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REVISÃO DE FILOSOFIA: 3º ano
AV2 – 3º BIMESTRE
PROF. RICARDO LIMA
Nietzsche: Crepúsculo dos Ídolos e sobre o Sofrimento
(Crítica a Schoppenhauer)
Moral do Rebanho:
Segundo Nietzsche, a moral cristã é uma moral geradora de ressentimentos e culpas, fundada na dimensão do
sofrimento, da renúncia de si mesmo, da piedade... típico de pessoas fracas.
Nietzsche critica todo e qualquer tipo de moral, pois estes foram instituídos por pessoas que nem se quer
conhecemos e que não fazem parte do contexto que vivemos. A moral tradicional não é válida, segundo ele, pois
tudo que é considerado justo e bom é sempre relativo a um grupo que possui interesses, ou seja, não se pode
afirma-la como algo universal. Na verdade, segundo Nietzsche, não existem valores imutáveis e universais.
Sofrimento:
Segundo Nietzsche, o sofrimento é algo importante para a vida, pois o homem é capaz de se perceber sempre na
sua condição de humano que é e busca superar-se, com essa superação ele torna-se cada vez mais forte e saberá
lidar com os sofrimentos futuros. “Não existe vida sem sofrimento, pois aumenta as forças vitais” dizia ele.
Transvalorização da moral:
Nietzsche buscava afirmar que até mesmo a moral deveria ser superada. Por transvalorização ele explica que
é a superação da moral tradicional, para que os atos do homem forte não sejam pautados pela mediocridade
das virtudes estabelecidas, ou seja, uma pessoa passou anos da sua vida se dedicando no aperfeiçoamento
de alguma habilidade e vem alguns e dizem que ele nasceu com o dom.
Crepúsculo dos Ídolos:
Nessa obra, Nietzsche faz críticas severas a toda história da filosofia e resolve golpear até sangrar. “A Filosofia
a golpes de martelo” é o subtítulo que Nietzsche dá à sua obra Crepúsculo dos ídolos. Tais golpes são
dirigidos, em particular, aos conceitos de razão e moralidade preponderantes nas doutrinas filosóficas dos
vários pensadores que o antecederam, desde Sócrates, passando por Kant, Hegel até Schoppenhauer.
Portanto, podemos concluir que as marteladas são dirigidas aos ídolos de toda espécie: racionalismos, moral,
filosofias, ideologias etc.
Nietzsche x Sócrates:
A crítica feita por Nietzsche a Sócrates consiste, principalmente, no que diz respeito a construção de
doutrinas morais estabelecidas por Sócrates no contexto grego do século III a.C. A filosofia antes de Sócrates
era Cosmológica, ou seja, a preocupação era: como todas as coisas surgiram no mundo? Com Sócrates isso
mudou, a pergunta a ser respondida é: como os homens devem viver em sociedade? Para Nietzsche isso foi
um mal feito à filosofia, que não deveria se preocupar em definir ações do homem, afinal, este possui uma
consciência racional capaz de pensar sobre o que é melhor para ele.
Nietzsche x Platão:
A crítica a Platão é ainda mais pontual. Nietzsche desconstrói a noção de “Mundo das Ideias” platônico,
afirmando que não passa de uma teoria sem valor, tendo em vista que não se pode prometer algo que não se
há, de modo concreto, uma amostra, portanto, o mundo perfeito não passa de uma ideia da imaginação, ou
seja, de uma promessa, que, segundo ele, não é capaz de convencer ninguém mais.
A verdadeira filosofia segundo Nietzsche:
Para este filósofo, a verdadeira filosofia é a pré-socrática, cosmológica, que busca entender qual o surgimento
do universo e da vida. Segundo Nietzsche, o maior filósofo é Heráclito, pois ele sim descobriu o movimento
real pelo qual se explica a existência das coisas. O constante devir, ou o vir a ser, deste filósofo, junto com a
noção de mudança constante, é a real filosofia, segundo Nietzsche.
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