do Limite divergente ou construtivo – ocorrem quando duas placas se afastam uma da outra. Ao Sul, a cadeia meso-aceânica do atlântico se divide em duas com a parte leste indo de encontro à cadeia meso-aceânica do índico e a oeste com a cadeia do pacífico formando uma bacia imensa com 106.200.000 km². Figura 03: dorsal meso-atlântica 3. Teoria das Placas Tectônicas Durante a década de 1960 fizeram-se grandes progressos e mais foram despoletados por várias descobertas, sobretudo a da dorsal meso-atlântica. Salientase a publicação, em 1962, de uma comunicação do géologo americano Harry Hess Robert S. Dietz publicou a mesma ideia um ano antes na revista Nature. No entanto a prioridade deve ser dada a Hess, pois ele distribuiu um manuscrito não publicado do seu artigo de 1962, em 1960). Hess sugeriu que os continentes não se moveriam através da crusta oceânica (como sugerido pela deriva continental) mas que uma bacia oceânica e o continente adjacente moviam-se conjuntamente numa mesma unidade crustal ou placa. Nesse mesmo ano, Robert R. Coats do U.S. Geological Survey descreveu as principais características da subducção no arco insular das Ilhas Aleutas. Esta sua publicação, ainda que pouco notada na altura (tendo sido até ridicularizada), tem sido de então para cá considerada como seminal e presciente. Em 1967, Jason Morgan propôs que a superfície da Terra consiste de 12 placas rígidas que se movem umas em relação às outras. Dois meses mais tarde, em 1968, Xavier Le Pichon publicou um modelo completo baseado em 6 placas principais com os seus movimentos relativos. Em 1947 uma equipe de cientistas liderada por Maurice Ewing a bordo do navio de pesquisa oceanográfica Atlantis da Woods Hole Oceanographic Institution, confirmou a existência de uma elevação no Oceano Atlântico central e descobriu que o fundo marinho por baixo da camada de sedimentos era constituído por basalto e não granito, rocha comum nos continentes. Descobriram também que a crusta oceânica era muito mais delgada que a crusta continental. Estas descobertas levantaram novas e intrigantes questões. figura 04: Teoria das Placas Tectônicas 4. Placas tectônicas e bacias de Sal A evolução das bacias sedimentares do leste brasileiro e oeste africano foi controlada por eventos tectônicos das placas, associadas com a separação dos continentes e formação do Oceano Atlântico Sul. Estes eventos impõem suas características na evolução da bacia que podem ser amplamente divididos em três estágios formativos; pré-separação, separação, Pós-separação. Fase pré-separação: Um estágio “rift-valley” de pré-separação (similar ao moderno estágio de “rift-valley” do oeste africano) terminou no final da era jurássica. Isto foi seguido pela fase pré-separação no inicio do Cretáceo, onde o Brasil e África ainda eram parte de um amplo domo construído devido à atividade vulcânica associada com lavas de basalto. Fase de separação: Na fase seguinte de separação, da era Valanginiana ao final da Barremiana, a África e a América do Sul começaram a se separar. Vasta regiões da América do Sul foram sujeitas à complexas extensões litosféricas e vulcanismo. As bacias, resultantes das fissuras pré-Aptiana-Neocomiana, no leste do Brasil e no oeste da África, resultam dessa fase. Houve uma formação inicial das grandes falhas equatoriais, transcorrentes que se estendem da Nigéria, Camarões e Libéria até o Nordeste do Brasil. Mais ao sul, ocorreu a formação das cadeias vulcânicas da cordilheira Walvis-elevação do Rio Grande. As margens continentais brasileira e africana são caracterizadas por duas ocorrências tectônicas, desde a fase de formação: margens continentais equatoriais, caracterizadas por grandes falhamentos transversais margens fissuradas do Oceano Atlântico Sul. O final da fase de separação é marcado por uma discordância regional. Este tipo de discordância é observado em todo o mundo, nas margens continentais divergentes. As províncias marginais, ao norte e ao sul da cordilheira Walviselevação Rio Grande,sofreram uma evolução distinta. As bacias de sal AlbianasAptianas desenvolveram-se de ambientes marinhos, de circulação restrita, ao norte destas cordilheiras. Estas bacias de sal, em ambos lados do Atlântico Sul, também se encaixam numa reconstrução continental (Leyden et al, 1976). Fase pós-separação : Depois da fase de separação, o desenvolvimento das margens do Atlântico Sul foram afetadas por eventos térmicos durante os quais a placa litosférica, anteriormente esticada e afinada, aumentou em espessura e gradualmente afundou.Isto permitiu o desenvolvimento de um acúmulo de seqüências deposicionais. Os blocos de depósitos “pós-separação” estão situados em discordâncias sobre as seqüências Neocomianas.As seqüências de sal, de idade Aptiana, tem papel fundamental na separação estratigráfica entre as seqüências sintectônicas “rift” e as seqüências da fase pós-separação. O sal Aptiano encontra-se em crustas continentais transicionais e estão limitados dentro da interfase continental do oceano, até a cota de 2.000 m. Esta limitação também marca a localização de substanciais anomalias de gravidade e magnéticas. figura 05: movimentação das placas A história cinemática da abertura do Atlântico Sul é limitada por fraturas bem definidas (Lê Pichon, 1968), e por um padrão espelhado de anomalias magnéticas da crusta oceânica. A abertura ao sul e ou norte da cordilheira Walvis iniciou aproximadamente, ao tempo das anomalias magnéticas M9 (129 ma) e M10 (118 ma) respectivamente (Vine and Mattheuws, 1963), Após o Aptiano, a recém-formada litosfera oceânica esfriou e gradualmente afundou. As margens continentais adjacentes também, gradualmente, afundaram durante esta fase térmica de pós-separação. As diferentes taxas de subsidência, entre a bacia aceânica e as margens continentais causaram uma inclinação flexural pós- Aptiana nas margens continentais. Esse fenômeno favoreceu à disposição espessos blocos sedimentares,durante o Cretácio e o Cenozóico. O Oceano Atlântico Sul mostra um substancial desvio do padrão típico de subsidência, de outros oceanos. Suas bacias aceânicas são mais rasas que a média global, portanto, a crusta oceânica, com idade de 100 ma, é mais ou menos 0,5 Km mais rasa que a normal. Isto parece ser típico do comportamento tectônico das placas tectônicas africanas e sul americanas que, mesmo hoje, possuem uma elevação média mais altas do que outros continentes. O oceano Atlântico é o oceano que separa Europa e África, a Leste, da América, a Oeste, incluindo os diversos mares e golfos, como: Oceano Glacial Ártico, Mar Mediterrâneo, Golfo do México, Mar das Antilhas, Mar de Baffin, Mar do Norte, Mar Báltico, Mar da Mancha, Mar da Irlanda, Baia de Hudson, Mar Negro e Mar da Noruega. figura 06: Fundo do oceano 5. Movimentação da águas do Oceano Atlântico De maneira geral, as águas do Oceano Atlântico se movem em duas correntes distintas provocadas pela ação dos ventos alísios e pela rotação da terra, sendo uma no Atlântico Norte e, outra no Atlântico Sul. As correntes do Norte movem-se em sentido horário e as do Sul em sentido anti-horário. Fazem parte da corrente do Norte, as correntes Norte-Equatoriais, as correntes das Canárias e a Corrente do Golfo: e, do Sul, a corrente do Brasil a de Benguela e a Corrente Sul Equatorial. 6. FUNDO OCEÂNICO Apresenta uma disposição regular, a plataforma continental, ampla ao largo das costas da Europa, da América do Norte e da porção meridional da América do Sul, estreita-se nas costas da África e do Brasil; uma enorme cadeia de montanhas submarinas, a dorsal meso-atlântica, estende-se ao longo do oceano; entre ela e os continentes abre-se uma série de bacias de 6.000 a 7.000 m de profundidade (bacias americana, brasileira e argentina, a Oeste; bacias escandinava, da Europa Ocidental, da Guiné, de Angola e do Cabo, a Este). A crista dorsal é sulcada em toda a sua extensão por uma grande fossa tectônica (rift), que secciona no sentido longitudinal. Área de constante instabilidade geológica, provocada pela contínua emissão de material ígneo, é objeto de estudos geológicos que analisam os processos de formação e evolução das placas tectônicas, ou seja, da crosta terrestre. A crista da dorsal meso-atlântica situa-se geralmente entre -3.000 e -1.500 m, mas emerge em alguns pontos, formando ilhas: Jan Mayen, Islândia, Açores, Ascensão, Tristão da Cunha. Nas latitudes equatoriais, a dorsal é cortada por falhas transversais que determinam fossas abissais (fossa da Romanche. -7.758 m). Nas outras porções do Atlântico as fossas são raras: situam-se nas Antilhas (Caimans e Porto Rico - a mais profunda com -9.218 m) e nas ilhas Sandwich do Sul (-8.264 m) figura 07:Diagrama da formação de um rifte oceânico As cadeias submarinas se estendem de forma desigual de leste a oeste entre as plataformas continentais e a dorsal Meso-atlântica, dividindo os fundos oceânicos em uma série de bacias conhecidas como planícies abissais. As quatro bacias do lado americano têm uma profundidade de mais de 5.000 m e são: a bacia Norteamericana, a da Guiana, a do Brasil e a Argentina. O perfil euro-africano está marcado por várias bacias de menor profundidade: a bacia da Europa ocidental, Canárias, Cabo Verde, Serra Leoa, Guiné, Angola, Cabo e Cabo Agulhas. A grande bacia Atlântica se estende ao longo da área mais meridional da cordilheira Mesoatlântica e da Antártica. Seu relevo submarino tem sido explorado desde o principio do século XX. O traço dominante é uma cordil... 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