6-Sist Linf - Enfermagem(1) - Debora.Morgana

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31
ETEC
Edilaine
Marconi
Jamile
Curso
SISTEMA
Anatomia,
Carlos
técnico
fisiologia
de
de
e
Campos
Silva
Moreira
Maciel
Enfermagem
LINFÁTICO
doenças
São
2011
EDILAINE
MARCONI
JAMILE
CURSO
1º
Paulo
TECNICO
SILVA
MOREIRA
MACIEL
ENFERMAGEM
Enf
TE
SISTEMA
Anatomia,
LINFÁTICO
fisiologia
e
doenças
Trabalho de pesquisa bibliográfica, apresentado na ETEC Carlos de Campos de
São Paulo, como exigência do curso de enfermagem “Sistema linfático”
São
2011
Paulo
SUMÁRIO
1.
2.1
INTRODUÇÃO
Anatomia
......................................................................3
.............................................................................4
2.2 Fisiologia .............................................................................6
3.1 Doenças relacionadas ao sistema linfático.....................10
3.2
Aprofundamento
nas
doenças...........................................12
3.3
Tratamento
das
doenças.....................................................23
4.
Bibliografia...............................................................................33
1.
Introdução
O sistema linfático é uma rede complexa de órgãos linfoides, linfonodos,
ductos linfáticos, tecidos linfáticos, capilares linfáticos e vasos linfáticos, os
vasos linfáticos podem transportar proteínas e mesmo partículas grandes
que não poderiam ser removidas dos espaços teciduais pelos capilares
sanguíneos. A linfa tem uma particularidade de grande importância prática,
não coagula como o sangue, o que faz com que a lesão de seus vasos
coletores maiores espoliem que produzem e transportam o fluido linfático
(linfa) dos tecidos para o sistema circulatório, ou seja, é constituído por uma
vasta rede de vasos semelhantes às veias (vasos linfáticos), que se
distribuem por todo o corpo e recolhem o líquido tissular que não retornou
aos capilares sanguíneos, filtrando-o e reconduzindo-o à circulação
sanguínea. O sistema linfático também é um importante componente do
sistema imunológico, pois colabora com glóbulos brancos para proteção
contra bactérias e vírus invasores.
A maior parte da informação sobre o sistema linfático tem sido obtida por estudos
em laboratórios, com injeção de massa corada dentro de vasos muito pequenos. A
injeção em grandes vasos não apresenta resultado satisfatório para estudo do
sistema linfático devido à presença de numerosas válvulas.
Possui três funções inter-relacionadas:
Remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais;
Absorção dos ácidos graxos e transporte subsequente da gordura para o
sistema
circulatório;
Produção de células imunes (como linfócitos, monócitos e células produtoras
de
anticorpos
conhecidas
como
plasmódios).
Os vasos linfáticos têm a função de drenar o excesso de líquido que sai do sangue
e banha as células. Esse excesso de líquido, que circula nos vasos linfáticos e é
devolvido ao sangue, chama-se linfa.
A linfa é um líquido transparente, esbranquiçado (algumas vezes amarelado ou
rosado), alcalino e de sabor salgado, que circula pelos vasos linfáticos. Cerca de 2/3
de toda a linfa derivam do fígado e do intestino. Sua composição é semelhante à do
sangue, mas não possui hemácias, apesar de conter glóbulos brancos dos quais
99% são linfócitos. No sangue os linfócitos representam cerca de 50% do total de
glóbulos brancos. A linfa é transportada pelos vasos linfáticos em sentido
unidirecional e filtrada nos linfonodos (também conhecidos como nódulos linfáticos
ou gânglios linfáticos). Após a filtragem, é lançada no sangue, desembocando nas
grandes veias torácicas.
2.1
Anatomia
do
sistema
linfático
Órgãos linfáticos: amígdalas (tonsilas), adenoides, baço, linfonodos (nódulos
linfáticos) e timo (tecido conjuntivo reticular linfoide: rico em linfócitos). Alguns autores
consideram a medula óssea pertencente ao sistema linfático por produzirem os
linfócitos.
Amígdalas (Tonsila Faríngea): É uma saliência produzida por tecido linfático
encontrada na parede posterior da parte nasal da faringe. Esta, durante a infância, em
geral se hipertrofia em uma massa considerável conhecida como adenoide. As
Amígdalas são pequenas estruturas arredondadas, em forma de amêndoa, localizadas
da parte de trás da boca, ao lado da garganta. Acredita-se que sirvam para ajudar a
evitar infecções, produzindo anticorpos. As amígdalas também são chamadas de
tonsilas
palatinas
e
podem
ser
vistas
quando
se
abre
bem
a
boca.
Adenoides: Adenoides são estruturas semelhantes às amígdalas. Estão localizadas
atrás do céu da boca (palato mole) e não podem ser vistas quando se abre a boca. Da
mesma forma, quando estão funcionando adequadamente, ajudam a prevenir infecções
.Baço: O baço é um órgão do tipo glandular localizado na região superior esquerda
da cavidade abdominal. Este órgão tem contato com o pâncreas, o diafragma e o rim
esquerdo
Funções do baço: Este órgão não é considerado uma glândula endócrina, pois não
produz secreções, entretanto, no caso de certas doenças, este órgão libera um hormônio
que afeta a produção dos glóbulos vermelhos (hemácias) do sangue na medula
óssea. No feto, a função principal deste órgão é a fabricação de hemácias e leucócitos
(glóbulos brancos). Após o nascimento esta função é interrompida. Porém, esta função
pode ser reiniciada posteriormente caso apareça alguma doença que debilite esta
função na medula óssea. Este órgão age como parte integrante do sistema linfático e
vascular, ocupando uma posição única que lhe permite eliminar microrganismos
patogênicos e destruir hemácias anômalas, alteradas ou envelhecidas. Ele também
retira o ferro a partir da hemoglobina dos glóbulos vermelhos para seu posterior uso pelo
organismo, assim como substâncias residuais como os pigmentos biliares para sua
excreção, na forma de bílis, através do fígado. O baço fabrica anticorpos contra diversos
tipos de células do sangue e microrganismos infecciosos. Em alguns animais mamíferos
(com exceção dos seres humanos), ele armazena as hemácias e nos casos de
hemorragia os libera no sistema circulatório. Nos seres humanos, atua como reservatório
de sangue e de outras células sanguíneas.
Timo: O timo de uma criança é um órgão proeminente na porção anterior do
mediastino superior, enquanto o timo de adulto de idade avançada mal pode ser
reconhecido, devido as alterações atróficas. Durante seu período de crescimento
ele se aproxima muito de uma glândula, quanto ao aspecto e estrutura. O timo
consiste de dois lobos laterais mantidos em estreito contato por meio de tecido
conjuntivo, o qual também forma uma cápsula distinta para o órgão todo. Ele
situa-se parcialmente no tórax e no pescoço, estendendo-se desde a quarta
cartilagem costal até o bordo inferior da glândula tireóidea. Os dois lobos
geralmente variam em tamanho e forma, o direito geralmente se sobrepõe ao
esquerdo. Ele apresenta uma coloração cinzenta rosada, mole e lobulado,
medindo aproximadamente 5cm de comprimento, 4cm de largura e 6mm de
espessura.
2.2
Fisiologia
do
sistema
linfático
O sistema imune mantém seu próprio sistema de circulação (os vasos linfáticos), o qual
permeia todos os órgãos do corpo, excetuando-se o cérebro. Como o sistema sanguíneo,
o sistema linfático faz parte do sistema circulatório, mas possui um fluido conhecido por
linfa, em vez de sangue. O sistema linfático ajuda a transportar substâncias – células,
proteínas, nutrientes, produtos residuais – pelo corpo.
Vasos Linfáticos: Conduzem a linfa dos capilares linfáticos para a corrente
sanguínea. Todos os vasos linfáticos têm válvulas uni direcionada que impedem o
refluxo, como no sistema venoso da circulação sanguínea. Os Vasos passam através
dos linfonodos, que contêm grande quantidade de linfócitos e atuam como filtros,
confinando organismos infecciosos como bactérias e vírus. Praticamente todos os
tecidos do corpo possuem canais linfáticos. Os que não os tem, possuem os chamados
pré-linfáticos. Quase toda a linfa é drenada para o duto torácico, que desemboca no
sistema venoso. 1/10 do líquido que filtra dos capilares arteriais retorna ao sangue pelo
sistema linfático.
Linfa: líquido esbranquiçado ou amarelo claro de composição comparável à do
plasma sanguíneo, que circula no organismo em vasos próprios chamados vasos
linfáticos e transporta linfócitos. O fluído dos tecido que não volta aos vasos sanguíneos
é drenado para os capilares linfáticos existentes entre as células . Estes se ligam para
formar vasos maiores que desembocam em veias que chegam ao coração. Esse líquido
possui macromoléculas que não conseguem ser reabsorvidas pelos capilares
venosos.
Isso ocorre devido a estrutura especial do endotélio linfático, que forma
verdadeira válvulas. A linfa tem quase a mesma composição do liquido intersticial, com
uma concentração proteica de 3 a 5g/dl. 2/3 de toda a linfa derivam do fígado e do
intestino. É um líquido pálido e espesso carregado de gordura e de leucócitos.
Nódulos Linfáticos; Gânglios linfáticos ou Linfonodos: Pequenos órgãos em forma
de feijões localizados ao longo do canal do sistema linfático. Armazenam células brancas
(linfócitos) que tem efeito bactericida. Quando ocorre uma infecção, podem aumentar de
tamanho e ficar doloridos enquanto estão reagindo aos microrganismos invasores. Eles
também liberam os linfócitos para a corrente sanguínea. Possuem estrutura e função
muito semelhantes às do baço. Distribuem-se em cadeias ganglionares (ex: cervicais,
axilares, inguinais etc.). O termo popular “íngua” refere-se ao aparecimento de um nódulo
doloroso.
Os linfonodos tendem a se aglomerar em grupos – por exemplo, há grandes grupos
nas axilas, no pescoço e na virilha. Quando uma parte do corpo fica infeccionada ou
inflamada, os linfonodos mais próximos se tornam dilatados e sensíveis. Existem cerca
de 400 gânglios no homem, dos quais 160 encontram-se na região do pescoço. Outros
locais de acúmulo de gânglios linfáticos, são as axilas, virilhas e a região poplítea.
Macrófagos: Eles tem capacidade de fagocitose, podendo ingerir até 100 bactérias
antes deles mesmos morrerem, o que os tornam também, importantes na eliminação de
tecidos necrosados.
Linfócitos: Um tipo de glóbulo branco do sangue. 99% dos glóbulos brancos
presentes na linfa são linfócitos. Produzem anticorpos para defender o organismo de
infecções. Tal como outros tipos de células sanguíneas, os linfócitos se desenvolvem na
medula óssea e se deslocam no sistema linfático.
Há dois tipos principais de linfócitos:
Células T - Eles começam a viver como células imaturas chamadas de célulastronco. Ainda na infância, alguns linfócitos migram para o timo, onde amadurecem e se
transformam em células T. Em condições normais,
a maioria dos linfócitos em
circulação no corpo são células T. Sua função é a de reconhecer e destruir células
anormais do corpo (por exemplo, as células infectadas por vírus). Os linfócitos T
aprendem como diferenciar o que é próprio do organismo do que não o é no timo. Os
linfócitos T maduros deixam o timo e entram no sistema linfático, onde eles atuam como
parte do sistema imune de vigilância.
Células B - Permanecem na medula óssea e amadurecem transformando-se em
células B. As células B reconhecem células e materiais ‘estranhos’ (como bactérias que
invadiram o corpo). Quando essas células entram em contato com uma proteína
estranha (por exemplo, na superfície das bactérias), elas produzem anticorpos que
‘aderem’ à superfície da célula estranha e provocam sua destruição. Derivados de uma
célula-tronco (célula-mãe) da medula óssea e amadurecem até transformarem-se em
plasmócitos, os quais secretam anticorpos. Ambos linfócitos T e B desempenham papel
importante no reconhecimento e destruição de organismos infecciosos como bactérias e
vírus. As células assassinas naturais, discretamente maiores que os linfócitos T e B,
são assim denominados por matarem determinados micróbios e células cancerosas. O
“natural” de seu nome indica que elas estão prontas para destruir uma variedade de
células-alvo assim que são formadas, em vez de exigirem a maturação e o processo
educativo que os linfócitos B e T necessitam. As células assassinas naturais também
produzem algumas citosinas, substâncias mensageiras que regulam algumas das
funções
dos
linfócitos
T,
dos
linfócitos
B
e
dos
macrófagos.
O organismo dispões de um sistema de “drenagem” do excesso de fluidos que são
normalmente extravasados dos vasos sanguíneos. Os vasos linfáticos formam uma
delicada trama que corre paralelamente às veias, reabsorvendo e levando de volta à
circulação sanguínea um líquido claro, rico em proteínas, denominado linfa. O
funcionamento normal da circulação linfática impede a formação de edema nas
extremidades do corpo. Em algumas cirurgias como, por exemplo, a retirada de alguns
tumores de mama, os vasos linfáticos da axila são irreversivelmente lesados, levando à
formação posterior de edema em todo o membro superior do lado lesado. As
circulações linfáticas e sanguíneas estão intimamente relacionadas. A macro e a
microcirculação de retorno dos órgãos e/ou regiões é feita pelos sistemas venoso e
linfático. As moléculas pequenas vão, em sua maioria, diretamente para o sangue,
sendo conduzidas pelos capilares sanguíneos, e as grandes partículas alcançam a
circulação
através
do
sistema
linfático.
Entretanto, mesmo macromoléculas passam para o sangue via capilares venosos,
sendo que o maior volume do fluxo venoso faz com que, no total, o sistema venoso capte
muito mais proteínas que o sistema linfático. Contudo, a pequena drenagem linfática
é vital para o organismo ao baixar a concentração proteica média dos tecidos e propiciar
a pressão tecidual negativa fisiológica que previne a formação do edema e recupera a
proteína
extravasada
(Duque,
2000).
As moléculas de proteínas transportam oxigênio e nutrientes para as células dos
tecidos, onde então removem seus resíduos metabólicos. Várias moléculas de proteínas
que não conseguem ser transportadas pelo sistema venoso são retornadas ao sistema
sanguíneo através do linfático. Consequentemente, o líquido linfático se torna rico em
proteínas, mas também transporta células adiposas, e outras macromoléculas. A
circulação normal de proteínas requer um funcionamento adequado dos vasos linfáticos,
caso contrário, os espaços intersticiais podem ficar
congestionados .Os troncos
linfáticos, ou coletores terminais são vasos de maior calibre que recebem o fluxo linfático,
e compreendem os vasos linfáticos lombares, intestinais, mediastinais, subclávios,
jugulares e descendentes intercostais. A união dos troncos intestinais, lombares e
intercostais forma o ducto torácico. Os troncos jugulares, subclávios e broncos
mediastinal
direito
formam
o
ducto
linfático
direito.
O mecanismo de formação da linfa envolve, então, três processos muito dinâmicos
e simultâneos:
Ultra filtração: é o movimento de saída de H2O, O2 e nutrientes do interior do capilar
arterial para o interstício, ocorrendo pelo PH positivo no capilar arterial e o PH negativo
ao nível do interstício.
Absorção venosa: é o movimento de entrada de H2O, CO2, pequenas moléculas e
catabólitos do interstício para o interior do capilar venoso, ocorrendo por difusão, quando
a
pressão
intersticial
é
maior
do
que
a
existente
no
capilar
venoso.
Absorção linfática: é o início da circulação linfática, determinada pela entrada do líquido
intersticial, com proteínas de alto peso molecular e pequenas células, no interior do
capilar linfático inicial, que ocorre quando a pressão é positiva e os filamentos de
proteção abrem as micro válvulas endoteliais da parede do capilar linfático. Este começa
a ser preenchido pelo líquido intersticial e, quando o preenchimento chega ao máximo,
as micro válvulas se fecham, iniciando a propulsão da linfa através dos pré-coletores e
coletores
3.1 Doenças relacionadas ao sistema linfático
Doenças do Sistema Linfático:
O sistema linfático, como em outras partes do corpo, é também suscetíve...
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Debora.Morgana
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