PALESTRA: PROFº ZONI

PALESTRA
PROF. ZONI
PROPOSTA DE REDAÇÃO
ENEM – 2002
Para que existam hoje direitos políticos, o direito de votar e ser votado, de escolher seus
governantes e representantes, a sociedade lutou muito. www.iarabermardi.gov.br. 01/03/02
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A política foi inventada pelos humanos como modo pelo qual pudessem expressar
suas diferença e conflitos sem transformá-los em guerra total, 3m uso da força e
extermínio recíproco (...)
A política foi inventada como modo pelo qual a sociedade, internamente dividida,
discute, delibera e decide em comum para aprovar ou reiterar ações que dizem respeito
a todos os seus membros.
Marilena Chaui. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1994
Se você tem mais de 18 anos deverá votar nas próximas eleições. Se você tem 16 ou
17 anos, pode votar ou não.
O mundo exige dos jovens que se arrisquem. Que alucinem. Que se metam onde
não são chamados. Que sejam encrenqueiros e barulhentos. Que , enfim, exijam o
impossível.
Resta construir o mundo do amanhã. Parte desse trabalho é votar. Não só cumprir
uma obrigação. Precisa votar com hormônios, com ambição, com sangue fervendo nas
veias. Para impor aos vitoriosos suas exigências – antes e principalmente depois das
eleições.
André Forastieri. Muito além do voto. Época. 6 de maio de 2002. Texto adaptado.
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Considerando a foto e texto apresentado, redija texto dissertativoargumentativo sobre o tema
O direito de votar: como usar essa conquista para promover as
transformações sociais de que o Brasil necessita?
Ao desenvolver o tema, utilize os conhecimentos adquiridos e as reflexões ao
longo de sua formação. Selecione, organize argumentos, fatos e opiniões, e
elabore proposta para defender seu ponto de vista.
Observações:
 A produção de seu texto requer o uso da modalidade escrita culta da língua
portuguesa.
 O texto não deve ser escrito em forma de poema (verso) ou narração.
 O texto deverá ter no mínimo 15 (quinze) linhas escritas.
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Compreensão
 Direito: prerrogativa, poder, mérito.
 Voto: escolha, eleição, seleção, saber
escolher, evitando arrependimento.
 Conquista: prêmio, merecimento
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Reflexões
1. O voto confirma o ideal democrático
(demo: povo / cracia: governo); liberdade,
igualdade, fraternidade.
Após anos
de opressão (ditadura
militar), restaurou-se a democracia no
Brasil.
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2. A Constituição da República Federativa
do Brasil considera:
o Todos são iguais perante a lei (direitos e
deveres)
o O direito de ir e vir, sem constrangimento.
o A liberdade de expressão.
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3. Apesar dos preceitos legais, muitos
direitos não são respeitados, pois a
injustiça social ainda gera:
o desigualdade social
o exclusão
social
(habitação,
saúde,
saneamento, alimentação e educação são
utópicos para o povo)
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4. Quem falha?
 Executivo: inadequação no emprego das verbas?
 Judiciário: morosidade e inadequação nos
julgamentos?
 Legislativo: fiscalização inadequada ou
inexistente?
 Sociedade: omissão?
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Participar para melhorar
Após longos anos de opressão, em que a Ditadura
Militar cerceou diversos direitos ao povo, a democracia
foi restaurada no Brasil no final do século passado,
fruto das manifestações populares, entretanto, ainda
que a Constituição Federal consagre os princípios da
liberdade, igualdade e fraternidade, a grande maioria
do povo não se beneficia desses direitos, pois as
diferenças, sobretudo econômicas, fomentam a
exclusão social.
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O respaldo desse restabelecimento político é o voto
popular, ou seja, a manifestação do povo, que, após
consultado, escolhe seus representantes no Executivo e
Legislativo, transferindo aos candidatos o poder de
representá-lo na aprovação de lei e na execução de serviços
em prol do bem comum. Esse mandato admite duplicações
em alguns casos e reiterações sem limites para outros,
porém muitos mandatários frustram as aspirações
populares pela apatia ou irresponsabilidade de conduta.
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Os detentores desses mandatos não podem ignorar
que as transformações ocorridas no mundo se reflitam no
Brasil em variados setores: econômico, educacional,
estrutural, enfim em aspectos interessantes não apenas às
empresas, mas também ao povo. Com atitudes
transparentes e sem privilégios devem orientar, agir e
estimular seus compatriotas na busca da finalidade de vida,
combatendo a desigualdade e a exclusão social. Se
incapacitados ou desinteressados, que permitam aos aptos
a participação para alcançar o bem coletivo.
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É necessário, assim, que não apenas os tribunais
eleitorais esclareçam a população sobre o valor e a
verdadeira finalidade do voto. Que não seja
instrumentos de troca ou obtenção de favores, e sim
de seleção de brasileiros comprometidos com a
extinção das mazelas sociais. Essa reconstrução exige
envolvimento social e responsabilidade de pessoas e
empresas formadoras de opinião para banir a
ignorância que ainda prejudica o processo eleitoral.
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