Campanha de Seguimento contra o Sarampo Renata Silva Rocha Moraes Coordenação de Normatização Gerência de Imunização de Rede de Frio Goiânia, 08 de outubro de 2014 Qual o objetivo desta Campanha? As campanhas de seguimento contra o sarampo no Brasil são realizadas desde 1995. Foram realizadas cinco grandes campanhas, com intervalos variando entre 2 e 4 anos. Última campanha - 2011: Foram vacinadas no Estado de Goiás 538.131 crianças de um a seis anos de idade (99,73% - Cobertura vacinal). O objetivo é resgatar menores de cinco anos ainda não vacinados e corrigir falha primária da vacinação contra sarampo e rubéola. Período da Campanha Data: 8 a 28 de novembro de 2014 Dias de Mobilização Nacional (D): 8 e 22 de novembro de 2014 CAMPANHA DE SEGUIMENTO CONTRA O SARAMPO A população-alvo desta campanha são crianças de 1(um) ano até 4 anos, 11 meses e 29 dias, totalizando 362.326 crianças no Estado de Goiás . A meta mínima preconizada é vacinar 95%. CAMPANHA DE SEGUIMENTO DO SARAMPO Esquema preconizado pelo Calendário Nacional de Vacinação 12 meses: D1 de Tríplice Viral. 15 meses: DU de Tetra Viral. NOTA TÉCNICA Nº 20, DE 2014 CGPNI/MS Vacina Tríplice Viral / Tetra Viral e Vacina Febre Amarela Intervalo mínimo de 30 dias (PRIMOVACINDOS E MENORES DE 2 ANOS) Denominação Comum Brasileira (DCB) Laboratório produtor Indicação de usos VACINA SARAMPO, CAXUMBA E RUBÉOLA Serum Institute of India Ltd. Indicação de uso: USO PEDIÁTRICO A vacina é indicada para as crianças a partir dos 12 meses a 10 anos de idade; Para crianças acima de 10 anos, adolescentes e adultos, é recomendada a vacina sarampo e rubéola; Contra indicada para mulheres grávidas Apresentação Frasco - ampola multidose: 10 doses de 0,5 mL Forma Farmacêutica Pó liofilizado + diluente Via de administração Subcutânea Composição por dose de 0,5 mL No mínimo 1.000 CCID50 do vírus de sarampo; No mínimo 5.000 CCID50 do vírus de caxumba; No mínimo 1.000 CCID50 do vírus de rubéola; Excipientes: Gelatina parcialmente hidrolizada; sorbitol; L-histidina; Lalanina; tricina, cloridrato de L-arginina; lactoalbumina hidrolisada. Diluente: Água para injeção. Conservação Conservar em temperatura entre +2ºC e +8ºC e ao abrigo da luz. Cuidados de conservação após a reconstituição Pode ser utilizada no máximo até 6 (seis) horas desde que mantidas as condições assépticas e a temperatura entre +2ºC e +8ºC e ao abrigo da luz Denominação Comum Brasileira (DCB) Vacina Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela (atenuada) Laboratório produtor GlaxoSmithKline (GSK) Indicação de uso: USO PEDIÁTRICO Indicação de usos Apresentação Forma Farmacêutica Via de administração A vacina é indicada para as crianças a partir dos 9 (nove) meses de idade Frasco - ampola + seringa preenchida com diluente Pó liofilizado + diluente Subcutânea Vírus do sarampo atenuado vivo ≥ 10³ CCID50 Vírus da caxumba atenuado vivo ≥104,4 CCID50 Vírus da rubéola atenuado vivo ≥10³ CCID50 Composição por dose de 0,5 ml Vírus da varicela atenuado vivo ≥10³ PFU Excipientes: lactose anidra, sorbitol, manitol e aminoácidos. Contém resíduos de sulfato de neomicina. Diluente: água para injeção. Conservação Cuidados de conservação após a reconstituição Conservar em temperatura entre +2ºC e +8ºC e ao abrigo da luz. Não congelar. Pode ser utilizada no máximo até 8 (oito) horas desde que mantidas as condições assépticas e a temperatura entre +2ºC e +8ºC e ao abrigo da luz . VACINA TRÍPLICE E TETRA VIRAL Precauções: Alergia Grave ao ovo. Adiar a vacinação nos seguintes casos: Doenças agudas febris graves ou moderadas; Após o uso de imunoglobulina (vide Manual do CRIE), sangue e derivados. Prejuízo resposta imunológica. VACINA TRÍPLICE E TETRA VIRAL Contra Indicações: • Anafilaxia a dose anterior a vacina; • Imunodeficiências congênitas ou adquiridas; • Uso de corticosteróides (vacinar 1 mês após suspensão da droga); • Uso de quimioterapia antineoplásica (vacinar 3 meses após a suspensão do tratamento); • Transplantados de medula óssea (vacinar de 12 a 24 meses após o transplante). ORIENTAÇÕES PARA VACINAÇÃO Criança de 12 meses a 23 meses e 29 dias Estado vacinal anterior Administração da vacina - Administrar a 1ª dose (D1) da vacina tríplice viral. Criança que não têm a 1ª dose (D1) da vacina tríplice viral - Agendar a próxima dose, conforme calendário de vacinação: * Se a criança têm entre 12 a 14 meses, agendar a próxima dose com a tetra viral para os 15 meses, respeitando o intervalo mínimo de 30 dias. * Se a criança têm entre 15 a 23 meses e 29 dias, agendar a próxima dose com a vacina tetra viral, respeitando o intervalo mínimo de 30 dias. Criança que têm a 1ª dose (D1) da vacina tríplice viral administrada há menos de 30 dias. -Considerar esta dose como válida para a campanha e não administrar nenhuma dose de tríplice viral. - Realizar o agendamento para a vacina tetra viral. ORIENTAÇÕES PARA VACINAÇÃO Criança de 12 meses a 23 meses e 29 dias Estado vacinal anterior Administração da vacina - Se a criança têm entre 12 a 14 meses, administrar a dose de campanha e agendar a próxima dose com a tetra viral para os 15 meses (intervalo mínimo de 30 dias). Criança que têm a 1ª dose (D1) da vacina tríplice viral administrada há mais de 30 dias. Criança que têm duas doses ( D1 e D2) da vacina tríplice ou uma tríplice e uma tetra viral, com última dose há mais de 30 dias. - Se a criança têm 15 a 23 meses e 29 dias, administrar a tetra viral. NOTA: As crianças que possuem até 2 anos completos e que possuem agendamento préveo, devido devem receber a vacina tetra viral - Administrar dose de campanha da vacina tríplice viral. ORIENTAÇÕES PARA VACINAÇÃO Criança de 2 anos até 4 anos 11 meses e 29 dias Estado vacinal anterior Administração da vacina - Administrar a 1ª dose (D1) da vacina tríplice viral. Criança que não têm a 1ª dose (D1) da vacina tríplice viral Criança que têm a 1ª dose (D1) da vacina tríplice viral administrada há menos de 30 dias. - Agendar a 2ª dose com a vacina tríplice viral, respeitando o intervalo mínimo de 30 dias. - Considerar esta dose como válida para a campanha e não administrar nenhuma dose de tríplice viral. - Realizar o agendamento para a vacina tríplice viral. ORIENTAÇÕES PARA VACINAÇÃO Criança de 2 anos até 4 anos 11 meses e 29 dias Estado vacinal anterior Administração da vacina Criança que têm a 1ª dose (D1) da vacina tríplice viral administrada há mais de 30 dias. - Administrar a 2ª dose (D2) da vacina tríplice viral . Esta dose será válida para a rotina e campanha. Criança que têm duas doses (D1 e D2) da vacina tríplice ou uma tríplice e uma tetra viral, com última dose há mais de 30 dias. - Administrar dose de campanha da vacina tríplice viral. EVENTOS ADVERSOS: Manifestações locais Evento adverso Descrição Ardência, hiperestesia, Vermelhidão e edema no local da Tempo Administração/evento Frequência 1° dia. Pouco frequentes eritema, enduração. aplicação. Nódulo ou pápula com rubor Podem ocorrer em indivíduos com hipersensibilidade aos componentes davacina. - - Linfadenopatia regional. Linfonodos hipertrofiados. - Raro. Abscesso quente. São quentes, vermelhos e dolorosos. Podem aparecer sinais de flutuação e fistulização. Neste caso, houve contaminação por agentes piogênicos. Até 15° dia. - EVENTOS ADVERSOS : Manifestações sistêmicas Evento Adverso Descrição Tempo Aplicação/evento Frequência Febre ≥ 39,5o C. Está associada a qualquer um dos componentes da vacina. Entre o 5° e o 12° dia após vacinação. 5 a 15% dos primovacinados. Cefaléia, irritabilidade, febre baixa, conjuntivite e/ou manifestações catarrais. Estão associadas aos componentes do sarampo e da rubéola. Entre o 5º e o 12º dia após vacinação. 0,5 a 4 % dos primovacinados. Exantema. Pode ter extensão variável. Dura em torno de 2 dias. Entre o 7º e o 14º dia após 5% dos vacinação. primovacinados. Linfadenopatia. Associada ao componente da rubéola. Entre o 7º e 21º dia após a vacinação. Está relacionada ao componente da caxumba. Cepa Jeryl Lynn: 1/250.000 a 1/1.800.000. Entre o 15º e 21º dia após a ‐Cepa Urabe: 1/11.000 vacinação. 1/400.000. ‐Cepa Leningrad‐Zagreb: 1/3.390. Meningite. Encefalite. Relacionado ao componente do sarampo e ao da Entre 15 a 30 dias após a caxumba. vacinação. Menos de 1% dos primovacinados. Semelhante ao da população não vacinada: 1/1.000. 000 ‐ 1/2.500. 000 I EVENTOS ADVERSOS : Manifestações sistêmicas Evento Adverso Descrição Tempo Aplicação/evento Frequência Entre 15 a 30 dias após a vacinação. Estimativa de 0,7/1.000.000 de doses nos EUA. Geralmente de evolução benigna 2 a 3 semanas após a vacinação. 1/30.000 a 1/40.000 vacinados. As articulações mais afetadas são: interfalangeanas, metacarpo ‐ falangeanas, joelhos, cotovelos e tornozelos. Associado ao componente da rubéola, com duração de 1 a 3 semanas. Entre 1 a 3 semanas após a vacinação. 25% das mulheres vacinadas com a cepa RA 27/3. 10º ao 21º dia após a vacinação (parotidite). Parotidite: com cepa Jeryl Lynn: 1,6%, com cepa Urabe AM9 1 a 2% dos vacinados. Outros: bastante raros. Pan ‐ encefalite esclerosante subaguda pós-vacinal (PEESA). Não há dados epidemiológicos documentados que realmente comprovem o risco vacinal. Outras manifestações neurológicas. Ataxia, mielite transversa, neurite ótica, síndrome de Guillain Barre e paralisia ocular motora. São consideradas associações temporais a vacina tríplice viral. Púrpura trombocitopênica. Artralgia e ou artrite. Parotidite, pancreatite, orquite e ooforite. Associado aos componentes da caxumba. Reações de hipersensibilidade. Urticária no local ou, menos frequentemente, em Geralmente nas primeiras 24 a Raras. outras áreas do corpo. 72horas após a vacinação. Reação anafilática. Urticárias, sibilos, laringoespasmo, edema de lábios, hipotensão e choque. Habitualmente na primeira hora após a administração da vacina. Extremamente raras. VIGILÂNCIA DOS EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAÇÃO Identificação de um EAPV Profissionais de saúde Eventos Adversos Graves devem ser notificados dentro de 24 hs de sua ocorrência HOMOGENEIDADE E COBERTURA VACINAL DA TRÍPLICE VIRAL NAS CAMPANHAS DE SEGUIMENTO CONTRA O SARAMPO Cobertura vacinal, 2004, 96.81 Cobertura vacinal, 2011, 99.73 Homogeneidade, 2011, 92.28 Homogeneidade, 2004, 58.54 Cobertura vacinal % Homogeneidade 2004 - 1 a 4 anos. 2011 - 1 a 6 anos % Cobertura vacinal e homogeneidade da vacina tríplice viral. Goiás, 2004 a 2014*. 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Cobertura vacinal 108.01 111.4 109.85 113.36 108.94 106.99 106.9 115.54 107.68 115.03 95.41 Homogeneidade 54.88 77.24 81.3 82.11 79.67 76.83 76.42 74.39 70.33 86.99 44.71 Fonte: pni.datasus.gov.br * Dados até agosto/14. Cobertura vacinal e homogeneidade da vacina tríplice viral por Região de Saúde. Goiás, 2014*. % Cobertura vacinal Fonte: pni.datasus.gov.br * Dados até agosto/14 Homogeneidade Cobertura Ideal Homogeneidade Ideal Cobertura vacinal da vacina tríplice viral por município. Goiás, 2014*. ≥ 95% <95% Fonte: pni.datasus.gov.br * Dados até agosto/14 Superintendência de Vigilância em Saúde. Gerência de Imunização e Rede de Frio. E-mail: [email protected] Tel.: (62) 32017888/32017882 OBRIGADA!