Escola de Médiuns Seara Espírita Caminho, Verdade e Vida Aula de hoje: Estima-se que o homem, movido pelo instinto evolutivo, descobriu a Música ob servando a Natureza, desde as coisas mais simples, como o soar dos ventos, a dança das águas e o gorjeio dos pássaros, a marcha dos animais, etc. (Livro: A Música Segundo o Espiritismo - Ery Lopes) Musicófobo: que se refere “áquele que tem aversão por Música”. Não há nenhum registro histórico de que tenha havido, em qualquer época, um só indivíduo com tal epíteto em todo o mundo. A distância de qualidade entre a música terrestre e a música celeste foi matéria abordada na questão 251 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec: – Os Espíritos são sensíveis à música? “Refere-se à música terrena? Que é ela comparada à música celeste? A esta harmonia de que nada na Terra vos pode dar ideia? Uma está para a outra como o canto do selvagem para uma doce melodia. Não obstante, Espíritos vulgares podem experimen mentar certo prazer em ouvir a vossa música, por lhes não ser dado ainda compreenderem outra mais sublime. A música possui infinitos encantos para os Espíritos, por terem eles muito desenvolvidas as qualida-de lidades sse sensitivas. Refiro-me à música celeste, que é tudo o que de mais belo e delicado que pode a imaginação espiritual conceber.” Q. 251 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec: Cairbar Schutel, em A VIDA NO OUTRO MUNDO, transcreve um trecho da obra O CASO DE LESTER COLTMAN de Lilian Walbrook, com os seguintes dizeres: “A Música é uma das mais poderosas forças do nosso mundo para se alcançar a perfeição do Espírito”. Na mais famosa colônia espiritual entre nós – Nosso Lar, existe até um departamento especial chamado Campo da Música. O trecho abaixo, extraído da obra prima de André Luiz, psicografada por Francisco Cândido Xavier: (Nosso Lar). “Em plena via pública, ouviam-se, belas melodias atravessando o ar. Notando-me a expressão indagadora, Lísias explicou fraternalmente: – Essas músicas procedem das oficinas onde trabalham os habitantes de “Nosso Lar”. Após consecutivas observações, reconheceu a Governadoria que a música intensifica o rendimento do serviço, em todos os setores de esforço construtivo. Desde então, ninguém trabalha em “Nosso Lar”, sem esse estimulo de alegria No livro Nos Domínios da Mediunidade, psicografia de Francisco Cândido Xavier, o Espírito André Luiz escreve que é prática rotineira ambientar os trabalhos espirituais com musicalidade: Além de “ambientar” a harmonia dos trabalhos de benevolência, as melodias podem desestabilizar vibrações negativas. (Livro: Nos Domínios da Mediunidade, Francisco Cândido Xavier, pelo espírito André Luiz) No clássico O Consolador, Emmanuel nos fala, através da grandiosa mediunidade de Chico, que o músico também é um missionário de Deus: “Os artistas, como os chamados sábios do mundo, podem enveredar, igualmente, pelas cristalizações do convencionalismo terrestre, quando nos seus corações não palpite a chama dos ideais divinos, mas, na maioria das vezes, têm sido grandes missionários das ideias, sob a égide do Senhor, em todos os departamentos das atividades que lhes são próprias, como a literatura, a música, a pintura, a plástica. (O Consolador, Francisco Cândido Xavier, espírito Emmanuel) Se o compositor é terra a terra, como poderá exprimir a virtude de que desdenha, o belo que ignora e o grandioso que não compreende? Suas composições refletirão seus gostos sensuais, sua leviandade, sua negligência. Serão ora licenciosas, ora obscenas, ora cômicas, ora burlescas; comunicarão aos ouvintes os sentimentos que exprimirem e os perverterão, em vez de melhorá-los. (Obras Póstumas, Allan Kardec, Espírito do Maestro Rossini, 1890) O pseudo músico perverte-se ao praticar composições mesquinhas, puramente “comercialistas”, quando, em verdade, o autêntico músico não se corrompe, compreendendo que sua arte deve aponsem falta, para a Beleza, para o Amor e para a Hartar, monia. Qualquer que se preste à Música fugindo desse prumo pode ser reputado pseudo músico. É fato que nunca estamos sozinhos; Espíritos se acercam de nós e, quando emanando boa música, certo é que eles se sensibilizam fraternalmente conosco. Espíritos atraem-se por semelhantes, esta é uma regra universal. Aqueles que apreciam a música burlesca cercam-se, inevitavelmente (Cabaré) de afins e see corrompem mutuamente nute, entidades de entidades afins ma baixa onda de vibração que resulta em consequências crescentes mediante um círculo vicioso de promiscuidade. Quando permitimos em nossa residência a a entrada de títulos musicais repugnantes, de letras contraproducentes, muitas vezes camufladas por artifícios da mensagem subliminar, nesse ínterim estamos também atraindo Espíritos da mesma ordem. Estes se aconchegarão ao recinto e sem obstáculos provocarão a discórdia e a animosidade entre os que se encontram sob tal teto. (Livro: A Música Segundo o Espiritismo, Ery Lopes) Aquele circo de hediondez apresentava em cada momento novos e agressivos quadros, ao som de música estridente e desconcertante. Músicas estridentes faziam-se acompanhar por letras de conteúdo chulo e palavreado grosseiro. Sim, era naquela região que se inspiravam muitos multiplicadores de opinião, que ainda insistem na liberação total dos costumes vis. Era aquela, sim, uma sociedade que emergia do passado grosseiro, solicitando cidadania nos tempos modernos. Recordava-me daqueles que sempre proclamam pela liberdade de expressão, no seu aspecto mais grotesco e selvagem, exigindo leis que descriminem usos e comportamentos vis, em nome da falsa cultura e da liberalidade que raia sempre pelo despropósito e pelo abuso. Alguns desses companheiros terrestres, que se fizeram famosos pelos conjuntos e bandas metálicas com personificações diabólicas, ali também se encontravam no desfile, exibindo as suas mazelas e perversões com que se compraziam, a fim de despertarem no corpo físico mais tarde sob indisfarçável mal estar, que pensavam minorar com doses de álcool e de outras drogas químicas de que se fizeram escravos. (Sexo e Obsessão – Divaldo – Franco – Manoel Philomeno de Miranda) Sentado, fiquei encolhido com os pés sobre a cama e abraçado aos joelhos. Ouvi risos macabros e gargalhadas medonhas que não sabia a origem. Algum tempo depois, meu irmão chegou. Corri para perto dele. - Mario! Mario! Você pode me ver, não pode, cara ?! – gritei desesperado. Nada. Ele também me ignorou. Continuou com o que fazia e foi até o aparelho, ligando o som alto. Era uma música eletrônica. Não demorou e minha mãe chegou a por-ta do quarto dizendo: – Abaixa isso! Não faz nem cinco dias que seu irmão foi enterrado! Desliga essa droga de som! – Não vou não! Ele gostava dessa música. Essa é pra ele! – riu. Minha mãe saiu do quarto. A cada batida alta e forte daquela música, eu podia ver um tom escuro, preto amarronzado pulsar no ambiente. Ao som estridente, sentia uma desarmonia inigualável, que prejudicava o equilíbrio psíquico, entorpecendo a mente e me deixando em um estado de perturbação que aumentava meu medo. Vi vultos escurecidos, horripilantes e, ao olhar para as paredes, estas pareciam se derreter. Meus ferimentos doíam e sangravam. Como é que, morto, eu ainda sangrava e sentia dor? Para o meu pobre entendimento, isso não era possível. Mas estava acontecendo. Aquele som, do qual eu tanto gostava, parecia agora me prejudicar e me perturbar imensuravelmente. Eram indescritíveis as sensações cruéis experimentadas por conta de uma música. A partir de então, notei que sempre nos mantinham atentos e ocupados com assuntos interessantes e úteis. Não nos deixavam distrair. Aprendíamos ou desenvolvíamos atividades como música ou artes variadas. Disso eu gostava. Só que era música de verdade. Coisa boa e elevada. Não aquelas coisas pejorativas e destrutivas que ouvia quando encarnado. Nossa! Que diferença! Depois entendi que isso era necessário para não voltarmos nossos pensamentos aos vícios da carne. Olhei em volta e vi dezenas de espíritos enchendo o ambiente. Eram doentes e, principalmente, viciados nas energias e sensações de encarnados que fazem uso de entorpecentes. Substancias em diversos tons escuros, como uma matéria gelatinosa e grudenta, impregnavam, de maneira horrenda, as paredes, os objetos, o chão e o teto. Repentinamente, os ruídos incômodos da música exótica que foi ligada provocaram vibrações que pioraram as energias, deixandoas ainda mais inferiores e pulsando conforme o som no ambiente. O linguajar de baixo calão, os palavrões, as insinuações sexuais ou sensuais mencionados naquilo que chamavam de letra de música, envergonharam-me. Além disso, grande grupo de desencarnados, de inferioridade extrema, dançava, meneando-se de modo vulgar, muito baixo, chulo. (Livro: Não estamos Abandonados – Eliana Machado Coelho, pelo espírito João Pedro, supervisionado por Schellida, mentora da médium) A boa criação musical é uma carta de amor que encantará àquele que a ler. Em contrapartida, a composição vulgar esparge o odor da malícia, do rancor, da desonra. Ela sobrecarrega seu receptor e infama o Pai Celeste. A música entoa aquilo que preenche o coração. Visto que a música é uma das incumbências dos Espíritos. Cuidemos de nos qualificar nessa matéria, começando pela triagem do que ouvimos, caminhando para a mediunização musical (reprodução das composições) até tocarmos a sublime aptidão para a composição superior. (Livro: A Música Segundo o Espiritismo - Ery Lopes) Seara SearaEspírita Espírita Caminho, Caminho,Verdade Verdadee Vida. e Vida.