Fundamentalismos 1

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A palavra “fundamentalismo” passou nos últimos anos a estar presente na
mídia mundial quase sempre com uma conotação assustadora . . . Mas, o
que ele realmente representa ?
O que significa fundamentalismo ?
É comum relacionar o
fundamentalismo, aos
religiosos do Oriente
Médio, particularmente
aos islâmicos, aos
chefes espirituais de
países daquela região
que sempre aparecem
com seus trajes
tradicionais, encimados
por turbantes,
lançando ameaças ao
mundo moderno e aos
americanos em geral.
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Distribuição da população muçulmana
População de
Muçulmanos
100% da
População
de 50% à
70% da
População
20% da
População
de 2,5% à
10% da
População
menos de
1% da
População
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Distribuição da população muçulmana
Ser árabe não pode ser confundido com ser muçulmano. O islamismo surgiu entre
os árabes mas, hoje, eles são apenas cerca de 20% do total de muçulmanos no
mundo.
Com o liberalismo religioso da maior parte do Ocidente, os muçulmanos se
espalham com alguma facilidade.
• Mais de 50 milhões se encontram na China
• Existem mais de 100 milhões de muçulmanos na Índia, embora a maioria da
• Mais de 2 milhões estão nos Estados Unidos
• Na Europa, berço da civilização cristã, existem 20 milhões de muçulmanos, e
quase metade deles está instalada na Europa Ocidental. Há mesquitas até em
Roma
Muçulmanos
X
Religião Islâmica
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Crescimento do Islão
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O Islamismo é atualmente a segunda maior religião do mundo, dominando
acima de 50% das nações em três continentes.
O número de adeptos que professam a religião mundialmente já passa dos
935 milhões.
Fatores que contribuíram para a propagação islâmica:
-disputas que levaram o fundador da religião, o profeta Muhammad, a ser expulso
de Meca, na época o principal entreposto comercial da Arábia Saudita e centro de
peregrinação devido a seu santuário, a Caaba -hoje o local mais sagrado do
islamismo.
-Refugiado na cidade de Medina, Muhammad organizou seus seguidores num
exército que, no ano de sua morte, 632, já dominava a maior parte da península
Arábica. Os califas que o sucederam continuaram a conquista, aproveitando-se do
enfraquecimento, a oeste, do Império Romano, e, a leste, do Império Persa.
-No ano 711, os chefes muçulmanos atravessaram o estreito de Gibraltar e
dominaram boa parte da Espanha. No Oriente, ao lado da atuação de guerreiros e
missionários, a atividade de comerciantes muçulmanos ajudou a propagar o islã
na Índia e até as regiões das atuais Indonésia e Malásia.
-Depois dos embates das Cruzadas, o segundo choque dos muçulmanos com a
Europa veio com a expansão colonial sobre a África, a Ásia e o Oriente Médio. A
força militar, econômica e cultural das potências européias lançou os países de
maioria islâmica numa onda de choque.
Características dos países islâmicos
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Os principais grupos muçulmanos
Os muçulmanos estão divididos em dois grandes grupos:
Xiitas
Sunitas
São partidários de Ali, marido
de Fátima, filha de Maomé.
São os seguidores da
tradição do profeta,
continuada por All-Abbas,
seu tio.
São os líderes da comunidade e
continuadores da missão
espiritual de Maomé.
Aproximadamente 85%
dos muçulmanos do
mundo fazem parte do
grupo sunita.
De acordo com os
sunitas, a autoridade
espiritual pertence a toda
comunidade.
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Saddam Hussein foi
condenado à morte por
enforcamento pelo Alto
tribunal penal iraquiano,
pela execução de 148 xiitas
de Dujail.
Possuem sua própria
interpretação da Sharia, que é
o corpo da Lei religiosa que
orienta os Sunitas e os Xiitas. O
Islão não faz bem a distinção
entre vida religiosa e secular, e
portanto a Sharia cobre não só
o rituais religiosos e a
administração da Fé, mas
também os aspectos do dia-adia.
As cinco Colunas do Islamismo
A vida religiosa do muçulmano tem práticas bastante rigorosas, as quais são chamadas de
“Colunas da Religião”.
1 - Preces
cotidianas :
São feitas cinco vezes ao dia,
cada vez em uma posição
diferente (de pé, ajoelhado,
rosto no chão, etc), e virados
em direção à Meca.
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A chamada para a oração é
feita por uma corneta,
denominada de muezim,
dentro de uma torre chamada
de minarete, a qual faz parte
de um santuário ou lugar
público de adoração
conhecido como mesquita.
As cinco Colunas do Islamismo
2 - Observação do mês
de Ramadã:
o qual comemora a primeira
revelação do Corão recebida por
Maomé.
Durante um mês, as pessoas
jejuam desde o nascer até o pôr
do sol.
Segundo eles, os portões do
paraíso abrem, os do inferno
fecham, e os que jejuam têm seus
pecados perdoados.
Desde a revolução de 1979 e a instauração da República Islâmica do Irã, as
autoridades castigam até com chicotadas quem infringirem público as privações
estabelecidas pelo jejum.
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As cinco Colunas do Islamismo
3 - O Jihad, ou guerra santa:
É a batalha por meio da qual se atinge
um dos objetivos do islamismo, que é
reformar o mundo.
Qualquer muçulmano que morra
numa guerra defendendo os direitos
do islamismo ou de Alá, já tem sua
vida eterna garantida.
Por esta razão, todos que tomam
parte dessa “guerra santa”, não têm
medo de morrer ou de passar por
nenhum risco.
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As cinco Colunas do Islamismo
4 - Pagamento do zakat:
É o imposto anual de 2.5% do lucro pessoal, como forma de purificação e
ajuda aos pobres.
Também ofertam para a
riquíssima Liga Muçulmana
que é uma organização
política na Índia e que
desenvolveu um papel
importante na criação do
Paquistão como um Estado
islâmico dentro do
subcontinente indiano.
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As cinco Colunas do Islamismo
5 - Peregrinação para Meca :
Esta peregrinação é obrigatória pelo menos uma vez na vida, para qualquer muçulmano,
homem ou mulher, que for mental, financeira e fisicamente apto. O peregrino tem de ter
possibilidades financeiras para cobrir os gastos pessoais e familiares, pagar as suas dívidas ou
pelos menos aprovisionar as mesmas, até a peregrinação acabar.
É cada vez
maior a
peregrinação
anual a Meca,
um dos pilares
do Islã
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Os três locais sagrados para os muçulmanos
A cidade de Meca, onde fica a pedra
negra, também conhecida como Caaba.
A Caaba é o local de adoração que Deus ordenou
Abraão e Ismael construírem há aproximadamente
4000 anos atrás. A construção foi feita de pedra, a
qual, muitos acreditam, foi o local original de um
santuário estabelecido por Adão.Deus ordenou a
Abraão a convocar toda a humanidade para visitar
o local, e quando os peregrinos lá vão, dizem "Eis nos aqui, ó Senhor!", em reposta à tal convocação.
A cidade de Jerusalém, cidade onde o profeta
subiu ao céu e foi ao paraíso para encontrar
com Moises e Jesus
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A cidade de Medina, local onde
Maomé construiu a primeira
Mesquita (templo religioso dos
muçulmanos).
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Riqueza
Um fator que gerou maior visibilidade
aos países islâmicos está em sua
imensa riqueza estratégica:
são donos das mais generosas
reservas de petróleo do mundo.
Entre os cinco maiores produtores
de óleo do Oriente Médio, o PIB conjunto
quadruplicou nos últimos trinta anos,
enquanto o PIB mundial apenas dobrou
de tamanho.
O crescimento do rebanho e a
fartura do petróleo, no entanto,
produziram um barril de pólvora.
x
problemas
Reservas mundiais de petróleo
Bomba - relógio
Em geral, os regimes dos países islâmicos são
ditaduras teocráticas e a riqueza não é distribuída,
deixando a maior parte da população relegada à
miséria.
É dentro desse caldeirão paradoxal que ressurgiu
a força da religião, em especial depois da
Revolução Islâmica no Irã, em 1979.
O Islã é multifacetado por várias nações, mas tem
uma característica curiosa: não produziu um só
país democrático e desenvolvido.
O contraste entre a pobreza dos fiéis e a riqueza
do Ocidente fomentou rancor.
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A resposta às dificuldades materiais e à falta de liberdade, levantada nas mesquitas, é a de
que a identidade religiosa supera todos os valores políticos.
Como desarmar a bomba-relógio do fundamentalismo islâmico?
Enquanto os nós não forem desfeitos, é possível que o extremismo e o fanatismo,
embora restritos a grupos minoritários, sigam, achando espaço para ensangüentar
a história humana.
Entre os muçulmanos, a religião não é parte, mas cada vez mais o todo.
O totalitarismo islâmico – uma outra designação para o fundamentalismo que hoje
Osama bin Laden encarna de forma tão assustadora – é produto recente, tem
menos de meio século.
Ele foi adubado em terreno secular e árabe. Nasceu no Egito, na década de 50,
como resistência ao processo de modernização que o então presidente Gamal
Abdel Nasser procurou implementar a ferro e fogo.
Nasser causou a reação fundamentalista ao tentar, por meio de uma repressão
feroz, divorciar completamente o Estado da religião muçulmana. Falhou, como está
claro, principalmente porque suas reformas nunca foram além do aspecto
cosmético. E, ao falhar, abriu caminho para que o fundamentalismo ganhasse corpo
dentro e fora das fronteiras egípcias.
Fundamentalismo ... Terrorismo ... Busca de poder ...
Neste contexto mundial, lados opostos se enfrentam, fortalecendo
os vários tipos de fundamentalismos...
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petróleo
Poder
Ambição
Religião
Os nós ...
O fundamentalismo é um
movimento socio-religioso e
político muito diversificado e bem
mais extenso do que as fronteiras
do Islã.
Paradoxalmente é nos Estados
Unidos de hoje que encontramos
grande contingente de
fundamentalistas, só que cristãos.
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