O Brasil no alvorecer do século XX Aula 1 1. A expansão capitalista Segunda Revolução Industrial: Novas fontes de energia: petróleo, eletricidade. Crescimento da produção e desenvolvimento industrial: introdução de máquinas e intensificação da divisão do trabalho. Grande competição, desenfreada por mercados consumidores e fornecedores de matérias-primas gerando: Imperialismo; Neocolonialismo; Economia se integra e torna-se global. Capitalismo monopolista e financeiro. • Após a Segunda Revolução Industrial reafirmou-se uma divisão internacional do trabalho: • Países desenvolvidos se especializaram na produção industrial e na exportação de capitais. • Países pobres que desempenhavam apenas a função de fornecedores de matérias-primas, integraram-se ao mercado capitalista mundial também como alvo de investimentos diretos dos países industrializados. 2. Novas formas de viver Final do século XIX: Linhas de montagens nas indústrias que aumentavam a produção. Ritmo do trabalho cada vez mais intenso, e modo de vida mais acelerado: “tempo é dinheiro”. • Avanços científicos e tecnológicos alteravam a vida, oferecendo uma enorme variedade de produtos e implantando novas necessidades de consumo, reforçadas pela publicidade. • Operários se organizando politicamente e pressionando a sociedade por mudanças. • Surgimento das primeiras sufragistas: desejo de incorporação de grupos excluídos como as mulheres. Cidades europeias e americanas: ruas iluminadas, automóveis, telefones, cinematógrafos, balões dirigíveis e os primeiros aviões. Padrão civilizatório burguês europeu. Processo que atinge o Brasil. 3. O Brasil e o mundo Brasil inserido na dinâmica do capitalismo mundial: exportando café. Recursos acumulados na indústria cafeeira contribuíram para a expansão de indústrias (especialmente no sudeste). Outros produtos: cacau (nordeste) e borracha (norte) que se desenvolvem devido à navegação com navios a vapor. 4. Um país desigual • São Paulo e Rio de Janeiro inseridos numa dinâmica de desenvolvimento, industrialização, urbanização capitalista e de uma cultura urbana europeia. • Processo que atingia somente a elite econômica. • População distante dos padrões de modernidade. • País rural: 60% dos 17,3 milhões viviam no campo e segundo moldes tradicionais. • Grande miséria no campo e na cidade com ¼ da população analfabeta. • Regime republicano (1889) teoricamente apontava para mudanças políticas, mas ainda tinha os moldes da política tradicional, controlada regionalmente pela aristocracia agrária com forte predomínio do setor cafeeiro. • Abolição: modernizara as relações de trabalho com a mão de obra livre, facilitando as relações capitalista de produção. • Negros ainda marginalizados socialmente com teorias que justificavam tal fato. Brasil procura acertar os passos com a Europa, centro econômico e “civilizatório”. Qual o rumo a se tomar: país agrário ou industrializado? Modernizar ou não as instituições? Como enfrentar a miséria no campo e nas cidades? Como se tornar desenvolvido?