Professor Hudson de Paula Crescimento da população mundial Há cerca de 2000 anos atrás, a população global era de cerca de 300 milhões de habitantes. Decorreram-se mais de 1600 anos para que a população do mundo dobrasse para 600 milhões. O contingente populacional estimado para o ano de 1750, era de 791 milhões de pessoas, das quais 64% viviam na Ásia, 21% na Europa e 13% na África. A humanidade gastou, portanto, dezenas de milhares de anos para alcançar o primeiro bilhão de habitantes, fato ocorrido por volta de 1802. Por volta de 1927, 2 bilhões de habitantes. O terceiro bilhão foi atingido em 1961, e assim por diante. A população mundial em 1950 era de 2,5 bilhões de pessoas. Em 2000 já haviam mais de 6 bilhões de humanos no planeta. Crescimento da população mundial Com esse crescimento, vieram os problemas... Os índices de crescimento populacional são, há muito tempo, alvo de estudos e preocupações por parte de demógrafos, geógrafos, sociólogos e economistas. Há, assim, diversos estudos e apontamentos sobre o crescimento, a diminuição e a estabilização dos quantitativos populacionais em todo o mundo. Para explicar, de uma forma sistemática, essas dinâmicas, existem as teorias demográficas. Até o momento, houveram quatro teorias: Malthusiana Neomalthusiana Ecomalthusiana Reformista ou Marxista Teoria Malthusiana Thomas Robert Malthus (1776-1834) – economista. Segundo Malthus, a população mundial cresceria em um ritmo rápido, comparado por ele a uma progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64...), e a produção de alimentos cresceria em um ritmo lento, comparado a uma progressão aritmética (1, 2, 3, 4, 5, 6...). Assim, segundo a visão de Malthus, ao final de um período de apenas dois séculos, o crescimento da população teria sido 28 vezes maior do que o crescimento da produção de alimentos. Dessa forma, a partir de determinado momento, não existiriam alimentos para todos os habitantes da Terra, produzindo-se, portanto, uma situação catastrófica, em que a humanidade morreria de inanição. Malthus chegou a propor como única solução - para o problema da defasagem entre população e alimentos - o que ele chamou de "sujeição moral", ou seja, a própria população deveria adotar uma postura de privação voluntária dos desejos sexuais, com o objetivo de reduzir a natalidade, equilibrando o crescimento demográfico com a possibilidade de expansão da produção de alimentos. Teoria Neomalthusiana O neomalthusianismo somente se firmou entre os estudiosos da demografia após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), em função da explosão demográfica ocorrida nos países subdesenvolvidos. Esse fenômeno foi provocado pela disseminação, nos países subdesenvolvidos, das melhorias ligadas ao desenvolvimento da medicina, o que diminuiu a mortalidade sem, no entanto, que a natalidade declinasse. Os neomalthusianos analisam essa aceleração populacional segundo uma ótica alarmista e catastrófica, argumentando que, se esse crescimento não for impedido, os recursos naturais da Terra se esgotarão em pouco tempo. Para conter o avanço populacional, esses teóricos utilizam várias propostas, principalmente a da adoção de políticas visando o controle de natalidade, que se popularizaram com a denominação de Planejamento Familiar. Analisar os casos de Portugal, Alemanha e Japão. Teoria Ecomalthusiana É o ressurgimento da teoria de Malthus dentro desse novo paradigma, o ambiental. Para a teoria ecomalthusiana, controlar o crescimento populacional é uma das formas de preservar a natureza, pois, quanto maior a população, maiores os impactos ambientais. Segundo os ecomalthusianos, os países subdesenvolvidos são os que mais degradam o ambiente devido aos altos índices de natalidade. É bem verdade que os países subdesenvolvidos, como é o caso do Brasil, às vezes são omissos em relação aos problemas ambientais, porém já foi provado que os países que mais degradam o meio ambiente são os que detêm o padrão de comportamento consumista encontrado nos países desenvolvidos. Teoria Reformista ou Marxista As ideias básicas desta teoria são todas contrárias às de Malthus: sua principal afirmação nega o princípio malthusiano, segundo o qual a superpopulação é a causa da pobreza. Para os reformistas, é a pobreza que gera a superpopulação. De acordo com a teoria reformista, se não houvesse pobreza as pessoas teriam acesso a educação, saúde, higiene, etc., o que regularia, naturalmente, o crescimento populacional. Portanto, é exatamente a falta dessas condições o que acarreta o crescimento desenfreado da população. Neste caso, é necessário explicar a origem da pobreza: os reformistas atribuem sua origem à má divisão de renda na sociedade, ocasionada, sobretudo, pela exploração a que os países desenvolvidos submetem os países subdesenvolvidos. Assim, a má distribuição de renda geraria a pobreza - e esta, por sua vez, geraria a superpopulação. Os reformistas defendem que os governos deveriam implantar uma política de reformas sociais - na tecnologia, para aumentar a produção e resolver definitivamente o problema da sobrevivência humana, e na distribuição da renda, visando o acesso da maioria às riquezas produzidas. Só assim o problema da pobreza se resolveria. E, resolvendo o problema da pobreza, se resolveria também o problema da superpopulação. Ou seja, não haveria mais desequilíbrio entre uma e outra. População Economicamente Ativa PEA População Economicamente Ativa – é um conceito elaborado para designar a população que está inserida no mercado de trabalho ou que, de certa forma, está procurando se inserir nele para exercer algum tipo de atividade remunerada. Não há um método consolidado em todo o mundo para definir aqueles que fazem parte da PEA. Por exemplo, nos países subdesenvolvidos, o índice inclui os indivíduos que possuem entre 10 e 60 anos, já nos países desenvolvidos geralmente considera-se apenas aquele que possui mais de 15 anos de idade. Assim, a parte da população que está desempregada e que não busca empregos, como crianças menores que 10 anos, estudantes que não trabalham, donas de casa que exercem apenas funções domésticas não remuneradas, entre outros, é incluída naquilo que se denomina por População Economicamente Inativa. Relação entre população e economia Setores da economia brasileira: Setor Primário: atividades ligadas a natureza. Agricultura e pecuária. 20% Setor Secundário: ligados a transformação do espaço. Indústria e construção civil. 21% Setor Terciário: relacionado a administração/organização do meio. Comércio e prestação de serviços. 59% Setor Quaternário: nova modalidade econômica, ligada diretamente com a Globalização. Profissionais ligados a tecnologia geral. Sem dados oficiais Quadro social do planeta É correto afirmar que, desde meados do século XX, a população mundial e seus aspectos econômicos estão ligados diretamente a Divisão Internacional do Trabalho (DIT). Mas o que corresponde essa divisão? A partir da expansão da DIT, ficou bem claro quais eram as funções de cada região do planeta: dominar ou ser dominado. Com isso, os países dominados passaram a perder (ou não investir corretamente) os avanços sociais adquiridos pela população ao longo de anos de reivindicações. Em alguns países do mundo, surgiu um movimento social denominado “Estado de Bem-Estar Social” ou “Welfare State”. O Estado de Bem-Estar Social é um modo de organização no qual o Estado se encarrega da promoção social e da economia. Ver vídeo... Estado de Bem-Estar Social - mundo A partir da década de 1930, então, expandiu-se o modelo chamado de Estado de Bem-Estar Social, no qual o Estado é organizador da política e da economia, encarregando-se da promoção e defesa social. O Estado atua ao lado de sindicatos e empresas privadas, atendendo às características de cada país, com o intuito de garantir serviços públicos e proteção à população. Os países europeus foram os primeiros e principais incorporadores do modelo que agradou os defensores da socialdemocracia. A principal referência no continente veio da região escandinava. Até hoje, Noruega, Suécia, Finlândia e Dinamarca são destaques na aplicação do Estado de Bem-Estar Social e são países que estão no topo do ranking de melhor Índice de Desenvolvimento Humano. Estado de Bem-Estar Social - Brasil No Brasil, houve um esboço de implantação do Estado de Bem- Estar Social nas décadas de 1970 e 1980. Todavia, o modelo não seria aplicado como investimento produtivo para sociedade, mas de forma assistencialista. Logo, o que se verificou foi a manutenção da acentuada desigualdade social, os elevados índices de pobreza e o insucesso no Índice de Desenvolvimento Humano. O governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (19942002) assumiu o modelo Neoliberal como direcionador do Estado, fazendo a contraposição. Seu sucessor, Luís Inácio “Lula” da Silva (2002-2010), recuperou as ideias do Estado Providência, investindo em policiais sociais que resultaram na diminuição dos índices de pobreza. No entanto, os investimentos em políticas sociais ainda são pequenos e mal administrados no Brasil. Produto Interno Bruto – PIB Conceito PIB é um indicador para medir a atividade econômica do país. Quando há queda de dois trimestres consecutivos no PIB, a economia está em recessão técnica. Os economistas costumam dizer que o PIB é um bom indicador de crescimento, mas não de desenvolvimento, que deveria incluir outros dados, como distribuição de renda, investimento em educação e outros. No Brasil, o PIB é dividido economicamente da seguinte forma: Indústria: 30% Serviços: 65% Agropecuária: 5% Fonte: IBGE - 2014 Problema que sempre existiu: Migração populacional PIB mundial – ranking http://economia.terra.com.br/pib-mundial/