O Nascimento da Filosofia A Escola de Atenas Heródoto Histórias Tucídides A guerra do Peloponeso Mundo aristocrático e novos modos de vida Ilíada e Odisseia Panorama acerca do cotidiano e das ideias da sociedade aristocrática grega no século VIII a.C Palácio de Micenas (palácio do rei-deus) 1. O centro do antigo, por assim dizer, mundo oriental. 2. Os poderes econômico, religioso e militar encontram-se unificados na pessoa do soberano. 3. Graças a sua posição intermediária entre deuses e homens ele garante a preservação da comunidade. Cidade-Estado ou Pólis 1. O centro é a praça pública (ágora) 2. 3. 4. Participação dos cidadãos Igualdade de condições Assuntos comuns – discussão e decisão coletiva Equilíbrio de poder Grande relevância ao discurso como palavra falada em público Zóon politikón Aristóteles Mito Autoria desconhecida; Transmissão oral de geração a geração; Sua autoridade (incondicional, não-nomeável e evidente); Apresenta-se como Cosmogonia – projeta um significado do mundo em sua totalidade; Como lenda isolada explica determinados fenômenos da natureza e da vida em geral. “É essencial que os deuses, os homens e a natureza, por princípio, nunca sejam separados”. Virgílio 70 aC – 19 a.C Obras Fundamentais Homero Ilíada (poema épico grego que narra os acontecimentos ocorridos no período de pouco mais de 50 dias durante o décimo e último ano da Guerra de Troia) Odisseia (O poema relata o regresso do protagonista, um herói da Guerra de Troia, Odisseu) Hesíodo Teogonia (Teoria acerca do surgimento e origem dos Deuses) Os Trabalhos e os dias (é um poema de mais de 800 versos que aborda verdades gerais, o trabalho é a sina universal do Homem, porém aquele que estiver disposto a trabalhar sobreviverá) Mito e Filosofia Mito Filosofia Fixa a narrativa no passado; narra a origem através de genealogias e rivalidades ou alianças entre forças divinas sobrenaturais e personalizadas (Urano, Ponto e Gaia); não se importa com contradições, com o fabuloso e o incompreensível; a autoridade é posta na confiança religiosa no narrador; se preocupa em explicar como e porque, no passado, no presente e no futuro; explica a produção natural das coisas por elementos e causas naturais e impessoais (céu, mar e terra); não admite contradições, fabulação e coisas incompreensíveis; exige explicação coerente, lógica e racional; autoridade: vem da razão, que é a mesma em todos os seres humanos, e não da pessoa do filósofo. “Zeus ocupa o trono do universo. Agora o mundo está ordenado. Os deuses disputaram entre si, alguns triunfaram. Tudo o que havia de ruim no céu etéreo foi expulso, ou para a prisão do Tártaro ou para a Terra, entre os mortais. E os homens, o que acontece com eles? Quem são eles?” (VERNANT, Jean-Pierre. O universo, os deuses, os homens. Trad. de Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 56.) O texto acima é parte de uma narrativa mítica. Considerando que o mito pode ser uma forma de conhecimento, assinale a alternativa correta. a) A verdade do mito obedece a critérios empíricos e científicos de comprovação. b) O conhecimento mítico segue um rigoroso procedimento lógico-analítico para estabelecer suas verdades. c) As explicações míticas constroem-se, de maneira argumentativa e autocrítica. d) O mito busca explicações definitivas acerca do homem e do mundo, e sua verdade independe de provas. e) A verdade do mito obedece a regras universais do pensamento racional, tais como a lei de não-contradição. As lendas sempre foram alicerces para os povos antigos. Os gregos, por exemplo, tributavam suas origens aos heróis que protagonizam a poesia de Homero, e os romanos, aos irmãos Rômulo e Remo, filhos do deus Marte, eternizados no relato do historiador Tito Livio. Essas explicações lendárias: a) Alteram ou reinventam fatos históricos, justificando alguma condição ou ação posterior dos homens. b) Sempre se basearam em acontecimentos reais, com o único propósito de explicar o passado. c) Confirmaram que as civilizações, em sua origem, não possuem vínculos com seu passado lendário, denominado idade das trevas. d) Afirmam uma reação inconsciente de todos os povos, que tem por fundamento o ideal religioso, desligado de qualquer interesse político. e) São apenas formas artísticas ou literárias independentes dos interesses políticos, por serem estéticas. Surgimento da Filosofia Por volta do Século VI a.C Filósofos da physis ou pré-socráticos ou sábios Problema das fontes históricas – nenhuma obra desse período foi preservada por inteiro. Aristóteles foi o primeiro a desenvolver o princípio de discutir as opiniões de seus antecessores antes de expor suas próprias. Doxografia – coleta de opiniões dos filósofos antigos sobre determinados problemas. Opinião (Dóxai) Os primeiros filósofos Iluminismo milésio Qual o princípio ou elemento fundamental em todas as coisas? Esse fundamento último, ou origem de todas as coisas era chamado pelos gregos como Arché Tales de Mileto Por volta de 625-545 a.C; Identifica a Água como a arché Conhecimentos matemáticos e astronômicos Anaximandro de Mileto Por volta de 610-547 a.C; Foi o primeiro a elaborar um mápa-mundi em metal, mais tarde aperefeiçoado por Hécate de Mileto; Sobre a natureza – primeiro texto escrito em prosa em língua grega que conhecemos. Mapa-múndi Anaximandro Planisfério de Hecateu “Onde as coisas têm sua origem, aí ocorre sua dissolução, segundo a necessidade. Pois pagam reciprocamente a penitência por sua injustiça, conforme a ordem do tempo” “Arché das coisas – ápeiron – o ilimitado e indeterminado/não-experienciável, do qual todo devir surge, em um movimento infinito”. Anaxímenes de Mileto Por volta de 586-525 a.C Tomava como Arché o ar “assim como rege nossa alma, composta de ar, assim também o sopro de ar abrange todo o universo” Ar (matéria-prima e força elementar) Novidades Menos nas respostas do que nas perguntas Um deslocamento da questão acerca do interesse da pergunta: “de onde surgiu o mundo?” para “De que é feito o mundo?” “Depois de ter sido concebido na maioria das vezes como um processo de criação, o mundo, tal como eles o compreendem, chega paulatinamente a regular a si mesmo” Texto I Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras coisas provem de suas descendências. Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os eventos são ar condensados. As nuvens formam-se a partir do ar pro filtragem e, ainda mais condensadas, transformam-se em água. A água, quando mais condensada transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo, transforma-se em pedras. BAURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado). Texto II Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: "Deus, como criador de todas as coisas, esta no principio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face desta concepção, as especulações contraditórias dos filósofos para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos como julga Demócrito. Na verdade, dão a impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha." GILSON, E.; BOEHNER, P. Historia da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado). Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo, a partir de uma explicação racional. As teses de Anaxímenes filósofo grego antigo, e de Basílio, filosofo medieval, tem em comum na sua fundamentação teorias que: A) eram baseadas nas ciências da natureza. B) refutavam as teorias de filósofos da religião. C) tinham origem nos mitos das civilizações antigas. D) postulavam um principio originário para o mundo. E) defendiam que Deus é o principio de todas as coisas. “Tales foi o iniciador da filosofia da physis, pois foi o primeiro a afirmar a existência de um princípio originário único, causa de todas as coisas que existem, sustentando que esse princípio é a água. Essa proposta é importantíssima... podendo com boa dose de razão ser qualificada como a primeira proposta filosófica daquilo que se costuma chamar civilização ocidental.” (REALE, Giovanni. História da filosofia: Antigüidade e Idade Média. São Paulo: Paulus, 1990. p. 29.) A filosofia surgiu na Grécia, no século VI a.C. Seus primeiros filósofos foram os chamados pré-socráticos. De acordo com o texto, assinale a alternativa que expressa o principal problema por eles investigado. a) A ética, enquanto investigação racional do agir humano. b) A estética, enquanto estudo sobre o belo na arte. c) A epistemologia, como avaliação dos procedimentos científicos. d) A cosmologia, como investigação acerca da origem e da ordem do mundo. e) A filosofia política, enquanto análise do Estado e sua legislação. “Mais que saber identificar a natureza das contribuições substantivas dos primeiros filósofos é fundamental perceber a guinada de atitude que representam. A proliferação de óticas que deixam de ser endossadas acriticamente, por força da tradição ou da ‘imposição religiosa’, é o que mais merece ser destacado entre as propriedades que definem a filosoficidade.” (OLIVA, Alberto; GUERREIRO, Mario. Présocráticos: a invenção da filosofia. Campinas: Papirus, 2000. p. 24.) Assinale a alternativa que apresenta a “guinada de atitude” que o texto afirma ter sido promovida pelos primeiros filósofos. a) A aceitação acrítica das explicações tradicionais relativas aos acontecimentos naturais. b) A discussão crítica das ideias e posições, que podem ser modificadas ou reformuladas. c) A busca por uma verdade única e inquestionável, que pudesse substituir a verdade imposta pela religião. d) A confiança na tradição e na “imposição religiosa” como fundamentos para o conhecimento. e) A desconfiança na capacidade da razão em virtude da “proliferação de óticas” conflitantes entre si. Pitágoras de Samos 571 a.C 497 a.C “A essência, que é o princípio fundamental que forma todas as coisas é o número” Oráculo de Apolo Pitonisa Delfos Apolo Dionísio Moderação Extravagância Nada em Excesso Ordem Razão Excesso Desordem Emoção A² + B² = C² Exotérico x Esotérico Desenvolveu uma nova interpretação de mundo em termos simbólico-matemáticos Escola Pitagórica – primeira universidade do mundo Ordem pitagórica – pitagorismo (salvação da alma) Alma pessoal e imortal em oposição ao corpo Pensamentos de Pitágoras 1. Educai as crianças e não será preciso punir os homens. 2. Pensem o que quiserem de ti; faz aquilo que te parece justo. 3. Ajuda teus semelhantes a levantar a carga, mas não a carregues. 4. Com ordem e com tempo encontra-se o segredo de fazer tudo e tudo fazer bem. 5. Todas as coisas são números. 6. A vida é como uma sala de espetáculos: entra-se, vê-se e sai-se. 7. A sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas os homens podem desejá-la ou amá-la tornando-se filósofos. 8. Anima-te por teres de suportar as injustiças; a verdadeira desgraça consiste em cometê-las Xenófanes 570 a.C “Os deuses não têm e não podem ter semelhança humana” Escapar a todas as convenções Crítico dos mitos: “Não tem sentido crer que os deuses e o divino em geral têm aspecto, forma, sentimentos, tendências totalmente iguais aos dos homens, por mais nobres que sejam”. “Se os bois, os cavalos e os leões tivessem mãos ou pudessem pintar e realizar as obras que os homens realizam com as mãos, os cavalos pintariam imagens dos deuses semelhantes a cavalos, os bois semelhantes a bois, e plasmariam os corpos dos deuses semelhantes ao aspecto que tem cada um deles” “Os etíopes dizem que os deuses são negros e têm nariz achatado, os trácios dizem, ao invés, que têm olhos azuis e cabelos ruivos”. DEUS É O COSMO. “O universo é uno, deus, sumo entre os deuses e os homens, nem por figura nem por pensamento semelhante aos homens”. “Todo inteiro vê, todo inteiro pensa, todo inteiro ouve”. UNIDADE = TOTALIDADE Heráclito de Éfeso O pensador do "tudo flui" (panta rei) e do fogo Parmênides de Eleia De modo simplificado, a doutrina de Parmênides sustenta o seguinte: Unidade e a imobilidade do Ser; O mundo sensível é uma ilusão; O Ser é Uno, Eterno, NãoGerado e Imutável. Empédocles de Agrigento sustentava a idéia de que o mundo seria constituído por quatro princípios: água, ar, fogo e terra. Demócrito de Abdera Tudo o que existe é composto por elementos indivisíveis chamados átomos