Concretismo O Concretismo surge na Europa, por volta de 1917, na tentativa de se criar uma manifestação abstrata da arte. A busca dos artistas era incorporar a arte (música, poesia, artes plásticas) às estruturas matemáticas geométricas. A intenção deste movimento concreto era desvincular o mundo artístico do natural e distinguir forma de conteúdo. Para os concretistas a arte é autônoma e a sua forma remete às da realidade, logo, as poesias, por exemplo, estão cada vez mais próximas das formas arquitetônicas ou esculturais. As artes visuais não figurativas começam a ser mais evidentes, a fim de mostrar que no mundo há uma realidade palpável, a qual pode ser observada de diferentes ângulos. Por volta de 1950, a concepção plástica da arte chega ao Brasil através do suíço Max Bill: artista, arquiteto, designer gráfico e de interiores. Bill é o responsável por popularizar as concepções da linguagem plástica no Brasil com a Exposição Nacional de Arte Concreta, em 1956. As características gerais do concretismo na literatura são: o banimento do verso, o aproveitamento do espaço do papel, a valorização do conteúdo sonoro e visual, possibilidade de diversas leituras através de diferentes ângulos. Rui Castro, sem título/1985 (Franz Weissmann , a torre) Caranguejo Duplo, Lygia Clark/1961 Instalação "Arte de instalações (krafts) é uma manifestação artística onde a obra é composta de elementos organizados em um ambiente fechado. A disposição de elementos no espaço tem a intenção de criar uma relação com o espectador. Uma das possibilidades da instalação é provocar sensações: frio, calor, odores, sons ou coisas que simplesmente chamem a atenção do público ao redor". Século 13 Dan Flavin - Green - A instalação é, pois, ela mesma, uma espécie de casa ou de alojamento para a arte ou para uma experiência poética do mundo; isto é, a obra é uma forma de habitação do mundo. E o artista, uma espécie de arquiteto, no sentido em que cuida de prover este alojamento ou habitação. Arte de valor deve incomodar, não tranquilizar diz Gormley Para o artista britânico Antony Gormley de 57 anos, 'a arte que faz você se sentir cômodo provavelmente é artesanato, não arte'. Neoconcretismo Surgiu como uma reação ao concretismo. Liderados por Ferreira Gullar que, juntamente com os artistas Franz Weissmann, Amílcar de Castro, Lygia Clark, Lígia Pape, Reynaldo Jardim, Theon Spanudis, conceberam o "Manifesto Neoconcreto" que foi publicado no "Jornal do Brasil" em 22 de março de 1959. Segundo o manifesto, "a expressão neoconcreta indica uma tomada de posição em face à arte concreta levada a uma perigosa exacerbação racionalista". Os neoconcretistas procuravam novos caminhos dizendo que a arte não é um mero objeto, tem sensibilidade expressiva que vai além de puro geometrismo. Ainda, ao grupo inicial, se juntaram Wilys de Castro, Hércules Barsotti e Osmar Dillon. Museu é o Mundo. Hélio Oiticica no Itaú Cultural “Tropicália, o grande penetrável”, 1967, Helio Oiticica Na concepção do artista tudo é exatamente o que parece ser. A intenção é extrapolar os limites intelectuais e reconhecer o que é significativo aos olhos do expectador, que deixa de cumprir o papel de simples observador e passar a viver o de cúmplice, experimentando, interagindo e compartilhando da sua arte. Lygia Clark, “Bicho”/ Meios de comunicação de massa No final do século XIX surgiram os grandes jornais no Brasil: O Estado de São Paulo (1875), o Jornal do Brasil (1891), o Globo (1925). • A primeira transmissão de rádio só ocorreu em 1922, comemorando o centenário da independência do Brasil. Com a evolução tecnológica, nos anos 30, as rádios criaram programas de auditório, o que fez do rádio um veículo popular. Em 1934, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro foi transformada em Rádio Municipal do Rio de Janeiro, popularmente conhecida como rádio Roquete Pinto. As rádio nesta fase se fortaleceram como lançadoras de grandes talentos musicais como Francisco Alves, Vicente Celestino, Dalva de Oliveira, Emilinha Borba, entre outros. Na década de 50, o rádio difundiu as transmissões esportivas, como a Copa de 58, todos torceram pelo Brasil através do rádio. Em 1953, haviam números que identificaram a existência de cerca de 500 emissoras de rádio no país e quase meio milhão de aparelhos receptores. Na imprensa escrita, destaque para as revistas: “ Revista da Semana”, (1900 a 1922) no RJ, “O Cruzeiro” a partir de 1928 no RJ. •Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo, nascido na cidade de Umbuazeiro, estado da Paraíba, no dia 5 de outubro de 1892, proprietário da empresa de comunicação “Diários Associados” que abrangia jornais e emissoras de rádio. No dia 18 de setembro de 1950, inaugura a TV Tupi, em São Paulo, no canal 3 O primeiro programa a ir ao ar é “TV na Taba”, com Hebe Camargo, Ivon Cury e outros artistas. O primeiro telejornal, “Imagens do Dia”, entrou no ar no dia 19 de setembro, cujas matérias ram feitas com câmeras de cinema. 1965 surge a TV Globo = vendendo diversão como mercadoria controlada pelas grandes empresas de propaganda, difundindo padrões de consumo e estilo de vida. • Regime Militar = criada a Telebrás (1972). A censura fiscalizava os conteúdos veiculados ao público. A cultura na República: Cinema • Em 1896, chegaram ao Rio de Janeiro aparelhos de projeção cinematográfica, em 1898, foram realizadas as primeiras filmagens no Brasil. Somente em 1907, com o advento da energia elétrica industrial na cidade, o comércio cinematográfico começou a se desenvolver. • Entre os anos 30 e 40, o cinema falado abre um reinício para a produção nacional que limita-se ao Rio em comédias populares, conhecidas como chanchadas musicais que lançaram atores como Mesquitinha, Oscarito e Grande Otelo. A década de 30,foi dominada pela Cinédia e os anos 40 pela Atlântida. No período de 1950 a 1960, em São Paulo, surge o estúdio da Vera Cruz que através de fortes investimentos e contratação de profissionais estrangeiros busca produzir no Brasil, uma linha de filmes sérios, industrial, com uma preocupação estético-cultural hollywoodiana e com a participação de grandes estrelas como Tônia Carreiro, Anselmo Duarte, Jardel Filho, entre outros. A Vera Cruz tinha uma produção cara e de qualidade, mas faltavalhe uma distribuidora própria e salas para absorver a sua produção, uma de suas produções foi premiada em Cannes, o filme Cangaceiro, de Lima Barreto. Em oposição às produções paulistas e cariocas, surgem cineastas independentes que a partir da década de 60, buscam manter a pretensão artística da Vera Cruz, como por exemplo Walter Hugo Khouri, e uma esfera neo realista, com o filme “Rio 40°” de Nelson Pereira dos Santos. Nesta fase há o fenômeno de filmes feitos na Bahia, por baianos e sulistas, como o “Pagador de Promessas”, é o surgimento do Cinema Novo, movimento carioca que abarca o que há de melhor no cinema nacional, época de intensa produção e premiação de nomes como os de Glauber Rocha, Serraceni, Ruy Guerra, entre outros.