Aula 2 -Propagação sexuada

Propaganda
Propagação sexuada
Profª. Daniela Furtado
MÉTODOS DE PRODUÇÃO DE MUDAS

São dois os métodos de propagação:

1- Assexuado ou vegetativa (baseada no uso de estruturas
vegetativas);
2-Sexuado ou por sementes (baseia-se no uso de
sementes).
Conceito
É o processo onde ocorre a fusão dos
gametas masculinos e femininos para
formar uma só célula, denominada zigoto,
no interior do ovário, após a polinização.
Esses gametas podem ser provenientes de
uma mesma flor, ou de flores diferentes
de uma mesma planta (autopolinização)
ou, ainda, de flores pertencentes a plantas
diferentes (polinização cruzada).

Desvantagens






Esse método não se tem a certeza de que os indivíduos formados,
devido à recombinação gênica, mantenham as mesmas características
selecionadas das plantas parentais;
Retarda a produção, devido ao longo período improdutivo ocasionado
pela juvenilidade;
Irregularidade de produção, cor, características organolépticas e
tamanho;
Heterogeneidade entre plantas devido à segregação genética;
Porte elevado, dificultando a colheita;
O porte mais elevado pode representar uma desvantagem nas práticas
de manejo do pomar, como na poda, no raleio, na colheita e em
tratamentos fitossanitários. Além disso, a propagação sexuada pode
induzir à desuniformidade das plantas e da produção, normalmente
indesejadas em pomares comerciais.
Vantagens :
Maior longevidade;
 Desenvolvimento vigoroso;
 Sistema radicular mais vigoroso e
profundo;
 Grande números de mudas.

MÉTODOS DE PRODUÇÃO DE MUDAS

Pelo método sexuado, são três as
principais vias de produção:
1- canteiros para repicagem;
2- canteiros para produzir mudas com raiz nua;
3- semeadura direta no recipiente.
MÉTODOS DE PRODUÇÃO DE MUDAS

A semeadura indireta pode ser de duas formas:
 A lanço;

Em sulco.
 Usa-se, quando não se conhece a germinação;
 Quando as sementes apresentam dormência e não se conhece
o tratamento;
 Quando as sementes são muito pequenas.
MÉTODOS DE PRODUÇÃO DE MUDAS

A semeadura direta nos recipientes:
 Utiliza - se quando: As sementes possuem um bom índice
de germinação.
Vantagens:
 Eliminação das sementeiras;
 Redução do tempo em viveiro;
 Conseqüentemente, reduz as despesas.
Viveiro florestal

Conceito:
 É uma área dotada de infra-estrutura adequada
necessária para atender a todas as etapas do
processo de produção de mudas.

Processos envolvidos:
Coleta de sementes;
Armazenamento;
Beneficiamento;
Semeadura;
Condução das mudas;
Envio para o campo;
São classificados em duas categorias:
1- Temporários ou provisórios;
2- Fixos ou permanentes.

Temporários ou provisórios:
Possuem pequenas dimensões e estão localizados nas
áreas de implantação das mudas no campo.
• Temporários ou provisórios:
 Finalidades:
 Produzir mudas para reflorestamento;
 Aproveitar o que a área oferece (açudes, rios, bacias
hidrográficas);
 E com isso diminui os custos.
• Fixos ou permanentes:
 Possuem ampla estrutura e tem caráter Permanente, e
geralmente são gerenciados por universidades e empresas.
• Fixos ou permanentes:
 Características:
 Ampla infra estrutura;
 Caráter permanente;
 Equipado para produzir por tempo indeterminado;
 Alto nível tecnológico.

Fixos ou permanentes:
Vantagens:
 Técnicos qualificados;
 Ampla infra-estrutura;
 Mudas de boa qualidade;
 Alta produção de mudas.

Fixos ou permanentes:
Tecnologia utilizada:
Nestes viveiros, o uso de tubetes rígidos de plásticos
representam a principal tecnologia.
Localização do viveiro
• Local adequado para instalação do viveiro:









Acesso;
Água;
Enérgia elétrica;
Topografia ou relevo;
Drenagem
Luz;
Quebra vento;
Proteção
Mão de obra
Localização do viveiro
• Características adquiridas com a localização:
 Vantagens no funcionamento;
 Viabilização da atividade;
 Facilita o trânsito;
 Sempre devem ser montados em área não trabalhada
anteriormente;
ESTRUTURA DE UM VIVEIRO
• Viveiros que produzem grande quantidade de
mudas:
 Berçário ou área de semeio;
 Área de desenvolvimento;
 Área de rustificação;
 Área de espera.
ESTRUTURA DE UM VIVEIRO
• Berçário ou área de semeio:
 Local onde os tubetes recebem os substratos, sementes e
águas.
 Sementeiras
ESTRUTURA DE UM VIVEIRO
• Área de desenvolvimento:
 Setor para onde as mudas são transplantadas logo após a
germinação.
 Canteiros -
ESTRUTURA DE UM VIVEIRO
• Área de rustificação:
 Área onde as mudas são “castigadas” para se acostumarem
com as adversidades do campo.
• Área de espera:
Áreas onde as mudas são colocadas até serem
levadas para o campo.
DIMENSIONAMENTO DE UM VIVEIRO
• De acordo com o seu tamanho eles podem
ser classificados em:
 Grandes
 Pequenos.
DIMENSIONAMENTO DE UM VIVEIRO
• Problemas em viveiros pequenos:
 Limitam a produção;
• Problemas em viveiros grandes:
 Aumento das despesas;
 Gastos com manutenção.
Como dimensionar o seu viveiro?
DIMENSIONAMENTO DE UM VIVEIRO
O tamanho de um viveiro é determinado em
função de:
 Quantidades de mudas para o plantio e replantio;
 Densidade de mudas/m² (em função da espécie);
 Dimensões dos canteiros, dos passeios e das ruas;
 Dimensões das instalações.
DIMENSIONAMENTO DE UM VIVEIRO
• Planejamento para produção de mudas
em sacos de polietileno:
55 mudas por m2;
 Para 1 ha, são necessário 50 m2 de canteiro;
 Em 50 m2 de canteiro se produz 2.750 mudas.
ESTRUTURA DE UM VIVEIRO
• Canteiros:
Conceito:
 São leitos de solo ou de alvenaria, onde os recipientes são
colocados.
ESTRUTURA DE UM VIVEIRO

Fatores que podem contribuir para o
funcionamento de um viveiro:
Tamanho do canteiro;
Distribuição;
Organização.
ESTRUTURA DE UM VIVEIRO

Dimensionamento dos canteiros:

1 a 1.2 m de largura;
Recomenda-se utilizar um comprimento que seja múltiplo
de 6 (seis), ex: 6m. 12m. 18m. 24m; para facilitar a
implantação do sistema de irrigação;
 60 a 80 cm entre os canteiros.
ESTRUTURA DE UM VIVEIRO

Canteiros para repicagem:
10 m de comprimento;
 1 m de largura.

Para mudas com raízes nuas:
0.9 m de largura;
10 m de comprimento.
USO DE SEMENTEIRAS

Conceito de sementeiras:
São leitos onde as sementes são postas para germinar,
para posterior transplantio para o recipiente.
USO DE SEMENTEIRAS

Vantagens:
Uniformidade das mudas;
 Evita embalagens vazias;
 Neste caso, mesmo com a germinação baixa a semente é
utilizada.
USO DE SEMENTEIRAS

Desvantagens:
A plântula sofre com o transplantio;
 Para algumas espécies, pode afetar o desenvolvimento;
 Aumento da mão-de-obra.
SUBSTRATOS

Conceito:
São misturas de elementos minerais e orgânicos utilizados
para preencher as sementeiras e os recipientes (sacolas e
tubetes), possibilitando o desenvolvimento das plantas até
o ponto em que estejam prontas para serem transportadas
em definitivo para o campo.
SUBSTRATOS

Elementos usados para compor os substratos:
Solo mineral;
 Esterco de animais (curtido);
 Húmus de minhoca;
 Compostagem – Composto orgânico feito com esterco de
animais, folhas e galhos de árvores ( 45 a 60 dias para ficar
curtido);
 Areia lavada;


Casca de arroz carbonizada.
SUBSTRATOS

São funções dos substratos:
Fornecer nutrientes;
 Reter água em níveis adequados;
 Possibilitar aeração;
 Boas qualidades físicas e químicas;
SUBSTRATOS

Como preparar os substratos:
 Para







plantas mais exigentes
1 carro-de-mão de palha de arroz carbonizada
2 carros-de-mão de terra vegetal escura
1 carro-de-mão de areia lavada
Ou
1 carro-de-mão de areia lavada
2 carros-de-mão de terra vegetal escura
1 carro-de-mão de paú
1 carro-de-mão de palha de arroz carbonizada
SUBSTRATOS

Como preparar substratos:
 Para
plantas menos exigentes

1 carro-de-mão de barro

2 carros-de-mão de areia lavada

1 carro-de-mão de esterco curtido de animais ou
Compostagem

1 carro-de-mão de palha de arroz carbonizada

1 litro de calcário
Substratos

Para sacolas ou sacos de polietileno
70 % de terra de subsolo;
 30 % de esterco curtido.
SUBSTRATOS

Para tubetes:
 Vermiculita (30 %), terra de subsolo (10 %) e matéria
orgânica (60 %);
 Terra subsolo (40 %),Areia (40 %) e esterco (20 %);
 Vermiculita (40 %), terra de subsolo (40 %), e casca de
arroz calcinada (20 %).
SUBSTRATOS

Características da areia:
 Baixa retenção de água;
 Falta de nutrientes;
 Melhora a estrutura física do substrato.

Vermiculita:
 Apresenta características semelhante a areia
SUBSTRATOS

A Vermiculita
é um mineral de estrutura variável,
constituído de uma estrutura rochosa que contém ferro e
magnésio. É um substrato praticamente inerte, sendo
necessário a reposição de nutrientes essenciais, por meio de
adubações periódicas.

Obs: Expande-se
quando
submetida
ao
aquecimento,
melhorando as condições físicas, químicas e hídricas do solo.
RECIPIENTES

São dois os tipos de recipientes mais
procurados no mercado:
Sacos de polietileno;
Tubetes.
 Alternativos – garrafa pet, saco de leite
RECIPIENTES
Padrão Técnico de dimensão de sacos plásticos:
Largura x Altura x Espessura
0,10 x 0,20 cm x 0,15 mm
0,13 x 0,18 cm x 0,15 mm
0,15 x 0,22 cm x 0,15 mm
0,28 x 0,15 cm x 0,15 mm
0,35 x 0,25 cm x 0,15 mm
0,15 x 0,50 cm x 0,15 mm
RECIPIENTES

Aspectos relevantes:
 Determina o tempo da muda no viveiro;
 Quanto mais o tempo de permanência da muda no
viveiro, maior deverá ser o recipiente.
 Com o recipiente adequado, pode-se economizar o
substrato.
RECIPIENTES

Função:
 Conter o substrato;
 Proteger as raízes de danos mecânicos e perda de
água;
 Não restringir o desenvolvimento da raiz.
RECIPIENTES

Sacos de polietileno:
Vantagens:
 Facilidade para a aquisição;
 Menor custo;
 Facilidade de manuseio.
 Desvantagens:
 Alto consumo de substrato;
 Poluição do ambiente.
RECIPIENTES

Tubetes:
Vantagens:
 Evita a ocorrência de nematóides;
 As embalagens “cegas” retornam para semeio;
 Proteção do sistema radicular;
 Poda radicular é feita pela luz;
RECIPIENTES

Tubetes:
Vantagens:
 Utilização de pouco substrato para a produção de
mudas;
 Reduz as perdas em 90 %;
 Reduz mão-de-obra;
 Reutilização dos recipientes.
Adubação

Adubação orgânica:
Biofertilizantes;
 Compostagem;
 Esterco curtido de animais.


Adubação química:

Adubação foliar:

Uso de biofertilizantes diluídos
Tratos culturais

Capinas;

Raleios;

Repicagens;

Danças ou movimentação;

Podas;

Rustificação;

Seleção.
Tratos culturais

Rustificação: Como proceder ?
Aplicar NaCl na água de irrigação, na dosagem de 1 ml / planta
/ dia;
 Poda da parte aérea, com a redução de 1/3 da porção superior;
 Redução de folhas dos 2/3 inferiores das mudas;
 Movimentar freqüentemente as mudas nos canteiros, através das
danças, das remoções, das seleções e das classificações;
 Realizar cortes graduais da irrigação, aproximadamente 20 dias
antes da expedição das mudas para o plantio;

Tratos Fitossanitários

Controle Químico: Uso de agrotóxicos

Controle Biológico: Uso de produtos naturais:

Calda bordaleza, biofertilizantes, e outros;
Plantar mamona de quatro em quatro metros em volta do
viveiro;
Cultivar plantas de odor forte (cravo de defunto, arruda,
hortelã, alecrim, mastruço e girassol), nos caminhos entre os
canteiros e as sementeiras para espantar os insetos.
Plantar em volta dos formigueiros de saúva; gergelim, feijão
guandu, cinamomo e neem.



Nas grandes batalhas da vida o primeiro passo
para a vitória é o desejo de vencer!!!
Mahatma Gandhi
Obrigada pela Atenção!!!
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