Assim que é admitido no hospital todas as atenções devem estar voltadas para a segurança do paciente/cliente. A segurança envolve desde o risco de infecções até outros riscos, como o de o doente cair do leito, receber medicamento errado, receber dieta pela via errada, na realização de um procedimento simples com bolsa de água quente e provocar queimaduras, na instalação de um dispositivo para incontinência urinária e provocar necrose peniana seguido de amputação. A falta de atenção dos profissionais de enfermagem pode acabar provocando efeitos adversos ou inesperados no local de onde os paciente/clientes deveriam sair curados. A segurança do paciente/cliente passa também pelo serviço de limpeza, lavanderia com a higienização das roupas e pela manutenção do hospital. A preocupação com a formação dos profissionais de enfermagem tanto de graduação como a nível técnico é expressiva. O cotidiano do cuidar estabelece situações que nem sempre são almejadas. As falhas muitas vezes fazem-se presentes pela falta de atenção, pela falta de conhecimento e até mesmo pela sobrecarga de trabalho. Os profissionais de enfermagem devem ser despertados a interessar-se pelo Código de Ética e compreender que estão passíveis de processo, não só na seara do Conselho de Classe, mas judicialmente, evitando infrações que posteriormente poderão comprometer sua vida profissional. Durante a formação profissional do Enfermeiro e do Técnico de enfermagem deveria ocorrer dedicação extrema do aluno. A formação deficiente se dá pela falta de empenho dos alunos, que alegam falta de tempo para estudar, pela sobrecarga de trabalho no contra-turno do curso. Essas justificativas não são plausíveis já que a escolha por estudar, fazer um curso será a futura profissão do aluno. Os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, devem sair da zona de conforto e atualizarem-se constantemente. Observa-se nos profissionais da enfermagem (técnicos e auxiliares de enfermagem) e até mesmo durante a formação profissiona de técnicos e auxiliares de enfermagem, desinteresse e fazer cursos de atualização, de participarem de congressos, seminários etc. Essa autosuficiência dos profissionais de enfermagem (técnicos e auxiliares de enfermagem e dos estudantes de cursos técnicos irá comprometê-los futuramente. Esse achar que sabe tudo e de que não precisa investir na profissão poderá ter um final nada agradável para os profissionais. Após abordar sobre Segurança do paciente, vamos abordar sobre o Perfil do profissional da enfermagem que está no mercado de trabalho em busca de uma vaga para trabalhar com pessoas, com “gente como a gente”. Os empregadores buscam para suas empresas profissionais comprometidos, responsáveis e com conhecimento técnico. Todo profissional que vai para o mercado de trabalho em busca de uma vaga, deve ter consciência que deverá estar bem preparado para assumir essa responsabilidade. Profissionais que falam demais, incoerentes, fazem críticas destrutivas, com falta de comprometimento e respeito com a instituição, colegas e demais membros que compõem a equipe de trabalho. Os profissionais da enfermagem ao assumirem um compromisso para trabalhar e prestar assistência hospitalar a vidas humanas devem estar preparados tecnicamente e atualizarem-se constantemente, devem investir na profissão semestralmente. Cada profissional, seja ele Enfermeiro, Técnico de enfermagem ou Auxiliar de enfermagem responderá judicialmente pelos danos causados a pacientes (lesão corporal ou óbito), devido a erros cometidos por falta de atenção ou por desconhecimento de procedimentos. Nenhuma falha do profissional será justificada. Portanto: Se você não está preparado, prepare-se antes de assumir qualquer responsabilidade na assistência ao paciente/cliente, pois sua falta de conhecimento poderá custar a Os profissionais de enfermagem encontram muitas dificuldades na comunicação escrita. Muitos erros de gramática e de concordância. A Biossegurança “é um conjunto de ações voltadas para a prevenção, diminuição ou eliminação de riscos inesperados ás atividades que apresentam riscos que podem comprometer a saúde ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.” São equipamentos de uso obrigatório usados pelo trabalhador no ambiente de trabalho. Tem como objetivo a proteção do trabalhador exposto a riscos de acidentes. Riscos freqüentes Um dos acidentes mais freqüentes para os profissionais da enfermagem são os acidentes com pérfuro-cortantes. • Infecções transmitidas pelo vírus da hepatite B, C – através do sangue; • HIV – através do sangue e matéria orgânica. Lavar as mãos antes de calçar as luvas; Antes e após a realização de procedimentos. Limpeza e/ou desinfecção superfícies após uso entre um paciente e outro. Lavar as mãos após a retirada das luvas de proteção Descartar material pérfuro-cortante logo após o uso, SEM desconectar a agulha da seringa, mantendo o recipiente coletor próximo ao local onde o procedimento foi realizado; Observar o limite do recipiente coletor a fim de não utilizar mais de 2/3 da capacidade total; Vacinar-se contra a hepatite B; Artigos: Uso de material esterilizado para aplicações de injeções; Observar as condições da embalagem que deverá ser íntegra, não podendo estar molhada, umedecida, rasgada; Observar o prazo de validade da esterilização do material a ser utilizado. Ambiente • O ambiente hospitalar constituído pelo ar, água, superfícies inanimadas (piso, parede, teto, portas, janelas, mobiliários, equipamentos, etc.), podendo ser foco de infecções. Obs: embora não seja o principal meio de transmissão, os cuidados com o ambiente são necessários e estão fundamentados na limpeza e desinfecção normatizadas pelas instituições. Equipe Para prevenir e controlar infecções, a equipe de saúde deve utilizar medidas para impedir a penetração de microorganismos em local estéril(assepsia) As técnicas assépticas devem ser utilizadas em todos os procedimentos. Ex. evitar contaminar a agulha ao aplicar uma injeção. Quando o objetivo é reduzir e prevenir o crescimento do microorganismo em tecidos vivos,utilizamos o termo antissepsia, isto é utiliza-se o álcool a 70% na pele do paciente antes de aplicar uma injeção. • As mãos são as principais vias de transmissão de infecção hospitalar e sua adequada lavagem é fundamental para a sua prevenção. A equipe hospitalar (enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem), ao iniciar suas atividades devem lavar as mãos com água e sabão.Em unidades críticas de alto risco, há necessidade de remover adornos (anéis, pulseiras e relógios) e lavar as mãos, o antebraço, até o cotovelo, com sabão degermante. • Microorganismos adquiridos por contato direto com o meio ambiente, contaminam a pele temporariamente e não são considerados colonizantes. Esses microorganismos podem ser facilmente removidos com água e sabão. No entanto no ambiente hospitalar podem facilmente ser transmitidos de um indivíduo para o outro. • Composta por microorganismos que vivem e se multiplicam nas camadas mais profundas da pele, glândulas sebáceas, folículos pilosos, feridas ou trajetos fistulosos. • Eliminar o grande número de microorganismos das mãos, removendo sujidade; • Prevenir infecções; • Obter conforto. Sabão comum- auxilia na ação mecânica da lavagem das mãos, remove a sujidade da flora transitória. Sabão degermante- antimicrobiano que inibe a reprodução de microorganismos. Papel - toalha A administração de medicamentos é o processo de preparo e introdução de medicamentos no organismo humano, visando efeitos terapêuticos. Para administrar um medicamento de maneira segura a equipe de enfermagem deverá observar determinadas regras que são de grande responsabilidade. Essas regras foram resumidas e fazem parte dos CINCO CERTOS. • Os cinco certos fazem partes das regras que a enfermagem deve seguir rigorosamente e que são de extrema importância para segurança na administração de medicamentos. São eles: Paciente certo, Medicamento certo,Hora certa e Via de administração certa. O Enfermeiro e o Técnico de enfermagem devem observar atentamente a Prescrição do medicamento (nome do medicamento, dose a ser administrada, Via a ser administrada e horário a ser administrado). Observar o rótulo dos medicamentos durante a separação dos mesmos, observando a data de validade e aspecto, para posterior preparo. • Após a separação do medicamento é o momento de aspirar o conteúdo do medicamento prescrito. • A enfermagem ao ler a prescrição saberá a dose a ser aspirada, a qual está expressa na prescrição do médico. Caso a dose prescrita seja maior ou menor do que o medicamento fornecido pela Farmácia o Enfermeiro ou Técnico deverá calcular a dose necessária utilizando-se da REGRA DE TRÊS. Exemplo: (dose disponível) 100 mg 60 mg (dose prescrita) (diluente) 10 ml X (dose a ser administrada) • O medicamento deverá começar a ser preparado no mínimo 30 minutos antes da administração dependendo da quantidade a ser preparada. • O conhecimento da enfermagem é demonstrada quando sabem da importância de NUNCA atrasar a administração dos medicamentos, principalmente ANTIBIÓTICOS. A via de administração do medicamento deve estar circulada na prescrição em destaque e ser anotada na etiqueta adesiva no momento em que o Técnico de enfermagem transcreve o medicamento para ser preparado. Durante a fase de preparo dos medicamentos, o profissional de enfermagem deve estar atento para NÃO errar, assegurando que o paciente receba corretamente a medicação. O Profissional de enfermagem lerá atentamente a prescrição médica e o rótulo do medicamento, calculará a dosagem do medicamento a ser administrado. A seringa, frasco de soro, copinhos, entre outros deverá ser identificado corretamente com: nome do paciente/cliente; número do quarto/leito; horário em que o medicamento será administrado; dosagem do medicamento a ser administrado e via de administração do medicamento. Os profissionais que trabalham na área da saúde e atendem vidas humanas NÃO podem cometer erros e devem dispensar muita atenção tanto no momento do preparo dos medicamentos como durante a administração dos medicamentos. Cuidados na Administração do medicamento e Dietas: Verificar atentamente a Via de Administração de Medicamentos; Administrar dietas enterais pelas sondas enterais ou nasogástricas, observar para que a dieta não seja instalada na veia do paciente (levando a óbito). Observação: O suporte para administração de dietas deverá ficar do lado oposto dos frascos com soluções venosas. Estas medidas auxiliam o profissional nessa fase de trabalho: • Lavar as mãos antes e após o preparo e administração de medicamentos; • Preparar o medicamento em ambiente com boa iluminação; • Evitar distração, diminuindo o risco de erro; • Todos os medicamentos preparados deverão ter etiqueta para identificação; • Ler e conferir o rótulo do medicamento várias vezes; • Verificar a integridade do invólucro do medicamento, da embalagem que protegem a seringa e a agulha; • Abrir embalagens pelo lado correto; • Adaptar a agulha na seringa com cuidado, evitando contaminação da agulha, do êmbolo, parte interna do corpo da seringa e sua ponta. • Todas as medicações administradas devem ser checadas no prontuário; • Utilizar bandeja para medicação limpa e desinfetada com álcool a 70%; • Quando a preparação de medicamentos é para mais de um paciente é fundamental organizar a bandeja dispondo-os na seqüência de administração. Para a administração de medicação por Via Parenteral (intradérmica, subcutânea, intramuscular e intravenosa), necessitamos de agulhas e seringas. A via parenteral é utilizada quando desejamos aplicar substâncias diretamente no tecido. Estas vias possibilitam absorção rápida e precisão em determinar a dose desejada e administração de determinadas drogas que são destruídas pelo suco gástrico. Desvantagens: dor causada pela punção ou pela irritação da droga. • • • • • Infecções Alergias Má absorção das drogas Embolias Traumas Bandeja contendo: • Seringa; • 02 Agulhas (uma para aspiração e outra para a aplicação do medicamento); • Medicação prescrita; • Recipiente com algodão embebido em álcool à 70%; • Saco para lixo; • Algodão seco. Cuidados: Transcrever os medicamentos do prontuário para a etiqueta adesiva contendo: nome do paciente, quarto/leito, medicamento, dosagem, via de administração e horário. Fazer a limpeza da bancada onde a medicação será preparada; Fazer a desinfecção da bandeja com algodão embebido em álcool á 70%; Separar os medicamentos conferindo-os atentamente; Providenciar o material necessário para o preparo das medicações; Lavar as mãos antes de iniciar o preparo da medicação; Abrir os invólucros dos materiais, sem rasgar a embalagem; Conectar a agulha de aspiração na seringa. Ampolas: Fazer desinfecção do gargalo da ampola com algodão embebido em álcool á 70%; Proteger o gargalo da ampola com algodão; Quebrar o gargalo da ampola; Desprezar o gargalo da ampola e o algodão; Colocar a ampola entre os dedos indicador e médio com uma das mãos e pegar a seringa com os dedos polegar e indicador da outra mão; Adaptar a agulha na ampola, cuidando para não tocar na borda da mesma; Aspirar a quantidade de medicamento necessário, virando a ampola aos poucos, conforme necessidade; Retirar o ar da seringa, mantendo-a verticalmente com a agulha para cima, girando o êmbolo lentamente; Retirar a agulha da ampola e em seguida desconectá-la da seringa; Conectar a agulha de aplicação na seringa; Identificar a seringa e colocá-la na bandeja. Frasco/ampola: Retirar a tampa metálica do frasco; Proceder a desinfecção da tampa de borracha com algodão embebido em álcool á 70%(reservar); . Proceder a abertura da ampola do diluente e da seringa e agulha, conforme orientação anterior. Aspirar o diluente seguindo as orientações da técnica para ampolas(sem troca da agulha); Segurar o frasco com os dedos indicador e médio; Introduzir a ponta da agulha no frasco injetando o diluente contido na seringa; Retirar a agulha e a seringa do frasco; Homogeinizar conteúdo do frasco com movimentos rotatórios, até a diluição do medicamento, evitando a formação de espuma; Introduzir a ponta da agulha no frasco; Colocar o frasco em posição vertical, com o êmbolo da seringa voltado para baixo, aspirando a dose prescrita; Retirar o ar da seringa, mantendo-a verticalmente, com a agulha voltada para cima, girando o êmbolo lentamente; Trocar a agulha e identificar a seringa. As vias abaixo relacionadas correspondem as Vias de Administração Parenteral comumente utilizada: •Via Intramuscular •Via Endovenosa •Via Intradérmica •Via Subcutânea Via Intramuscular Via Endovenosa Via Intradérmica Via Subcutânea Na administração intramuscular a solução medicamentosa é introduzida dentro do músculo, situado abaixo do tecido subcutâneo.O músculo escolhido deve ser bem desenvolvido, de fácil acesso e não conter grandes vasos e nervos em nível superficial. Indicações: Administração de substâncias irritantes; Aplicar um maior volume de soluções; Introdução de substâncias de difícil absorção (metais pesados), medicamentos oleosos e outras substâncias consistentes. Ângulo da agulha: 90º - perpendicular a pele. Volume a ser aplicado: até 5 ml em adultos, não sendo recomendado a aplicação de mais de 3 ml no músculo deltóide. Obs. Quando o volume exceder, deve ser fracionado e aplicado em diferentes regiões (ex. se for 8ml (aplicar 3 ml na região deltóide e 5 ml na região glútea). As soluções irritantes tais como: voltarem, deve ser aplicado na região glútea profundamente (utilizar agulha com comprimento maior). Posicionamento do paciente/cliente: A posição do paciente/cliente deve ser confortável e possibilitar a menor contração do músculo e das sensações dolorosas. Tamanho da Agulha: O tamanho da agulha será escolhido de acordo com a idade do cliente, a espessura do tecido subcutâneo e a solubilidade da droga a ser injetada. Para uma pessoa obesa, a agulha deverá ter um comprimento maior, para medicamentos menos solúveis, o calibre deve ser maior. O músculo deltóide é o mais importante dessa região. Desvantagens: Grande sensibilidade local; Pequena massa muscular para absorver o medicamento; Não permite a aplicação de grandes volumes de solução medicamentosa (máximo 3 ml); Não recomendada para injeções consecutivas de substâncias irritantes. Contra-indicações: Aplicação de injeções consecutivas; Clientes com pequeno desenvolvimento muscular local; Crianças de 0 a 10 anos; Volume superior a 3 ml; Clientes com complicações vasculares de membros superiores, acometidos por acidente vascular cerebral com parestesia ou parilisia dos braços; Clientes mastectomizadas (retirada da mama e/ou esvaziamento axilar). Posição do cliente: sentado ou em pé, braço flexionado em posição anatômica, expondo o ombro e o braço; Localização da punção: face lateral do braço, aproximadamente 4 dedos abaixo da região acromial, no centro do músculo deltóide. A região glútea é composta por três músculos: glúteo máximo, médio e mínimo. Estes músculos são muito utilizados nas rotinas diárias, são bastante desenvolvidos, sua circulação é bastante ativa, absorvendo rapidamente as medicações injetadas. A região dorsoglútea corresponde ao quadrante superior externo, sendo composta pelo músculo glúteo máximo.é uma região muito utilizada devido sua extensão, porém apresenta algumas desvantagens e complicações. Desvantagens: Grande espessura do tecido subcutâneo dificulta o acesso ao tecido muscular; Complicações: Lesões do nervo ciático; Paralisia dos músculos da perna (pode apresentar dor instantânea ou não); Encurtamento das pernas (em crianças). Contra-indicações: Adultos com mais de 60 anos; Crianças menores de 02 anos; Pessoas com pequena massa muscular. Posição do cliente: Decúbito ventral por proporcionar relaxamento dos músculos da região. A posição lateral não é a mais adequada por distorcer os limites anatômicos da região, aumentando o risco de punções mal localizadas. Localização da Punção: Quadrante superior externo – é determinado dividindo a região glútea em quatro partes. Angulação da agulha: 90º graus, perpendicular á pele. Técnica de aplicação: É composta pelos músculos glúteos médio e mínimo. É uma região livre de estruturas importantes, sendo mínimo os riscos de complicações. Posição do cliente: em pé ou em decúbito lateral. Localização da punção: Colocar a mão dominante no quadril direito do cliente, espalmando a mão sobre a base do grande trocânter do fêmur; Localizar com a falange distal do dedo indicador, a espinha ilíaca ânterosuperior direita; Estender o dedo médio ao longo da crista ilíaca e formar, com o indicador, um triângulo. A punção deve ser feita neste triângulo, com a agulha, ligeiramente dirigida para a crista ilíaca. Angulação da Agulha Em caso de aplicação no lado esquerdo: Colocar o dedo médio na espinha ilíaca ântero-superior e depois afastar o indicador formando o triângulo. Nas aplicações em crianças, colocar o espaço interdigital dos dedos médio e indicador na saliência do trocânter. Agulha com um angulo de 90º, ligeiramente direcionada á crista ilíaca. O músculo vasto lateral é o maior dos componentes do quadríceps femoral na face ântero-lateral da coxa. Esta região tem como fator favorável, o fácil acesso, tanto para o profissional quanto ao próprio cliente, que poderá fazer suas próprias aplicações. É uma região livre de vasos e nervos importantes. Indicada para bebês, crianças e adultos. Contra-indicações: Recém- nascidos de 0 a 28 dias Posição do cliente: Sentado, com flexão da perna Deitado, em decúbito dorsal, com os membros inferiores em extensão. Localização da punção: Dividir a coxa longitudinalmente em três partes iguais. A punção será realizada na região ântero-lateral do terço médio. Angulação da agulha: 90º Volume aplicado: no máximo 3 ml A via subcutânea ou hipodérmica consiste na introdução da solução no tecido subcutâneo. Esta via é utilizada principalmente para soluções que não precisam de absorção rápida. Sua absorção é lenta, porém assegura absorção contínua e segura. Obs. Comumente usada para administração de vacinas, insulina, adrenalina, heparina. Seringa e agulha indicada: Seringa de até 2 ml Agulhas 13 x 4,5 ou menor Obs. Quando não se utiliza agulha curta (13 x4,5), a angulação será de 45º para indivíduos normais, 60º para obesos e 30º para pacientes excessivamente magros. Localização da punção: Os locais para injeções devem ser afastados das articulações, nervos e grandes vasos. Locais Indicados: Partes externas e superiores dos braços, laterais externas e frontais das coxas, região gástrica, hipocôndrio direito e esquerdo, nádegas, região dorsal logo acima da cintura. Locais Contra- indicados: Não deve ser administrado em antebraços e pernas, proximidade do umbigo e cintura, próximo de articulações, região genital e virilha. Posição do cliente: Em pé, deitado ou sentado Técnica de aplicação: • Nessa via, o medicamento é administrado na derme. Indicação: • Administração de Vacina BCG, testes diagnósticos e de sensibilidade Material: Seringa de 1 ml (insulina) Agulha 10 X 5 e 13 X 4,5 ou 13 X 3,8 Local da punção: local com pouca pigmentação, pobre em pêlos, com pouca vascularização superficial e de fácil acesso para a leitura dos resultados de testes. BCG- padronizada internacionalmente na região deltóide do braço D Testes de Sensibilidade- região escapular, face interna do antebraço. Volume: não ultrapassar 0,5 ml. Obs. O preparo da medicação é executado da mesma forma do preparo da injeção intramuscular, no entanto na intradérmica devemos observar criteriosamente, a dose administrada que não deve ser superior a 0,5 ml. 1. Lavar as mãos; Obs. Para não interferir na reação da droga, a injeção ID geralmente é feita sem antissepsia do local. Não é necessário aspirar ao aplicar, já que a derme é relativamente avascular. O local não deve ser massageado após administração do medicamento. A via endovenosa consiste na medicamentos diretamente na veia. aplicação de A Terapia intravenosa ou Endovenosa é definida como um conjunto de conhecimentos e técnicas que visam a administração de soluções ou fármacos no sistema circulatório e abrange variados aspectos do cuidado, como o preparo do paciente e família para a terapia, a escolha e obtenção do acesso venoso periférico, o cálculo, o preparo e a administração de fármacos e soluções, a monitorização das infusões, troca de soluções e dispositivos de infusão, a realização de curativos, a retirada de cateteres, avaliação da tecnologia utilizada, bem como a prevenção ou identificação precoce de complicações associadas. É uma via utilizada quando se faz necessária a ação rápida da medicação, para reposição de líquidos, para administração de drogas contra-indicadas por outras vias, por sofrerem a ação dos sucos digestivos ou por serem irritantes para os tecidos. O tamanho da seringa variará de acordo com o volume a ser injetado. Dispositivos Intravenoso O tamanho das agulhas varia, podendo ser utilizados dispositivos intravenosos de acordo com as condições físicas e idade do paciente, volume e tempo de infusão do medicamento. Aplica-se em veias acessíveis e de grande calibre: Veias Digitais Veias Metacarpianas Rede venosa dorsal Veia mediana do antebraço Veia cefálica acessória Veias antecubitais Veia basílica Veia cefálica As veias digitais são visualizadas ao longo das faces laterais e dorsais dos dedos. Vantagens: Podem ser usadas para terapia de curta duração; Podem ser usadas quando outras vias não estão disponíveis. Desvantagens: Exigem a imobilização dos dedos com uma tala, que diminui a capacidade de usar a mão e mexer os dedos; É um local incômodo para o cliente; Tem maior risco de infiltração do medicamento; Não estão indicadas se as veias do dorso da mão estiverem sendo utilizadas. As veias metacarpianas são localizadas no dorso da mão. São formadas pela união das veias digitais entre os nós dos dedos. Veias Metacarpianas Vantagens: Acesso fácil; Ficam apoiadas sobre o dorso da mão; Deslocamento do acesso é mais difícil; Em adultos ou crianças maiores, os ossos da mão funcionam como suporte. Veias Metacarpianas Desvantagens: Movimentos da articulação do pulso diminuídos, a não ser que se utilize um cateter curto; Provável inserção dolorosa, por causa do grande número de terminações nervosas na mão; Provável flebite no local. Rede venosa Dorsal A rede venosa dorsal está localizada na face dorsal do antebraço. Rede Venosa Dorsal Vantagens: São fixadas pelas veias metacarpianas, o que torna mais fácil o acesso; Rede Venosa Dorsal Desvantagens: Pode ser de difícil visibilidade ou palpação; Pode ser de difícil acesso em idosos, devido a diminuição do turgor da pele; Dificulta a alimentação do cliente e a escrita, se o dispositivo for colocado no braço dominante; Veia Mediana do antebraço A veia mediana do antebraço surge na palma da mão e percorre a face ventral do antebraço. Veia Mediana do antebraço Vantagem: Fixa bem agulhas do tipo borboleta (scalp). Desvantagens: Possível inserção ou lesão por infiltração dolorosa devida a grande quantidade de terminações nervosas na região; Alto risco de infiltração. Veia Cefálica acessória A veia cefálica acessória corre ao longo do rádio, como prolongamento das veias metacarpianas do polegar. Veia Cefálica acessória Vantagens: Veia calibrosa, e aceita com facilidade agulhas de maior calibre; Não prejudica a mobilidade; Não exige imobilização do braço,em crianças maiores e adultos. Excelente para punção venosa; Veia Cefálica acessória Desvantagens: Desconforto durante os movimentos, devido á localização do dispositivo. Veias antecubitais • Estão localizadas na fossa antecubital (veias medianas cefálica, no lado radial, mediana basílica, no lado cubital, e mediana cubital, em frente á articulação do cotovelo). Veias antecubitais Vantagens: Veias calibrosas, facilitam a coleta de sangue; São visíveis e palpáveis em crianças; Utilizadas com frequência em situações de emergência . Veias antecubitais Desvantagens: Dificuldade de imobilizar a área do cotovelo; As veias podem apresentar-se esclerosadas, se o local foi usado com frequência para coleta de sangue. Veia Basílica A veia basílica percorre a face cubital do antebraço e do braço. Veia Basílica Vantagem: Aceita com facilidade agulhas de grosso calibre; Veia reta e resistente, adequada para punção. Veia Basílica Desvantagens: Posição incômoda do cliente durante a punção; Inserção dolorosa, devido á penetração da derme, onde se encontram terminações nervosas; A fixação da veia pode ser difícil. Veia Cefálica A veia cefálica percorre a face radial do antebraço e do braço. Veia Cefálica Vantagens: Veia calibrosa, excelente para punção; Aceita com facilidade agulhas de grosso calibre; Não prejudica a mobilidade. Dispositivos para punção venosa I-Cateter venoso periférico Finalidade: Terapia de longa duração para clientes ativos e agitados. Dispositivos para punção venosa Vantagens: Menor probabilidade de perfuração inadvertida da veia do que com agulha tipo borboleta (scalp); Mais confortável para o cliente; Linha radiopaca para localização fácil; Não há necessidade de restrição de movimentos. Dispositivos para punção venosa Desvantagens: Inserção difícil; É necessário cuidados especiais para se verificar a inserção da agulha e do cateter na veia. Dispositivos para punção venosa II- Agulha do tipo borboleta(scalp) Finalidade: Tratamento de curta duração para adultos cooperativos; Tratamento de qualquer duração para bebês e crianças; Tratamento de qualquer duração para idosos com veias frágeis ou esclerosadas; Administração de dose única. Dispositivos para punção venosa Vantagens: Agulha de parede fina, muito afiada; Ideal para administração de medicamentos em bolo; Disponível com um cateter que pode ser mantido no local tal como o cateter venoso periférico. Dispositivos para punção venosa Desvantagens: Ocorre infiltração com facilidade quando se utiliza agulha rígida. Técnica para fixação das veias Fossa antecubital • Instruir o paciente a fechar o punho e estender completamente o braço; • Com o polegar, fixar a pele 5 a 7,5 cm abaixo da fossa antecubital. Flebite A Flebite é definida como uma inflamação na veia, em que as células endoteliais da parede venosa tornamse inflamadas e ásperas, favorecendo a aderência de plaquetas. Sinais e sintomas da flebite: edema, dor, desconforto e eritema ao redor da inserção do cateter venoso periférico ou ao longo do trajeto da veia. Escala para Avaliação da Flebite Grau 0 Sem Sinais clínicos Grau 1 Presença de eritema na inserção do cateter com ou sem dor Grau 2 Dor no local de inserção do cateter com eritema e/ou edema. Grau 3 Dor no local de inserção do cateter com eritema e/ou edema, endurecimento, cordão fibroso palpável. Grau 4 Dor no local de inserção do cateter com eritema e/ou edema, endurecimento, cordão fibroso palpável maior que 1 centímetro de comprimento, com drenagem purulenta. Ações de enfermagem na ocorrência de Flebite Interromper a terapia intravenosa e reiniciar em outro local; Aplicar compressas quentes para diminuir o desconforto e registrar todos os procedimentos no prontuário. Hematomas Hematomas Caracterizado por infiltração de sangue no tecido subcutâneo causando sensibilidade no local da punção, área de constusão ao redor e impossibilidade de infusão. Ações de enfermagem na ocorrência de hematomas: Retirar o dispositivo venoso e aplicar pressão; Compressas quentes na região afetada para facilitar a reabsorção. Ações de enfermagem para prevenção de hematomas: Escolha sempre uma veia de acordo com diâmetro do cateter; Soltar o torniquete assim que tenha sido realizada a inserção do cateter. Infecção Consiste na presença de bactérias na veia do local de inserção ou sistêmica. A infecção local pode ser caracterizada por rubor, calor e secreção purulenta no sítio de inserção, já na infecção sistêmica ocorre febre, calafrios, indisposição e leucócitos elevados. Ações de enfermagem na ocorrência de infecção: Parar a infusão e reiniciar em outro local; Tratar com antibióticos adequados conforme prescrição médica; Encaminhar cultura do local e do dispositivo; Monitorar Sinais Vitais. Ações de enfermagem para prevenção de infecção: Manter assepsia rigorosa quando lidar com as infusões intravenosas; Utilizar membro para punção livre de foco infeccioso; Tratar o local de inserção do cateter em 72 horas; Trocar fixação do cateter diariamente ou em presença de umidade; Realizar precauções padrão. Infiltração Caracterizada pelo extravazamento de líquido para forra do vaso sanguíneo, causando edema, resfriamento no local, velocidade de infusão lenta e ausência do retorno venoso. As causas são o desalojamento do dispositivo de acesso venoso ou perfuração da veia. Ações de enfermagem na ocorrência de infiltração: Interromper a infusão e puncionar outro acesso para reiniciar a infusão acima do local da infiltração ou em outro membro. Aplicar compressas quentes com a finalidade d diminuir o edema local. Ações de enfermagem para prevenção de infiltração: Monitorar frequentemente o local de inserção venosa; Evitar locais de infusão sobre articulações; Utilizar regiões para inserções sobre ossos longos que atuam como uma tala. Oclusão Bloqueio da cânula por trombos ou coágulos, causando desconforto no local de inserção e refluxo sanguíneo observado no equipo. Ações de enfermagem na ocorrência de oclusão: Irrigar suavemente os dispositivos venosos, se houver resistência não forçar, pois pode haver coágulos e o êmbolo ganhar a corrente sanguínea; Retirar o cateter e realizar nova punção. Ações de enfermagem para prevenção de oclusão: Irrigar o acesso venoso com solução salinizada a 0,9%, sempre após administração de medicamentos intermitentes; Manter a velocidade de fluxo adequada.