Busca por novas moléculas envolvidas no escape tumoral: modulação do FASL (CD95L) por mediadores lipídicos em linfócitos- FASE I Aluna: Giulia Maria Ramella Orientadora: Carolina Lavini Ramos Coorientadora: Sandra Tonidandel Cientista Qualificado: Luciana Medina Colégio Dante Alighieri e Laboratório de Biologia Celular e Molecular (Prof. Gustavo Pessini) Ano I Objetivo: Identificar os receptores de membrana das células YT (natural killer) para verificar a possibilidade de que a prostaglandina E2 atue na expressão de FASL (indutor de apoptose) em células natural killer (NK), uma das principais células de defesa contra o câncer. Conclusão: Células YT (natural killer) apresentam em sua superfície receptores para a molécula de prostaglandina E2 e portanto podem responder ao tratamento com esta molécula. Introdução Linfócitos TCD4 Tratamentos utilizados atualmente: -Radioterapia -Quimioterapia liberação de moléculas por parte de células tumorais que -Cirurgia oncológica Células natural killer Inespecíficos Mecanismo de ação Para eficácia necessitam de identificação de Novos alvos Inibem a ação de células defesa A B Sistema Imune Câncer são Resultados Inibem/ suprime Figura 1. A-B: Indução de AICD e tratamento com mediadores lipídicos, analisado por citometria de fluxo, sendo ** P< 0,01 e *** P<0,001, resultados representativos de dois experimentos independentes. Microambiente supressor da resposta imune Mediadores Lipídicos ? Escape Tumoral Questão Problema Já que a prostaglandina E2 é capaz de reduzir a morte por (pretendo incluir, no mínimo, mais um dado, complementar aos experimentos AICD (mecanismo que leva à apoptose, por meio da exbdos acima e outro em relação às células YT) reestimulação) em linfócitos, é possível que outros mediadores Discussão lipídicos (eicosanoides) estejam envolvidos nesse mecanismo, Conforme a figura 1, observa-se que o tratamento com PGE2 é favorecendo a progressão tumoral? capaz de reduzir significavelmente a morte por AICD, assim como Hipótese Metodologia Cultivo celular (YT e D011.10) Western Blot (para EP2 e EP4, receptores de PGE2) SSC SSC- granulosidade Citometria de fluxo Créditos: Jennifer Marx Acreditamos que a prostaglandina E2 seja o principal fator da inibição de morte por AICD nos linfócitos auxiliares TCD4, mas que outras moléculas do mesmo grupo são capazes de agir de maneira semelhante e até mesmo de forma sinérgica. Assim, é possível que essas moléculas sejam capazes de inibir a expressão de FASL na superfície desses linfócitos e especialmente nas células NK, diminuindo a capacidade destas em lisar células tumorais, facilitando o escape tumoral (já que as NK são as principais agentes contra o câncer). FSC- tamanho % Células anexina + FSC % Células anexina + prostaglandina D2 e leucotrieno B4. Diferentemente, prostaglandina J2 e F2α, não são capazes de proteger as células da morte. Conclusões Dado que após a indução de AICD em conjunto ao tratamento com mediadores lipídicos alguns deles foram capaz de reduzir esta morte em hibridomas TCD4, então é possível concluir que a PGD2 e o LTB4, além da PGE2, foram capazes de reduzir a AICD, sugerindo uma diminuição no FASL dessas células. Assim, a ação “protetora” da PGD2 e LTB4, pode ser beneficiadora no sentido de manter vivas células auxiliares da resposta imune num contexto tumoral, o que favoreceria a ação de linfócitos citotóxicos .Mas em contrapartida, a redução da morte por AICD pode ser indiretamente relacionada a diminuição do FASL em células NK, o que desfavorece a resposta imune, pois diminuiria a capacidade destas últimas em lisar células tumorais (descrição de um novo mecanismo de escape tumoral). Sendo assim, minha hipótese não foi refutada. Referências das imagens utilizadas: acervo pessoal e http://www.fairview.org/healthlibrary/Article/40345