Situação atual do controle da Dengue no Brasil e no mundo.

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Situação atual do controle da
Dengue no Brasil e no mundo.
Componentes:
José Ricardo Silva
Leonardo Aidar
Lidiane Nahas
Shaira Vieira Lara
Professor:
A epidemiologia da dengue
• O dengue é hoje a arbovirose mais importante do mundo.
• Cerca de 2,5 bilhões de pessoas encontram-se sob risco de se
infectarem,particularmente em países tropicais onde a temperatura e a umidade
favorecem a proliferação do mosquito vetor
• Doença de larga distribuição e predomina em regiões tropicais.
• Mais da metade dos casos de dengue mundial é da América do Sul. A segunda
região em casos é o sudeste asiático.
• O vírus da dengue pertence à família Flaviviridae.
• O único transmissor importante do vírus nas Américas é o Aedes aegypti,
mosquito originário da África subsaariana e que se espalhou rapidamente
• pelo mundo por sua facilidade em se adaptar a ambientes modificados pelo
homem e por sua capacidade de se reproduzir em depósitos artificiais.
• O Aedes albopictus,oriundo das selvas asiáticas, também se infecta com o vírus,
no entanto não tem importância na transmissão do vírus da dengue nas
Américas visto que não é um vetor que tem hábitos domiciliares ou
peridomiciliares.
Fonte: http://gamapserver.who.int/mapLibrary/Files/Maps/World_DengueTransmission_Extension_
2007.png. Acesso em: 10 out. 2008.
Histórico do controle da dengue no Brasil
• Faz-se referência à dengue no Brasil desde o ano de 1846
• Uma primeira campanha pública contra a Dengue e a febre amarela, iniciada por
Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro (1902-1907), instituiu as brigadas sanitárias, cuja
função era detectar casos de febre amarela e eliminar os focos de Ae. Aegypti.
• Com o incentivo da Fundação Rockefeller, nas décadas de 1930 e 1940, foram
executadas intensas campanhas de erradicação de Ae. aegypti nas Américas
• Em 1947, a Organização Pan-Americana da Saúde e a Organização Mundial da
Saúde decidiram coordenar a erradicação do Ae. aegypti no continente, por
intermédio do Programa de Erradicação do Aedes aegypti no Hemisfério Oeste
• O Brasil participou da campanha de erradicação continental do Ae. aegypti e teve
êxito na primeira eliminação desse vetor em 1955.
• Em 1967, criou-se a Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam),
no mesmo ano, confirmou-se a reintrodução do Ae. aegypti no País.
• Em 1973, um último foco foi eliminado e o vetor, novamente, considerado
erradicado do território brasileiro. Em 1976, entretanto, o Ae. aegypti retornou
ao Brasil, em função de falhas na vigilância epidemiológica e de mudanças sociais
e ambientais decorrentes da urbanização acelerada dessa época
• Em abril de 1990, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) foi criada e
passou a ser responsável pela coordenação das ações de controle da
dengue. Em 1996, o Ministério da Saúde elaborou o Plano de Erradicação
do Aedes aegypti (PEAa)
• No ano de 1999, foi alcançada a marca de 3.701 Municípios conveniados.
O Ministério da Saúde investiu mais de um bilhão de reais nesses
Municípios, na estruturação do combate ao vetor
• O aumento do número de casos de dengue e o avanço da infestação
vetorial demonstravam que a implementação do PEAa não havia
alcançado o êxito esperado
• Em julho de 2001, a Funasa abandonou oficialmente a meta de erradicar
Ae. aegypti do País e passou a trabalhar com o objetivo de controlar o
vetor. Foi implantado o Plano de Intensificação das Ações de Controle da
Dengue (PIACD), que focalizou as ações em Municípios com maior
transmissão da doença
• Em 2002, foi implantado o Programa Nacional de Controle da Dengue
(PNCD), que dá continuidade a algumas propostas do PIACD
• Entre o fim do século XVIII e o início do XX ocorreram oito pandemias ou
surtos isolados que atingiram várias regiões no mundo: América, África,
Ásia, Europa e Austrália.
Medidas Tomadas pelos programas
de controle da Dengue (PNCD)
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1- Elaboração de programas permanentes, pois não há qualquer evidência técnica de
que a erradicação do mosquito seja possível a curto prazo;
2) o desenvolvimento de campanhas de informação e de mobilização da população, de
maneira a se promover maior responsabilização de cada família na manutenção de seu
ambiente doméstico livre de potenciais criadouros do vetor;
3) o fortalecimento da vigilância epidemiológica e entomológica, para ampliar a
capacidade de predição e detecção precoce de surtos da doença;
4) a melhoria da qualidade do trabalho de campo no combate ao vetor;
5) a integração das ações de controle da dengue na atenção básica, com a mobilização
do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e do Programa Saúde da Família
(PSF);
6) a utilização de instrumentos legais que facilitem o trabalho do poder público na
eliminação de criadouros em imóveis comerciais, casas abandonadas etc.;
7) a atuação multissetorial, no fomento à destinação adequada de resíduos sólidos e à
utilização de recipientes seguros para armazenagem de água;
8) o desenvolvimento de instrumentos mais eficazes de acompanhamento e supervisão
das ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde, Estados e Municípios.
Dificuldade no controle
• Eficiência do vetor: O vírus é transmitido pela fêmea de Aedes aegypti
diretamente para as crias, visto que o vírus dissemina-se por vários órgãos do
inseto, até mesmo os reprodutores. Uma vez contaminada pelo vírus, a fêmea
permanece assim por toda a sua vida; vetor bem adaptado ao ambiente urbano
• Inexistência de vacina eficaz: O grande problema da vacina é quanto a resposta
imune que o corpo desenvolve, uma vez que as complicações da doença são em
virtude dela; Incerta quanto se a imunização de indivíduos que já tiveram dengue
desenvolverem o quadro de dengue hemorrágica em função da vacina.
• Recursos humanos: Alta rotatividade e em alguns casos carga horária de 30
horas semanais, Desvio de função, Precarização dos contratos de trabalho
• Técnico: Falta de supervisão de campo; Número inadequado de agentes de
campo; Falta de implantação de componentes do PNCD; Problemas com o
Sistema de Informação; Elevado índice de pendência (casas fechadas e recusas)
• Administrativo: Deficiência na manutenção dos veículos e aquisição de material;
Desvio dos veículos do programa; Deficiência no número de veículos
• Falta de conscientização da população
Conclusões
• Necessidade de continuação ou mesmo introdução de uma
política publicitária de combate ao mosquito vetor da
doença, alertando à população em geral dos possíveis
locais de ovodeposição no domicílio e peridomicílio.
• Produção de inseticidas de ação residual de pouca
toxicidade ao homem, tal como se obteve com os
piretróides no combate aos triatomíneos.
• Aumento da responsabilidade do Governo Federal na
cobrança da atitude dos Municípios no combate ao vetor,
visto que ainda é o melhor meio de controle da doença.
• Aumento do interesse, diga-se financiamento, por parte do
Governo Federal no desenvolvimento de vacinas ou mesmo
antivirais para o combate aos sorotipos dos vírus.
Referências Bibliográficas
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2009.
doi: 10.1590/S0102311X2002000300035.
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