Faculdade de Educação – Departamento de Estudos Básicos Disciplina: Sociologia da Educação I – A (EDU01005) Professora Neusa Chaves Batista Nascido em 21 de abril de 1864 na cidade de Erfurt, na atual Alemanha, Karl Emil Maximilian Weber foi um intelectual, jurista e economista considerado um dos fundadores da Sociologia. • Trabalhou na Universidade Humboldt de Berlim, na Universidade de Freiburg, na Universidade de Heidelberg, na Universidade de Viena e na Universidade de Munique • Personagem influente na política alemã da época, foi consultor dos negociadores alemães no Tratado de Versalhes (1919) e da comissão encarregada de redigir a Constituição de Weimar. • Depois de concluir seus estudos jurídicos, cursou Economia Política, História e Teologia. • Foi nomeado professor de Economia nas universidades de Freiburg em 1894 e de Heidelberg em 1896. Entre 1897, ano em que seu pai morreu, e 1901 sofreu de uma aguda depressão, de modo que do final de 1898 ao final de 1902 não realizou atividades regulares de ensino ou científicas • Publicada entre os anos de 1904 e 1905, sua obra mais importante é A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, na qual o autor mostra a relação entre a religião e o capitalismo, tema que era tendência no pensamento social alemão da época. Baseada na concepção de “Ação Social” e de que a Sociologia é uma ciência compreensiva. Recusa-se a tratar os fatos sociais como coisas e defende que estes fatos podem ser vistos de maneiras diferentes, dependendo do olhar de cada indivíduo tem sobre eles. Segundo ele, os valores são socializados e internalizados de formas diferentes, dependendo da relação do indivíduo com o meio social. Ação Social para Weber é quando um indivíduo leva os outros em consideração no momento de tomar uma atitude, de praticar uma ação. A sociedade não é um bloco, e sim uma teia, tratando-se de um processo subjetivo que não compromete a objetividade do conhecimento, desde que o investigador leve em consideração, na interpretação das ações e relações, os valores que ele atribui ao próprio ator social, isto é, aquele que prática a ação, e não os seus próprios valores (do investigador). • A Educação, segundo Weber, é o instrumento que propicia ao homem a preparação necessária para o exercício de atividades funcionais adequadas às exigências das mudanças ocasionadas pela racionalização que o homem irá se deparar socialmente. • O modelo ideal Weberiano é socialmente conduzido a três tipos de finalidade: 1. Despertar o carisma: esta primeira não se aplica a pessoas normais, mas aquelas pessoas capazes de revelar qualidades mágicas ou dons heroicos. 2. Preparar o aluno para uma conduta de vida: Weber chama de pedagogia do cultivo, pois propõe-se a formar o homem culto, cujo ideal de cultura seja condicionado ao meio social para o qual esta sendo preparado, implicando sua preparação para algumas formas de comportamento. 3. Transmitir conhecimento especializado: pedagogia do treinamento, ocorre com a racionalização da vida social. Neste processo a educação deixa gradualmente de ter como objetivo a formação do homem para o exercício da cidadania no contexto social mas para formar o especialista funcional que o capital precisa. • Treinar em vez de cultivar o intelecto • Associação racional como fins (institucionalizada) • Educação passa a ser fator de estratificação social e meio de obter distinção, honras, poder e dinheiro • Educação + Estado = Direitos e Burocracias racionais • Educação + Empresa = Treinamento racional, Lógica da produtividade • Educação sistemática é o modo pelo qual os homens são treinados para operar nas funções oferecidas através da racionalização da sociedade (administração racional, moldes burocráticos). • Ir à escola é uma ação social • Ações sociais: “pensar nos outros” relacionando (racionalmente) valores e/ou fins (ou irracionalmente, afetos) com alguma intencionalidade.