CONTEXTUALIZAÇÃO SOCIAL E COMERCIAL O renascimento foi um movimento cultural que iniciou no final do século XIII e terminou no final do século XVI, tendo como berço a Itália. Algumas causas promoveram este movimento: A guerra contra o Islão fez das Cruzadas um disceminador da cultura cristã e, ao mesmo tempo, um elemento modificador das relações comerciais da Europa com o Oriente. A reabertura da Rota Mediterrânea permitiu o comércio entre o Oriente e o Ocidente. Ampliação dos mercados e uso do dinheiro. (As Cruzadas apoderavam-se das moedas e/ou metais preciosos que mais tarde eram amoedados). O contato com os islamistas ensinou aos cristãos certas técnicas comerciais como a contabilidade e as noções bancárias. A invasão da Europa pelos árabes, normandos, húngaros e eslavos produziu um crescimento demográfico, e como consequência a ampliação do mercado. A disponibilidade de mão de obra levou ao aumento do cultivo de novas terras, por homens na condição de homens livres. O sistema de produção feudal entra em decadência por não atender a demanda aumentada, e estas pessoas saem dos feudos, às vezes por vontade própria, outras são expulsas e buscam novas formas de sobrevivência. Rotas Secundárias: Inglaterra, Pirineus e Reno. Os comerciantes se reuniam nos nós de transito onde ocorriam as feiras (eventos sazonais), que duravam sete semanas, podendo ser semestral ou anual. As feiras mais importantes: no Flandres, na Itália, na Alemanha, na Inglaterra e na Espanha. As feiras deram origem aos burgos, núcleos urbanos com intensa vida comercial e atividade de produção artesanal. Iniciam-se, com as feiras, as atividades comerciais e bancárias: câmbio, letras de câmbio, empréstimos, juros, apesar de condenado pela Igreja, dando início à acumulação capitalista primitiva. O apogeu das feiras foi no século XIII. Comércio de tecidos, vinho, trigo, azeite e frutas, realizado por vias terrestre, marítima e fluvial. Os burgos sofrem uma mudança em sua atividade dividindo-se em velhos burgos (dedicados à agricultura e artesanato) e os novos burgos (voltados à atividade econômica e ao comércio). Expansão da indústria nos novos burgos. Inicia-se a lógica capitalista diferente da lógica feudal. As cidades passaram a ser centro de atividades mercantis e, por extensão, centros industriais, ou mais especificamente, artesanais e industriais, tendo os burgos um caráter administrativo-episcopal. Os burgueses se organizavam pelo nível de importância do sucesso em associações. Estas tinham uma função assistencial. Eram ligadas às confrarias patrocinadas pela Igreja. CONTEXTUALIZAÇÃO CULTURAL Com esta movimentação na Europa há uma mudança na forma de pensar dos cientistas, pintores, arquitetos, escritores e escultores. Com a ocupação de Constantinopla pelo exército Otomano, vários artistas e artesãos fogem para a Itália, entre eles os gregos. Os cientistas questionam o princípio da visão sobre a terra e o homem. De uma percepção Teocentrista, que se sustentava pela fé, para uma visão Antropocentrista que é provada por Copérnico, sustentada na razão. Há uma valorização da pessoa. Com isso surgem os Mecenas (alta-burguesia). Os Mecenas e a Igreja patrocinavam os artistas: músicos, escultores, pintores e escritores. Isso lhes conferia status quo. Na Itália se inicia a redescoberta dos clássicos, o que alterou a expressão dos pintores, escultores e arquitetos. A história e a mitologia greco-romana passam a ser exploradas como temas artísticos. Além disso, deu-se muito valor a observação da forma humana e da natureza. Na busca de uma organicidade, ideia prima da época, primou os arquitetos por buscar a concepção dos prédios numa lógica geométrica de equilíbrio que permitia olhar de qualquer ângulo a obra de forma a ter uma percepção de ocupação do espaço. Esta mesma percepção se encontra na pintura e na escultura. Além disso, a concepção de perspectiva, como novo parâmetro artístico, observando os pontos de fuga dava as obras uma tridimensionalidade, marcadas pelo jogo de luz e sombra. Nesta época passou a ser usada a cor e detalhes florais. Os escultores retomam ao nu grego como uma revisão e valorização da pessoa. A música teve uma ruptura entre sacra e profana. Nesta época iniciam-se as composições de Ópera. Na literatura muitos autores até hoje encantam pela sua obra. No caso, Dante Aligheiere com a Divina Comédia, Boccaccio com Decamenon, Camões com Os Lusiades, Da Vinci com Tratado de Pintura e Maquiavel com O Príncipe, entre outros. PINTURA RENASCENTISTA Uso da tela e de tinta a óleo. Realismo (Homem > Deus) Jogo de contrastes (claro – escuro) Santa Ceia - Leonardo da Vinci Monalisa - Leonardo da Vinci O Nascimento de Vênus – Sandro Botticelli Criação de Adão– Michelangelo Capela Sistina REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ed. Ática. 2014 SILVA, Patricia Barboza da. Renascimento do Comércio. http://www.colaweb.com.br/historia/renascimento do comércio. Acesso 11/08/2015. Às 10h59min. TUR, Dani. - O renascimento e a arte renascentista. http://www.youtube.com.br. texto elaborado em 6 de nov. de 2013. Acesso em 11/08/2015 às 14h e 34 min.