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PALAVRA DO PRESIDENTE, O ARCEBISPO [ANGLICANO] DE GALES,
O REVERENDÍSSIMO BARRY MORGAN
AO ENCONTRO DO ÓRGÃO DIRIGENTE
NA UNIVERSIDADE DE TRINITY SAINT DAVID,
LAMPETER, EM 14 DE SETEMBRO DE 20161
Tenho de confessar que nos últimos 13 anos nunca reli uma palavra presidencial que dei ao
órgão dirigente. Fiz bem – alguns de vocês podem estar pensando – uma vez é mais que
suficiente para alguém! Antes de escrever esta, no entanto, decidi reler a primeira que escrevi
como novo arcebispo e fiquei impressionado ao descobrir que havia falado sobre a autoridade
e a interpretação da Escritura, a natureza do anglicanismo, a tomada de decisões na
Comunhão Anglicana e o lugar das Resoluções de Lambeth, tudo em uma única mensagem.
Ela se assemelhou um pouco ao primeiro sermão de alguém recém-ordenado, no qual a
pessoa inclui todas as percepções teológicas que possui.
A razão pela qual eu a reli foi porque quis constatar se havia falado sobre o discernimento da
vontade de Deus por intermédio da leitura da Sagrada Escritura, particularmente em relação à
sexualidade humana. A discussão que tivemos naquele encontro do Órgão Dirigente foi uma
das discussões mais pacíficas, construtivas, equilibradas e regadas a oração que tivemos nele.
Não houve nenhum consenso sobre como deveríamos lidar com relacionamentos e casamento
de pessoas do mesmo sexo, mas houve uma escuta respeitosa ao que cada pessoa tinha a
dizer.
Desde aquele debate, os bispos, como vocês sabem, têm apresentado orações que podem ser
feitas com os que têm relações homossexuais e, como seria de se esperar, têm havido críticas
por parte daqueles que dizem que excedemos nossa autoridade e ignoramos ordens bíblicas e
dos que dizem que ainda não fomos longe o bastante no exercício dessa autoridade. Seja
como for, a questão essencial sobre a qual quero tratar nesta tarde é a do lugar da Escritura no
discernimento da vontade de Deus. E tentarei não repetir nada do que disse em 2003.
Uma carta resume a visão sustentada por algumas pessoas. Ela começou com um “meu senhor
arcebispo”. Você sabe que terá problemas quando cartas começam assim. E continuou,
dizendo, “escrevi para expressar minha mais profunda decepção e desilusão com a
integridade moral de seu mandato, no que tange à questão dos relacionamentos entre pessoas
do mesmo sexo. A igreja precisa ser conduzida sobre este assunto pela voz fidedigna da
Escritura.”
Essa declaração sugeriu que os bispos haviam ignorado a Bíblia e se deixado influenciar pela
cultura liberal de nosso tempo e, portanto, não estavam levando as Sagradas Escrituras a
sério. Quero responder que, longe de ignorar a Sagrada Escritura, os bispos deram o passo que
deram porque levaram muito a sério o que a Bíblia tem a dizer sobre o discernimento da
vontade de Deus.
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O discurso foi pronunciado no contexto do último encontro de dirigentes da Igreja Anglicana de Gales, sob a
presidência de D. Barry Morgan como Arcebispo Primaz anglicano do país.
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Não quero limitar o que tenho a dizer sobre o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo.
Há uma questão muito mais abrangente sobre como alguém discerne a vontade de Deus
conforme revelada pela Sagrada Escritura de maneira mais abrangente. Primeiro, deixe-me
declarar o óbvio. A Bíblia não é um livro e sim uma série de livros e, dentro desses livros,
escritos por uma variedade de autores, há muitas perspectivas diferentes, mas também
mudanças na perspectiva acerca de tópicos particulares. Os textos bíblicos não são palavras de
Deus, ditadas por ele a autores humanos e sim a resposta inspirada à revelação. Tratam-se, no
entanto, de uma resposta humana e não podem ser consideradas como idênticas a essa
revelação, especialmente considerando-se que algumas partes da Bíblia são incompatíveis
com outras.
Deixe-me dar alguns exemplos.
O Segundo Livro de Reis registra o massacre, sob o comando de Jeú, da Casa Real de Acabe,
em Jezreel. A matança de toda a família do rei Acabe e da rainha Jezebel e de todos a eles
associados é descrita como tendo sido feita por Jeú, a pedido do profeta Eliseu que, por sua
vez, é descrito como tendo sido ungido por Deus para realizar esse ato. Em outras palavras,
Eliseu e Deus são vistos como apoiadores de uma política de assassinato em massa.
Reconheço, é claro, que essa não é a primeira história de assassinato e de massacre no Antigo
Testamento, mas escrevendo bem mais tarde sobre esse incidente, o profeta Oseias (cap. 1:4)
diz que Jeú se comportou de maneira cruel e deveria ser punido pelo que fez.
Em outras palavras, houve uma mudança na perspectiva, dentro da própria Escritura, sobre o
mesmo incidente. +Rowan2, escrevendo sobre esse incidente diz, “Oseias teria dito “tenho
certeza que meu predecessor profético Eliseu estava certo de estar fazendo a vontade de Deus
e que a tirania e a idolatria da Casa real de Acabe era um escândalo que precisava ser
suprimido. Mas foi correto Jeú assassiná-los daquela maneira?” E +Rowan continua,
dizendo que a observação de Oseias foi um momento marcante na redação do Antigo
Testamento – um reconhecimento de que era possível crescer no entendimento da vontade de
Deus e repensar o passado.
Algo no mundo de Oseias, um profeta que escreve de modo tão comovente sobre o amor
irresistível de Deus pelo Seu povo, havia aberto o seu coração para um novo entendimento de
Deus como um ser que não aprovaria um assassinato em massa. Jesus leva o assunto mais
adiante quando diz, “vocês ouviram o que foi dito, olho por olho, dente por dente. Mas eu
lhes digo, não resistam ao malfeitor. Se alguém lhes atingir numa face, ofereçam a outra.
Perdoem seus inimigos. Façam o bem aos que lhes odeiam.”
Oseias e Jesus, portanto, falam sobre Deus e o veem de uma maneira totalmente diferente da
de outros livros no Antigo Testamento, demonstrando que o endosso de Eliseu ao massacre
perpetrado por Jeú não deveria ser a última palavra sobre esse assunto. Assim, se nos
perguntassem que ponto de vista achamos que refletem a vontade de Deus, o que
responderíamos?
Vamos observar outro exemplo, desta vez no livro de Deuteronômio. Em Deuteronômio 23,
2-3 nós lemos:“Quem nasceu de união ilícita não poderá entrar na assembleia do Senhor,
2
Rowan Douglas Williams, 104º Arcebispo de Cantuária, Líder da Comunhão Anglicana (2002-2013).
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como também os seus descendentes, até a décima geração. Nenhum amonita ou moabita ou
qualquer dos seus descendentes, até a décima geração, poderá entrar na assembleia do
Senhor.”
O que Deuteronômio está dizendo é que todos os que foram nascidos de uniões ilícitas ou
incestuosas ou que foram descendentes dos moabitas ou dos amonitas deveriam ser
perpetuamente banidos da adoração, uma vez que não eram considerados como aceitáveis
para Deus.
Mas há ao menos duas histórias de incesto no Antigo Testamento que ignoram essas
proibições. A primeira, de Ló com suas filhas, uniões que geraram os amonitas e moabitas, e
o incesto de Judá com sua nora, Tamar. As filhas de Ló e Tamar dão à luz filhos que formam
parte da árvore genealógica de Davi e de Jesus. Rute, a moabita, é uma ancestral de Davi. Se
ela e seus descendentes, os filhos das filhas de Ló e o filho de Tamar estão banidos da
comunidade adoradora, como explicar o rei Davi?
Deuteronômio então passa uma sentença de exclusão perpétua de moabitas e dos nascidos de
incesto da comunidade adoradora, mas essas pessoas são ancestrais de Davi e de Jesus. A lei
em Deuteronômio nos diz, mas as histórias do Antigo Testamento nos dizem algo
completamente diferente.
Davi é descendente de dois incestos, tem sangue moabita em suas veias e, no entanto, é o rei
de Israel e a voz da oração de Israel a Deus. No Evangelho de Mateus, Tamar e Rute são
mencionadas na linhagem do Messias, sem nenhuma alusão a que o incesto e o sangue
moabita devessem excluir Jesus de participar da comunidade adoradora, muito menos de ser o
Messias. Em outras palavras, a própria Escritura apoia a inclusão radical daqueles que outros
textos bíblicos identificaram como sendo uma abominação.
Quando no livro de Atos Pedro começa a se associar com os gentios e os batiza, está
desobedecendo diretamente a uma proibição bíblica em Levítico de ter qualquer contato com
pessoas de outras raças porque elas são impuras. O Código de Santidade de Levítico é posto
de lado em favor da crença em um Deus que aceita pessoas impuras.
Deixe-me dar outro exemplo que mencionei antes. Deuteronômio 23, 2-3 diz: “Qualquer que
tenha os testículos esmagados ou tenha amputado o membro viril, não poderá entrar na
assembleia do Senhor”.
Mas em Isaías 56, 4-5 o profeta diz: “Aos eunucos que guardarem os meus sábados, que
escolherem o que me agrada e se apegarem à minha aliança, a eles darei, dentro de meu
templo e dos seus muros, um memorial e um nome melhor do que filhos e filhas, um nome
eterno, que não será eliminado”.
Finalmente, no livro de Atos 8, 38, há a história do apóstolo Filipe, que batiza um eunuco
etíope.
Deuteronômio diz que eunucos são uma abominação para Deus e não são bem-vindos à
comunidade adoradora por causa de sua ambivalência sexual e de sua reputação de terem sexo
passivo com outros homens. O profeta Isaías discorda e diz que eles serão ainda mais aceitos
e abençoados por Deus que os judeus, o povo escolhido de Deus. E tudo isso se cumpre no
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livro de Atos, quando Filipe batiza um eunuco etíope que havia estado em Jerusalém, no
Monte Sião, para adorar. O eunuco, uma figura a ser expulsa conforme Deuteronômio, agora
se torna aceitável, tanto para o judaísmo quanto para a igreja cristã emergente.
Estrangeiros eram odiados pelos judeus e os sexualmente fora dos padrões ainda mais, porque
não geravam filhos. No entanto, um eunuco etíope é aceito por Filipe e valorizado como ser
humano com plenos direitos, sem que sua raça ou sexualidade deponham contra ele. Isaías
coloca de lado as proibições de Deuteronômio com suas leis de pureza e de santidade e o
Novo Testamento dá um passo adiante e está disposto, na pessoa de Filipe, a oferecer batismo
a um eunuco.
O que tudo isso demonstra é que dentro das Escrituras há mudanças radicais de entendimento
sobre o que significa discernir a vontade de Deus. Não vai funcionar citar textos de partes da
Bíblia de maneira simplista sem referência a seus contextos. A Bíblia deve ser tratada como
um todo e discernida, frequentemente através de histórias, quanto à direção que está tomando.
Em outras palavras, a Sagrada Escritura contém não apenas ordens éticas mas histórias e
histórias comunicam verdade sobre o entendimento das pessoas acerca de Deus. Afinal, Jesus
passou boa parte de sua vida contando histórias para fazer as pessoas entenderem a natureza e
o caráter de Deus.
George Herbert, escrevendo sobre as Escrituras em um de seus poemas, diz:
“Ah, que eu pudesse saber como combinam todas as tuas luzes,
E todas as configurações da glória delas!
Ver não apenas como cada verso brilha,
Mas todas as constelações da história.”
Todas as constelações da história têm de ser levadas em consideração. Todos os exemplos que
dei demonstram que não há nenhum entendimento consolidado sobre o que a Bíblia diz em
relação a vários assuntos e que lê-la como um todo pode alterar a perspectiva total do leitor.
Deixe-me dar outro exemplo que é ainda mais surpreendente. A Bíblia tem muito a dizer
sobre escravidão. Abraão teve escravos e, de acordo com Gênesis 24, 35, Deus o abençoou
dando-lhe escravos e escravas. Josué, Davi e Salomão tornaram prisioneiros de guerra em
escravos sob ordem divina. O Decálogo acha natural que pessoas tenham escravos e os
profetas falam sobre a necessidade de que sejam tratados com justiça. Não há nada no Antigo
Testamento que indique que a escravidão fosse de algum modo imoral, ou devesse ser
abolida. Nem Jesus condena a escravidão e fala sobre escravos em suas parábolas como se
fossem um fenômeno totalmente natural. Paulo recomenda que os escravos obedeçam a seus
senhores.
Há, portanto, uma base bíblica avassaladora para a escravidão. Sim, senhores são exortados a
tratá-los com justiça, mas enquanto instituição, ela é considerada algo bom. Aliás, durante a
Guerra Civil Americana, alguns cristãos expuseram argumentos baseados em textos bíblicos
para terem escravos.
Por que então a escravidão foi abolida tendo base bíblica tão avassaladora? Por que? Porque
se você ler as Escrituras em sua totalidade, ela se opõe à opressão, à dominação e ao
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abuso. “Eu vim”, diz o Jesus do evangelho de Lucas “para proclamar liberdade aos presos, e
recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos”.
Assim, a despeito de todas as passagens em favor da escravidão, quando você examina as
Escrituras como um todo e o ministério de Jesus em particular, percebe que eles dizem
respeito à liberdade de tudo que diminui e desumaniza as pessoas. Nenhum cristão hoje,
espero, argumentaria que a escravidão é boa, mas por dezenove séculos a igreja a aceitou e a
defendeu. Deus, através de seu Santo Espírito, nos tem guiado à verdade hoje para vermos as
coisas de um modo totalmente diferente e ficamos, com justiça, horrorizados quando lemos de
pessoas que foram mantidas cativas por outras.
Tudo isso para dizer que ninguém pode argumentar que haja um modo tradicionalmente
aceito de interpretar a Escritura que seja verdadeiro e ortodoxo e tudo o mais seja
revisionismo moderno, culturalmente condicionado. A própria Escritura é diversa e visões
teológicas de alguns livros bíblicos são reformuladas por outros autores à luz da experiência.
Como o Jesus do evangelho de João diz, “Tenho ainda muito que lhes dizer, mas vocês não o
podem suportar agora. Mas quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a
verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que está por
vir”. João 16, 12-13
Ou, para citar o Papa Francisco no Sínodo dos Bispos no ano passado: “a tentação é à
inflexibilidade hostil, de se fechar dentro da palavra escrita (a carta) e não se permitir ser
surpreendido por Deus, o Deus das surpresas, o Espírito”.
Assim, considerar a Bíblia como um todo e levar o que ela diz muito a sério pode nos
conduzir a uma visão diferente dos relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo que aquela
sustentada pela igreja. Não quero aqui me deter em detalhe a textos que pretensamente lidam
com este tópico – de todo modo, não há muitos deles. Tudo o que eu diria é que à medida que
você os examina, eles não dizem respeito a relacionamentos monogâmicos compromissados,
amorosos e estáveis com pessoas do mesmo sexo, mas a algo totalmente diferente.
As histórias de Sodoma e Gomorra, por exemplo, associadas a homossexualidade e que deram
origem à palavra pejorativa “sodomita” dizem, na verdade, respeito a um abuso de
hospitalidade e àquilo que o autor chama de “uma tentativa de estrupo coletivo feita por uma
turba contra dois forasteiros que são hóspedes de Ló”. De fato, Ezequiel diz que os parentes
de Ló foram punidos primariamente porque recusaram-se a ajudar aos pobres e necessitados.
Também no Novo Testamento, algumas das passagens frequentemente citadas não estão
relacionadas a relacionamentos compromissados e estáveis entre pessoas do mesmo sexo, mas
a pederastia e a prostituição masculina. Mas tudo isso à parte e uma vez que cada uma das
passagens pretensamente sobre homossexualidade pode ser interpretada de mais de uma
maneira, chegamos à questão fundamental quanto a se, tomando-se a Bíblia como um todo,
poderemos chegar às mesmas conclusões sobre relacionamentos compromissados, estáveis e
amorosos entre pessoas do mesmo sexo como às que chegamos acerca da escravidão.
Portanto, não estamos abandonando a Bíblia, mas tentando interpretá-la de um modo que seja
consistente com o ímpeto principal do ministério de Jesus, que saía do seu caminho para
ministrar aos que eram excluídos, marginalizados e abandonados por sua sociedade porque
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eram considerados impuros e profanos pelos líderes religiosos de seu tempo, seja por causa de
seu gênero, sua idade, moralidade ou sexualidade. Levar a Sagrada Escritura a sério significa
prestar atenção ao ministério inclusivo de Jesus.
E tudo isso sem considerarmos o que agora sabemos sobre atração por pessoas do mesmo
sexo em termos psicológicos e biológicos. E certamente, se Deus é o criador, ele se revela a
nós através de novos conhecimentos e percepções para que, por exemplo, não mais
acreditemos que o mundo foi criado em seis dias. Como tentei demonstrar, na Bíblia há
muitas perspectivas totalmente diferentes sobre o mesmo assunto. A responsável por essa
mudança foi uma expansão do entendimento sobre o assunto em questão.
Assim, para gerações passadas, a prática homossexual era vista como uma falha moral porque
as pessoas não tinham nenhum entendimento sobre sexualidade humana e sobre como os
seres humanos são formados biológica, psicológica e socialmente. Para elas, tratava-se de um
transtorno. Nós agora sabemos que a orientação sexual não é uma questão de escolha pessoal,
mas de como as pessoas são e isso deveria fazer uma enorme diferença no modo como vemos
as coisas.
Andrew Davison, que editou o maravilhoso livro intitulado “Amazing Love (Maravilhoso
Amor)” tem esta passagem nele:
“Somos mais verdadeiros quando vivemos para os outros e ganhamos vida não nos
agarrando a ela, mas entregando-a. Viver para os outros salienta o mais verdadeiro sentido
de sexualidade. Os cristãos têm descoberto que a maioria das pessoas floresce melhor
quando esse viver para os outros encontra seu foco em um compromisso com uma outra
pessoa: quando um casal faz um compromisso para toda a vida, dentro do qual o sexo faz
parte, de modo apropriado”.
Aqueles dentre nós que foram ou são casados têm constatado que esse é o caso. Por que
queremos negar essa possibilidade para os que sentem atração por alguém do seu próprio
gênero?
Texto Original em inglês: http://www.anglican.ink/article/archbishop-wales-declaresscriptural-support-same-sex-marriage
Tradução para o português: Jorge Camargo. Disponível em: http://sn.ieab.org.br.
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