Crise do Feudalismo

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Suzana Lopes Salgado Ribeiro
Oficiais
Não oficiais
 Primeira Cruzada (Cruzada dos Barões) - 1096-
 Cruzada Popular (ou dos Pobres)

 Cruzada de 1101

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
1099
Segunda Cruzada – 1147 – 1149
Terceira Cruzada (Cruzada dos Reis) – 1187 –
1189
Quarta Cruzada – 1202 – 1204
Quinta Cruzada – 1217 – 1221
Sexta Cruzada (Frederico II) – 1228 – 1229
Sétima Cruzada – 1239 – 1244
Oitava Cruzada – 1270 – 1271
 Cruzada das Crianças de 1212.
 Cruzada Albigense 1209 – 1244
 Cruzada do Norte (secs XII, XIII e
XIV).
Expansão da Europa
Comércio dificultado
 Em busca de novos território
 A sobrevivência do Império Bizantino e
motivados pela expansão
demográfica, nobres europeus
migram para áreas conflituosas em
busca de novas terras, agora com
uma justificativa religiosa.
sua
prática
de
vanguarda
no
restabelecimento do comércio de
longa
distância,
favoreceu
significativamente o crescimento das
cidades italianas (JESTICE, 2012, p.52).
 Multiplicam-se
os
comerciantes
venezianos e genoveses no Oriente,
com ricas trocas e o quase monopólio
de Bizâncio em uma série de artigos.
 Após o desastre da Batalha de Manzikert
em 1071, o Império Bizantino é
gradativamente empurrado em direção a
Constantinopla, a capital.
 As dificuldades econômicas e militares
levam ao Império Alexius I Comnus.
Figura de boa oralidade e personalidade
forte que envia então ao papa Urbano II
um pedido de ajuda.
 [...] Ao longo do tempo mostrou-se evidente que as chances de maiores sucessos
[frente os seljúcidas] eram pequenas sem uma ajuda externa. Pensando friamente
nas opções, Alexius acreditou que a melhor esperança seria pedir ajuda ao
Ocidente. Os mercenários ocidentais, como Roussel de Bailleul, tinham provado, no
passado, que não eram confiáveis, mais tais homens poderiam ser magníficos
guerreiros. Tentativas de ajudar Bizâncio foram realizadas no Ocidente pelo Papa
Gregório VII logo após Manzikert, mas isso não deu resultado. Alexius resolveu
tentar novamente a ideia (BARTLETT, 1999, p.23).
 O Papa Urbano II via no pedido de Alexius uma oportunidade de se impor no
Oriente, de aproximar as duas Igrejas em um momento de fraqueza.
 As duas Igrejas estavam separadas desde 1054, a Cisma do Oriente.
 Motivado pelo pedido de Bizâncio e pelas necessidade de retirar da Europa um
excedente de nobres desprovidos de terras e causadores de conflitos internos,
de reabrir o comércio e apaziguar as mentalidades escatológica, o papa Urbano II
em passagem pela França, clama então a Primeira Cruzada, com o objetivo de tirar
Jerusalém e locais sagrados do cristianismo, da mão dos muçulmanos.
 “O oferecimento de recompensas espirituais aos guerreiros que combatessem os
muçulmanos em nome do papado [...]. Os papas reformadores generalizaram a
prática de recompensas espirituais e aplicaram-nas a todos aqueles que lutavam
em defesa de sua causa, numa reconquista cristã entendida, no sentido lato, contra
todos os inimigos da reforma, do papado, da Igreja romana, da Igreja universal, de
toda a Cristandade, tratados indistintamente como “inimigos de Deus” (FLORI,
2006, p.15).
 Cruzada
Popular:
mendigos, camponeses,
mulheres, padres –
Pedro,
o
Eremita,
Gualtiério Sem-Posses.
Primeira Cruzada: nobres vindos da
Lorena,
Normandia,
Lombardia,
Provença e o único representante de
uma casa real foi Hugo de Vermandois,
irmão mais novo de Filipe I da França.
A rota
 De 1096 a 1099, os nobres da Europa
percorreram toda a porção leste do
continente até a Hungria, adentrando o
Império Bizantino até a Terra Santa.
As conquistas
 Conquista de Jerusalém (1099) pelos
nobres cruzados, fundaram o Reino
Latino de Jerusalém com outros três
territórios vassalos: o Condado de
Edessa Balduíno I), o Condado de
Trípoli (Raimundo IV de Toulouse) e o
Principado de Antioquia (Boemundo de
Taranto).
 A partir do século XI, o feudalismo conhece uma expansão partindo do epicentro
francófono.
 Leste: A
Marcha para o Leste do Sacro Império Romano Germânico –
evangelização dos pagãos do Rio Vistula, criação de novos senhorios, fundação de
cidades.
 Oeste: Península Ibérica – Reconquista, formação dos Reinos Católicos Ibéricos:
Castelo, Navarra, Aragão, Leão e Portugal.
 Sul: Península Itália – Expedições saídas do Ducado da Normandia por senhores
sem posses em busca de novos territórios.
 Norte: Inglaterra – Conquista Normanda da Inglaterra em 1066 por Guilherme,
Duque da Normandia.
 Os reis merovíngios e carolíngios haviam feito do cavaleiro o
instrumento por excelência do combate, graças a grande oferta
de pastos e tipos deste animais que a Gália oferecia
(BARTHÉLEMY, 2010, p.191).
 Frente a crescente violência e destruição que as guerras entre
senhores passam a causar na Europa, há um esforço da Igreja em
buscar “civilizar” a guerra, ou mesmo proibi-la em certos dias.
 No século XI, três focos opunham os cristãos a populações tidas
como infiéis ou pagãs: a Península Ibérica com a presença
muçulmana desde 711, os eslavos pagãos do Rio Elba até o Rio
Vístula e a Cidade de Jerusalém, que desde 636 passou a sofrer
constantes flagelos em ocupações árabes e muçulmanas.
 “Inicialmente (a Paz de Deus) populariza a idéia de que monges, padres e freiras
não podem ser atingidos ou ameaçados, durante operações militares (a partir de
990, isso ocorre no reino da França e espalha-se rapidamente pela Europa, como
regra geral). Esta proteção estende-se posteriormente para pastores, crianças,
mercadores e peregrinos. Inclui também as igrejas, e as pessoas que vão ou voltam
delas, aos domingos. É a partir daí que, aos poucos, torna-se universalmente aceita
a idéia das igrejas como santuários” [...] (REZENDE FILHO, 1992, p.17).
Suzana Lopes Salgado Ribeiro
Crise agrícola – Fome
Crise econômica - Miséria
 Instabilidade climática
 Queda na produção de cereais
 Queda na produção de cereais
 Aumento do preço de alimentos
Crise social - Mortes
 Doenças
 Falta de higiene
 Cruzadas
 Peste
 Revoltas camponesas
 Baixa Idade Média
 Crise XIV
 Representou o “parto” da Modernidade
 Decorrência da vitalidade e da contínua
expansão (demográfica, econômica e
territorial)
 Rearanjos do XV (descobrimentos,
renascimentos, protestantismo, absolutismo)
 O ritmo histórico da Idade Média se acelera.

BARTHÉLEMY, Dominique. A Cavalaria: Da Germânia antiga à França do século XII. Campinas-SP: Unicamp, 2007.

BLOCH, M. A Sociedade Feudal. São Paulo: Edições 70, 1982.

DUBY, Georges. As Três Ordens ou o Imaginário do Feudalismo. Lisboa: Editorial Estampa, 1994.

FERNANDES, Fátima Regina. Cruzadas na Idade Média. In: MAGNOLI, Demétrio, História das Guerras. São Paulo: Contexto, 2006.

FLORI, Jean. Jerusalém e as Cruzadas. In: LE GOFF, Jacques & SCHMITT, Jean-Claude. Dicionário Temático do Ocidente Medieval, v. 01. São Paulo:
EDUSC, 2002.

FRANCO JÚNIOR, Hilário. A Idade Média: O Nascimento do Ocidente. 2a Ed. São Paulo: Brasiliense, 2001.

JESTICE, Phyllis G. História das Guerras e Batalhas Medievais. Trad. Ricardo Sousa. São Paulo: M.Books, 2012.

LE GOFF, Jacques. Mercadores e Banqueiros na Idade Média. Lisboa: Gradiva, 1956.

_______. Raízes da Europa Medieval. Petrópolis-RJ: Vozes, 2007.

REZENDE FILHO, Cyro de Barros. Guerra e Poder na Sociedade Feudal. São Paulo: Ática, 1995.

RUNCIMAN, Steven. História das Cruzadas, v. 01: A Primeira Cruzada e a Fundação do Reino de Jerusalém. Trad. Cristiana de Assis. Rio de Janeiro:
Imago, 2003.

SETTON, Kenneth M.. A History of the Crusades. Madison: Wisconsin University Press, 1969.

TÖPPER, Bernhard. Escatologia e Milenarismo. In: LE GOFF, Jacques & SCHMITT, Jean-Claude. Dicionário Temático do Ocidente Medieval, v. 01. São
Paulo: EDUSC, 2002.
 A vida rural a partir do ano mil conhece, apesar das diferenças e nuanças
regionais, uma uniformidade bastante grande, e essa uniformidade é marcada por
progressos técnicos importantes. [...] a rotação trienal assim a substituição do
arado pela charrua, particularmente nas planícies da Europa Setentrional [...] o
mais importante nesse processo de substituição talvez seja o da madeira pelo ferro
e dos asnos que deram lugar paulatinamente ao cavalo (LE GOFF, 2007, p. 77).
 A Europa Medieval nos séculos IX e X era uma cidadela cercada por três povos:
piratas Sarracenos, Cavaleiros Magiares e Vikings (BLOCH, 1982, p.19).
 O término das invasões fortaleceu a síntese feudal e a expansão demográfica,
tendo o ano 1000 sido um dos auges (LE GOFF, 1956, p.11 e DUBY, 1994, p.39).
 Em busca de novos território motivados pela expansão demográfica, nobres
europeus migram para áreas conflituosas em busca de novas terras, agora com
uma justificativa religiosa.
 O Papa Gregório VII, já esforçava-se na busca por cavaleiros para a proteção das
Terras Pontifícias frente as incursões normandas vindas do Sul da Itália.
Teologicamente então buscou-se uma nova ética, moral e atitudes que
legitimassem a guerra (FERNANDES, 2006, p.107).
 Sendo agora muito mais um homem livre, a partir do século XI, o cavaleiro teve seu
ritual de investidura lentamente sacralizado: o banho, a passagem da espada, o
resguardo do corpo, a oração. O cavaleiro é agora um defensor da Igreja.
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