Seara de Estudos Espíritas Caminho, Verdade e Vida.

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Escola de Médiuns
Seara Espírita Caminho, Verdade e Vida
Aula de hoje:
Porque os Espíritas não comemoram
a páscoa?
Na doutrina espírita, não há
comemoração da páscoa,
pois para os espíritas, não
existiu ressurreição física,
por ser "cientificamente
impossível”.
O que houve foi uma
aparição do corpo
espiritual de Jesus
(materialização) o que é
algo natural.
A vida de Jesus é cheia
de exemplos.
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A origem da palavra páscoa é judaica e
significa, “pessach”, passagem em hebraico, dia em que se comemora a libertação
do povo hebreu do
cativeiro.
A Páscoa, primeiramente, não é, de maneira inicial, relacionada ao martírio e sacrifício de Jesus.
Veja-se, por exemplo, no Evangelho de
Lucas (cap. 22, versículos 15 e 16), a menção,
do próprio Cristo, ao evento: “Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes da minha paixão.
Porque vos declaro que não tornarei a comer, até que ela se cumpra no Reino de
Deus.”
Evidente, aí, a referência de que a Páscoa já era uma comemoração, na época
de Jesus, uma festa cultural.
Portanto, o que fez a Igreja foi “aproveitar-se” do sentido da festa, para adaptá-la,
dando-lhe um novo significado, associandoa à imolação de Jesus, no pós-julgamento,
na execução da sentença de Pilatos.
A partir do evento bíblico denominado
êxodo (fuga do povo hebreu do Egito),
acontecido no mês de nisan (abril), em torno de 1440 a.C., juntaram as tradições e
passaram a comemorar o “pessach”, passagem em hebraico, dia em que se comemora a libertação do povo hebreu do
cativeiro.
É esta a Páscoa que o Cristo desejou
comemorar junto dos seus mais caros, por
ocasião da última ceia.
Logo após a ceia, foram para o Getsêmani, onde os discípulos invigilantes adormeceram, tendo sido o palco do beijo da traição e da prisão
do Cristro.
Mas há outros elementos evangélicos que
marcam a Páscoa.
Isto porque as igrejas romanas apontam
para a quinta e a sexta-feira santa, o sábado de aleluia e o domingo de páscoa.
Os primeiros relacionam-se ao “martírio”,
ao sofrimento de Jesus – tão bem retratado
no filme (A Paixão de Cristo, segundo Mel
Gibson) –, e os últimos, à ressurreição e a
ascensão de Jesus em corpo e alma.
A Ciência demonstra a impossibilidade
da ressurreição segundo a ideia vulgar.
O corpo é formado por elementos diversos; oxigênio, hidrogênio, azoto, carbono,
etc.; pela decomposição, esses elementos
se dispersam, e vão servir à formação de
novos corpos, e isso de tal maneira que a
mesma molécula, por exemplo, de carbono,
entrará na composição de muitos milhares
de corpos diferentes (não falamos senão
dos corpos humanos, sem contar os dos
animais).
Dessa maneira um indivíduo pode ter em
seu corpo moléculas que pertenceram aos
primitivos (homens dos primeiros tempos).
E essas mesmas moléculas orgânicas que
absorveis nos vossos alimentos provêm talvez do corpo de um indivíduo que conhecestes, e assim por diante.
(L.E. Allan Kardec – comentários: Q.1010.a)
No que concerne à ressurreição, podemos dizer que o reagrupamento da estrutura atômico molecular do corpo do Cristo,
no post-mortem, defendido pelas igrejas, é
situação totalmente rechaçada pela ciência. A lógica e o bom senso espírita
refutam tal teoria, pela impossibilidade física e pela injustiça moral.
Afinal, com a lei dos renascimentos, estabelece-se um critério mais justo para aferir
virtudes e defeitos de todos os Espíritos,
com tantas oportunidades quanto sejam necessárias, no “nascer de novo” e progredir
sempre, tal é a lei, nos ensina Kardec, que
não por outra razão, foi considerado o bom
senso encarnado.
Como explicar, as aparições de Jesus,
nos quarenta dias após sua morte?
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A fenomenologia
espírita aponta
para as
manifestações
psíquicas descritas
como
mediunidades.
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Em algumas ocasiões, como a conversa
com Maria de Magdala, que havia ido até o
sepulcro para levar algumas flores e orar,
perguntando a Jesus – como se fosse o jardineiro – após ver a lápide
removida, para onde levaram o corpo do Raboni, podemos estar diante da materialização.
Igual circunstância se dá, também,
no colóquio de Tomé com os demais
discípulos, que já
háviam estado com
Jesus, de que só
acreditaria se pudesse tocar nas feridas do Cristo
Noutras situações, estamos diante de uma
outra manifestação psíquica conhecida –, a
mediunidade de vidência, quando, pelo uso
de faculdades mediúnicas, alguém pode ver
os espíritos.
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Mitos da
Bíblia
Atitude critica
Reconhecimento
da ignorância
Espanto
Verdade
Saber Racional
A Páscoa, em verdade, pela interpretação
das religiões tradicionais, acha-se envolta
num preocupante e negativo contexto de
culpa.
Afirmam estas religiões que Jesus teria
padecido em razão dos “nossos pecados”,
numa alusão descabida de que todo o sofrimento de Jesus teria sido realizado para
“nos salvar”, dos nossos próprios erros.
Texto Bíblico - Êxodo 34, 6-7:
“...Javé, Deus compassivo e misericordioso, lento em cólera, rico em bondade e em
fidelidade, que conserva sua graça até mil
gerações, mas não tem por inocente o culpado, porque castiga o pecado dos pais nos
filhos e nos filhos de seus filhos, até à terceira e à quarta geração”.
(Bíblia: tradução de João Ferreira de Almeida)
Ou dos erros cometidos por nossos ancestrais, em especial, os bíblicos Adão e
Eva, no Paraíso: o pecado original.
Esta tradição católico-ronama da culpa é
a grande diferença entre a Páscoa tradicional e o pensamento espírita.
Em Espiritismo, reconhecemos a data da
Páscoa como as últimas e mais importantes
lições de Jesus, que vence as iniquidades
dos homens perdoando a todos e que retorna triunfante, após a morte, provando
a imortalidade do espírito, asseverando
que permaneceria conosco até o fim dos
séculos, ou seja eternamente.
Para a Doutrina Espírita, o verdadeiro espírita se reconhece pela sua transformação moral e pelos esforços que empreende em domar suas más inclinações.
É neste sentido, então, que se dá a compreensão de Páscoa: a busca pela renovação de si mesmo, no esforço para tornar-se
hoje melhor do que ontem a amanhã melhor do hoje, conforme nos ensina Kardec.
O Espírito que ditou essas leis a Moisés, era o guia espiritual da família de
Abrão, Isaac e Jacob, mais tarde transformado no Deus de Israel.
Moisés era um médium, em constante ligação com Javé ou Jeová, o deus bíblico,
violento e irascível, tão diferente do Deus-pai
do Evangelho de Jesus.
E apesar disso, esse Espírito desempenhou uma elevada missão, preparando o
povo judeu para o monoteísmo, a crença
num só Deus, pois os deuses da antiguidade eram muitos.
Livro: Visão Espírita da Bíblia - José Herculano Pires
O Espiritismo reconhece a ação de Deus
na Bíblia, mas não pode admiti-la como a
"palavra de Deus".
Devemos respeitar a Bíblia no seu exato
valor, mas nunca fazer dela um mito, um novo bezerro de ouro.
Deus não ditou nem dita livros aos homens.
A palavra de Deus não está na Bíblia, mas
na natureza, traduzida em suas leis.
A Bíblia é um livro escrito pelo homens,
como todos os outros livros, e é, principalmente, um conjunto de livros em que encontramos de tudo, desde as regras simplórias
de higiene dos judeus primitivos, até as lendas e tradições do povo hebreu, misturados
ás heranças dos egípcios e babilônicos.
(Livro: Visão Espírita da Bíblia - José Herculano Pires)
Livro: Visão Espírita da Bíblia - José Herculano Pires
Os cinco livros iniciais da Bíblia, que constituem o “Pentateuco mosaico”, (Gêneses,
Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio) referem-se à formação e organização do povo judeu, após a libertação do Egito e a conquista de Canaã.
Atribuídos a Moisés, esses livros não foram escritos por ele, pois relatam, inclusive, a sua própria morte.
Pesquisas históricas revelam que os livros
da Bíblia têm origem na literatura oral do povo judeu (histórias contadas de pai para filho).
Só depois do exílio na Babilônia foi que
Esdras (457 a.C.), quase 1000 anos depois,
conseguiu reunir e compilar os livros orais
(guardados na memória) e proclamá-los em
praça pública como a lei do judaísmo, ditada por Deus.
(Livro: Visão Espírita da Bíblia - José Herculano Pires)
Porque no Antigo Testamento há uma parte humana e uma parte de inspiração Divina.
A parte humana expressa as ideias que
os hebreus faziam quanto à origem do Universo, a criação da Terra e dos seres que a
habitam e contém leis civis e disciplinares
escritas por Moisés e outros dirigentes hebreus.
A parte de inspiração Divina, são os 10
mandamentos. Tanto que, muitas leis de
Moisés dizem para: “apedrejar até a morte”, caso não sejam seguidas. Claramente
contrárias a uma das leis contidas nos 10
mandamentos que diz: “não matarás”.
Da parte humana da Bíblia, muita coisa ficou ultrapassada pelo progresso do conhecimento humano pela mudança de costumes sociais e pela liberdade de expressão.
Exemplo dessa aberrações: Deficientes fisifísicos estão proibidos de aproximar-se do
altar do culto, para não profaná-lo com
seu defeito (Levítico, 21: 17-23);
Os adúlteros serão apedreja dos até a morte (Deuteronômio, 22:22);
Quem trabalhar no sábado será morto (Êxodo, 35:2);
Os filhos desobedientes e rebeldes, que não
ouçam pais e se comprometam no vício,
serão apedrejados até a morte (Deuteronômio, 21: 18-21).
– Suscitai ao seu lado um malévolo, e um
acusador esteja à sua direita. Citado em
juízo, seja condenado, e fique sem efeito a
sua defesa. Sejam abreviados os seus dias.
Fiquem órfãos os seus filhos, e viúva a sua
esposa. Andem errantes e mendigando os
seus filhos, e esmolem longe das suas casas
em ruínas. Vincule-lhe o credor todos os
seus bens, e os estranhos roubem as suas
fadigas. Ninguém mais lhe mostre benevolência, nem haja quem se compadeça de
seus órfãos. Sua descendência seja voltada
ao extermínio; e na próxima geração extinga-se o seu nome. (Salmo 109:6-13)
Agora, pois, matai todos os varões de entre as crianças e toda a mulher que tenha
tido relações com homem; mas conservai
com vida, para vós, todas as donzelas que
não tenham conhecido varão (Números 31:1718); dentre outros exemplos.
Como vemos, não são só os espíritas que
não seguem o antigo testamento.
Observemos o que Jesus disse: “Ouviram
viram o que foi dito (por Moisés) Ame o
seu próximo e odeie o seu inimigo. Mas eu
lhes digo: "Amem os seus inimigos e orem
por aqueles que os perseguem)”. (Jesus)
Jesus deixa claro que seus ensinamentos
são diametralmente opostos aos de Moisés.
“Que ouçam os que tem ouvidos de ouvir e
vejam os que tem olhos de ver”
(Jesus)
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”
(Jesus)
Lembremos que foi o próprio Cristo que
pediu que esquecêssemos o antigo testamento para seguirmos o novo quando um
doutor da lei o testou perguntando qual
era o maior mandamento da lei, e Jesus
respondeu:
— “Amarás ao Senhor teu Deus de todo
coração, e de toda a tua alma, e de todo o
teu entendimento, este é o maior e o primeiro mandamento. (Deuteronômio 6:5)
E o segundo, semelhante a este é:
Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
(Levítico 19:18)
Estes dois mandamentos contém toda a
lei e os profetas.”
(Jesus)
Como vemos, Jesus diz claramente que
estes dois mandamentos resumem todo o
antigo testamento.
E, o Novo Testamento deveria, portanto,
ser as únicas escrituras seguidas pelas religiões cristãs.
Os judeus não aceitam até hoje Jesus como o Messias prometido, porque acham que
Ele não preencheu as profecias messiânicas; acham que Jesus foi covarde ao deixar imolar-se na cruz sem lutar, e esperam
até hoje o verdadeiro Messias –, aquele que
vai elevar Israel ao primeiro lugar entre todas as nações da Terra, tendo supremacia
sobre todos.
Somente as religiões dogmáticas, que se
apresentam como vias exclusivas de salvação, interessa o velho conceito da Bíblia como palavra de Deus; e assim, fazem suas
ovelhas acreditarem, para mais facilmente
tosquia-las financeiramente.
Porque esse conceito impede a investigação livre e porque considerada palavra de
Deus, a Bíblia torna-se indiscutível e deve
ser aceita literalmente de acordo com a interpretação da igreja.
Por isso as igrejas sempre se apresentam
como “autoridade única na interpretação da
Bíblia”.
Essa posição corresponde aos tempos mitológicos do pensamento, encarcerado e
não á era da razão em que vivemos.
(Livro: Visão Espírita da Bíblia - José Herculano Pires)
Jesus nunca chamou seu Pai de Jeová ou
Jave (e olha que teve inúmeras oportunidades de chamar), ele chamou Jeová ou Jave
de DIABO, isso mesmo ele chamou o
"Deus" do Antigo Testamento de DIABO,
vejamos em João 8:42-44:
"Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o
vosso Pai, certamente me amaríeis, pois
que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim
mesmo, mas ele me enviou.
Por que não entendeis a minha linguagem?
Por não poderdes ouvir a minha palavra. Vós tendes por pai ao diabo, e quereis
satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi
homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade
nele. Quando ele profere mentira, fala do
que lhe é próprio, porque é mentiroso, e
pai da mentira”.
(João 8:42-44)
O Evangelho de Jesus, como se costuma
designar o Novo Testamento, não pertence á Bíblia.
Ele é a codificação da segunda revelação,
trás uma nova mensagem, substituindo o
deus guerreiro da Bíblia pelo Deus amor
(o verdadeiro Deus) apresentado por Jesus
no Serão da Montanha.
No Espiritismo, não devemos confundir esses dois livros.
A Bíblia é o livro de um povo, que procura
engrandecer seus feitos com suas estórias
e lendas.
HISTÓRIA = acontecimentos reais, dados históricos com base em documentos ou testemunhos.
ESTÓRIA = narrativas imaginárias, contos, fábulas, invenções.
(Dicionário Michaelis)
Jesus resumiu todos os ensinamentos do
velho testamento aos dez mandamentos.
“Jesus é o nosso modelo e guia e só aos
seus ensinamentos devemos nos ater”.
Palavras de Allan Kardec
O Espiritismo não
condena: explica.
E explicando, justifica
os erros humanos,
procurando corrigi-los
pela compreensão e
não pela coação.
Seara
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Espírita
Caminho,
Caminho,Verdade
Verdadee Vida.
e Vida.
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