2014

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Genética e
câncer
Fatos
No mundo/ano 2012
14,1 milhões de casos novos de cânceres
8,2 milhões de mortes por câncer
80%  países em desenvolvimento, principalmente por causa da
falta de conscientização, de conhecimento dos fatores de risco e
dos programas de prevenção (rastreamento) e diagnóstico precoce
Fatos
No mundo/ano 2030
21,4 milhões de casos novos de câncer
13,2 milhões de mortes por câncer
Em consequência do crescimento e do envelhecimento da
população, bem como da redução na mortalidade infantil e nas
mortes por doenças infecciosas em países em desenvolvimento
Fatos
O Brasil
Vem apresentando mudanças em seu perfil demográfico, consequência do
processo de urbanização populacional, da industrialização e dos avanços da
ciência e da tecnologia
A essas novas caraterísticas da sociedade brasileira, unem-se os novos estilos de
vida e a exposição a fatores de risco próprios do mundo contemporâneo
Fatos
No Brasil, ano 2014
576 mil casos novos de câncer (incluindo os casos de pele não melanoma)
Sem considerar os casos de câncer de pele não melanoma, estimam-se 395 mil
casos novos de câncer, 204 mil para o sexo masculino e 190 mil para sexo
feminino.
Mais comuns
◦ Próstata e pulmão nos homens
◦ Mama e colo do útero nas mulheres
Representação espacial das taxas brutas de incidência por 100
mil mulheres e por 100 mil homens,
para o ano de 2014, segundo a Unidade da Federação,
todas as neoplasias
Tipo de câncer
Pele do tipo não melanoma
Próstata
No de casos novos
182 mil
69 mil
Mama feminina
Cólon e reto
Pulmão
57 mil
33 mil
27 mil
Estômago
Colo do útero
20 mil
15 mil
Revisando - patologia
Neoplasia
◦ Neo = novo
◦ Plasia = formação, crescimento
Oncologia
◦ Oncos = tumor
◦ Logia = estudo dos tumores (neoplasias)
◦ Tumor equivale a neoplasia
Câncer é o termo utilizados para os tumores malignos
Revisando – patologia e citologia
G1/S – Ponte de
Controle ao DNA
G2/M – Ponte de
Controle ao DNA
danificado ou não
duplicado
Revisando – patologia e citologia
Ciclinas – variam de
concentrações de maneira
cíclica durante o ciclo celular
– função ativar as Cdk
Cdk – quinases dependentes de ciclinas
→ são ativadas após fosforilação pelas
ciclinas → conduzem o ciclo celular pela
fosforilação de proteínas alvo para
progressão das células no ciclo celular
Revisando – patologia
Neoplasma
É uma massa anormal de tecido,
cujo crescimento ultrapassa o
crescimento de um tecido
normal, não é coordenado e
persiste após a interrupção dos
estímulos que deram origem à
mudança. Pode ser benigno ou
maligno
Célula em divisão normal
Câncer
Câncer é uma consequência fenotípica importante da mutação
genética
É uma doença multifatorial, provocada pelo acúmulo de mutações
genéticas em células normais e caracterizado por um conjunto de
manifestações patológicas, tais como:
◦ perda de controle da regulação do ciclo celular
◦ resistência à apoptose
◦ ganho da capacidade de metastatizar
◦ e angiogênese
Acúmulo de mutações genéticas em uma célula normal
Algumas mutações alteram a atividade de um gene, outras mutações
eliminam a atividade genética
Perda de controle da regulação do ciclo celular
Como a p53 bloqueia o ciclo
celular
Controle do Ciclo Celular
Proteínas Inibidoras de Cdk
Se algum estágio do ciclo celular for retardado, o sistema controle atrasa a
ativação do estágio seguinte → ação de proteínas que podem parar o ciclo
celular nos pontos de checagem → inibidores de Cdk bloqueiam a montagem ou
atividade dos complexos de Ciclina-Cdk
◦ famílias Cip/Kip: p21, p27 e p57 e famílias INK4/ARF: p16 e p14
Ponto de checagem G1: regulado pela proteína p53 → estimula a transcrição de
um gene responsável por uma proteína inibidora de Cdk → p21 → liga-se ao
complexo ciclina-Cdk de fase S → bloqueando sua ação
...resistência à apoptose
Esquema geral para mecanismos de oncogênese pela ativação de proto-oncogene, mutação ou perda de genes
supressores tumorais, ativação de genes anti-apoptóticos ou perda de genes pró-apoptóticos. Genes gatekeepers –
supressores tumorais regulam a função dos proto-oncogenes; genes caretakes – atuam indiretamente mantendo a
integridade e corrigindo as mutações durante a replicação do DNA e a divisão celular
Invasão
..., ganho da capacidade
de invadir tecidos
adjacentes e de sofrer
metástases (colonização)
para tecidos distantes
Tumores malignos 
Infiltração, invasão,
destruição de tecidos
adjacentes, e formação de
metástases
..., angiogênese
Diferenciação celular normal
Alterações das propriedades
físicas e funcionais da célula à
medida que proliferam, no
embrião, para formar as
diferentes estruturas corporais
Resulta da expressão diferencial
de genes que ocorre no
desenvolvimento dos seres
multicelulares
Diferenciação celular  anaplasia
Diferenciação se refere à extensão com
que as células neoplásicas lembram
células normais comparáveis tanto na
morfologia quanto na função
A falta de diferenciação chama-se
anaplasia
Base genética do câncer
Independe do câncer ocorrer esporadicamente em uma pessoa ou
em várias pessoas de uma família, como uma característica
hereditária, o câncer é uma doença genética
Diferentes genes foram implicados em iniciar o processo do câncer
Genes que codificam
◦ Proteínas das vias de sinalização para proliferação celular
◦ Proteínas reguladoras do ciclo mitótico
◦ Proteínas componentes da maquinaria da morte celular programada
◦ Proteínas responsáveis pela detecção e pelo reparo de mutações
Base genética do câncer
Genes supressores de tumor, genes de reparo de DNA, genes da
apoptose, “guardiões da célula”
◦ são genes cuja ação tendem manter as células dentro dos limites fisiológicos
de crescimento e diferenciação
Proto-oncogenes
◦ são genes que em seu estado natural comandam a divisão celular de forma
ordenada, e são responsáveis pelo controle normal do ciclo celular. Quando
sofre mutações, rearranjos, translocações ou outras alterações passam a ser
um oncogenes
Célula normal
CRESCIMENTO E PROLIFERAÇÃO CELULAR NORMAIS
GENES DE SUPRESSÃO TUMORAL
inibem eventos que
direcionam para câncer
PROTO-ONCOGENES
RB1
TP53
CRESCIMENTO E PROLIFERAÇÃO
CELULAR NORMAIS
promovem proliferação celular, induzem o
ciclo celular ou inibem a via apoptótica
Transformação maligna por perda da atividade
de gene de supressão tumoral
MUTAÇÂO
Mutações recessivas de perda
da função
RB1, TP53
GENES DE SUPRESSÃO TUMORAL
PROTO-ONCOGENES
CRESCIMENTO E PROLIFERAÇÃO CELULAR
TRANSFORMAÇÃO MALIGNA
Transformação maligna por ativação de
oncogênes
GENES DE SUPRESSÃO TUMORAL
Mutações dominantes de
ganho da função
PROTO-ONCOGENES
ONCOGENE
CRESCIMENTO E PROLIFERAÇÃO CELULAR
HER2/neu; RAS - produto proteico expresso
por um oncogene é chamado de oncoproteína
TRANSFORMAÇÃO MALIGNA
Mutações nos genes supressores de tumor e
nos oncogenes provocam proliferação
descontrolada e excessiva ou sobrevida de
células mutadas
Genética e Câncer
Mutações ativadoras de ganho de função de um alelo de um pro-
oncogene
Perda da função de ambos os alelos ou mutação negativa de um
alelo de um gene supressor de tumor
Translocações cromossômicas que causam má expressão de genes
ou criam genes quiméricos que codificam proteínas que ganham
novas propriedades funcionais
Genética do Câncer
Genes Supressores de Tumor
Genética do Câncer
Doença Viral
v-onc
c-onc
Local
Função
Sarcoma simiesco
v-sis
PDGFB
22q13.1
Subunidade do fator de crescimento B, derivado de
plaqueta
Eritroleucemia de galinha
v-erb-b
EGFR
7p13-q22
Receptor de fator de crescimento epidérmico
Sarcoma felino de McDonough
v-fms
CSF1R
5q33
Receptor do fator estimulante de colônias de
macrófagos
Sarcoma de rato de Harvey
v-ras
HRAS1
11p15
Componente do sinal de transdução da proteína G
Leucemia de camundongo de
Abelson
v-abl
ABL
9q34.1
Tirosino quinase de proteínas
Sarcoma avícola 17
v-jun
JUN
1p32-p31
Fator de transcrição AP-1
Mielocitomatose avícola
v-myc
MYC
8q24.1
Proteína ligante de DNA
Osteosarcoma de camundongo
v-fos
FOS
14q24.3-q31
Fator de transcrição ligante ao DNA
Proto-oncogenes são versões não mutantes dos oncogenes
Oncogenes são versões mutantes de genes normais
Agentes mutagênicos
Físicos  radiações ionizantes (raios X, radiações alfa, beta e gama),
radiação ultravioleta, temperatura
Químicos  colchicina, gás mostarda, talidomida, alcatrão, benzeno
etc
Biológicos  vírus (oncovírus), bactérias e alguns protozoários
(toxoplasmas)
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