EletromagnetismoAula4

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Eletromagnetismo – Aula 4
Maria Augusta Constante Puget (Magu)
Energia (1)
A etimologia da palavra tem origem no
grego, onde εργος (ergos) significa
"trabalho".
 A energia pode ser entendida como a
capacidade de realizar trabalho.
 Trata-se de um dos conceitos essenciais
da Física.

2
Energia (2)

Um dos princípios fundamentais da física
é a Lei da Conservação da Energia
que estabelece que a quantidade total de
energia em um sistema isolado
permanece constante.

Um modo informal de enunciar essa lei é
dizer que energia não pode ser
criada nem destruída: a energia
pode apenas transformar-se.
3
Unidade de Energia (1)

A unidade de energia no sistema
internacional de unidades é o joule (J).

O joule é uma unidade derivada,
equivalente a 1 newton metro (1 J =
1N ∙ 1m) ou ainda a 1 quilograma
metro quadrado por segundo quadrado:
𝑚2
1𝐽 = 1𝑘𝑔 2
𝑠
4
Formas de Energia (1)
Todas as formas de energia podem ser
enquadradas em uma das duas categorias
básicas:
1. Energia cinética.
2. Energia potencial.

5
Formas de Energia (2)

No cotidiano, entretanto, estas acabam
recebendo
nomes
específicos
que
geralmente fazem referência explícita à
natureza do sistema envolvido no
armazenamento:
◦ Energia nuclear: Energia potencial associada à
interação nuclear forte.
◦ Energia eólica: Energia cinética de movimento
das massas de ar (ventos).
◦ Energia
hidráulica:
Energia
potencial
gravitacional ou mesmo cinética armazenada nas
águas de uma represa hidroelétrica.
◦ Etc...
6
Energia Cinética (1)
A energia cinética é a energia que um
sistema
possui
em
virtude
do
movimento das partículas que o
constituem.
 A energia cinética de uma partícula com
velocidade v é dada por:

T=
1
𝑚𝑣 2
2
7
Energia Potencial (1)
Energia potencial (simbolizado por U
ou Ep) é a forma de energia que se
encontra
armazenada
em
um
determinado sistema e que pode ser
utilizada a qualquer momento para
realizar trabalho.
 A Energia Potencial é uma energia que
depende da posição: Depende do ponto
aonde o corpo está localizado.

8
Energia Potencial (2)

O que faz uma partícula possuir energia
pelo simples fato de ela ocupar uma certa
posição no espaço?

A resposta é simples: Esta forma de
energia resulta sempre de alguma
força (ou interação) que é quem lhe dá
origem.
9
Energia Potencial Gravitacional (1)




Imaginemos uma pessoa segurando uma
pedra de massa m a uma altura h do solo.
Sabemos que se essa pedra for abandonada,
ela
irá
executar
um
movimento
uniformemente acelerado.
Dizemos que o corpo adquire energia
cinética, a qual é calculada através da
seguinte equação: T = mv2/2.
Da onde veio esta energia?
10
Energia Potencial Gravitacional (2)

Antes de ser solta, a pedra possuía uma
energia armazenada: Essa energia é
denominada
energia
potencial
gravitacional e pode ser medida através
do trabalho realizado pela força peso.

A energia potencial gravitacional
calculada da seguinte maneira:
Ep= mgh
é
11
Forças (1)

No mundo físico, as forças se classificam em
duas
grandes
categorias:
◦ Forças Conservativas:
 As quais dão origem a alguma forma de energia
potencial.
 As forças conservativas mais familiares são a
gravitacional,
a
elétrica
e
a
elástica.
◦ Forças Não-Conservativas:
 Não podemos associar a elas uma energia potencial.
 Exemplos mais significativos: o atrito e a resistência
do ar.
12
Potencial e Campo (1)

Se colocarmos uma carga positiva q0 em
um campo elétrico 𝐸 e a soltarmos, ela
será acelerada na direção e sentido de 𝐸.

Como a energia cinética da carga
aumenta, sua energia potencial
diminui.
13
Potencial e Campo (2)

A carga é, portanto, acelerada em direção à região
onde sua energia potencial elétrica é menor,
assim como uma massa em um campo gravitacional é
acelerada em direção à região onde sua energia
potencial gravitacional é menor.
l
l
m
𝑔
m𝑔
Terra
+q
𝐸
q𝐸
---Carga
negativa
14
Potencial e Campo (3)

A variação na energia potencial que é igual ao trabalho
realizado pela força elétrica é:
𝑈 = −𝑞𝐸 ∙ 𝑙
ou, em termos infinitesimais:
𝑑𝑈 = −𝑞𝐸 ∙ 𝑑𝑙
onde 𝐸 ∙ 𝑑𝑙 = 𝐸 𝑑𝑙 𝑐𝑜𝑠𝜃
Portanto:

Se o deslocamento 𝑑𝑙 ocorre no mesmo sentido de E, então 𝜃=0
(cos 0 = 1) e o produto escalar é positivo.

No entanto, o campo elétrico 𝐸 aponta na direção e sentido no qual a
energia potencial U diminui mais rapidamente, portanto, se o
deslocamento ocorre no mesmo sentido de E, a energia potencial
diminui, isto é, 𝑈<0. Isto justifica o sinal negativo.
15
Energia Potencial Elétrica no Campo
de uma Carga Puntiforme (1)

Energia potencial elétrica é a energia
que uma partícula carregada adquire
quando colocada na presença de um
campo elétrico.
16
Energia Potencial Elétrica no Campo
de uma Carga Puntiforme (1)

Utilizando-se o cálculo diferencial e integral, mostra-se
que a energia potencial U de uma carga puntiforme q
localizada a uma distância rA de uma carga puntiforme
Q é:
𝑄q
𝑈=𝑘
𝑟𝐴

A energia potencial elétrica é o trabalho que um agente
externo deve realizar para mover uma carga de teste q
a partir do repouso no infinito para o repouso no
ponto A.
17
Energia Potencial Elétrica no Campo
de uma Carga Puntiforme (2)
Considera-se que a energia potencial
eletrostática de duas cargas puntiformes é zero
quando elas estão a uma separação infinita.
 Esta suposição é bastante razoável, visto que, se
elas estão a uma distância infinita uma da outra,
elas não deverão interagir entre si.
 Para valores de r muito grandes, a expressão:
𝑄q
𝑘
𝑟𝐴
tende a zero.

18
Trabalho da Força Elétrica no
Campo de uma Carga Puntiforme
(1)

Como a força elétrica é uma força conservativa, o
trabalho realizado pela força elétrica para deslocar uma
carga de prova q, na presença de uma carga Q, do ponto
rA para o ponto rB, depende apenas destes pontos,
sendo dado por:
𝑇𝐴→𝐵 = 𝑘
𝑄q
𝑟𝐴
-𝑘
𝑄q
𝑟𝐵
19
Potencial Elétrico no Campo de
uma Carga Puntiforme (1)




A expressão da energia potencial elétrica pode ser
decomposta no produto de dois termos:
𝑄q
𝑈=𝑘
𝑟𝐴
Um que depende exclusivamente de fatores ligados ao campo
elétrico:
𝑄
𝑘
𝑟𝐴
Outro que depende exclusivamente da carga de prova: q
O termo que depende exclusivamente de fatores ligados
ao campo elétrico chama-se potencial elétrico e é definido
como:
𝑈
𝑉𝐴 =
𝑞
20
Potencial Elétrico no Campo de
uma Carga Puntiforme (2)

Assim, no campo de uma carga puntiforme,
temos:
𝑄
𝑉𝐴 = 𝑘
𝑟𝐴

O potencial elétrico, assim como o trabalho
e a energia potencial, é uma grandeza escalar,
ficando totalmente determinado por um
número, acompanhado de uma unidade.
21
Potencial Elétrico no Campo de
uma Carga Puntiforme (2)
𝑄
𝑉𝐴 = 𝑘
𝑟𝐴
Uma partícula carregada positivamente produz
um potencial elétrico positivo.
 Uma partícula carregada negativamente produz
um potencial elétrico negativo.

22
Trabalho em Termos da Diferença
de Potencial (1)

Podemos expressar o trabalho realizado pela força
elétrica para deslocar uma carga q de um ponto A até
um ponto B da seguinte forma:
UA = q VA
UB = q VB
𝜏𝐴→𝐵 = UA - UB
𝜏𝐴→𝐵 = q(VA-VB)

A expressão VA-VB é chamada de diferença de
potencial (ddp ou tensão) entre os pontos A e B.
23
Unidade de Potencial (1)

No SI, a unidade de potencial e de ddp é o volt
(V) que é igual a Joule sobre Coulomb.

A unidade Volt é uma homenagem ao físico italiano Alessandro Volta
(1745-1827).
Volta desenvolveu a pilha voltaica, um predecessor da bateria
elétrica.

24
Unidade de Potencial (2)

Em uma bateria de 12 V para carros, o terminal
positivo tem um potencial 12 V maior do que o
terminal negativo.

Se anexarmos um circuito externo à bateria e
um coulomb de carga for transferido do
terminal positivo ao terminal negativo através
do circuito, a energia potencial da carga
decrescerá por QV = (1C)(12V) = 12 J
25
Unidade de Energia (novamente) (1)

Na física atômica e molecular, frequentemente
temos partículas que têm cargas de magnitude
e, tais como elétrons e prótons, movendo-se
através de diferenças de potencial, medidas em
volts.(e = 1,6x10-19C)

Como energia tem dimensão de carga
elétrica multiplicada por potencial
elétrico, uma unidade de energia é definida
como o produto da unidade fundamental de
carga e e um volt.
26
Unidade de Energia (novamente) (2)


Esta unidade particularmente útil é denominada
elétron-volt (eV).
Energias utilizadas na física atômica e molecular são
tipicamente de poucos eV, tornando o elétron-volt
uma unidade conveniente para processos
atômicos e moleculares.
A conversão entre elétron-volt e joules é obtida
expressando a unidade fundamental de carga em
coulombs.
1 eV = 1,60 x 10-19 C∙V = 1,60 x 10-19 J
 Por exemplo: Um elétron, movendo-se do terminal
negativo para o terminal positivo de uma bateria de 12
V para carros perde 12 eV de energia potencial.

27
Potencial no Campo de Várias
Cargas Puntiformes (1)


O potencial elétrico em um ponto, devido a um sistema
de cargas puntiformes fixas, é a soma algébrica dos
potenciais elétricos que cada carga puntiforme fixa
criaria no ponto, separadamente.
Assim, sejam Q1, Q2, ..., Qn cargas puntiformes fixas. No
campo destas cargas consideremos um ponto A distante
r1, r2, ..., rn de Q1, Q2, ..., Qn, respectivamente:
A
r1
Q1
r2
rn
Q2
Qn
28
Potencial no Campo de Várias
Cargas Puntiformes (2)

Então:
𝑉𝐴 = 𝑘
𝑄1
𝑄2
𝑄𝑛
+𝑘
+ ⋯+ 𝑘
𝑟1
𝑟2
𝑟𝑛
A
r1
Q1
r2
rn
Q2
Qn
29
Relação Geral entre 𝐸 e V (1)
O vetor campo elétrico:
 Aponta na direção e sentido da variação
máxima do potencial elétrico.
 Tem módulo igual à derivada desta função
com relação à distância naquela direção.
Matematicamente, o vetor campo elétrico é
igual ao negativo do gradiente do potencial V:
𝐸 = −𝛻𝑉
30
Relação Geral entre 𝐸 e V (2)
𝐸 = −𝛻𝑉

Em coordenadas cartesianas:
𝜕𝑉
𝜕𝑉
𝜕𝑉
𝐸 =−
𝑖+
𝑗+
𝑘
𝜕𝑥
𝜕𝑦
𝜕𝑧
31
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