Site: www.andreamorim.com.br Email: [email protected] Estuda e apresenta os resultados medidos da atividade econômica considerada como importante para a economia do país. A macroeconomia estuda a economia de forma global, fazendo uma análise dos setores e o comportamento de grandes agregados, como renda e produtos nacionais, nível geral de preços, desemprego e emprego etc. Ao estudar os agregados, a macroeconomia deixa para um segundo plano o comportamento das unidades e constituições individuais e dos mercados específicos, que são estudados pela microeconomia. O mercado de bens e serviços é tratado pela macroeconomia como um todo (agregando produtos agrícolas, industriais, serviços, transportes) bem como o mercado de trabalho, não se preocupando com as diferenças de qualificação (sexo, origem etc.). A abordagem macroeconômica tem por vantagem permitir uma melhor compreensão dos fatos mais relevantes da economia, representando um importante instrumento para a política e programação econômica. Sendo assim, na macroeconomia, a política econômica luta pelos seguintes pontos: a) alto nível do emprego; b) estabilidade dos preços; c) distribuição justa da renda; d) crescimento econômico. Considera-se que as questões relacionadas ao emprego e inflação são consideradas conjuntamente de curto prazo. As questões relacionadas ao crescimento econômico são de longo prazo. Podemos citar, em termos teóricos, que os problemas macroeconômicos são aqueles relacionados (que influenciam) ao crédito, crescimento econômico, moeda, inflação, desemprego, juros, balança comercial, finanças públicas, gastos do governo etc. Para que a política econômica seja efetivada, o governo lança mão de uma série de instrumentos para atingir as metas macroeconômicas. São estes: política fiscal, política monetária, política cambial e comercial e política de rendas. Política fiscal: está relacionada aos instrumentos de que o governo dispõe para arrecadar impostos, controlar despesas, estimular ou desestimar o consumo e controlar os gastos privados. Exemplo: tributos e impostos em geral, controle de despesas e funcionalismo, estímulo/desestímulo do consumo e gastos gerais. Política monetária: está relacionada ao estoque monetário do país. Envolve emissão de moeda, venda e compra de títulos públicos, bem como a regulação do sistema bancário. Política cambial e comercial: são políticas voltadas para o setor externo da economia. • Política cambial: refere-se à capacidade do governo de definir a taxa de câmbio, através do Banco Central. A taxa de câmbio pode ser definida pelo mercado se assim o governo definir. • Política comercial: tem como instrumentos os incentivos à exportação, de estímulo ou desestímulo às importações, através de instrumentos fiscais e de crédito, além das barreiras tarifarias. Política de rendas: está ligada à capacidade do governo de atuar na formação e apropriação da riqueza, mediante a fixação dos salários e o controle dos preços. No Brasil, mesmo que incipiente, existe uma estratégia para a política de rendas, no sentido de sua distribuição ser menos injusta. As raízes da macroeconomia tiveram início com A Grande Depressão ocorrida nos anos 30 do séc. XX nos E.U.A. Foi o colapso dos preços da Bolsa de Valores em outubro de 1929. Resultou em 1,5 milhões de desempregados e em 1933 chegou a 13 milhões de desempregados. A produção, em 1933, foi 27% menor do que em 1929 e o desemprego foi superior a 14% até 1940. Todos os recebimentos ou pagamentos efetuados nas transações comerciais de bens e serviços de exportação e importação são contabilizados e apresentados pela Balança Comercial (BP). Podemos dizer que o país está numa situação favorável ou de superávit quando o resultado da BP mostra que as exportações do período foram maiores do que o resultado das importações. Isso significa que entrou mais moeda estrangeira no país. Podemos dizer que o país está numa situação favorável ou de superávit quando o resultado da BP mostra que as exportações do período foram maiores do que o resultado das importações. Isso significa que entrou mais moeda estrangeira no país. Como resultado, podemos ter uma redução de circulação de dinheiro no mercado, prejudicando a oferta de crédito ou pela falta de moeda ou pelos juros que vamos pagar para poder ter crédito. Adam Smith (1723-1790) É considerado o fundador da escola clássica também conhecida como escola liberal. A maior preocupação do autor foi com o funcionamento do sistema econômico sem a interferência do governo é que quanto maior for o grau de liberdade do mercado, maior será a sua capacidade de gerar riquezas através da produção de bens e serviços. David Ricardo (1772-1823) estudou a formação do valor dos produtos. O valor é determinado pela escassez e pela quantidade de trabalho despendido na produção do bem. Ressalte-se que valor não é apenas preço; valor é o preço acrescido da utilidade percebida pelo cliente/usuário. David Ricardo (1772-1823) Desenvolveu estudou a formação também doavalor teoriados dosprodutos. rendimentos O valor decrescentes. é determinado pela escassez Quanto maior for e pela a utilização quantidade de um de fator trabalho (trabalho), despendido mantendo-se na produção os demaisdo fatores bem. fixos Ressalte-se (capital),que maior valor serão não os é apenas custos preço; de produção e menores os ganhos. valor é o preço acrescido da utilidade percebida pelo cliente/usuário. Thomas Robert Malthus (1766-1834) Desenvolveu estudos sobre o crescimento da população e a sua relação com a produção de alimentos enunciando a seguinte lei econômica: “enquanto a produção de alimentos cresce em progressão aritmética, a população cresce em progressão geométrica”. Esse fato seria um fator de equilíbrio do mercado de trabalho. A fome reduziria a oferta de mão de obra, diminuindo os salários e aumentando os lucros. Jean Baptiste Say (1767-1832) Desenvolveu a chamada lei de Say: “a oferta cria a sua própria procura”. Segundo esse entendimento, não haveria superprodução, nem desemprego, pois tudo que fosse produzido seria consumido. Karl Heinrich Marx (1818-1883) Desenvolveu a teoria da exploração segundo a qual o capitalismo se apropria de uma parcela do valor do trabalho do trabalhador, transformando esse valor expropriado em lucro excedente. Esta parcela denomina-se “mais valia”. De suas ideias surgiram os países socialistas e os sistemas econômicos de planificação centralizada, realizada pelo governo. Alfred Marshall (1842-1924) Foi o fundador da escola marginalista, trabalhou com questões relacionadas com utilidade dos bens sempre considerando o conceito de marginal (acréscimo ou decréscimo na margem), como por exemplo, a utilidade marginal decrescente dos bem consumidos. Também desenvolveu as ideias de custo marginal e lucro marginal. John Maynard Keynes (1883-1946) Durante a grande depressão da década de 1930, lançou os fundamentos da teoria Keynesiana que propunha a ação do governo para evitar as crises econômicas. O centro da teoria Keynesiana é a demanda agregada (consumo + investimento + gastos do governo + exportações - importações). Os principais agregados que serão estudados dizem respeito ao produto, a renda, a poupança, as despesas e ao investimento. A partir dos dados, sabe-se se houve ou não crescimento dos grandes agregados econômicos. Desses resultados, serão definidos quais instrumentos de política econômica poderão ser aplicados para os ajustes promovendo melhorias, as quais serão analisadas na próxima avaliação. Esse processo de avaliação dos agregados é conhecido como contabilidade social. Contabilidade social é o registro contábil das atividades produtivas de um país, ao longo de um período de tempo, normalmente um ano, a qual tem por objetivo definir e medir o resultado dos principais agregados econômicos (SANDOVAL e GARCIA, 2012). Vejamos as características de cada um dos elementos que formam o conjunto dos principais agregados econômicos. 1. Produto - é aquilo que é produzido. É o total da produção desenvolvida pelos meios de produção daquela sociedade. Importante frisar que essa análise é sempre estabelecida em um período de tempo e local determinado. Na análise das contas nacionais, o produto é conceituado de duas formas, vejamos: • Produto Nacional – PN: é a somatória de tudo aquilo que é produzido no país ou fora do país, como bens e serviços, e seu resultado é medido pelo preço do mercado. Podemos citar que todos os fatores de produção como terra, trabalho e capital geram aluguéis, lucros e salários, então o PN será a soma de todos esses fatores. Na análise das contas nacionais, o produto é conceituado de duas formas, vejamos: • Produto Interno – PI: todos os bens e serviços finais produzidos somente no país ou numa determinada região serão somados, durante um determinado período, que pode ser um mês, um trimestre ou um ano, e será utilizado como indicador macroeconômico para quantificar a atividade econômica da região em estudo. Vejamos as características de cada um dos elementos que formam o conjunto dos principais agregados econômicos. 2. Renda - Os proprietários dos fatores de produção, como governo, empresas e as pessoas, serão remunerados por oferecer bens e serviços na atividade produtiva, podendo ser uma renda pessoal ou consumo das famílias de um determinado local. Essa remuneração é somada e daí surge o resultado da renda obtida pelos proprietários dos fatores de produção. Exemplo: salários, aluguéis, juros, lucros. Vejamos as características de cada um dos elementos que formam o conjunto dos principais agregados econômicos. 3. Poupança - Define-se como poupança a diferença entre a renda disponível e o consumo, isso significa que é a parcela da renda que não se gastou na compra de bens ou serviços. Porém é importante ressaltar que a poupança também vem da renda. Numa economia onde o consumo é maior e a renda é comprometida com despesas, com certeza a poupança será menor. Seja na conta nacional ou familiar. Vejamos as características de cada um dos elementos que formam o conjunto dos principais agregados econômicos. 4. Despesas - Como já vimos, o Produto Nacional (PN) é medido pelo fluxo de produção de bens e serviços. Mas também pode ser medido pelo total das despesas realizadas pelos seus agentes (consumidores, empresas, governo e estrangeiros). Neste caso é conhecido como Despesa Nacional (DN). Vejamos as características de cada um dos elementos que formam o conjunto dos principais agregados econômicos. 5. Investimentos - Podemos definir investimento como o meio pelo qual é gerado o crescimento da produção de bens e serviços. Este se dá através da aquisição de máquinas e equipamentos e melhorias nas instalações e novas construções, propiciando o aumento de estoque de bens de capital.