exercicios - Plataforma de e-Learning da Faculdade de Farmácia da

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Exercícios
Aerossoles
Docente: Prof. Andreia
Ascenso
Turma 12, Grupo 4
6ª feira, 11h-14h
Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa
Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
Tecnologia Farmacêutica II
2014/2015
Ângelo Luis
Inês Rodrigues
Joana Pereira
Kateryna Dotsenko
Índice
1.Exercício - Pressão de
vapor
• Lei de Dalton/Lei de Raoult
• Factores que contribuem para reduzir
2.Tamanho das partículas o tamanho da partícula aerossolizada
3.Experiência – Obtenção • Qual a melhor formulação?
do fármaco na forma de
pó para aerossolizar
4. Análise do artigo
• Comparison of the respirable fraction
from three diferent DPI devics
Exercícios - Introdução
Lei de Raoult
“ A pressão máxima de vapor de uma solução (Psolução) será igual ao
produto da fracção molar do solvente (Xsolvente) com a pressão
máxima de vapor do solvente puro (Psolvente puro).”
Psolução = Psolvente puro × Xsolvente
Lei de Dalton
“ Numa mistura gasosa, a pressão de cada componente é
independente da pressão dos demais, a pressão total (Pt) é igual à
soma das pressões parciais dos componentes.”
Pt = P1 + P2 + … + Pn
Exercícios - Introdução
Psolução = Psolvente puro × Xsolvente
Pt = P1 + P2 + … + Pn
Pt = P1 puro × X1 + P2 puro × X2 + Pn puro × Xn
Legenda:
P1 = Pressão Componente gasoso 1
P2 = Pressão Componente gasoso 2
Pn = Pressão Componente gasoso n
X1 = Fracção molar do Componente gasoso 1
X2 = Fracção molar do Componente gasoso 2
Xn = Fracção molar do Componente gasoso n
Exercício 1 – Pressão de vapor
Calcular a pressão de vapor de uma mistura de propelentes 12:11 na proporção de 30:70.
(Lei de Dalton/ Lei de Raoult)
Componente 1: Propelente 11
Componente 2: Propelente 12
Pt = P1 puro × X1 + P2 puro × X2
Cálculo das fracções molares:
Propelente 11:
Propelente 12:
m  70 g
m
1
70 g
 0,51mol
1
137,38 g / mol
n
0,51mol
1
x 

 0,67
1
n n
0,51mol  0,25mol
n 
1
2
2
 30 g
30 g
 0,25mol
2
120,93 g / mol
n
0,25mol
2
x 

 0,33
2
n n
0,51mol  0,25mol
n

1
2
Exercício 1 – Pressão de vapor
P1 puro= 13,4 psi
X1=0,67
P2 puro= 84,9 psi
X2=0,33
Pt = P1 puro × X1 + P2 puro × X2
Pt = (13,4 × 0,67) + (84,9 × 0,33)
Pt = 36,995 ≈ 37 psi
Conversão de unidades:
1 atm= 14,7 psi
1 atm= 1,013 × 10^5 Pa
1 atm
x atm
1 atm
2,52 atm
14,7 psi
37 psi
x= 2,52 atm
1,013×10^5 Pa
x Pa
x= 2,55×10^5 Pa
Unidade SI
Este resultado corresponde a uma
situação ideal. Contudo podem
existir desvios positivos ou
negativos à Lei de Raoult / Lei de
Dalton
Tamanho das partículas
Factores
relacionados com
o propelente
Aumentar a pressão e o fluxo de ar/gás comprimido;
Aumentar a concentração do propelente;
Utilizar um propelente de baixo peso molecular;
Utilizar solventes menos associados (minimizar o conteúdo de água);
Factores
relacionados com
o concentrado
Utilizar solventes de baixa viscosidade;
Utilizar solventes o mais voláteis que a formulação permitir;
Utilizar solventes que não formem azeotropos;
Reduzir a tensão superficial do concentrado;
Utilizar um obturador de vapor no corpo da válvula;
Factores
relacionados com
o dispositivo
Utilizar pulsadores com ruptura mecânica;
Utilizar espaçadores.
(no caso dos DPI: vez de propelente dever-se-ia falar da capacidade inspiratória do doente; produto: impt do transportador na formulação e da moagem,
tamisação e secagem do pó na produção; dispositivo: design que proporcione uma maior eficiência de aerossolização, ou seja, uma maior fracção de
partículas finas emitidas e menores perdas de pó no dispositivo).
Fatores que contribuem para a redução
de partículas aerossolizadas
A distribuição do tamanho das partículas é afectada por varias
características:
Propelente
Responsável pelo desenvolvimento da pressão adequada no interior
do recipiente
Tem de ser seleccionado para produzir a pressão de vapor,
solubilidade e tamanho de partículas desejado
O uso de propelentes com uma baixa pressão de vapor, diminui a
pressão total do sistema resultando na produção de partículas muito
maiores
Fatores que contribuem para a redução
de partículas aerossolizadas
A distribuição do tamanho das partículas é afectada por varias
características:
Solventes
Solventes com baixa volatilidade, ex: propilenoglicol, acetona,
acetato de etilo e glicerina, diminuem a pressão de vapor do sistema
resultando na produção de partículas maiores
Fatores que contribuem para a redução de
partículas aerossolizadas
A distribuição do tamanho das partículas é afectada por varias
características:
Viscosidade e tensão superficial
•O tamanho das partículas é proporcional à tensão superficial do
líquido, para líquidos com baixa viscosidade
•Líquidos com elevada viscosidade reduzem a média do tamanho das
partículas??? (confirmar pq as goticulas poderão ficar mais
grosseiras…)
Fatores que contribuem para a redução
de partículas aerossolizadas
pMDI (metered dose inhalers)
A distribuição do tamanho das partículas aerossolizadas depende:
Combinação do propelente e tensioactivo, tamanho original da
partícula de fármaco e do dispositivo
O processo de atomização inicial
e a evaporação subsequente do
spray influenciam a quantidade de
fármaco que é depositado na
região orofaríngea e nos pulmões.
 Quanto maior a distancia do
orifício do actuador, menor o
tamanho das partículas
produzidas uso de
espaçadores
Fatores que contribuem para a redução
de partículas aerossolizadas
 Design do dispositivo
Fatores que contribuem para a redução
de partículas aerossolizadas
Design do dispositivo
Responsável tanto pela qualidade como pela quantidade de spray
produzido
Quantidade é controlada pelo número e diâmetro dos orifícios
contidos no sistema da válvula
Qualidade: forma geométrica e tamanho das partículas
Actuador e vaporizador  dois constituintes primários que são
usados para ajustar o tamanho das partículas aerossolizadas
Fatores que contribuem para a redução
de partículas aerossolizadas
Design do dispositivo
Actuador
Controlando o tamanho do canal conducente ao orifício de saída do
actuador, pode-se controlar o tamanho das partículas
Vaporizador
Introdução deste orifício ao lado do corpo da válvula. Localiza-se
acima do nível de líquido no recipiente, onde vai estar o vapor de
agua do propelente.
Fatores que contribuem para a redução de
partículas aerossolizadas
Design do dispositivo
Vaporizador
Desta forma isolamos o vapor do
propelente que vai ser misturado ao
líquido no momento em que a válvula é
aberta
Ao misturarmos o vapor de propelente
com o restante líquido, podemos,
subsequentemente reduzir o tamanho
das partículas do spray
 Maiores orifícios no vaporizador permitem ter uma maior quantidade de
vapor de propelente no spray, resultando em partículas de tamanho menor.
RESUMO:
 Aumentar a concentração de propelente e a pressão
de vapor final
 Utilizar solventes o mais voláteis que a formulação
permitir
 Reduzir a tensão superficial do concentrado
 Utilizar uma válvula com vaporizador
 Ter em conta a viscosidade do líquido
Experiência – Obtenção do fármaco na forma de pó para aerossolizar
Insulina
Superfície de
Absorção
Vascularização
Espessura do Epitélio
DPI
Efeito de 1ª
Passagem e
Metabolização
Experiência – Obtenção do fármaco na forma de pó para aerossolizar
Insulina + HP-  - Ciclodextrina
Solução
Solubilidade
Mistura Hidroalcoólica
com agitação
Biodisponibilidade
Estabilidade
Experiência – Obtenção do fármaco na forma de pó para aerossolizar
Insulina + HP-  - Ciclodextrina
Solução
Spray Drying
Insulina + HP-  - Ciclodextrina
Blending
Insulina + HP-  - Ciclodextrina + Carrier
Trealose
Manitol
Lactose
Pó
Experiência – Obtenção do fármaco na forma de pó para aerossolizar
Qual é a melhor
Formulação
Experiência – Obtenção do fármaco na forma de pó para aerossolizar
Métodos de Análise
Quantificação Proteica (SA)
• Espectrofotometria a 595 nm (Hitachi U-2000)
• Bradford Modificado (Reagente de Coomassie)
Análise do tamanho da partícula
• Analisador por difracção a laser (Mastersizer-S)
• Aerosizer (Tempo de voo aerodinâmico)
Deposição do aerossole in vitro
• Twin Impinger “impactor em cascata”
Determinação do teor de água
• Titulação pelo método de Karl-Fischer
Microscopia Eletrónica de Varrimento
• JEOL (model JSM 5200 LV)
Experiência – Obtenção do fármaco na forma de pó para aerossolizar
Quantificação Proteica (SA)
• Espectrofotometria a 595 nm (Hitachi U-2000)
• Bradford Modificado (Azul de Coomassie)
Azul brilhante
de Coomassie
Quantificação dos
Complexos
Insulina Ciclodextrina
Interage com as
proteínas
provocando um
equilíbrio do
complexo
Absorve a 595 nm
Experiência – Obtenção do fármaco na forma de pó para aerossolizar
Análise do tamanho da partícula
• Analisador por difracção a laser Malvern (Mastersizer-S)
• Aerosizer (Tempo de voo aerodinâmico)
Distribuição de
tamanhos
Tamanho
Morfologia
Distribuição
Tamanhos
Experiência – Obtenção do fármaco na forma de pó para aerossolizar
Análise do
Deposição
do tamanho
aerossoleda
in partícula
vitro
• Twin Impinger “impactor em cascata”
PREPARAÇÕES PARA
INALAÇÃO: AVALIAÇÃO
AERODINÂMICA
DAS PARTÍCULAS FINAS FP
Forma de
simular a
deposição in
vivo
Experiência – Obtenção do fármaco na forma de pó para aerossolizar
Determinação
Análise do tamanho
do teor dedaágua
partícula
• Titulação pelo método de Karl-Fischer (737 KF Coulometer, Metrohm)
Reagente KarlFischer
Teor de
Humidade (%)
I2 + SO2 + 2 H2O  2 HI + H2SO4
Experiência – Obtenção do fármaco na forma de pó para aerossolizar
Microscopia
Análise doEletrónica
tamanhode
daVarrimento
partícula
• JEOL (model JSM 5200 LV)
Imagem de alta
ampliação e
resolução da
superfície da
amostra
Experiência – Obtenção do fármaco na forma de pó para aerossolizar
Resultados Obtidos
Análise do tamanho da partícula
Tamanho das partículas por Twin Impinger “impactor em cascata”
Øaerodinâmico = diâmetro * densidade 1/2
Insulina (%)
HP-Ciclodextrina
SD (%)
Fracção < 1
0,88
2,59
2,46
Fracção 1-6
6,27
28,95
72,12
Fracção 6-64
92,79
66,1
7,12
Fracção 64-93 0,06
0,63
0
Fracção > 93
1,73
18,3
0
Diâmetro Ideal : 2-5 / 3-6 m
Experiência – Obtenção do fármaco na forma de pó para aerossolizar
Análise do tamanho da partícula
Resultados Obtidos
Tamanho das partículas por Analisador de Difracção a Laser Malvern
Boas características
dimensionais para
deposição no pulmão
Diâmetro Ideal : 2-5 / 3-6 m
Experiência – Obtenção do fármaco na forma de pó para aerossolizar
Análise do tamanho da partícula
Resultados Obtidos
Insulina + HP-  - Ciclodextrina + Carrier
Deposição da formulação final do aerossole, in vitro : no aparelho de DPI (dose
retida) e Twin Impinger (FPF)
% de Dose Retida
 Perdas
↑ Fracção de Partículas Finas
↑ Acção Terapêutica
Experiência – Obtenção do fármaco na forma de pó para aerossolizar
Análise do tamanho da partícula
Resultados Obtidos
Insulina + HP-  - Ciclodextrina + Carrier
Microscopia Electrónica de Varrimento (SEM): análise da morfologia do pó
Complexo
Complexo
Qual é a melhor Formulação?
Experiência – Obtenção do fármaco na forma de pó para aerossolizar
Análise do tamanho da partícula
Conclusão
Qual é a melhor Formulação?
Insulina + HP-  - Ciclodextrina + Carrier
Lactose
Favorece
libertação do
fármaco
Não altera
atividade
terapêutica
Não altera
perfil de
deposição
Estabilidade
Experiência – Análise do Artigo
COMPARISON OF THE RESPIRABLE FRACTION FROM THREE DIFERENT
DPI DEVICES
Miriam Sanz Cermeño and Helena Maria Cabral Marques
UCTF, Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa, PORTUGAL
(DPI) - Dry powder inhalers: Inaladores de pó seco são dispositivos de
administração do medicamento nos pulmões na forma de aerossol.
Experiência – Análise do Artigo
Lactose (60-80 µm) como
transportador das
partículas de pó
Experiência – Análise do Artigo
• A cápsula é furada manualmente em ambas
as extremidades, usando um pino presente
no interior do dispositivo.
• A circulação de ar gera um movimento
rotativo no interior da cápsula.
• O pó é lançado através dos furos e inalado
através de um tubo.
Experiência – Análise do Artigo
• Depois de inserida no interior do dispositivo a
cápsula é quebrada em duas metades por
rotação do mesmo.
• O corpo da cápsula contendo o pó cai para
dentro do dispositivo, enquanto a tampa é
retida no orifício.
• O corpo da cápsula com o pó experimenta um
movimento irregular na corrente de ar, fazendo
com que partículas sejam arrastadas e inaladas
através de um tubo.
Experiência – Análise do Artigo
• Baseia-se no novo conceito “Dancing cloud”
que provoca a emissão das partículas de pó de
uma cápsula imóvel.
• A cápsula é cortada em ambas as extremidades
por lâminas, formando-se pequenos cortes que
restringem a entrada do ar.
• Cria-se uma baixa pressão, fazendo com que o
pó seja arrastado, contra o fluxo de ar, para o
bocal.
Experiência – Análise do Artigo
Deposição do Sulfato de Salbutamol “in vitro”:
• Twin-stage liquid impinger: um dispositivo de separação
•
para avaliar a deposição das partículas de aerossoles.
Cápsulas de gelatina dura:
n.º 4 para Flowcaps e n.º 3 para Microhaler e Rotahaler
foram preenchidos com 22 mg da mistura
Sulfato de
salbutamol
+ Lactose
200 μg de
Salbutamol /
cápsula
5 cápsulas para cada determinação.
• Fluxo de ar: 60 L/min durante 5 segundos.
• Ácido Hidroclorídrico (0,1M)
Experiência – Análise do Artigo
• Quantificação da substância activa retida:
1. cápsula + dispositivo DPI
2. Porção superior e inferior da câmara
Por Espectrofotometria de UV (276 nm)
Experiência – Análise do Artigo
Menor quantidade
retida na
cápsula/aparelho
Menor desvio padrão
Maior
quantidade de
SA que atinge os
pulmões
Experiência – Análise do Artigo
Sob as mesmas condições e com a mesma
formulação, observaram-se diferenças nos
resultados entre os 3 aparelhos.
Devido a:
– Micronização
– Geometria interna do DPI (design)
– Mecanismo de libertação
Experiência – Análise do Artigo
A reprodutibilidade e as características de dispersão dos DPI’s
são afectadas por:
 Tamanho das partículas
 Rugosidade
 Forma das partículas
 Humidade
 Conteúdo da mistura
 Composição quimica à superficie
 Carga
Neste caso, estes factores
não afectam a
reprodutibillidade porque
a formulação usada é igual
nos 3 dispositivos usados
Experiência – Análise do Artigo
Boa capacidade de esvaziamento mas fraca capacidade de aerossolização
µm
Fraca capacidade de esvaziamento e aerossolização
Boa capacidade de esvaziamento e de aerossolização
FPF
Experiência – Análise do Artigo
Flowcaps®
Microhaler™
Para a mistura de sulfato de salbutamol-lactose
Rotahaler™
Bibliografia
•Lieberman, Herbert A. e outros. Teoria e Prática na Indústria
Farmacêutica. 2ª Edição. Fundação Calouste Gulbenkian, 2001 ;
•Comparison of the respirable fraction from three diferent DPI
devics; Miriam Sanz Cermeño and Helena Maria Cabral Marques;
UCTF, Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa,
PORTUGAL;
•http://www.aerosollarevista2.com/index.php?option=com_con
tent&task=view&id=392&Itemid=81 (02/11/2014)
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