i UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA MARISA MENDONÇA DE SOUZA DESGASTE E TENSÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO: Uma proposta de avaliação do nível de estresse da equipe de enfermagem que atua no setor de emergência Florianópolis (SC) 2014 ii UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA MARISA MENDONÇA DE SOUZA DESGASTE E TENSÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO: Uma proposta de avaliação do nível de estresse da equipe de enfermagem que atua no setor de emergência Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem – Urgência e Emergência do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista. Profa. Orientadora: Maria Bettina Camargo Bub FLORIANÓPOLIS (SC) 2014 iii FOLHA DE APROVAÇÃO O trabalho intitulado DESGASTE E TENSÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO:Uma proposta de avaliação do nível de estresse da equipe de enfermagem que atua no setor de emergência de autoria do aluno MARISA MENDONÇA DE SOUZA foi examinado e avaliado pela banca avaliadora, sendo considerado APROVADO no Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem – Área Urgência e Emergência. _____________________________________ Profa. Dra. Maria Bettina Camargo Bub Orientadora da Monografia _____________________________________ Profa. Dra. Vânia Marli Schubert Backes Coordenadora do Curso _____________________________________ Profa. Dra. Flávia Regina Souza Ramos Coordenadora de Monografia FLORIANÓPOLIS (SC) 2014 iv AGRADECIMENTOS A “Deus”, pois sem ele nada seria possível. A tutora Joice Cristina Guesser, pelo seu acolhimento, atenção e boa vontade sempre, muito obrigada. A amiga Sherlinete pela sua sempre boa vontade e amizade desde a minha inscrição no curso até hoje, muito obrigada. A amiga Ângela pelos bons e maus momentos, sempre juntas. Aos colegas que sempre estão por perto, obrigada. v SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 1 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................... 3 3 MÉTODO............................................................................................................................ 6 4.RESULTADOS ESPERADOS.......................................................................................... 9 5. CONCLUSÕES.................................................................................................................. 10 REFERÊNCIAS.................................................................................................................... 11 APÊNDICES E ANEXOS.................................................................................................... 12 vi RESUMO A atuação da equipe de enfermagem no setor de urgência e emergência é avaliada como desencadeadora de desgaste físico, emocional e de estresse. Diariamente a equipe se depara com situações que exigem condutas tão rápidas que, em alguns momentos, demandam ações simultâneas sem planejamento prévio. Trata-se de proposta de projeto de pesquisa de metodologia quantitativa, exploratório-descritiva com o objetivo mensurar as situações estressoras as quais a equipe de enfermagem está exposta no serviço de urgência e emergência de um Hospital Geral do Rio de Janeiro. Espera-se mensurar o nível de estresse e identificar as principais situações estressoras as quais a equipe de enfermagem do setor de emergência está exposta. A partir de então, pretende-se propor ações a serem desenvolvidas com o objetivo de minimizar os efeitos do estresse, tornando o cotidiano do profissional enfermeiro e da equipe de enfermagem mais produtivo, menos desgastante. Palavras-chave: estresse, enfermagem, emergência. 1 1 INTRODUÇÃO O estresse é uma reação bioquímica normal do organismo quando o indivíduo se depara com uma situação estressora e, principalmente, significa a tentativa do mesmo em retornar à normalidade (LIMA, CARVALHO; 2000). Atualmente é crescente a preocupação com o tema estresse, uma vez que fatores estressantes estão sempre presentes em nosso cotidiano. A área de enfermagem é apontada como uma das profissões na qual se identifica o elevado nível de estresse dos profissionais, relacionando principalmente a sua responsabilidade em lidar cotidianamente com seres humanos buscando restabelecer a sua saúde, por meio de ações que lhes propiciem a melhoria de sua qualidade de vida (EMILIO, SANTOS; 2011). A equipe de enfermagem presta assistência em setores considerados desgastantes, tanto pela carga de trabalho, como pelas especificidades das tarefas, e nesse cenário, encontra-se a unidade de emergência e profissionais que lá trabalham. A atuação da equipe de enfermagem no setor de urgência e emergência é avaliada como desencadeadora de desgaste físico, emocional e de estresse. Diariamente depara-se com situações que exigem condutas tão rápidas que, em alguns momentos, demandam ações simultâneas sem planejamento prévio. Portanto, necessitam de conhecimento, autocontrole e eficiência ao prestarem assistência ao paciente, a fim de não cometerem erros (BEZERRA, SILVA, RAMOS; 2012). O interesse em estudar o estresse surgiu pelo fato de atuar em uma grande unidade de emergência, localizada no bairro do Leblon na cidade do Rio de Janeiro. Ao iniciar neste setor e a partir da realização da pós-graduação, observei que os servidores estavam adoentados, estressados, desmotivados e resistentes para se envolverem em qualquer modificação para melhoria da qualidade dos serviços prestados a população. Atualmente, o trabalho de enfermagem nestes serviços apresenta características de sofrimento. Se lida muito com a dor e o risco eminente de morte, enfrenta-se carga horária 2 extensa, se tem múltiplos vínculos de trabalho. Tudo isto tem contribuído para a instalação do sofrimento e o estresse. O profissional não é preparado para lidar com tais situações. A partir disso surgiu a seguinte pergunta de pesquisa: qual o nível de estresse da equipe de enfermagem que atuam no serviço de emergência de um Hospital Geral do Rio de Janeiro? Este estudo tem por objetivo: Mensurar as situações estressoras as quais a equipe de enfermagem está exposta no serviço de urgência e emergência de um Hospital Geral do Rio de Janeiro. Propor ações com o objetivo de reduzir o estresse doa trabalhadores de enfermagem que atuam na emergência - adulto um Hospital Geral do Rio de Janeiro. 3 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 O estresse O estresse é definido como um desgaste geral do organismo, causado pelas alterações psicofisiológicas que ocorrem quando o indivíduo é forçado a enfrentar situações que o irrite, excite, amedronte ou mesmo que o faça imensamente feliz. (LIPP, 2000) O ser humano tem necessidades físicas, psíquicas, de segurança, sociais, de auto-estima e de auto-realização. As necessidades físicas referem-se às funções fisiológicas: alimento, água, oxigênio, eliminação, vestuário, sexo, atividade e repouso. Já as necessidades sociais dizem respeito a pertencer a uma família, um grupo, ter amigos, colegas, participar, aprender e divertirse. As necessidades de autoestima têm a ver com autoconfiança, responsabilidades. Por fim as necessidades de auto-realização, como o próprio nome diz, quando o indivíduo se sente realizado (ROCHA, 2005, p.53). O estresse se manifesta por meio de sinais e sintomas. É preciso estar atento e reconhecer estas manifestações nos profissionais quando eles estão estressados e propiciar, o quanto antes, o tratamento da doença, possibilitando a recuperação e retorno às atividades. Em termos físicos, as manifestações (sinais e sintomas) são: aumento da sudorese, dor no estômago, tensão muscular, taquicardia, hipertensão, aperto da mandíbula, ranger dos dentes, mãos e pés frios, hiperatividades, náusea. Em termos psicológicos, são frequentes: a ansiedade, tensão, angústia, insônia, alienação, dificuldade de relacionamento interpessoal, preocupação excessiva, dúvidas quanto a si próprio, inabilidade para se concentrar em tarefas ou atividades, entre outros. Trabalhar em um ambiente hospitalar deficiente de meios para o seu funcionamento adequado contribui de maneira significativa para a ocorrência de acidentes de trabalho. Essa situação constante de instabilidade provoca desmotivação profissional ocasionada pelo intenso 4 estresse e fadiga mental, vivenciado por muitos profissionais quando atingem o estado de exaustão (DIAS et.al, 2005, p.7). 2.2 Trabalhador de enfermagem no setor de emergência A partir da minha experiência penso que o espaço físico da maioria das unidades de emergência do Rio de Janeiro é semelhante. Há três anos, o cuidado era muito difícil, a demanda de clientes nas mais diversas situações era intensa. Não tínhamos tempo para pensar; era chegar ao plantão e iniciar as atividades. Atendíamos em torno de 800 pacientes com várias ocorrências nas vinte quatro. Havia dias que não podíamos nem transitar pela unidade de tantas macas acumuladas, variedade de casos, problemas sociais, pacientes graves em ventilação mecânica, não havia uma rotina nem planejamento. Tudo isso deixava o ambiente fecundo ao estresse. Após a inauguração das Clínicas da Família, e Unidades de Pronto Atendimento, o atendimento e a situação no ambiente de trabalho melhoraram muito. Atualmente as unidades de emergência só atendem aos casos de alta complexidade como: grandes politraumatizados, queimados, choques, parada cardiopulmonar, entre outras condições graves de saúde. Em face deste cotidiano, nós (profissionais de saúde) nos tornamos pessoas estressadas, desmotivadas e desassistidas. Antes, os enfermeiros e enfermeiras desempenhavam atividades assistenciais dirigidas ao paciente hospitalizado. Atualmente este profissional está inserido em uma proposta multidisciplinar, com novas responsabilidades e ações nos ambulatórios e centros de saúde. Ainda assim, os enfermeiros e as enfermeiras na unidade de emergência sentem-se desvalorizados porque frequentemente não atuam na tomada de decisões da unidade; seu trabalho é sobrecarregado múltiplas funções, desgaste físico e emocional, gerados por conflitos operacionais, pelas atividades exercidas com poucos recursos físicos, número reduzido de profissionais, e à baixa remuneração. Os enfermeiros e enfermeiras buscam melhorar a assistência e o atendimento para que o paciente não seja prejudicado pela falta de recursos, mas as dificuldades são tantas que só resta 5 insatisfação quanto à qualidade da assistência prestada. Cabe ressaltar que as tarefas do pessoal de nível médio são ainda mais intensas, repetitivas, e mal valorizadas. 2.3 Sofrimento no trabalho Segundo Dejours (2001) executar uma tarefa sem investimento material ou afetivo exige a produção de esforço e de vontade, em outras circunstâncias suportadas pelo jogo da motivação e do desejo. A vivência depressiva se alimenta da sensação de adormecimento intelectual, de anquilose mental, de paralisia da imaginação e marca o triunfo do condicionamento ao comportamento produtivo. Vemos a necessidade de repensar as atividades realizadas pela equipe de enfermagem as pessoas. Precisamos encontrar estratégias para que no atendimento de enfermagem prestada ao indivíduo, esteja presente a compreensão deste ser, para que efetivamente saibamos ser humano, e assim possamos prestar um atendimento de melhor qualidade. Na literatura científica cresce o número de comunicações referentes a agravos psíquicos, medicalização, suicídios de médicos, enfermeiros em diversos hospitais. Aqui, não temos ainda estas questões estudadas, mas a incômoda e dolorosa presença de alunos do curso de graduação em medicina que se suicidam ao tomar contato com doentes e doenças tem sido uma desconcertante experiência nos últimos doze anos. O trabalho em um ambiente hospitalar que possui deficiência de meios para o seu funcionamento adequado contribui de maneira significativa para a ocorrência de acidentes de trabalho. Essa constante situação de instabilidade provoca desmotivação profissional ocasionada pelo intenso estresse e fadiga mental, vivenciado por muitos profissionais quando atingem o estado de exaustão (DIAS et.al, 2005, p.7). 6 3 MÉTODO 3.1 Tipo de estudo Estudo quantitativo, descritivo exploratório. 3.2 População e amostra do estudo A amostra do estudo será intencional não probabilística, constituída por todos os profissionais de Enfermagem que atuam no setor de emergência. 3.3 Local do estudo A pesquisa será desenvolvida na emergência de um hospital municipal, localizado no Rio de Janeiro. Esta Emergência está situada no segundo andar de um prédio de quatro andares. Este hospital possui uma grande emergência, mas há também ambulatório, centro cirúrgico, maternidade, setor de internação, centro de tratamento intensivo, neurocirurgia, unidade coronariana, dentre outros. No segundo há temos a sala de politrauma, sala de ressuscitação, ortopedia, centro de tratamento intensivo pediátrico, e unidade de internação pediátrica. No primeiro andar estão localizados os consultórios, o serviço de odontologia, oftalmologia, e otorrinolaringologia. No terceiro andar fica a unidade coronariana e no quarto andar o CTI. Na emergência temos nos dois andares vinte Auxiliares de enfermagem e quatro enfermeiros. Atendemos todo tipo de clientela como, por exemplo, grandes queimados, politraumatizado, com infarto agudo do miocárdio (IAM), acidente vascular encefálico (AVE), choques, perfurações por arma de fogo (PAF), abdome agudo, grandes cirurgias, entre outros. 7 3.4 Coleta de dados, organização e análise dos dados A coleta de dados ocorrerá no setor de emergência, no mês de julho de 2014. Para tanto foi desenvolvido um instrumento de coleta de dados (anexo 1) com base no estudo realizado por Mizobuchi & Cury (2007). Neste instrumento constam situações relacionadas com o dia-a-dia do trabalho de enfermagem, na qual os profissionais indicarão se as situações são fontes de tensão ou estresse. Os dados coletados serão inseridos na planilha do Excel 2007® conforme os itens do instrumento: dados sócio-demográficos e fatores de tensão (Quadro 1) QUADRO 1 Fatores de tensão dos trabalhadores de enfermagem no serviço de emergência. 1) Excesso de atividades 2) Remanejamento por falta de funcionários 3) Transferência para outro setor para conhecer um pouco de cada área 4) Escalas mensais em turnos rotativos 5) Baixa remuneração como causa de múltiplos vínculos 6) Aprimoramento de conhecimentos por conta própria; 7) Necessidade de demonstrar autocontrole durante todo o período de trabalho 8) Risco de acidentes de trabalho com perfuro-cortantes. 9) Lidar com o sofrimento do paciente e sua família, oferecendo apoio psíquico e espiritual. 10) Horas-extras por falta de substituição 11) Atrasar o horário de saída para atender uma urgência/emergência. 12) Barulhos e ruídos constantes de aparelhos em funcionamento. 13) As chamadas constantes dos pacientes 14) Falta de material com necessidade de adaptação e improvisação do profissional para a execução das tarefas diárias. 15) Elaboração das escalas de serviço para equipe de enfermagem. 16) Responsabilidade no preparo e aplicação de medicamentos. 17) A sensação de estar sendo vigiado constantemente por administradores, equipe médica e de enfermagem, pacientes, familiares. 18) Espaço físico inadequado para a realização das atividades. 19) Falta de participação nas decisões e planejamento. 20) Advertências e punições. 21) Falta de clareza, quanto ao seu papel na instituição, submetendo–se muitas vezes às atividades e tarefas que não são de sua competência. 22) Cobranças, autoritarismo, rigidez e inflexibilidade por parte da equipe. 23) Características motivacionais no ambiente de trabalho por parte da instituição. 24) Normas, rotinas, costumes e leis da instituição. 25) Falta de segurança e estabilidade no trabalho. 26) Submissão vivenciada pela equipe de enfermagem à equipe médica. 27) Indisponibilidade de treinamento e orientação 8 A análise será realizada por meio de estatística descritiva, com medidas de tendência central (média, moda, mediana), frequência e desvio-padrão, A análise estatística será realizada utilizando o software SPSS®. 3.7 Questões éticas No desenvolvimento do trabalho serão respeitados os princípios da Resolução 466/2013 do Conselho Nacional de Saúde que dispõe sobre as Diretrizes e Normas Regulamentadoras da Pesquisa Envolvendo Seres Humanos. A resolução garante os direitos e deveres que dizem respeito à comunidade científica, aos participantes da pesquisa e ao estado, garantido também os referenciais básicos da bioética: autonomia, não maleficência, beneficência e justiça (BRASIL, 2013). Este projeto será enviado a Plataforma Brasil para ser enviado e avaliado pelo Comitê de Ética em pesquisa com seres humanos (CEPSH), designado pela plataforma. Será elaborado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), no qual estarão explicitados os objetivos, a garantia de anonimato e autonomia, e a possibilidade do participante deixar o estudo no momento que desejar, além de autorizar a utilização dos dados, gravação das entrevistas. Apesar de os riscos serem mínimos, será garantido aos participantes que todos os possíveis riscos de saúde ou integridade moral serão evitados. Não serão emitidos julgamentos nem tratamentos diferenciados aos participantes do estudo. 9 4. RESULTADOS ESPERADOS Com a realização desta pesquisa espera-se mensurar o nível de estresse e da equipe de enfermagem. Além, disso busca-se identificar as principais situações estressoras as quais a equipe de enfermagem do setor de emergência está exposta. A partir disso, serão propostas ações a serem desenvolvidas com o objetivo de minimizar os efeitos do estresse, tornando o cotidiano do profissional enfermeiro e da equipe de enfermagem mais produtivo, menos desgastante e, possivelmente, valorizá-la mais no que se refere aos aspectos humanos e profissionais. Esse estudo possibilitará uma visão da atividade da equipe de enfermagem que trabalha com paciente em risco iminente de vida, em local específico da enfermagem, a emergência. É fato que, para a prática de atendimento satisfatória, os enfermeiros e enfermeiras necessitam ter melhores condições de trabalho, o que requer uma atenção especial por parte dos gestores para que os mesmos possam compreender as necessidades e buscar ações que enfatizam a transformação dos fatores que ocasionam o surgimento do estresse nos profissionais de saúde. Porém, o que se percebe, é o fato de que os trabalhadores de enfermagem vêm ultrapassando os seus limites, o que resulta no surgimento dos fatores que provocam estresse e,como consequência, o afastamento desses trabalhadores de seus postos de trabalho. 10 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS É fundamental descobrir a causa do problema e desenvolver estratégias de enfrentamento para lidar não só com o episódio presente, mas também com futuras ameaças de estresse excessivo. Este trabalho contribuirá para ampliação de nossos conhecimentos a respeito do estresse dos profissionais de enfermagem que atuam em unidade e atendimento de urgências e emergências. O tema estresse da equipe de enfermagem que atua em unidades de urgência e emergência, ainda necessita ter maior importância em pesquisas de campo, pois percebemos que são poucos em vista do amplo aspecto de abrangência que existe sobre essa temática. 11 REFERENCIAS BEZERRA, Francimar Nipo; SILVA, Telma Marques da; RAMOS, Vânia Pinheiro. Estresse ocupacional dos enfermeiros de urgência e emergência: Revisão Integrativa da Literatura. Acta paul. enferm., São Paulo , v. 25, n. spe2, 2012 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010321002012000900024&lng=en&nrm=iso>. access on 12 May 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002012000900024. DIAS. S.M.M. Boas, A.A.V.; Dias, M.R.G.; Barcellos,K.C.P. Fatores desmotivacionais ocasionados pelo estresse de enfermeiros em ambiente hospitalar. 2005. DEJOURS, Claristophe. A Loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. 5ª. Ed. São Paulo: Cortez-Oboré, 1992. MIZOBUCHI LEC, CURY CFMR. Estresse na enfermagem: mensuração das situações geradoras em um hospital geral. Rev Inst Ciênc Saúde. 2007; 25(4):349-55 LIPP MEN, Inventário de Sintomas de Stresse para Adultos de LIPP(ISSL). São Paulo: Casa do Psicólogo; 2000. ROCHA, RM. Enfermagem em saúde mental. 2ª edição atualizada e ampliada. Editora Senac. Rio de Janeiro. 2005. 12 APÊNDICES Instrumento coleta de dados PARTE 1 Sexo: feminino ( ) masculino ( ) Faixa etária: ( ) 20 a 30 anos ( ) 31 a 40 anos ( ) 41 a 50 anos ( ) mais de 50 anos Cargo: Unidade a que pertence: Tempo de formado: ( ) menos de 1 ano ( ) de 2 a 5 anos ( ) de 6 a 10 anos ( ) 11 a 15 anos ( ) mais de 16 anos Cursos de pós-graduação: ( ) não ( ) sim, qual (is) Tempo de trabalho nessa unidade: PARTE 2 Leia cuidadosamente cada uma das sentenças listadas abaixo, que apontam situações comuns à sua atuação no setor de emergência. Indique se elas representaram para você fontes de tensão ou estresse, de acordo com a seguinte escala: (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre. 1. Excesso de atividades a realizar em pouco período de tempo, levando ao acúmulo de serviço. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 2. Quando sou remanejado para outro setor por falta de funcionário. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 13 3. Quando sou transferido para outro setor para conhecer um pouco de cada área. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 4. Escalas mensais em turnos rotativos. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 5 A baixa remuneração me leva a trabalhar em mais de um emprego. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 6. Tenho que aprimorar meus conhecimentos, minhas habilidades técnicas e científicas, para ser considerado competente. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 7. A necessidade de demonstrar autocontrole durante todo o período de trabalho, não sendo permitido expressar suas preferências, sentimentos e atração ou repulsão, por este ou aquele paciente. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 8. Risco de acidentes de trabalho com perfuro-cortantes. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 9. Lidar com o sofrimento do paciente e sua família, oferecendo apoio psíquico e espiritual. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 10. Fazer hora-extra quando tenho que esperar o colega atrasado para passar plantão. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 11. Atrasar o horário de saída para atender uma urgência/emergência. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 12. Barulhos e ruídos constantes de aparelhos em funcionamento. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 13. As constantes chamadas dos pacientes, sendo muitas vezes sem um motivo aparente. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 14 14. Falta de material, exigindo constante adaptação e improvisação do profissional para a execução das tarefas diárias. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 15. Elaboração das escalas de serviço para equipe de enfermagem. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 16. Responsabilidade no preparo e aplicação de medicamentos. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 17. A sensação de estar sendo vigiado constantemente por administradores, equipe médica e de enfermagem, pacientes, familiares. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 18. Espaço físico inadequado para a realização das atividades. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 19. Falta de participação nas decisões e planejamento. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 20. Advertências e punições. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 21. Falta de clareza, quanto ao seu papel na instituição, submetendo–se muitas vezes às atividades e tarefas que não são de sua competência. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 22.Cobranças, autoritarismo, rigidez e inflexibilidade por parte da equipe. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 23. Características motivacionais no ambiente de trabalho por parte da instituição. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 24. Normas, rotinas, costumes e leis da instituição. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 15 25. Falta de segurança e estabilidade no trabalho. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 26. Submissão vivenciada pela equipe de enfermagem à equipe médica. (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre 27. Indisponibilidade de treinamento e orientação (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) muitas vezes e (5) sempre MIZOBUCHI LEC, CURY CFMR. Estresse na enfermagem: mensuração das situações geradoras em um hospital geral. Rev Inst Ciênc Saúde. 2007; 25(4):349-55.