SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE GERÊNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS Av. Anhanguera, 5195 – Setor Coimbra – Goiânia – GO Fone: (62) 3201-4546 FAX: (62) 3201-4545 e-mail: [email protected] TUBERCULOSE Informações para Agentes Comunitários de Saúde CDCT/GVEDT/SUVISA/SES-GO CAROS ACS, Após completo domínio das informações, você será capaz de: IDENTIFICAR CASOS suspeitos de tuberculose. ENCAMINHAR À SUA UNIDADE DE SAÚDE as pessoas com suspeita de tuberculose e também aquelas que mantêm contato direto e permanente. ACOMPANHAR, durante as visitas domiciliares, se todas essas pessoas estão seguindo as orientações dadas pela equipe de saúde. ORIENTAR A FAMÍLIA E A COMUNIDADE nas vistas domiciliares e nas reuniões. ACOMPANHAR O PACIENTE em tratamento. IDENTIFICAR PARCEIROS NA COMUNIDADE, além dos já existentes, tais como associação de moradores, lideres comunitários, grupos religiosos, sindicatos, pastorais de saúde, entre outros, para conhecer suas atividades e agenda de trabalho, incluindo, nestas, assuntos ligados às ações de controle da tuberculose. ORGANIZAR REUNIÕES com os membros da comunidade e lideranças, para discutir questões de saúde, o problema da tuberculose. TUBERCULOSE Sobre a Tuberculose Doença infecciosa e contagiosa causada pelo Micobacterium tuberculosis, também denominado de Bacilo de Koch (BK). A forma mais comum da doença é a tuberculose pulmonar, mas outros órgãos podem ser atingidos. A tuberculose tem cura, desde que o tratamento seja feito até o final. Como a doença se manifesta? • • • • • • • • Tosse por mais de 3 semanas, com ou sem catarro febre baixa, geralmente à tarde suor noturno falta de apetite perda de peso cansaço fácil fraqueza dor no peito Como se descobre a doença? O bacilo causador da doença é encontrado no catarro da pessoa doente, através de um exame chamado de baciloscopia do escarro. O exame é fácil de fazer e seguro. Toda a família do caso confirmado de tuberculose e as pessoas próximas devem ser examinadas também, porque quando se descobre a doença, essas pessoas já foram expostas ao risco de se infectar e adoecer. É importante que as pessoas saibam reconhecer as manifestações da doença e procure o serviço de saúde o mais rápido possível. Como se pega tuberculose? A tuberculose é transmitida de pessoa para pessoa, pela respiração, quando alguém doente tosse, fala ou espirra. Os bacilos são lançados no ar e outra pessoa respira esse ar contaminado. Não se pega tuberculose usando os mesmos pratos, talheres, roupas de cama, toalhas e vaso sanitário que a pessoa doente usa. E também não se pega pela saliva, sangue ou secreções sexuais. Ou seja, beijo, abraço e sexo não oferecem risco, desde que se tome alguns cuidados: • Procure saber se ela está seguindo as recomendações médicas. Após 15 a 30 dias de tratamento, a pessoa já não transmite mais a doença. • Lembre ao doente que ele tem que cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir. Mantenha a casa bem arejada. O vento e a luz do sol ajudam a eliminar os bacilos. Como se dá o tratamento? Em geral, o tratamento dura seis meses. O tratamento, inclusive os remédios, é oferecido pela rede pública de saúde. O Sistema Único de Saúde (SUS) recomenda que o tratamento seja supervisionado. Desta forma, uma pessoa preparada observa o paciente tomando/engolindo os remédios e o ajuda a completar o tratamento de forma correta, seja no serviço de saúde, em casa, no trabalho ou outro lugar apropriado. Durante o tratamento, dependendo do seu estado geral de saúde, a pessoa pode voltar a trabalhar e levar uma vida normal. Somente em casos graves o paciente necessita de internação. A medicação é de uso diário e deverá ser administrada preferencialmente em jejum em uma única tomada, ou em caso de intolerância digestiva, com uma refeição. Prevenção (como evitar a doença) Descoberta precoce dos casos por meio da busca ativa; cura comprovada dos casos pulmonares bacilíferos (BK+); controle dos contatos de casos confirmados de tuberculose; vacinação BCG obrigatoriamente em recém-nascidos e tratamento preventivo quando indicado (quimioprofilaxia). Vigilância Epidemiológica da Tuberculose -Atribuições específicas dos profissionais de Atenção Básica Função do Agente Comunitário de Saúde: - Identificar os Sintomáticos Respiratórios nos domicílios e na comunidade; - Encaminhar ou comunicar o caso suspeito a equipe; - Orientar a coleta e o encaminhamento do escarro dos sintomáticos respiratórios; - Orientar e encaminhar os comunicantes à equipe; - Supervisionar a tomada diária da medicação especifica, quando indicada, e o comparecimento do doente as consultas agendadas; - Fazer visita domiciliar de acordo com a programação da equipe usando a ficha do SIAB e a Ficha de Acompanhamento da tomada Diária da Medicação quando do tratamento supervisionado, mantendo-as atualizadas; - Verificar no cartão da criança, a situação vacinal: se faltoso encaminhar a US, - Verificar a presença da cicatriz da vacina BCG no braço direito da criança. Caso não exista encaminhar para a US observar a indicação do PNI (crianças menores de 5 anos de idade); - Agendar consulta extra, quando necessário; - Realizar ações educativas junto á comunidade; - Participar, com a equipe, do planejamento de ações para ao controle da tuberculose na comunidade; - Realizar busca ativa de faltosos e dos que abandonaram o tratamento. Função do Agente de Endemias: - Identificar os sintomáticos respiratórios nos domicílios e na comunidade; - Encaminhar casos suspeitos e contatos para avaliação na US; - Desenvolver ações educativas e de mobilização da comunidade relativas ao controle da tuberculose, em sua área de abrangência. Funções do técnico e auxiliar de Enfermagem - Identificar os Sintomáticos Respiratórios em visita domiciliar, na comunidade e na US; - Realizar procedimentos regulamentados para o exercício de sua profissão; - Convocar os comunicantes e o doente faltoso para consulta médica; - Orientar a coleta de escarro, identificar o pote de coleta e encaminhar o material ao laboratório; - Receber o resultado exame, protocolar e anexá-lo ao prontuário; - Aplicar a vacina BCG e o teste tuberculínico (PPD) desde que capacitado; - Dispensar a medicação, conforme prescrição e orientar o seu uso e a importância do tratamento; - Supervisionar o uso correto da medicação nas visitas domiciliares e o comparecimento às consultas de acordo com a rotina da equipe; - Agendar consulta extra, quando necessário; - Preencher o livro de registro e acompanhamento dos casos de tuberculose e o de sintomático respiratórios na US; - Realizar o tratamento diretamente observado para os pacientes com tuberculose, conforme orientação do enfermeiro ou médico; - Realizar ações educativas junto á comunidade; - Participar da programação e avaliação das ações. Função do Enfermeiro: - Identificar os Sintomáticos Respiratórios entre as pessoas que procuram a US, nas visitas domiciliares ou mediante os relatos dos ACS; - Solicitar baciloscopia dos sintomáticos respiratórios para diagnóstico (duas amostras)e orientar a coleta de escarro; - Aplicar a vacina BCG; - Aplicação e leitura do teste tuberculínico (PPD) desde que capacitado; - Realizar consulta de enfermagem mensal conforme programação de trabalho da equipe e de protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal, observadas as disposições legais da profissão; - Notificar o caso confirmado de tuberculose; analisar a ficha, verificando se todos os campos estão preenchidos e encaminhar ao Núcleo de Vigilância Epidemiológico-NVE; - Convocar os contatos para investigação; - Orientar o uso da medicação, esclarecer dúvidas e desmistificar os tabus e estigmas; - Programar os quantitativos de medicamentos necessários ao mês, para cada doente cadastrado na unidade; - Solicitar exame de escarro mensal para acompanhar o tratamento dos casos pulmonares bacilíferos (BK+); - Solicitar do NVE o retorno das informações e dos resultados de exames - Contribuir e participar das atividades de educação permanente dos membros da equipe quanto à prevenção, manejo do tratamento às ações de vigilância epidemiológica e ao controle das doenças; - Transferir o doente da US, quando necessário, com a ficha de referência e contra – referência devidamente preenchida; - Agendar consulta extra, quando necessário; - Orientar os auxiliares e técnicos de enfermagem, ACS e ACE para o acompanhamento dos casos em tratamento e/ou tratamento diretamente observado; - Fazer visita domiciliar para acompanhar o tratamento e supervisionar o trabalho do ACS; - Realizar ações educativas junto a clientela da US e no domicílio; - Convocar o doente faltoso e o doente em abandono de tratamento, para a consulta: planejar visita domiciliar; - Preencher o livro de registro e acompanhamento dos casos de tuberculose em tratamento na US; - Acompanhar a ficha de supervisão de tratamento preenchida pelo ACS/Aux. ou Tec. enfermagem; - Fazer juntamente com a equipe uma avaliação dos principais indicadores; - Enviar mensalmente ao NVE as informações epidemiológicas referentes à tuberculose da área de atuação da US. Analisar os dados e planejar as intervenções juntamente com a equipe e coordenação municipal. - Planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS, técnicos e auxiliares Função do Médico da ESF - Identificar os Sintomáticos Respiratórios no atendimento na US e em visita domiciliar na comunidade; - Solicitar baciloscopia dos sintomáticos respiratórios para diagnóstico (duas amostras); - Orientar a coleta de escarro; - Solicitar RX de tórax quando necessário; - Dar orientações gerais a respeito da doença; - Iniciar e acompanhar o tratamento para tuberculose; - Aconselhar o paciente com tuberculose confirmada, para o teste sorológico anti-HIV; - Explicar ao paciente porque o tratamento supervisionado é necessário; - Orientar e convocar os comunicantes para consulta e iniciar quimioprofilaxia de acordo com as normas do Ministério da Saúde; - Solicitar baciloscopia para acompanhamento do tratamento dos casos pulmonares bacilíferos (BK+) - Iniciar e acompanhar tratamento dos casos de tuberculose pulmonar com baciloscopias negativas e dos casos extrapulmonar quando o diagnóstico for confirmado após investigação em uma Unidade de Referência - Dar alta aos pacientes após o tratamento; - Encaminhar os casos para outro nível de assistência, quando necessário, com a ficha de referência/contra-referência devidamente preenchida; - Fazer visita domiciliar quando necessário; Enviar mensalmente ao NVE as informações epidemiológicas referentes à tuberculose da área de atuação da US. Analisar os dados e planejar as intervenções juntamente com a equipe e coordenação municipal; - Notificar o caso de tuberculose confirmado; - Identificar efeitos colaterais das medicações e interações medicamentosas; - Contribuir e participar das atividades de educação permanente dos membros da equipe quanto à prevenção, manejo do tratamento às ações de vigilância epidemiológica e ao controle das doenças; Função do Núcleo de Vigilância Epidemiológico: - Identificar e organizar a rede de laboratório e suas referências municipais, regional e estadual; - Estabelecer o fluxo de encaminhamento das amostras para o laboratório e o resultado das baciloscopias para as US; - Identificar, mapear e capacitar as US para as ações de controle de controle da Tuberculose (TB); - Assegurar a realização dos exames de diagnóstico conforme o preconizado; - Articular com as US, ESF e/ou ACS e segmentos da comunidade para aperfeiçoar as ações de controle da TB; - Coordenar a busca ativa de sintomáticos respiratórios (SR), supervisionar o controle dos contatos de pacientes bacilíferos; - Notificar ao SINAN NET, casos diagnosticados e digitar no mesmo, as devidas atualizações do Boletim de Acompanhamento, o qual deverá ser emitido e enviado á US, estabelecendo prazo para reenvio do mesmo, preenchido com as devidas atualizações, para o NVE; - Monitorar os indicadores epidemiológicos e acompanhar o cumprimento de metas propostas nos pactos; - Consolidar e analisar os dados gerados pelo SINAN NET, oferecendo informações por meio de boletins ou informes; - Participar da operacionalização do Tratamento Diretamente Observado (TDO); - Providenciar, junto à Regional, os medicamentos para o tratamento dos casos descobertos e distribuir às US; Função da Regional de Saúde: - Possibilitar maior agilidade na implantação/implementação do PCT; - Monitorar o SINAN NET e ações do PCT nos municípios, periodicamente; -Avaliar periodicamente o banco de dados e realizar os procedimentos específicos para as duplicidades e consistência do mesmo e verificando o encerramento no tempo oportuno; - Programar e realizar monitoramento periódico nas ações do PCT dos municípios; - Elaborar e repassar informes técnicos, notas técnicas e boletim epidemiológicos; - Solicitar medicamentos e encaminhar aos municípios; - Avaliar o preenchimento adequado de todos os campos da notificação; - Proporcionar capacitações quando necessário; Função da Vigilância Epidemiológica Estadual (Nível Central): - Monitorar os indicadores epidemiológicos bem como acompanhar o cumprimento das metas estabelecidas nos diversos pactos por parte dos municípios; - Consolidar e analisar os dados gerados pelo SINAN NET; - Realizar avaliação operacional e epidemiológica das ações do PCT; - Assessorar as coordenações regionais na implantação/implementação do PCT nos municípios; - Manter constante articulação com LACEN , Assistência Farmacêutica e HDT; - Promover o processo de educação permanente junto as Regionais de Saúde e Municípios, relacionados às ações de promoção à saúde, prevenção e controle dos agravos de interesse à saúde pública; - Capacitar profissionais, promover atividades de formação em todos os níveis de atuação; - Normatizar as ações de vigilância epidemiológica do agravo no Estado; - Elaborar informes técnicos e boletins epidemiológicos; - Realizar monitoramentos no sistema de informação municipal/regional, periodicamente; - Participar, junto à Assist. Farmacêutica, da programação das medicações; - Assessorar as Regionais de Saúde e municípios no desenvolvimento das atividades de controle da tuberculose; - Mobilizar politicamente os gestores municipais para a importância do controle da tuberculose; - Divulgar informes técnicos e recomendações do Ministério da Saúde para todos os municípios através das Regionais de Saúde; - Monitorar banco de dados verificando as inconsistências, completitude, para a manutenção da qualidade do banco de dados; - Divulgar periodicamente informes epidemiológicos da Tuberculose no Estado; - Colaborar e participar de produção cientifica e pesquisas; - Consolidar e analisar os dados gerados pelo sistema de informação oferecendo informações através de boletins ou informes, além de utilizá-los para fins de planejamento, monitoramento e avaliação; - Avaliar a acompanhar o encerramento dos casos de Tuberculose de acordo com as normas mo Ministério da Saúde; - Apoiar campanha educativa com confecção de materiais educativos; - Manter intercâmbio permanente com o Programa Nacional de Controle da Tuberculose com repasse de dados. - Intensificar as ações de Controle da Tuberculose nas Unidades de Saúde em conjunto com as Regionais de Saúde;