MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS PROFESSOR JOÃO LAURO M ATE MÁTI CA E SUA S T E C NOLOG IAS P ROF E SSOR: JOÃ O LAURO SOUSA CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS O Conjunto dos números reais é formado pela união de todos os números racionais com todos os números irracionais. ℝ = 𝑥 𝑥 é 𝒓𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍 𝑜𝑢 𝒊𝒓𝒓𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍 ℝ 𝐈 ℚ ℤ ℕ M ATE MÁTI CA E SUA S T E C NOLOG IAS P ROF E SSOR: JOÃ O LAURO SOUSA CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS Propriedade Fundamental dos Números Reais. Todo número real elevado a um expoente par é sempre positivo. Exemplos: 𝑎) +5 2 = 25 𝑏) −5 2 = 25 𝑐) +3 4 𝑑) −3 4 = 81 ℝ = 𝑥 𝑥 é 𝒓𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍 𝑜𝑢 𝒊𝒓𝒓𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍 = 81 M ATE MÁTI CA E SUA S T E C NOLOG IAS P ROF E SSOR: JOÃ O LAURO SOUSA Observação importante: Todo número que elevado a um expoente par gerar uma potência negativa não é real. Esses números existem e farão parte de um novo conjunto que será chamado de CONJUNTO DOS NÚMEROS COMPLEXOS. UNIDADE IMAGINÁRIA No estudo dos números complexos, chamaremos de unidade imaginária ao número 𝒊 , tal que 𝒊𝟐 = −𝟏. Portanto, através dessa definição observamos que: Se 𝒊𝟐 = −𝟏 , 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝒊 = −𝟏 M ATE MÁTI CA E SUA S T E C NOLOG IAS P ROF E SSOR: JOÃ O LAURO SOUSA A partir dessa definição já podemos calcular, por exemplo, raiz quadrada de números negativos. Exemplos: 𝑎) −9 = (9) ∙ −1 = 𝑏) −16 = 𝟒𝒊 𝑐) −3 = 𝟑 𝒊 9 ∙ −1 = 3 ∙ 𝑖 = 𝟑𝒊 𝑑) ± −49 = ±𝟕𝒊 Atenção, não devemos esquecer que esses números não são reais. M ATE MÁTI CA E SUA S T E C NOLOG IAS P ROF E SSOR: JOÃ O LAURO SOUSA No universo dos números complexos, todas as equações do 2º grau possuem solução. Exemplo 1: 𝑎) 2𝑥 2 + 18 = 0 , 𝑈=ℂ 2𝑥 2 = −18 −18 𝑥 = = −9 2 2 𝑥 2 = −9 ⇒ 𝑥 = ± −9 𝑆 = ±3𝑖 ⇒ 𝒙 = ± 𝟑𝒊 M ATE MÁTI CA E SUA S T E C NOLOG IAS P ROF E SSOR: JOÃ O LAURO SOUSA Exemplo 2: 𝑏) 𝑥 2 − 4𝑥 + 5 = 0 , ∆= 𝒃𝟐 − 𝟒𝒂𝒄 −𝒃 ± ∆ 𝒙= 𝟐𝒂 𝑆 = 2±𝑖 𝑈=ℂ 2 ⟹ ∆= −4 − 4 ∙ 1 ∙ 5 = 16 − 20 = −4 ⟹ − −4 ± −4 4 ± 2𝑖 2 2 ± 𝑖 𝑥= = = =𝟐±𝒊 2∙1 2 2 M ATE MÁTI CA E SUA S T E C NOLOG IAS P ROF E SSOR: JOÃ O LAURO SOUSA FORMA ALGÉBRICA DE UM NÚMERO COMPLEXO Sejam 𝒂 𝑒 𝒃 números reais quaisquer e 𝒊 a unidade imaginária, chama-se forma algébrica de um número complexo à expressão 𝒂 + 𝒃𝒊. Portanto, se 𝒛 ∈ ℂ ⟺ 𝒛 = 𝒂 + 𝒃𝒊. 𝒂 → 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑒 𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑧 𝒃 → 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑒 𝑖𝑚𝑎𝑔𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑧 Particularidades 1ª) 𝑆𝑒 𝒂 ≠ 𝟎 𝑒 𝒃 ≠ 𝟎, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑢𝑚 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑥𝑜 𝑖𝑚𝑎𝑔𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑜. 2ª) 𝑆𝑒 𝒂 = 𝟎 𝑒 𝒃 ≠ 𝟎, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑢𝑚 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑥𝑜 𝑖𝑚𝑎𝑔𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑜 𝑝𝑢𝑟𝑜. 3ª) 𝑆𝑒 𝒃 = 𝟎, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑢𝑚 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑥𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑙. M ATE MÁTI CA E SUA S T E C NOLOG IAS P ROF E SSOR: JOÃ O LAURO SOUSA Exemplos: a) 𝑧1 = −3 + 8𝑖 ⇒ 𝑎 = −3 𝑒 𝑏 = 2 b) 𝑧2 = 4 − 𝑖 ⇒ 𝑎 = 4 𝑒 𝑏 = −1 𝑐) 𝑧3 = −10𝑖 ⇒ 𝑎 = 0 𝑒 𝑏 = −10 ⇒ ⇒ ⇒ 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑖𝑚𝑎𝑔𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑜. 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑖𝑚𝑎𝑔𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑜. 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑖𝑚𝑎𝑔𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑜 𝑝𝑢𝑟𝑜. 𝑑) 𝑧4 = 7 ⇒ 𝑎 = 7 𝑒 𝑏 = 0 ⇒ 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑙. 𝑒) 𝑧5 = 0 ⇒ 𝑎 = 0 𝑒 𝑏 = 0 ⇒ 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑙. Conclusão Importante Todo número real é complexo, mas nem todo número complexo é real. M ATE MÁTI CA E SUA S T E C NOLOG IAS P ROF E SSOR: JOÃ O LAURO SOUSA CONJUNTO DOS NÚMEROS COMPLEXOS 𝐈 ℚ ℕ ℝ ℂ ℤ ℕ⊂ℤ⊂ℚ⊂ℝ⊂ℂ Todo número natural é inteiro, todo número inteiro é racional, todo número racional é real, todo número real é complexo. M ATE MÁTI CA E SUA S T E C NOLOG IAS P ROF E SSOR: JOÃ O LAURO SOUSA ESTUDO DA FORMA ALGÉBRICA DE UM NÚMERO COMPLEXO Igualdade Dois números complexos na forma algébrica são iguais, quando suas partes reais são iguais e suas partes imaginárias também são iguais. 𝒂 + 𝒃𝒊 = 𝒄 + 𝒅𝒊 ⟺ (𝒂 = 𝒄) 𝒆 (𝒃 = 𝒅) Ex.: Determine x e y para que os números complexos 𝒛𝟏 = 𝟐𝒂 + 𝟔 + 𝟑𝒂 − 𝒃 𝒊 𝒆 𝒛𝟐 = 𝟒 + 𝒊 sejam iguais. 𝒛𝟏 = 𝒛𝟐 ⇒ 2𝑎 + 6 + 3𝑎 − 𝑏 𝑖 = 4 + 𝑖 2𝑎 + 6 = 4 ⇒ 2𝑎 = −2 ⇒ 3𝑎 − 𝑏 = 1 ⇒ 3 −1 − 𝑏 = 1 𝒂 = −𝟏 ⇒ −3 − 𝑏 = 1 ⇒ 𝒃 = −𝟒 M ATE MÁTI CA E SUA S T E C NOLOG IAS P ROF E SSOR: JOÃ O LAURO SOUSA OPERAÇÕES ENTRE NÚMEROS COMPLEXOS NA FORMA ALGÉBRICA Adição e Subtração Nos dois casos, basta nós reduzirmos os termos semelhantes entre eles. (parte real com parte real e parte imaginária com parte imaginária) 𝒂 + 𝒃𝒊 + 𝒄 + 𝒅𝒊 ⟺ 𝒂+𝒄 + 𝒃+𝒅 𝒊 𝒂 + 𝒃𝒊 − 𝒄 + 𝒅𝒊 ⟺ 𝒂−𝒄 + 𝒃−𝒅 𝒊 Multiplicação Nesse caso, basta nós aplicarmos a propriedade distributiva da multiplicação e lembrarmos que 𝒊𝟐 = −𝟏. 𝒂 + 𝒃𝒊 ∙ 𝒄 + 𝒅𝒊 ⟺ 𝒂𝒄 + 𝒂𝒅𝒊 + 𝒃𝒄𝒊 + 𝒃𝒅𝒊𝟐 𝒂𝒄 + 𝒂𝒅𝒊 + 𝒃𝒄𝒊 + 𝒃𝒅(−𝟏) ⟺ ⟺ 𝐚𝐜 − 𝐛𝐝 + 𝐚𝐝 + 𝐛𝐜 𝐢 M ATE MÁTI CA E SUA S T E C NOLOG IAS P ROF E SSOR: JOÃ O LAURO SOUSA Ex.: 𝑧1 = 7 − 4𝑖 ; 𝑧2 = −10 + 𝑖 ; 𝑧3 = 3𝑖 𝒂) 𝑧1 + 𝑧2 = 7 − 4𝑖 + −10 + 𝑖 = 7 − 4𝑖 − 10 + 𝑖 = −𝟑 − 𝟑𝒊. 𝒃) 𝑧1 − 𝑧2 = 7 − 4𝑖 − −10 + 𝑖 = 7 − 4𝑖 + 10 − 𝑖 = 𝟏𝟕 − 𝟓𝒊. 𝒄) 𝑧2 + 3 ∙ 𝑧1 − 2 ∙ 𝑧3 = −10 + 𝑖 + 3 ∙ 7 − 4𝑖 − 2 ∙ 3𝑖 = = −10 + 𝑖 + 21 − 12𝑖 − 6𝑖 = 𝟏𝟏 − 𝟏𝟕𝒊. 𝒅) 𝑧1 ∙ 𝑧2 = 7 − 4𝑖 ∙ −10 + 𝑖 = −70 + 7𝑖 + 40𝑖 − 4𝑖 2 = = −70 + 7𝑖 + 40𝑖 − 4 ∙ −1 = −70 + 7𝑖 + 40𝑖 + 4 = −𝟔𝟔 + 𝟒𝟕𝒊. 𝒆) 𝑧1 2 = 7 − 4𝑖 2 = 7 − 4𝑖 ∙ 7 − 4𝑖 = 49 − 56𝑖 + 16𝑖 2 = 𝟑𝟑 − 𝟓𝟔𝒊. M ATE MÁTI CA E SUA S T E C NOLOG IAS P ROF E SSOR: JOÃ O LAURO SOUSA OPERAÇÕES ENTRE NÚMEROS COMPLEXOS NA FORMA ALGÉBRICA Conjugado de um número complexo O conjugado de um número complexo 𝒛 na forma algébrica, é o número complexo 𝒛 que tem a mesma parte real de 𝒛 e a parte imaginária é simétrica de 𝒛. 𝒛 = 𝒂 + 𝒃𝒊 ⟺ 𝒛 = 𝒂 − 𝒃𝒊 Divisão Nesse caso, nós multiplicamos os dois termos da divisão (dividendo e divisor) pelo conjugado do divisor. 𝒂 + 𝒃𝒊 𝒂 + 𝒃𝒊 ∙ 𝒄 − 𝒅𝒊 = 𝒄 + 𝒅𝒊 𝒄 + 𝒅𝒊 ∙ 𝒄 − 𝒅𝒊 M ATE MÁTI CA E SUA S T E C NOLOG IAS P ROF E SSOR: JOÃ O LAURO SOUSA 𝟓 + 𝟐𝒊 5 + 2𝑖 ∙ 3 − 𝑖 15 − 5𝑖 + 6𝑖 − 2𝑖 2 = = = 𝟑+𝒊 3+𝑖 ∙ 3−𝑖 3 2− 𝑖 2 𝒂) = 𝒃) 15 − 5𝑖 + 6𝑖 − 2 ∙ −1 15 − 5𝑖 + 6𝑖 + 2 17 + 𝑖 𝟏𝟕 𝟏 = = = + 𝒊 9 − −1 9+1 10 𝟏𝟎 𝟏𝟎 𝟑+𝒊 3 + 𝑖 ∙ 1 + 4𝑖 3 + 12𝑖 + 𝑖 + 4𝑖 2 = = = 2 2 𝟏 − 𝟒𝒊 1 − 4𝑖 ∙ 1 + 4𝑖 1 − 4𝑖 3 + 12𝑖 + 𝑖 + 4 ∙ −1 3 + 12𝑖 + 𝑖 − 4 −1 + 13𝑖 𝟏 𝟏𝟑 = = = =− + 𝒊 1 − 16𝑖 2 1 − 16 ∙ −1 17 𝟏𝟕 𝟏𝟕 M ATE MÁTI CA E SUA S T E C NOLOG IAS P ROF E SSOR: JOÃ O LAURO SOUSA OPERAÇÕES ENTRE NÚMEROS COMPLEXOS NA FORMA ALGÉBRICA Potências de 𝒊 São as potências de base 𝑖 e expoente natural 𝑛. 𝒏=𝟎 ⇒ 𝒊𝟎 = 𝟏 𝒏=𝟒 ⇒ 𝒊𝟒 = 𝟏 𝒏=𝟏 ⇒ 𝒊𝟏 = 𝒊 𝒏=𝟓 ⇒ 𝒊𝟓 = 𝒊 𝒏=𝟐 ⇒ 𝒊𝟐 = −𝟏 𝒏=𝟔 ⇒ 𝒊𝟔 = −𝟏 𝒏=𝟑 ⇒ 𝒊𝟑 = −𝒊 𝒏=𝟕 ⇒ 𝒊𝟕 = −𝒊 As potências de base 𝒊 e expoente natural 𝒏 são periódicas, repetindo-se de 4 em 4 unidades. M ATE MÁTI CA E SUA S T E C NOLOG IAS P ROF E SSOR: JOÃ O LAURO SOUSA As potências de base 𝒊 e expoente natural 𝒏 são periódicas, repetindo-se de 4 em 4 unidades. Regra 𝒊 𝒏 = 𝒊 𝒓𝒆𝒔𝒕𝒐 𝒅𝒂 𝒅𝒊𝒗𝒊𝒔ã𝒐 𝒅𝒆 𝒏 𝒑𝒐𝒓 𝟒 𝒂) 𝒊 𝟐𝟖 = 𝒊 𝟎 = 𝟏 𝒃) 𝒊 𝟓𝟑 = 𝒊𝟏 =𝒊 𝒄) 𝒊 𝟖𝟔 = 𝒊 𝟐 = −𝟏 𝒅) 𝒊 𝟏𝟑𝟓 = 𝒊 𝟑 = −𝒊 𝒆) 𝒊 𝟐𝟎𝟏𝟔 = 𝒊 𝟏𝟔 = 𝒊 𝟎 = 𝟏 Lembretes: Ao dividirmos um número por 4, os restos possíveis são 0 , 1 , 2 ou 3. Um número é divisível por 4 quando seus dois últimos algarismos formam um número divisível por 4. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS EXERCÍCIOS PROPOSTOS PROFESSOR JOÃO LAURO