FACULDADE ANHANGUERA DE TAUBATÉ PARA RAIOS 14 outubro de 2016 PARA-RAIOS Durante as tempestades observa-se queda da temperatura e aumento da umidade relativa do ar, o que diminui suas propriedades dielétricas. Ao mesmo tempo, o movimento das nuvens provoca um aumento do potencial elétrico entre elas e o solo. Esses dois fatores contribuem para eventual transferência de cargas elétricas entre nuvem e solo, isto é, uma descarga elétrica de curta duração e de alta intensidade. Para evitar danos materiais e baixas são utilizados os pára-raios PARA-RAIOS Para-raios É um elemento metálico situado a determinada altura e eletricamente ligado à terra, de forma que as descargas ocorram pelo caminho mais fácil, protegendo as suas imediações. PARA-RAIOS PARA-RAIOS Raio, Relâmpago, Trovoada e Descarga Elétrica Raio: é uma gigantesca faísca elétrica, dissipada rapidamente sobre a terra, causando efeitos danosos. Relâmpago: é a luz gerada pelo arco elétrico do raio. Trovoada: é o ruído ( estrondo) produzido pelo deslocamento do ar devido ao súbito aquecimento causado pela descarga do raio. PARA-RAIOS Descarga Atmosférica: descarga elétrica de origem atmosférica entre uma nuvem e a terra ou entre nuvens, consistindo em um ou mais impulsos de vários quiloamperes. PARA-RAIOS Os raios, apesar da sua importância prática, do interesse que desperta e da frequência com que ocorre, ainda é um fenômeno pouco compreendido e objeto de intensas pesquisas. A forma mais comum de raio ocorre em nuvens do tipo cúmulo-nimbo. Estas nuvens surgem em dias quentes de verão, geralmente no final tempestades violentas e rápidas. da tarde, provocando PARA-RAIOS As cúmulos-nimbos funcionam como geradores de energia elétrica. A região próxima do topo da nuvem fica com excesso de cargas positivas e a base fica com excesso de cargas negativas. Estas cargas ficam separadas por alguns quilômetros de distância e o campo elétrico entre elas pode atingir valores muito altos. PARA-RAIOS O solo é um bom condutor elétrico. A carga negativa na base da nuvem, entre 500m e 1km de altura, repele os elétrons na superfície abaixo, que se torna positiva. A situação neste ponto é a seguinte: uma carga positiva no solo, separada por uma camada de ar de uma carga negativa na base da nuvem. À medida que a nuvem se desenvolve, vai aumentando a carga na base e o campo elétrico entre a base da nuvem e o solo vai ficando cada vez mais intenso. PARA-RAIOS PARA-RAIOS O crescimento do campo elétrico entre a nuvem e o solo pode provocar ionização do ar. Embora o ar seja um excelente isolante elétrico o ar ionizado é um excelente condutor. Mas a ionização não ocorre de uma vez só. A ocorrência do raio começa pela formação de um "caminho" ou "guia" (leader) de ar ionizado entre a nuvem e o solo. PARA-RAIOS A partir da base da nuvem surgem segmentos de ar ionizado, com fraca luminosidade. Cada segmento se forma a partir da base do anterior e vai na direção do solo. Estes segmentos podem ter de 3 a 200m de comprimento e são formados em intervalos de mais ou menos 50µs. Na literatura técnica este "caminho" é chamado stepped leader, que significa "guia segmentado“. PARA-RAIOS A velocidade média de propagação do stepped leader em direção ao solo é de 150km/s. No início de um novo segmento pode ocorrer uma ramificação. Cada um dos braços da ramificação continua a gerar novos segmentos, dando ao raio a sua forma característica. PARA-RAIOS PARA-RAIOS À medida que a extremidade do stepped leader se aproxima do solo, o campo elétrico fica cada vez mais intenso. Quando atinge uma altura em torno de 20m, o campo torna-se suficientemente intenso para fazer surgir uma descarga entre o solo e a ponta do stepped leader. PARA-RAIOS PARA-RAIOS Esta descarga pode ser iniciada a partir de algum objeto pontudo, como uma torre ou uma árvore, e completa o canal de ar ionizado – bom condutor – entre a base da nuvem e o solo. Então, ocorre a descarga principal (return stroke). Nesta descarga a ionização se propaga do solo para a base da nuvem com uma velocidade de 80.000km/s, com correntes da ordem de 20kA, mas que podem chegar a 110kA, e dissipando no ar a energia de 100kJ por metro. PARA-RAIOS Toda esta energia aquece o ar violentamente e cria uma onda de choque que ouvimos como trovão. PARA-RAIOS Embora o raio possa terminar com o return stroke, o mais comum é ocorrer uma série de descargas consecutivas. Alguns centésimos de segundo após a primeira descarga pode formar-se um novo caminho que drena carga de uma região próxima da origem do stepped leader. Esta segunda ionização é chamada de dart leader e percorre o mesmo caminho que a anterior mas com uma velocidade muito maior (~ 2.000km/s), atingindo o solo em aproximadamente 2ms. PARA-RAIOS Quando o caminho entre a nuvem e o solo se completa, ocorre um segundo return stroke. Este processo pode se repetir diversas vezes. Em geral, ocorrem 3 ou 4 descargas, mas já foram observadas mais de 20 descargas em um mesmo raio. O tempo entre uma descarga e outra é muito pequeno e o olho não consegue perceber. A impressão que causa é de uma única descarga prolongada, às vezes com um efeito estroboscópico. PARA-RAIOS Concluindo, o raio surge como uma descarga que neutraliza parte da carga acumulada na base da nuvem. Embora o processo que inicia o raio comece pela base da nuvem, não podemos pensar no raio como algo que "cai". O transporte de massa é muito pequeno. A energia que é liberada é de natureza elétrica e não importa muito de que direção ela vem. De qualquer modo, a maior parte da energia é liberada durante o return stroke em que a ionização se propaga do solo para a nuvem.