obeservações a cerca do texto: renascença florentina

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OBESERVAÇÕES A CERCA DO TEXTO: RENASCENÇA FLORENTINA
Aula do dia 28/10/04
Os argumentos políticos eram para dar suporte ao surgimento dessas cidades italianas.
O autor vai discutir uma série de noções para definir o “momento maquiaveliano”, para
Maquiavel o principal objetivo é a paz.
A expressão “momento maquiavelino” engloba o período em que as idéias republicanas
Emergem, do Renascimento até a Independência Americana.
O republicanismo é a virtude cívica antiga, ou seja a atuação de todos buscando o bem
comum, em detrimento do bem individual.
Cidadania internitente ( passageira), só ocorre de 4 em 4 anos no momento das eleições, é o
que ocorre na república atual. Na república antiga a idéia era de que o povo, participasse
constantimente da vida política de sua cidade.
No republicanismo Clássico a soberania reside no povo, não se concebia a idéia de
representação.
Para os italianos o maior bem é a liberdade, a igualdade e a justiça.
Há uma diferença entre a liberdade no período renascentista e a liberdade do liberalismo
político, este último garante as liberdades individuais, enquanto no primeiro havia uma
liberdade para atingir o bem comum.
Na atualidade, existe a idéia de partidos políticos, onde há uma mediação política entre o
cidadão e o poder. Na França os partidos surgem em 1946, ele demora a surgir pois, o
partido usurpa uma capacidade decisória do cidadão.
Decisões Políticas
Partido Político
Sociedade
OBS: Nem sempre as idéias dos partidos políticos são as idéias dos cidadãos, logo esses
partidos desvirtuam o desejo dos cidadãos.
Vai ocorrer uma divergência de idéias com relação ao historiador Hans Bacon. Ele criará a
idéia de humanismo cívico_ Humanismo cívico é sinônimo de republicanismo clássico_
que vai Ter origem na ameaça de Milão contra Florença. Os homens desta última vão
defender uma série de idéias, que Bacon denomina de Humanismo Cívico, essas idéias vão
aflorar no final do século XIV e início do século XV.
Existe outro historiador chamado Squiner, que diz que essa idéia é bem mais antiga, não
surgindo no século XIV.
Hans Bacon acredita que há uma ruptura da Idade Média, por meio do renascimento.
Para os renascentistas, a Idade Média era caracterizada como a idade das trevas, da
barbárie. O que não é verdade, pois nela a cultura clássica foi preservada.
As cidades italianas se tornam independentes do Sacro Império Romano Germânico, do
Poder Papal e do próprio sistema feudal_ saem da ária rural, e passam a morar nas cidades,
onde intensificam o comércio). Dessa forma, os burgueses vão se impor ao poder da
aristocracia feudal.
Essas cidades italianas vão enfrentar 2 grandes adversários que são a igreja, e o Sacro
Império Romano Germânico. Ele se colocam contra essa evolução, devido ao medo
advindo da ascensão de uma nova classe econômica, que vai possuir poder, assim como
eles.
Ao mesmo tempo em que surge guerras contra a Igreja e o Império, vai surgir, também, um
séries de idéias políticas.
Na Idade Média, é o poder que tem capacidade para impor e fazer as leis.
Merium Imperium é o poder supremo de legislar, quem vai possuir é o Imperador. Os réus
eram os seus vassalos. As Cidades Estados vão contestar a idéia de que esse poder está nas
mãos, apenas do Imperador
Saquiso Ferrato diz que as leis devem se render aos fatos. È com base nessa idéia que os
súditos romperam com o poder do imperador.
As cidades italianas já existiam, não tinha como não levar isso em conta. Ou seja, o
Imperador deveria se submeter ao poder das cidades italianas.
Aula do dia 04/11/04
JEAN DELUMEAU
A) Seria mais produtivo para a história se nós pudéssemos deixar de lado as expressões
“Idade Média” e “ Renascimento”. Existe inerentes a essas expressões, uma carga de
idéias negativas e preconceituosas, do Renascimento em relação a Idade Média. Ou seja
a Idade Média é o tempo das trevas, da barbárie (morte), o Renascimento é o renascer,
voltar a viver.
A crítica que este autor faz, é a de que a Idade Média possuiu a sua beleza, a sua cultura, e
a sua importância. Essa importância é a mesma que possuíram as obras do Renascimento.
B) Outra crítica está relacionada com a idéia que possuí a palavra Renascimento. Ela
possuí em sua essência uma idéia de olhar para o passado, o que não combina com a
modernidade, ou seja o olhar para o futuro.
Os homens do período renascentista estão voltados para um passado existente antes da
Idade Média, eles possuem um pensamento anti-progressita.
O renascimento é o berço da Idade Moderna, porém é caracterizado como uma volta ao
passado, logo percebemos uma contradição.
C) O Renascimento Possuí uma idéia de voltar a Ter uma vida melhor.
D) Petrarca vai inaugurar uma fase humanista, em relação ao Renascimento. Suas idéias
vão conceber uma visão da época em que ele vivia.
OBS: Para Erwin Panofsky há uma confusão de estética, uma confusão de mentalidades.
Essa confusão se dá através dos elementos de cada época, que em determinado momento se
confundem. Panofsky denomina esse determinado momento de “disjunção”.
O petrarca consegui interpretar os textos do passado no contexto de sua época. Cabe
destacar, que Petrarca não era anticristão.
Os chanceleres fazem um discurso para defender a República Florentina, e neste discurso
que está implícito a Idéia de Humanismo Cívico ( idéia de Squiner). Ele vai fazer um
enraizamento das idéias do Humanismo Cívico na Idade Média.
Claude Nicole vai fazer um contra ponto entre a Republica e a Monarquia. O primeiro é
caracterizado como qualquer governo, onde se obedece a lei. Nicole detinha a idéia de que
a monarquia, possuía todo uma estrutura que se colocava contra ela. Podemos dizer que a
estrutura mencionada é a nobreza.
A liberdade que era buscada pelos italianos, era independência e autonomia, a lei que
obedecemos é a lei que nós criamos.
Os italianos se importavam mais com o coletivo do que com o individual. Podemos dizer
que a virtú cívica é o primado do pensamento coletivo, sobre o pensamento individual,
sendo que todos devem participar da vida pública.
A idéia do poder político estava no código justiniano, onde o supremo poder de legislar
cabia ao imperador.
Frederico Barba Roxa, imperador do Sacro Império Romano Germânico, desceu até a Itália
e a invadiu. As cidades Italianas se unem, pedem ajuda ao papa e expulsam o imperador de
seu território. Após essa expulsão, o Papa faz uma compilação de leis presentes dentro do
direito canônico, porém unem a essa compilação o “Merium Imperium” .
Marcíliu de Pádua mexeu em relação aos dogmas da igreja, pegando o trecho da Bíblia que
diz:
“ Dar a Cezar, o que é de Cezar e a Deus o que é de Deus”.
Dessa forma ele separa o poder da igreja do poder terreno, e coloca aquele submetido ao
poder civil.
A idéia do concílio _ Ou seja, o principal poder é do concílio ( reunião de cardeais ).
Saxoferrato defendia a idéia de que no Concílio existia uma congregação de Fies. Se era o
próprio concílio que possuía poder sobre a Igreja. Logo, a igreja estaria submetida ao poder
civil.
Reforma Luterana
Data : 11/11/04
A reforma é precedida de uma série de necessidades de mudança , que a igreja nunca
realizou.
A reforma foi uma tentativa de mudança da religião no século XV, tentativas essas que
pretendiam realizar uma transformação na igreja.
Cabe destacar, que já havia uma inquietude, advinda do final da Idade Média.
No período da reforma religiosa, existia uma profunda crise, o maior exemplo disso foi a
em que em um determinado momento, haviam três Papas, na gerência da Igreja Católica.
A morte era uma realidade, mas havia dúvidas em relação a própria salvação, uma vez que
a própria Igreja estava em crise.
Lutero, no ano de 1507, criou as suas 95 teses. O que levou a criação dessas teses foi a
venda de indulgências ( a idéia era a seguinte: Quando cristo veio a terra, e salvou a
humanidade, adquiriu um certo crédito com os homens ). Lutero afirmava que as
indulgências eram tantas que os homens poderiam resgatar, por meio de seu pagamento,
cerca de 150 mil anos de vida pecaminosa.
OBS: a Igreja não condenava o lucro, o que ela condenava eram os juros, a usura.
As indulgências eram remetidas para a Itália, o que causava um rombo na economia alemã.
Para alguns autores Lutero não fixou as teses, pois este fato seria um desrespeito ao seu
superior hierárquico, pois ele já havia mandado os manuscritos para seu superior, que se
chamava Alberto. Sqwiner leva em consideração essa idéia.
Lutero possuía o apoio dos príncipes alemães, no primeiro momento este apoio era apenas,
pessoal, no segundo momento outros príncipes passam a concordar com as idéias de
Lutero.
Quando este filósofo passa a fazer críticas severas a igreja, ele passa a ser perseguido pela
mesma.
È após, a tradução de seus escritos que se tornará mais conhecido.
O problema não está centralizado na venda das indulgências, a sua explicação possuí um
cunho ideológico, pois com a venda das indulgências há a compra da salvação. Dessa
forma, Também pensava Santo Agostinho.
A igreja católica vai resistir, o que vai gerar um série de conflitos políticos, que ajudará
Lutero em sua fuga.
O Pai de Lutero queria que ele fosse advogado, mas devido há uma promessa ele entra para
a igreja, e passa a descordar de uma série de dogmas presentes dentro dela.
A Igreja criada por Lutero, menciona que apesar, de existir a necessidade de praticar as
boas obras, elas não determinam a salvação, o que vai determinar a salvação a fé que o
indivíduo possuí, e essa mesma fé que vai fazer com que ele pratique as boas obras.
Havia um conflito de interesses entre os príncipes e o Imperador, este último era aliado da
Igreja Católica, enquanto os primeiros, em sua grande maioria, apoiavam Lutero. E foi por
meio deste apoio, que Lutero consegui a sua proteção, impedindo a sua prisão.
Maximiliano, que era o Imperador na época de Lutero, defendia a seguinte tese “cujus
religio ejus religio” que significa que todos tem que obedecer as leis dos príncipes.
Luteranísmo X Pensamento Absolutista
Lutero em um determinado momento de sua vida teve uma crise, chamado pelo
historiadores de crise da torre. Santo Agostinho dizia que a carne é pecaminosa, não há
como remitir os pecados, basta os homens seguirem a vontade de Deus. Dessa forma
concluímos, que Santo Agostinho acreditava na teoria da predestinação. A crise de Lutero
foi determinada pela interpretação Agontiniana da fé.
Lutero em certo ponto chega quase à um ateísmo, havia uma rejeição à teoria do Tomismo,
e passa a ser influenciado pelo Agostinismo.
Na Experiência da torre, ele lê o salmo 30 que diz:
“ liberta-me de sua justiça”.
A justiça divina era a salvação, que libertava através da fé.
Calvino acreditava que o homem nunca alcançaria a salvação, já Lutero afirmava que a
salvação é uma conseqüência da fé.
Lutero vai produzir uma lei, chamada de evangelium, é por meio dela que haverá a
modificação do evangélio.
A reforma não tem apenas, razões religiosas, mas também, políticas. Lutero vai possuir
uma natureza inaugural que é justamente o contraste das doutrinas religiosas, que é o
protestantismo e o catolisísmos.
Esse embate vai se dar por meio de Lutero, que possuirá uma visão agostiniana, e Erasmo
que vai possuir, uma visão tomista ou escolástica.
Erasmo é convocado pela igreja para responder as teses de Lutero, dessa forma ele escreve
a “sobre a Liberdade da Vontade”, enquanto Lutero escreve a “Servidão da Vontade”.
A idéia principal e Erasmo era de que na vontade do homem, deverá Ter a boa fé para
alcançar a graça, desde que ele pratique as Boas obras.
Lutero, diz que a vontade do Homem é determinada por Deus, a Razão não interfere na
graça , pois ela já está predestina. O ser Humano quando tem fé, ele se justifica perante
Deus, mas isso não é uma certeza de que ele vai alcançar a graça. Concluímos, que a visão
de Lutero em relação ao homem é que o homem possuí posição passiva diante Deus.
Não existe uma certeza de que a pessoa vai Ter alcançado a salvação.
Solifideímo, significa que somente haverá salvação pela fé.
Para Lutero a livre escolha não é nada. O ser Humano não tem escolha de ser ou não salvo,
a sua única saída é a fé.
Lutero diz que a igreja não poderá ser uma mediadora entre Deus e o Fies. Por meio de suas
idéias, a igreja deixa de ser uma instituição para ser uma comunidade, que tem fé. Em sua
concepção a igreja possuí uma capacidade coercitiva, que extrapola o direito da fé.
Continua existindo o sacerdócio universal.
Não acaba com todos os sacramentos, um exemplo que podemos citar é o batismo.
A igreja perde todo a sua característica de julgamentos terrenos (jurisdição). Como a Igreja
não possuí mais poder político, este vai passar para as mãos dos príncipes. Logo, a Igreja
está submetida ao estado. A igreja deixa de possuir jurisdição civil, isto passa a ser função
do Estado laico, ou seja do príncipe ( governante) .
Lutero, por meio da doutrina pauliana, que menciona que todo o poder laico é concedido
por Deus, separa o poder da igreja, e o entrega ao estado, ou seja ao rei, ao príncipe e não
aos homens do sacerdócio.
Lutero em sua doutrina menciona a idéia de não resistência, ou seja os homens devem
obedecer aos príncipes. Não cabe ao fiel se revoltar contra o príncipe. Até mesmo, se o
príncipe for louco. Pois, será imposto um castigo de Deus devido à falta de fé dos Homens.
Lutero pressupunha em sua doutrina política 2 tipos de justiça:
A primária ou passiva, que consistia na capacidade de ser salvo, ou seja entrar no reino de
Deus.
E a Justiça civil ou ativa, estão ligados ao solifideísmo, ou seja é correto respeitar as leis
dos homens, sendo uma demonstração de amor por Deus.
A tendência é Haver um fortalecimento do Estado. Pois, os príncipes governam por que foi
concedido a eles esse direito por Deus.
As idéias de Lutero vão dar base ao absolutismo, deixando de Ter apenas um cunho
religioso, para possuir uma identidade política.
As idéias de Lutero vão dar uma justificativa para imposição do estado Monarca
Absolutista.
As idéias de Lutero possuíam uma base religiosa, porém as interpretações que delas foram
feitas, levaram a sua utilização na política.
Não cabe ao Papa questionar o poder dos príncipes. Na Idade Média, essa era uma das
funções da igreja, porém este filósofo faz a seguinte afirmativa: todos os poderes vem de
Deus, Logo não cabe a Igreja contesta-los.
A doutrina de Lutero é passiva, pois decorre da idéia de que a salvação vem da fé. Ele
prega que o mundo terreno é cheio de pecados, por isso ele é menos importante.
Ele cria essa idéia devido a sua crise religiosa. Cabe destacar, que esse filósofo corria risco
de vida, e as sua idéias religiosas eram muito próximas de uma corrente política, que existia
dentro do Sacro Império Romano Germânico, uma vez que os seguidores desta corrente o
protegiam.
Até o século XVIII sempre houve uma identidade entre sociedade e religião, não havia uma
diferença muito grande entre a política e a religião. A sociedade pensa e age de maneira
religiosa.
Lutero concede ao rei o poder sobre a Igreja. Na Alemanha, ocorreu este cisma, devido a
intransigência da igreja católica, perante esta doutrina que estava para surgir. Isto não
ocorreu na França, em Portugal e na Espanha, antes de perder totalmente o poder como
aconteceu anteriormente no primeiro país citado, essa instituição modificou sua estrutura,
onde o rei só não poderia interferir nos dogmas, ou seja o papa se submeteu ao rei.
No Estado Inglês há outra intransigência do Papa. A infertilidade de Catarina de Aragão,
fez levar Enrrique VIII a solicitar a separação, pedido que o Papa não concedeu. Esse
desejo foi negado, não só por causa das questões religiosas, mas também, devido as
questões políticas. Catarina de Aragão era filha do rei da Espanha e a Igreja não poderia se
indispor, com este Estado, pois ele se caracterizava como a grande potência de sua época.
Henrrique VIII, dessa forma, criou uma nova Igreja denominada de Igreja Anglicana. Ela
por sua vez, possuí a mesma Hierarquia da Igreja Católica, porém tem um rito calvinista, é
um híbrido perfeito. O rei da Inglaterra, para criar esta nova Igreja, utilizou o seguinte
argumento: Catarina de Aragão era Esposa de seu Irmão, logo o seu casamento não poderia
ser válido.
A via moderna nasceu no século XIV, contrariamente a via antiga, que possuí concepções
da escolástica. Portanto, a via moderna era bem parecida com as idéias de Lutero, onde não
dá para encontrar a fé pela razão.
Cabe destacar, que outros religiosos já possuíam essa idéia de que só a fé salva, porém foi
Lutero que deu mais ênfase a essa idéia.
Reforma Radical
Consiste no período em que as pessoas simples passaram a interpretar de uma maneira mais
radical. Ela não é nada parecida com a reforma que ocorreu na igreja católica, nem tão
pouco parecidas com as idéias de Lutero.
A população vai pensar que o problema sobre a terra, pertence ao poder temporal e não ao
espiritual. Os seguidores dessas idéias são chamados de anabatistas, ou seja rejeitam o
batismo. Estes por sua vez se dividem em duas correntes, os revolucionários que não
respeitam o poder do estado e lutam contra ele; e os anarquistas que não respeitam o poder
do Estado, mas também não se opõe a ele.
Revolução Francesa
No momento em que o governo francês convoca assembléia dos notáveis, a França estava
passando por uma dura crise financeira. Porém, essa assembléia irá fracassar e o rei será
obrigado a convocar os Estados Gerais.
Alguns autores, caracterizam que a convocação da Assembléia dos notáveis, e
posteriormente a convocação de Estados Gerais, como uma Pré Revolução.
Inicialmente nos Estados Gerais, são eleitos os representantes, depois inicia-se a reunião.
A revolução Aristocrática ocorreu quando a aristocracia , não querendo perder seus
benefícios, forçou o monarca a convocar os Estados Gerais. O que significou um recuo do
monarca absoluto, que a muito tempo não convocava este tipo de assembléia, isso por sua
vez trouxe um impacto muito grande na população.
A convocação do Estados Gerais caracteriza uma renúncia, em parte, do poder do monarca.
No entanto, a situação de intensa crise financeira em que a França vivia, vez com que
surgisse a necessidade de haver uma negociação, com os seus devedores, e com esse
objetivo surgiu a convocação dos Estados Gerais.
Existiam três crises na frança:
Uma crise política, entre a nobreza e o rei (Não ha monarca sem nobreza, nem nobreza sem
monarca );
Uma crise financeira, a França estava cheia de problemas fiscais;
Uma crise alimentar.
Essas situações vão levar a convocação dos Estados Gerais, pois os franceses achavam que
essa era a única saída para a época crítica, em que seu país vivia.
O monarca francês não admitia a idéia de que o rei poderia entrar em acordo com o
parlamento. A convocação dos Estados Gerais não era de sua vontade, essa obrigação foi
lhe imposta pela aristocracia.
Os Estados Gerais se caracterizavam como uma assembléia de ordens, que se reúnem e
votam separadamente.
Em maio ela ocorre da mesma forma, onde o número de representantes do terceiro estado
eram de 300 súditos. Porém, ocorreu uma diferença, os membros do terceiro estado
reivindicaram, dobrar o número de seus representantes, devido a proporção de sua
população. Essa era uma estratégia, pois mais tarde os membros do terceiro estado
reivindicariam o voto por cabeça.
A questão do voto vai definir os rumos da assembléia. Para alcançar o seu desejo, os
burgueses utilizam uma estratégia. Pedem a verificação dos poderes em comum, por meio
disso começam a construir uma assembléia única, o que não será acatado nem pela nobreza,
nem pelo clero, que vão resistir até o final. Por volta de maio e junho, vai se dar o
confronto, é por meio dele que vão acabar as diferenças entre as ordens. Essa seria a
eliminação dos privilégios, conseqüentimente a mudança no jogo político francês.
Desencadeamento revolucionário se dá devido, ao confronto de idéias, 80 deputados do
clero se unem aos burgueses. O conflito se dá pela atitude do monarca que se opõe as idéias
burguesas.
A burguesia decide tornar assembléia dos Estados Gerais, em Assembléia Nacional
Constituinte. Isso significa acabar com a idéia de Estados, e formar uma nova idéia de
unificação da população, os deputados deixariam de ser o representantes das ordens, para
ser representantes da nação.
A Assembléia se tornaria um órgão independente, portanto fora do controle do rei, ou seja
adquiriu uma maior autonomia. Essa foi uma ação revolucionária em relação ao Estado
Absoluto.
Luiz XVI não aceita essa imposição da burguesia, e vai usar a força para acabar com a
ameaça ao seu poder. Em contra partida haverá uma movimentação do terceiro estado para
não acatar a decisões do rei.
O terceiro estado se outorga o direito de fazer uma nova constituição, nesse momento está
ocorrendo uma enorme revolução burguesa. Eles acreditam que a única maneira de vencer
o poder do rei, é fazer uma revolução que vem das ruas, um ponto que caracteriza muito
bem essa revolução foi a tomada da bastilha. Concluímos, que a Revolução Francesa
deságua em uma revolução popular.
A burguesia viu que não ia conseguir fazer reformas sozinha, então decide pedir apoio a
população. Esta por sua vez vai lutar por uma melhoria na qualidade de vida.
Podemos classificar a revolução burguesa como sendo uma revolução jurídica. Pois, ela
acaba com as instituições normativas anteriores, e cria novas leis.
O terror inicia-se neste momento, com essa revolução popular.
A revolução francesa se mistura com a história de Paris, ela quem vai determinar a
dinâmica revolucionária.
A burguesia estava preocupada com questões políticas, enquanto o povo estava mais
preocupado com a fome.
O campesinato estava mais preocupado em acabar com os famosos resquícios feudais , e
conseguir a posse da terra em que trabalhavam.
O que ligou a revolução camponesa a revolução popular, foi a idéia de que existia um
complor aristocrático. Este é definido como a idéia de que a aristocracia estava querendo
acabar com a revolução, ela deriva de uma série de fantasias, uma delas é a de que a
intenção da aristocracia era levar a fome para toda a população.
Isto vai acarretar um grande medo (Pânico generalizado), que será vivenciado de maneira
concreta, levando à um processo revolucionário. Este por sua vez será caracterizado pelos
constantes ataques aos castelos, por causa do objetivo principal, que era acabar com os
resquícios feudais.
A revolução francesa vai provocar reflexos em Paris, ou seja uma reação da Assembléia
Nacional Constituinte, provocando uma aceleração da revolução Burguesa, que na noite do
dia 4 dia agosto vai acabar com uma tacada só com os resquícios anteriormente existentes.
O que caracteriza a radicalidade da revolução francesa são a revolução burguesa e a
revolução popular.
George Lefebvre acredita que existem quatro revoluções dentro da revolução francesa, são
elas:
 Aristocrática
 Burguesa _ Jurídica
 Popular
 Camponesa
A nobreza era saudosista, queria uma volta ao passado.
Já certo seguimento da revolução popular e camponesa era caracterizada como passadista,
ou seja não queriam que ocorresse a perda do modo de produção, devido as inovações
capitalistas. O desejo deste seguimento era que o modo de produção continuasse artesanal.
Esta visão também era compartilhada por alguns líderes Jacobinos Robespieristas.
As idéias deste seguimento passadista iam de encontro ao processo de cercamento que
ocorria, durante este período, na Inglaterra. Na França os meios de produção ficaram por
muito mais tempo nas mãos de seus artesãos. No período revolucionário, existia os
camponeses que detinham direta ou indiretamente os meios de produção. A Revolução
Francesa vai tentar fazer com que não ocorra em seu país, o que ocorreu na Inglaterra.
George Lefebvre diz que esses homens não se dão conta que esse processo é necessário.
Em certos casos há um choque de desejos, em relação ao desejos dos camponeses e o
desejos dos grandes proprietários rurais ( Burgueses).
Nos Estados Gerais vai ocorrer o choque entre o antigo regime e a revolução, que será
resolvido com a transformação dos Estados Gerais em Assembléia Nacional Constituinte
(para os conservadores nesse momento inicia-se a república).
Lefebvre dizia que há uma república nacional monárquica, após a ANC, ou seja havia um
rei que passou a obedecer uma constituição, similar ao que aconteceu na Inglaterra.
O Parlamento passa a Ter uma força política, a constituição produz um regime jurídico,
onde quem produz as leis era a assembléia, ao rei cabia a administração.
A ANC acabou com os títulos nobiliárquicos.
A Revolução vai continuar pois vai deixar de ser um embate entre a nobreza e a burguesia,
para se tornar um embate dentro do terceiro estado.
Deixa de ser uma questão de vencer o rei, e passa ser uma questão de querer uma sociedade
igualitária, porém urge a necessidade de definir que sociedade é essa ? Que programa
político será implantado? Que programa social será feito ?
O Projeto da revolução passa ser encarado como um projeto patriótico, onde haverá uma
defesa da pátria.
Os revolucionários dizem que o poder, a soberania, reside na nação, ou seja esta no povo
que compõe essa nação.
O partido patriota tende a ficar cada vez mais radical ao longo da revolução.
Em um certo momento eles se confundem com os jacobinos, e depois desaparecem.
Partido patriota são todos aqueles que defendem a revolução.
O clube jacobino, também chamado de bretão são todos aqueles que tinha a função de
discutir os assuntos antes de ir para a votação na ANC, seria o que chamamos hoje de
partido político.
Em outubro todos saem de Versales e passam a morar em Paris.
Os jacobinos se reúnem em um salão, onde formam a sociedade dos amigos da
constituição. A princípio a expressão jacobino, era uma expressão pejorativa, mas com o
tempo os próprios membros passaram a se denominar com este nome. O partido pátrio se
confunde com a SAC, pois a maioria de seus membros freqüentam essa sociedade.
Os jacobinos lutam para fazerem uma constituição Francesa, criando uma monarquia
constitucional, porém essa idéia não ocorrerá devido a oposição real, oposição da nobreza e
da própria igreja. O Próprio partido jacobino possui diferenças (não é homogêneo),
possuem pessoas que querem fazer a constituição, porém existem outras que não seguem
essa idéia.
A grande burguesia defende a monarquia Constitucional, mas não o voto universal como
queriam, alguns jacobinos, quase exclusivamente por Robespiere e seus companheiros. A
grande burguesia era a favor do senso, ou seja só poderia votar aqueles que possuem uma
certa quantia em dinheiro (seria um tipo de voto censitário).
A revolução continua pois, o rei resiste em implantar uma monarquia constitucional. O Rei
foge para fora da França, para poder iniciar uma contra revolução, no país que lhe der
acolhida, não podemos esquecer de um detalhe importante, é que a esposa do rei era filha
do rei da Áustria.
Neste momento, ocorre uma encruzilhada na revolução, pois a maioria do partido patriota,
insistiu em colocar Luiz XVI no poder, ou seja preferiram esconder o fato de que este havia
fugido. O partido citado acima possuía um certo medo, pois este fato poderia levar a
radicalização da revolução.
Acabar com a monarquia, tornaria a sociedade francesa cada vez mais igualitária, o que não
era vontade da burguesia, esta por sua vez tinha a necessidade de manter a propriedade
privada.
Neste momento havia três correntes de idéias, são elas:
 Manter o rei no poder;
 Implantar a monarquia;
 Fazer um julgamento popular do rei.
Na ANC predominou a idéia do partido patriota, pois este era a maioria . No dia 7 de julho,
os que defendiam a derrubada do rei fizeram uma petição, e uma manifestação no campo de
marte. Logo, os que eram maioria atiram contra a população. Isso demostra que a ala
conservadora do partido patriota se afastou da população.
Dentro do clube jacobino vai ocorrer uma cisão, pois a maioria que era membro do partido
patriota, e que defendeu a continuidade de Luiz XVI, vai sair do clube, com a finalidade
principal de destruí-lo. Estes por sua fez fundaram o clube dos feiwllants.
Luiz XVI, durante o início de sua carreira, possuía uma imagem querida com o seu povo.
Porém, ao fugir ele demostra o seu desacordo com a revolução, e provoca um repúdio em
sua população.
Os homens que continuam no clube jacobino estão em sintonia com o desejo da população,
o que não ocorre com os feiwlants. Os primeiros por sua vez, fortalecem o poder do clube
jacobino, no segundo semestre, espalhando suas idéias por toda a população francesa.
O momento é da assembléia legislativa, a França volta a Ter leis, e o rei aceita ficar no
poder, pois a revolução já era um fato consumado. Porém, a assembléia foi a última
tentativa de conciliação, mas não deu certo, porque os grupos dominantes não entraram em
acordo.
O partido patriota, a nobreza e o rei querem acabar com a revolução, e para que isso ocorra
em 1789 inicia-se uma guerra. Essa guerra é um desejo do rei e de certos grupos jacobinos.
O primeiro quer a guerra pois, ele acha que ela vai enfraquecer a revolução, e vai
reconduzi-lo ao poder. Os segundos acham que ela vai unir o povo, consolidando a
revolução (briso). Robspierre não queria a guerra , pois ele acredita que se o rei for
vitorioso, a revolução será enfraquecida.
A guerra vai refletir a radicalização da revolução, porque vai haver a necessidade de se
armar o população, para que não haja a derrota. A grande burguesia tinha medo de que o
povo pegasse em armas, e desta forma perdesse a posse de sua propriedade. Já
Robbespierre defende que o povo pegue em armas, para que haja uma maior proteção à
revolução.
Os jacobinos se dividem em dois grupos:
Brisodistas e Robesppieristas. Os primeiros eram liderados por Briso e nós conhecemos
como Girundinos ( essa nomenclatura e posterior a revolução).
Existia o jacobinismo misto, ele levava este nome pois, possuía as idéias tanto de
Robbespiere, quanto de Briso. Esse conjunto de idéias estava inerente ao período
legislativo.
Feiwllants querem terminar a revolução e implantar uma monarquia constitucional. Porém,
a revolução não acabou, pois a maioria da população não confia mais em Luiz XVI, este
com a fuga perdeu a sua credibilidade para com o seu povo.
A principal diferença entre Briso e Robesppiere é a de, que o primeiro estava mais ligado a
alta burguesia mercantil, enquanto o segundo se identificava mais com os anseios da média
burguesia ( a revolucionária), o que seria hoje a nossa classe média. Os Brissodistas querem
acabar com a revolução, e estabelecer uma monarquia constitucional ou uma república
moderada. Todavia, há o predomínio da idéia de se estabelecer uma monarquia
constitucional.
Todas as idéias eram possíveis desde que o monarca se defina, se era a favor das
modificações ( ficando no poder), ou contra as elas ( saindo do poder).
Robbespiere é a favor de uma república democrática. Mas, quem vai definir esses desejos é
a guerra.
A guerra é declarada em abril de 1792, o rei se associa aos brissodistas. Esta guerra dará
uma virada na revolução. A França não saí vitoriosa da guerra, o que ia de encontro ao
desejo dos brissoditas. Tanto Robespierre, quanto o rei acertam pois, acreditam que a
guerra seria um fracasso, porém erram quando acreditam que ela poderia conduzir a
sociedade francesa ao um governo tirânico.
Como a França estava ameaçada, a solução foi a implantação da república. O povo pegou
em armas pois, os jacobinos buscavam uma solução radical para solucionar a crise.
Estabeleceu-se de fato a igualdade entre todos, voto universal, e concedeu a cidadania a
todos os cidadãos.
Essas idéias afloram na 2a Revolução Francesa. No dia 10 de agosto Luiz XVI é deposto,
acaba a monarquia no dia 21 de setembro, e na convenção é instituída a República.
A revolução vai prosseguir pois, existem divergências dentro do clube jacobino.
Dentro da França existia pessoas que eram contra a Revolução (nobreza), e a fome era uma
constante, problemas estes que cabiam a república solucionar.
Para solucionar estes problemas divergem mais uma vez as idéias dos jacobinistas e dos
Brissodistas. Estes últimos não querem fazer uma aliança com o povo para solucionar os
problemas em seu país, deixando que estes sejam solucionados sem o auxílio do estado.
Enquanto os primeiros, também chamados de montanheses, acreditam que o Estado deve
interferir, solucionando a fome da população.
Os brisodistas comandavam os exércitos na guerra. Um general Francês traí a revolução,
este fato faz com que os brissoditas são expulsos do clube jacobino.
È a partir deste momento que o jacobinismo existente deixa de ser misto para se tornar,
Robbespierista. Ou seja a idéia principal é fazer uma aliança com o povo, para realizar uma
nova revolução, com o objetivo de derrubar os Brisodistas.
Na convenção vai existir três grandes grupos, são eles:
A planície, cujos membros eram os moderados, também chamados de pântano.
A esquerda do plenário ficavam os montanheses, também chamados de jacobinos.
E a direita estavam situados os girondinos, formados pelos Brissodistas.
Os jacobinos fazem um insurreição contra a revolução, para derrubar os girondinos da
convenção. Neste instante a revolução passa para o domínio dos montanheses. Eles por sua
fez apostam em medidas estremas para solucionar os problemas. Essas medidas foram
chamadas de medidas terroristas, nelas predominavam as regras de exceção, ou seja que
estavam fora do ordenamento. Apesar, da existência da constituição, eram as leis terroristas
que eram aplicadas.
O terror era encarado como uma política de salvação nacional, os que apostaram nessa
radicalização foram os montanheses, porém, durante este período, este grupo era formado
em sua maioria por moderados.
Havia, também, uma contradição na frente popular. Nela estava presente entre aqueles que
defendiam uma democracia direta , e os que defendiam uma democracia representativa. Os
sancullotes defendiam a primeira hipótese, porém os jacobinos acreditavam que este
período revolucionário, não era o melhor para se implantar esse tipo de democracia. Desta
forma os jacobinos tomaram a seguinte decisão, retirar os sancullotes do movimento
(perderam a sua estrutura de funcionamento).
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