Relatório de Política Monetária Novembro de 2010 Enquadramento Externo Recuperação da actividade económica global fortaleceu-se no 1º semestre Tendência para a desaceleração no 3º trimestre, com a retirada dos estímulos orçamentais Fundo Monetário Internacional considera que a recuperação global prossegue de acordo com as expectativas, embora os riscos descendentes permaneçam elevados PIB global deverá crescer 4,8% em 2010 e 4,2% em 2011 Inflação mundial deverá manter-se moderada Desemprego continua em níveis historicamente elevados Produto Interno Bruto Mundial (taxas de crescimento real) 10 8 6 4 2 2015 2014 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 0 2000 % -2 -4 World Advanced Economies Emerging and Developing Economies Fonte: WEO, October 2010 Inflação Global (taxas de variação média anual) 10 8 6 4 2 -2 2014 2013 2012 2011 2010 2009 World Advanced Economies -4 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 0 2000 % Emerging and Developing Economies Fonte: WEO, October 2010 Taxas de Desemprego 11,0 10,0 Zona Euro % 9,0 8,0 7,0 6,0 EUA 5,0 4,0 Fonte: Banco de Portugal; US Department of Labor Mai-10 Jan-10 Set-09 Mai-09 Jan-09 Set-08 Mai-08 Jan-08 Set-07 Mai-07 Jan-07 Set-06 Mai-06 Jan-06 3,0 Actividade Económica Nacional Evolução dos últimos 9 meses Ligeira recuperação da confiança dos agentes no comércio e nos transportes e estabilização do índice da construção explicam a evolução globalmente favorável do clima económico em 2010 60,0 Indicadores de Confiança 20,0 3º tri 10 2º tri 10 1º tri 10 4º tri 09 3º tri 09 2º tri 09 1º tri 09 4º tri 08 3º tri 08 2º tri 08 1º tri 08 4º tri 07 3º tri 07 -20,0 2º tri 07 0,0 1º tri 07 em percentagem 40,0 -40,0 -60,0 Construção Turismo Transportes Comércio Fonte: INE Prevê-se um contributo positivo da agricultura, atendendo ao bom ano agrícola e aos investimentos que vêem sendo realizados no sector Indicadores de consumo cresceram 2%, em termos médios Indicadores de investimento recuperaram cerca de 20% 40,0 Taxas de Variação Homóloga de Médias Móveis de 3 Meses 100,0 20,0 10,0 Out-10 Set-10 Ago-10 Jul-10 Jun-10 Mai-10 Abr-10 Mar-10 Fev-10 Jan-10 Dez-09 Nov-09 Out-09 -40,0 Importações de Bens de Consumo Importações Bens Consumo Duradouros Importações Bens Consumo Não Duradouros Fonte: Banco de Cabo Verde Out-10 Set-10 Ago-10 Jul-10 Jun-10 Mai-10 Abr-10 Fev-10 Jan-10 Mar-10 -20,0 0,0 Dez-09 -10,0 20,0 Nov-09 0,0 40,0 Out-09 60,0 % % 80,0 -20,0 Taxas de Variação Homóloga de Médias Móveis de 3 Meses 30,0 -30,0 -40,0 -50,0 Importações de Bens de Construção Importações de Bens de Equipamentos -60,0 Importações de Materiais de Transporte Procura externa líquida estabilizou Exportações de bens e serviços cresceram (8% em termos homólogos) Crescimento das exportações não foi suficiente para compensar o aumento das importações (5%) 9.000,00 8.000,00 6.000,00 5.000,00 4.000,00 3.000,00 2.000,00 1.000,00 Exportação de Bens e Serviços Importação de Bens e Serviços 0,00 Jan-09 Fev-09 Mar-09 Abr-09 Mai-09 Jun-09 Jul-09 Ago-09 Set-09 Out-09 Nov-09 Dez-09 Jan-10 Fev-10 Mar-10 Abr-10 Mai-10 Jun-10 Jul-10 Ago-10 Set-10 milhões de CVE 7.000,00 As receitas de turismo cresceram 3%, depois de terem diminuído 20% em 2009 As remessas de emigrantes apresentaram um ligeiro decréscimo (-1,6%) 3.000,00 Turismo Remessas 2.000,00 1.500,00 1.000,00 500,00 Set-10 Jul-10 Mai-10 Mar-10 Jan-10 Nov-09 Set-09 Jul-09 Mai-09 Mar-09 Jan-09 Nov-08 Set-08 Jul-08 Mai-08 Mar-08 0,00 Jan-08 milhões de CVE 2.500,00 Investimento externo continua a apresentar um perfil descendente 1.600 1.400 1.000 800 600 400 200 Inv. Emigrantes Inv. Imobiliário Jul-10 Abr-10 Jan-10 Out-09 Jul-09 Abr-09 Jan-09 Out-08 Jul-08 Abr-08 Jan-08 Out-07 Jul-07 Abr-07 0 Jan-07 milhões de escudos 1.200 A nível monetário: Oferta de moeda aumenta, acompanhando a actividade económica Maior influxo de recursos externos impulsionou a evolução dos activos externos líquidos e o crescimento do crédito à economia Passivos quase monetários (depósitos à prazo) continuam a crescer mais do que a moeda em circulação Activos Externos Líquidos Crédito Interno Liquído Crédito Líquido ao SPA Crédito à Economia M1 M2 Fonte: Banco de Cabo Verde Principais Indicadores da Situação Monetária (Taxa de variação homóloga) 2008 2009 Dezembro Março Junho Setembro Dezembro -6,3 -11,2 -16,6 -13,3 -1,7 18,8 18,4 15,5 12,1 10,8 -8,1 -5,2 1,5 3,3 7,0 28,7 25,9 19,8 14,7 11,8 4,5 -4,5 -4,6 -2,9 -5,5 7,9 5,1 1,6 2,8 3,3 Março -5,0 11,1 12,9 10,7 -0,5 4,0 2010 Junho 9,2 7,2 -8,2 11,2 -2,4 4,4 Setembro 8,3 8,4 2,0 10,0 -3,8 5,1 Evolução dos preços permanece moderada Taxa de inflação média situou-se em 0,9%, em Setembro 12,0% 10,0% 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% Jan-10 Jul-09 Jan-09 Jul-08 Jan-08 Jul-07 Jan-07 Jul-06 -2,0% Jan-06 0,0% -4,0% Tx var homóloga Tx var média 12 meses Tx var mensal Contas públicas deterioraram Défice orçamental atinge 6,8% do PIB em Setembro, embora as receitas fiscais tenham estabilizado Dívida Externa Efectiva do Governo Central atinge os 55% do PIB Dívida Efectiva Total do Governo Central os 71% do PIB 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 milhões de USD Dívida Pública Externa Efectiva 1600 1400 1200 1000 800 600 400 200 0 Perspectivas de Evolução Dezembro de 2010 Crescimento do PIB perto do limite superior do intervalo [4%-5%] Inflação no intervalo [1,6- 2,1%] Melhoria das necessidades de financiamento da economia, com a diminuição do défice corrente para 7,5% do PIB Financiamento da economia principalmente com recurso ao endividamento público Reservas externas estabilizam em torno dos 4,4 meses de importação de bens e serviços Projecções para 2011 Crescimento do produto no intervalo [4%-5%] Riscos descendentes: com a desaceleração prevista da actividade económica global e principalmente dos principais parceiros Riscos ascendentes: relacionado com a aceleração dos gastos públicos Inflação deverá situar-se no intervalo [1,5%-3%] Em linha com a desaceleração de entradas de turismo e queda das remessas emigrantes, as necessidades de financiamento do país deverão aumentar para cerca 9% do PIB Desembolsos líquidos de dívida externa a favor do Governo deverão financiar a economia e contribuir para o aumento das reservas externas do país, que deverão passar a garantir 4,7 meses de importação de bens e serviços Unidades 2009E 2010P 2011P variação em % 4,0 [4 - 5] [4 - 5] 1,0 [1,6-2,1] [1,5 – 3,0] variação em % -1,7 2,9 8,8 (variação em milhões de Euros) -4,0 11,0 26,0 Crédito à Economia variação em % 11,8 8,7 6,4 Massa Monetária variação em % 3,3 6,7 7,4 em % do PIB 9,2 7,5 6,6 meses 4,4 4,4 4,7 Sector Real PIB real IPC variação média em % Sector Monetário Activo Externo Líquido Reservas Internacionais Líquidas (BCV) Sector Externo Défice Corrente e de Capital RIL/Importações Obrigado Unidades 2009E 2010P 2011P variação em % 4,0 [4 - 5] [4 - 5] 1,0 [1,6-2,1] [1,5 – 3,0] variação em % -1,7 2,9 8,8 (variação em milhões de Euros) -4,0 11,0 26,0 Crédito à Economia variação em % 11,8 8,7 6,4 Massa Monetária variação em % 3,3 6,7 7,4 em % do PIB 9,2 7,5 6,6 meses 4,4 4,4 4,7 Sector Real PIB real IPC variação média em % Sector Monetário Activo Externo Líquido Reservas Internacionais Líquidas (BCV) Sector Externo Défice Corrente e de Capital RIL/Importações Notas: E- estimativas; P- Projecções 2010 2009 2008 2007 20 2006 25 2005 30 2004 35 2003 40 2002 45 2001 50 em percentagem das exportações de bens e serviços 55 2000 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 em percentagem do PIB Análise da Sustentabilidade da Dívida Externa Valor Actual da Dívida Pública Externa (taxa de desconto 5,94%) 250 200 150 100 50 0