Rumos da Rosa-dos-Ventos 1 – Orientação pelo Sol: Através da observação do movimento diurno aparente do Sol, podemos identificar três pontos cardeais: - Ao nascer, o Sol indica-nos o ponto cardeal ESTE (nascente, levante, oriente ou leste); - Ao meio-dia, no hemisfério norte, o Sol indica-nos o ponto cardeal SUL (meridião, austral, antártico ou meio-dia). No hemisfério sul, ao meio-dia, o Sol indica-nos o ponto cardeal NORTE (setentrião, boreal, ártico); - Ao pôr-se, o Sol indica-nos o ponto cardeal OESTE (poente, ocaso ou ocidente). 1 – Orientação pelo Sol: Com estes conhecimentos, ao nascer do Sol, podemo-nos orientar da seguinte forma: • estendemos o braço direito para o lado em que o Sol nasce, isto é, para o nascente ou Leste; • estendemos o braço esquerdo para o lado em que o Sol desaparece, isto é, para o poente ou Oeste; • à nossa frente fica o Norte; • às nossas costas fica o Sul. Determinação dos pontos cardeais pelo Gnómon 1 – Desvantagens da orientação pelo Sol: Apenas nos dias 21 de Março (equinócio de Março) e 22 ou 23 de Setembro (equinócio de Setembro) o Sol nasce exatamente a este e põe-se precisamente a oeste. Além disso, este processo de orientação apenas pode ser utilizado durante o dia e a sua correta utilização pode depender das condições atmosféricas. Por exemplo, num dia chuvoso e muito nublado podemos ter alguma dificuldade em ver o Sol e, consequentemente, em identificar os pontos cardeais. 2 – Orientação pela Estrela Polar: Identificamos a Estrela Polar na cauda de uma constelação apenas visível no Hemisfério Norte - a URSA MENOR. Este estrela indica-nos o ponto cardeal NORTE (setentrião, boreal ou ártico). Este é obviamente um processo que apenas pode ser utilizado durante a noite. 2 – Desvantagens da orientação pela Estrela Polar: Este processo de orientação apenas pode ser utilizado no hemisfério norte e durante a noite. Além disso, a sua correta utilização pode depender das condições atmosféricas. Por exemplo, numa noite chuvosa e muito nublada não conseguimos identificar as constelações. 3 – Orientação pelo Cruzeiro do Sul: Existe ainda um processo de orientação que utiliza como referência a constelação Cruzeiro do Sul, indicando o ponto cardeal SUL, mas este apenas é visível no Hemisfério Sul. Este processo de orientação, tal como o anterior, só se pode utilizar de noite. 4 – Orientação pela bússola: Este processo foi descoberto na China, tendo depois sido utilizado noutras regiões. Este aparelho possui uma agulha magnética que nos indica o norte magnético que não coincide com o norte geográfico, pois existe entre os dois uma diferença que designamos de declinação magnética. O norte magnético dista do norte geográfico aproximadamente 9º para oeste, no caso de Portugal. 4 – Desvantagens da orientação pela bússola: Só depois de considerarmos a declinação magnética é que podemos determinar com rigor o norte geográfico. Além disso, quando utilizamos uma bússola, devemos ter a preocupação de não a colocar perto de objetos de ferro ou aço, de linhas de alta tensão, ou junto de um telemóvel ou televisor, pois, nestes casos, a agulha da bússola desorienta-se. 4 – Orientação pelo GPS (Global Positionning System): Este processo de orientação utiliza um aparelho que recorre a uma rede de satélites artificiais para fornecer a localização. Este processo pode utilizar-se em qualquer momento do dia, sendo um dos mais exatos.