FCT/UNESP–Curso de Geografia.Disciplina:Redes Urbanas – 2016-7. Ref.: Carlos Brandão. Território e Desenvolvimento – as múltiplas escalas entre o local e o global. Campinas. Ed. Unicamp, 2007 Brandão, C. Capítulo 2 – As principais determinações da dimensão espacial do desenvolvimento capitalista. Pg 57-87. Insuficiências teóricas das análises “espacializadas”. o Critica das abordagens clássicas e neoclássicas (ciência regional) o Por outro lado: - agenda de questões derivadas desta abordagem. Dadas as assimetrias de distribuição geográfica dos “fatores”: Importância da discussão sobre o tamanho dos mercados e das distâncias; Interdependência econômica e a articulação física e funcional devem ser pesquisadas/aprofundadas; A(s) distância(s) do(s) mercado(s) hierarquiza(m) o território estruturando-o em redes de centros urbanos; Refinamento das “Tipologias”: - classificação de fatores locacionais e fatores aglomerativos/desaglomerativos; - efeitos de atração/repulsão; - concentração/desconcentração espacial de fatores e atividades; - influências das economias de escala, economias de urbanização; análises centradas nas atividades terciárias e sua capacidade de “estruturação espacial”; - concepção funcionalista = Escola da ecologia urbana de Chigago (cidade como organismo social); - “escola francesa” (Perroux) = papel dos pólos de desenvolvimento, polarização da empresa motriz, base exportadora, relações insumo-produto, economias externas e retornos crescentes. North – base econômica e processo de crescimento dos espaços urbanos e regionais – crescimento induzido e orientado por sua capacidade de “exportação” – setor exportador suscita reações em cadeia dinamizadoras. 1 Vias alternativas do debate regional e urbano. o Via “Keynesiana” Mecanismos de determinação e medição das rendas regionais – ações de planejamento regional (incentivos, etc). Prebisch/Cepal – avaliação dos balanços interrregionais de pagamentos e padrões de comércio; papel das despesas governamentais; finanças públicas e impostos; drenagem das rendas. Objetivo: busca de redução das disparidades – via mecanismos compensatórios (Myrdal, Furtado, Perroux). Tratamento analítico das macrodecisões do Estado; - considera as raízes históricas e culturais e as estruturas produtivas diferenciadas o Contribuições da matriz marxista. Relações entre estrutura e dinâmica do MPC e sua organização espacial; Movimentos de acumulação do capital; Organização espacial como reflexo e condição das relações de produção e lutas de classe (espaço é produção social); Região – não é passiva nem receptáculo: tem contexto institucional e moldura histórica; Contribuições: - geografia radical; - sociologia urbana; economia política - autores (Lefebvre, Castells, Harvey); Configurações espaciais refletem hierarquia de poderes; Meios de consumo coletivos – reprodução da força de trabalho (papel do Estado); Enfrentamentos entre frações do K; Lipietz: - conceito de “circuitos de ramo” – diferenciação setorial da produção capitalista; Coraggio – espacialidade dos fenômenos sociais; Santos – heranças/rugosidades tem papel ativo na DTT; - meio técnico científico informacional; Smith – desenvolvimento desigual e combinado – tendência simultânea à diferenciação e à igualização dos níveis e condições de produção. 2 [- As 6 Críticas do autor às abordagens da matriz marxista] [Pg. 66-67]. A impossibilidade de uma teoria geral do Desenvolvimento Regional e Urbano. o Impossibilidade do estabelecimento de leis de validade universal. As leis de movimento e reprodução só podem ser apreendidas em sua realidade histórico-concreta No entanto, deve-se distinguir entre “historicidade” e historicismo. “Nem capitalismos idênticos, nem singularidades irredutíveis. Nem “abstrações cientificistas” (apartados da ação social), nem historicismos que só se limitam aos estudos de casos. Ref. Marx – método da economia política. (Belluzzo) – “o passado, a ação humana coletiva cristalizada nas instituições e formas de convivência existentes, têm peso na configuração das práticas do presente.” Regiões e o urbano – “lugares/espaços” de reprodução social específicos e da (sua) decorrente inserção na Div. Interregional do Trabalho (produção de espaços concretos – determinações históricas particulares). Ref. Pacheco – a discussão sobre regiões = discussão sobre conformação de padrões de divisão do trabalho com precedente/conseqüente diferenciação econômica do espaço (e, obviamente dos sujeitos). Processo histórico-genético. Lipietz – na análise concreta do particular, deve-se encontrar seu caráter universal. A proposta de análise do autor do processo de desenvolvimento capitalista. o Divisão Social do Trabalho deve ser a categoria explicativa básica da investigação da dimensão espacial do desenvolvimento – pois permeia todos os seus processos em todas as escalas. o DST – categoria mediadora – adequada para se estudar: heterogeneidades; - hierarquias e; - especializações, intra e inter qualquer escala. o Expressa a constituição socioprodutiva interna e suas possibilidades de inserção no contexto maior. 3 o No regime capitalista de produção, a DST se aprofunda e sofistica recorrentemente. o DST = (aprox.) a um “mapeamento” das determinações e elementos-chave para a pesquisa da dimensão espacial do desenvolvimento capitalista (análise do movimento desigual da acumulação do capital no espaço). Brandão propõe: a verificação articulada dos processos: - de homogeinização; - de integração; - de polarização; - de hegemonia nos recortes territoriais. Segundo o autor, todas as correntes do pensamento social que estudaram desenv. desigual/espaços regionais apresentaram alguma proposição sobre essas quatro dimensões/processos/forças. Determinações diversas – planos teóricos distintos – âmbitos diferentes de análise. 4