Apresentação do PowerPoint

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A ORIGEM E EVOLUÇÃO DO MODO
CAPITALISTA DE PRODUÇÃO
• O Capitalismo não existiu sempre. Ele estruturou-se na medida da
decadência do Feudalismo, o que coincidiu com o final da ldade Média,
estendendo-se pela Idade Moderna, e cujo marco divisório foi a tomada
de Constantinopla pelos Turcos Otomanos (1453). Neste evento, os
muçulmanos turcos "estrangularam" o comércio das especiarias asiáticas,
submetendo a Europa Ocidental a uma situação de isolamento, quadro
que levou a uma articulação entre o Rei (soberano do Estado Absolutista)
e a burguesia ascendente, para descobrir uma nova rota comercial para a
Ásia, desencadeando as Grandes Navegações
A Primeira Fase do Capitalismo ( estruturação)
Capitalismo Comercial: séculos XV, XVI e XVII.
 POLÍTICA ECONÔMICA: Mercantilismo, sistema produtivo (e doutrina econômica)
que apresentou características e estratégias específicas, sobre o que destacamos
os seguintes aspectos:
• a - trata-se da transição feudal-capitalista; fase de acumulação primitiva de
capital, nas mãos da burguesia. No século seguinte a este período (séc. XVIII), a
burguesia consolidaria o Capitalismo através de movimentos como a Revolução
Industrial a Revolução Francesa e o Iluminismo.
• b - As Grandes Navegações – corresponde à Revolução Comercial (mercantil), a
expansão marítimo-comercial que precedeu a Revolução Industrial do século
XVllI.
• c- A expansão colonial - equivaleu ao colonialismo clássico ou político, pautado
na relação obrigacional da colônia em fornecer riquezas para a metrópole, com
quem mantinha relação comercial em caráter de exclusividade (monopólio
comercial).
(cont...)
• d - Estruturou-se, aqui, a primeira Divisão Internacional do Trabalho (DIT),
pautada no Pacto Colonial, o que expressa, desde a sua origem, a prática
imperialista do capitalismo.
• e - A base monetária do Capitalismo Comercial era o metalismo: além dos metais
preciosos se constituírem na principal fonte de riqueza, funcionavam como
"divisas internacionais” (moedas aceitas no mercado mundial).
• f- Naquele período, deu-se o processo de transição do artesanato para a
manufatura, surgindo algumas máquinas primárias, a Divisão Social do Trabalho
(DST), a relação assalariada de trabalho e, portanto, a mais-valia. Estes elementos
foram consolidados no século XVIII pela Revolução Industrial.
• g - A forte intervenção do Estado na economia, através do protecionismo
alfandegário e do monopólio comercial sobre as colônias.
• Obs. Eventos e processos estudados pela História (Idade Moderna), como o
Humanismo, Renascimento, Grandes Navegações, Absolutismo, Reforma
Protestante e Contrarreforma, se inserem, de forma direta ou indireta, neste
processo de nascimento do Capitalismo (transição feudal-capitalista).
A Segunda Fase do Capitalismo (consolidação e internacionalização)
• a - Trata-se do capitalismo industrial, concorrencial, competitivo ou liberal. Surgiu
a partir da primeira fase da Revolução Industrial (1760-1860), e entrou em crise
terminal em 1929. O Capitalismo Liberal apresentou as seguintes características:
• a.1 - A "não-intervenção” do Estado na economia.
• Obs.1. - De fato, não há uma ausência absoluta do Estado, que, segundo Adam
Smith, continua atuando com sua "mão invisível", em satisfação às demandas da
elite capitalista.
• a.2 - A conhecida frase “Laissez faire; Laissez passer .. .” ("deixar fazer, deixar
passar...”) " funciona como um lema, sugerindo o papel de "Estado mínimo”,
liberal.
• a.3 - As decisões da economia ("o que produzir? Como produzir? ... ) seriam
tomadas livremente pelo mercado, com base na relação entre oferta e demanda.
• a.4 – A forte concorrência entre pequenas empresas (as grandes empresas
surgiram, tipicamente, com o início da segunda fase da Revolução Industrial 1860...)
(cont...)
• obs.2 - Por volta de 1860, surgia a segunda fase da Revolução Industrial, com a
energia elétrica, telefone, automobilismo, petroquímica, química, dentre outros,
reacelerando a estrutura produtiva, ampliando a quantidade e qualidade de
produtos e serviços ofertados na Europa que, nesta conjuntura, já dispunha de,
aproximadamente, quinze países industriais. Este contexto, desencadeou um
quadro de superprodução, que Ievou estas potências capitalistas a aprofundarem
a disputa por novos mercados consumidores fora da Europa, além de regiões
produtoras de matérias primas (África, Ásia ... ), gerando a Corrida Imperialista,
processo que culminaria com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Terceira Fase do Capitalismo
Capitalismo Monopolista ou Financeiro: após a crise de 29 até os anos
oitenta
 Política Econômica: Keynesianismo
• Obs: após 1860, o Capitalismo Liberal passou a apresentar os primeiros sinais
de decadência, processo que atingiu o auge com a crise (liberal) de 1929,
marcada pela quebra da Bolsa de Nova York (estouro de uma "bolha
especulativa") e pela crise de superprodução. Neste ínterim, estruturou-se
paralelamente o Capitalismo Monopolista ou Financeiro, que se consolidou após
a crise de 1929, apresentando as seguintes características:
• a - A progressiva intervenção do Estado na economia, surgindo empresas
estatais, além de estabelecer a ação protecionista do Estado ao mercado
interno.
• b - A estruturação e consolidação do Sistema Financeiro, com bancos, bolsas de
valores e fundos monetários. A partir de então, o capitalista poderia investir o seu
capital em forma de “capital produtivo” (empresarial, “investimentos diretos”) ou
em forma de capital especulativo (ou financeiro).
• c - Organização de cartéis (oligopólios), trustes (monopólios) e holdings,
estratégias do empresariado privado para controlar o mercado consumidor.
• a - A progressiva intervenção do Estado na economia, surgindo empresas
estatais, além de estabelecer a ação protecionista do Estado ao mercado
interno.
• b - A estruturação e consolidação do Sistema Financeiro, com bancos,
bolsas de valores e fundos monetários. A partir de então, o capitalista
poderia investir o seu capital em forma de “capital produtivo” (empresarial,
“investimentos diretos”) ou em forma de capital especulativo (ou
financeiro).
• c - Organização de cartéis (oligopólios), trustes (monopólios) e holdings,
estratégias do empresariado privado para controlar o mercado
consumidor.
• A conjuntura econômica desencadeada pela “crise liberal" de 1929 foi
marcada não por uma recessão (estagnação), mas por uma “depressão
econômica" (a depressão de trinta), na qual o PIB (Produto Interno Bruto)
entrou em uma espiral de queda contínua. Tanto o Estado (até então
liberal) quanto o empresariado (setor privado) perderam o controle da
situação. Milhares de empresas privadas, do setor produtivo e do setor
financeiro (bancos...), faliram, gerando uma escalada de desemprego sem
precedentes na história do capitalismo, com profundo reflexo no social,
cuja crise alcançou largas parcelas da população.
(Cont...)
• Os reflexos negativos desta crise no restante do mundo capitalista foram
profundos. O Brasil, por exemplo, sofreu os impactos derivados da
retração dos mercados internacionais do café (EUA e Europa), produto
que representava o esteio da nossa economia desde o séc. XIX,
resultando em uma crise de superprodução (relativa). Este fato
desencadeou a crise política que depôs o presidente Washington Luis
(Revolução de 1930), dando início à Era Vargas (1930 à 1945), quando o
Estado interveio na economia, pondo fim à história dos “ciclos
econômicos” brasileiros e implementando uma política industrializante (o
primeiro "salto" industrial brasileiro).
• Lembrete: Por ocasião da crise de 1929, a União Soviética (nascida
em 1922) buscava consolidar-se como força socialista, mas padecia de
muitos problemas políticos, econômicos e sociais. O governo de Stalin
(1924 a 1953) buscava eliminar os inimigos internos, planificando a
economia e fortalecendo a elite burocrática, ao mesmo tempo em
que estabelecia o projeto de expansão internacional do socialismo
real, prática deturpada da teoria marxista. No sentido geopolítico, a
ameaça da expansão socialista pressionou os EUA a adotar medidas
pró-sociais através do New Deal (keynesianismo).
• Para saírem da crise de 1929, os EUA adotaram oficialmente o capitalismo
Monopolista ou Financeiro. O presidente Franklin Delano Roosevelt inspirado nas
teorias do economista britânico John Keynes, implantou o New Deal, plano
econômico que defendeu a forte intervenção do Estado Nacional na economia
(através de empresas estatais, do protecionismo de mercado, etc.) e no setor
social (Wellfare State – Estado do Bem Estar Social). O Estado, comandado pela
própria elite capitalista, assumiu um papel institucional decisivo. Acima do
empresariado (elite em crise) e do operariado (o social em crise, devido ao
desemprego), o Estado criou projetos de investimentos, gerando emprego e
renda, revitalizando o social. Neste caso, a melhora da capacidade aquisitiva
(através dos salários) reoxigenou o mercado interno americano, transferindo
capital para os empresários (aumento do consumo), levando à recuperação do
sistema produtivo e, consequentemente, do capitalismo.
• A partir dos anos 30, o Capitalismo Monopolista ou Financeiro foi adotado
internacionalmente, acompanhado pela política econômica keynesiana. Quanto
ao "Estado do Bem Estar Social", houve resultados significativos em países
desenvolvidos, a exemplo dos EUA e Europa Ocidental. Já nos países do, então,
dito Terceiro Mundo, onde o "capitalismo selvagem" foi comandado por uma elite
pós-colonial conservadora, de um modo geral, os investimentos no social foram
relegados ao "esquecimento", enquanto que o capital foi reconcentrado em mãos
dos grupos dominantes.
• O Capitalismo Monopolista consolidou-se nos anos 30, passando inclusive pela
Guerra Fria, mas entrou em decadência nos anos 80 (década perdida), quando
EUA ( Ronald Reagan) e Inglaterra ( Margareth Thatcher) implementaram o
Neoliberalismo política econômica anti-keynesiana. Ocorre que a crise do
petróleo (anos 70) e a grande recessão (anos 80), embora tenham atingido
gravemente a economia da maioria dos países subdesenvolvidos, a exemplo do
Brasil, geraram também uma desaceleração na economia yankee (norteamericana), que chegou à beira da recessão. Diante deste quadro, a elite dos
EUA resolveu trazer de volta o liberalismo, pois enxergava que a “saída” do
Estado da economia, vendendo suas empresas (a preços baixos), por exemplo,
poderia gerar enormes ganhos para o setor privado, reacelerando a economia do
país.
Quarta Fase do Capitalismo (atual)
 Capitalismo Informacional
 A partir dos anos noventa do séc. XX (Nova Ordem Mundial)
• Política Econômica: Neoliberalismo
Consenso de Washington
Em 1989, teve início a transição da Guerra Fria para a Nova Ordem
Mundial. Eventos como a queda do muro de Berlin, o massacre da Praça da
Paz Celestial (China) e a retirada das tropas soviéticas do Afeganistão (Ásia
Central - 1979 a 1989) lembram este processo. Mas, naquele ano houve um
evento que marcou a história do Capitalismo contemporâneo - O Consenso
de Washington, reunião convocada pelos EUA, agregando a elite mundial
do Capitalismo, ali representada pelo "G7" ("Grupo dos 7” - EUA, Canadá,
Japão, Alemanha Inglaterra. França e Itália), FMI (Fundo Monetário
Internacional), BIRD (Banco internacional de Reconstrução e
Desenvolvimento - ou Banco Mundial) e BID (Banco Interamericano para o
Desenvolvimento). O “consenso” oficializando o Neoliberalismo como
política econômica do capitalismo e da globalização. Estes organismos
credores funcionariam como instrumentos de pressão para que países
devedores (notadamente subdesenvolvidos) adotassem o neoliberalismo.
• Assim, a partir dos anos 90 (Nova Ordem Mundial), com o fim as URSS e do Bloco
Socialista, o capitalismo tornou-se hegemônico (condição manifesta através do
fenômeno da Globalização) e passa a chamar-se de Capitalismo Informacional
(dada a importância do meio técnico-científico-informacional), acompanhado
pelo Neoliberalismo, política econômica que defende as seguintes medidas:
• 1. A "retirada" do Estado da economia, através das privatizações e do "fim" do
protecionismo. Surge, aqui, oficialmente o “Estado Mínimo”, ou seja, apenas com
o papel de regulador da economia, “regulando” as taxas dos juros, inflação, valor
da moeda (...), que são aspectos macroeconômicos, ou ainda “ajustando” a
economia em caso de eventual crise.
• Lembrete: Constata-se que, diante da atual crise financeira mundial,
desencadeada em setembro de 2008 (EUA) o Estado teve um papel forte e
fundamental, estatizando Bancos (...), fornecendo crédito e, portanto, garantindo
o mínimo de liquidez para o mercado, "terapia" de choque essencial à
recuperação deste quadro. Então, estas medidas põem em cheque a cartilha
neoliberal traçada pelo Consenso de Washington, que define o conceito de
Estado mínimo.
• A Redução do papel do Estado no Setor Social, implicando em cortes no
orçamento em serviços assistenciais fundamentais como educação e saúde.
Neste particular, na maioria dos países "neoliberais”, assistimos a um crescente
sucateamento dos serviços públicos, cuja "responsabilidade” vem sendo
transferida para o setor privado (colégios particulares, planos de saúde,
privatização de rodovias, etc.), agravando as disparidades socioeconômicas.
• O Ajuste Fiscal: é a busca do equilíbrio entre arrecadação de impostos e gastos do
Estado, evitando o déficit orçamentário ou fiscal. Os países que mantêm as contas
públicas "enxutas", ajustadas, são mais atraentes aos investidores internacionais,
tanto no que tange ao capital produtivo (empresas; investimentos "diretos”)
quanto ao capital especulativo financeiro (bolsas de valores, bancos, fundos
monetários).
• Abertura Econômica (a empresas, produtos e capitais estrangeiros): implica,
proporcionalmente, na quebra do protecionismo e na redução da força do Estado
na economia. Sugere, portanto, o aumento do poder do capital transnacional nas
decisões econômicas do país e o aumento dos fluxos comerciais entre as nações.
• Lembrete: Percebe-se que, apesar da redução do papel do Estado na
economia (é um Estado mais fraco do que na “fase anterior”), ele
continua como um agente importante, pois além de estabelecer e
executar a política macroeconômica (juros...) no território nacional,
decidindo as regras a serem seguidas pelo mercado, é o Estado que
cria os Blocos Econômicos Regionais, principal forma de organização
do capital transnacional na globalização. Como já foi comentado, a
efetiva ação do Estado na minimização e/ou resolução da atual crise
financeira mundial categoriza sua importância, atuando com sua
"mão pouco invisível”, numa paráfrase invertida do Liberalismo
adamsmithiano.
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