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Conteúdo de História – 7º ano
Nascimento e expansão do islã (p. 34 a 51)
PAULA GRACIELE CARNEIRO
[1] Caracterizar o modo de vida na Península Arábica do século VII
[2] Reconhecer a importância econômica e religiosa da cidade de Meca.
[3] Explicar o processo de fundação do islamismo
[4] Relacionar o jihad à expansão do islamismo
[5] Caracterizar o cotidiano, a cultura e a arte do Islã
[6] Explicar o processo de islamização da região norte da África
1. Caracterizar o modo de vida na Península Arábica do século VII (p. 37)
Antes do surgimento do islamismo, as
regiões norte e centro da península,
dominados por desertos, viviam os
beduínos. Grupos nômades que se
ocupavam da criação de rebanhos, do
comércio de caravanas e de saques.
Já a região sul, era banhada pelo Mar
Vermelho e Oceano Índico. Graças ao
regime de chuvas, as terras eram férteis
para a agricultura, região que ficou
conhecida como “Arábia Feliz”
Isso proporcionou o desenvolvimento da
agricultura e do comércio e a formação
de cidades. O comércio era a principal
atividade econômica dos árabes do sul.
Por ser uma região de passagem entre Ásia e a África,
transformou numa área de grande movimento de caravanas
comerciais que cruzavam o território em suas viagens.
Entendendo um pouco mais sobre a organização política e a religião do
período...
Antes do islamismo, a península Arábica não tinha nenhuma unidade
política. Ela se dividia em tribos, cada tribo se organizava da maneira que
entendesse, portanto não havia um estado árabe unificado. O que unia
esses povos árabes das diversas tribos, dos diversos estilos, beduínos e do
sul era justamente a língua e a religião.
Os beduínos falavam árabe, uma língua que se impôs em toda a Arábia.
Quanto a religião, os árabes eram politeístas e peregrinavam a uma cidade
sagrada para venerar seus símbolos sagrados e fazer as suas oferendas
aos deuses.
Qual cidade era esta?
2. Reconhecer a importância econômica e religiosa da cidade de Meca (p. 38 e 39)
Meca está situada ao sul da península em terras litorâneas e de
oásis. Era vizinha da grande feira de Okkaz e por isso se tornou um
posto de abastecimento de água para as grandes caravanas de
comerciantes que cruzavam a região. Mercadores da cidade de
Meca ficaram ricos com o comércio de caravanas no Oriente Médio,
além de serem a ligação entre o mundo Oriental (China, Índia) e
Ocidental (Europa, norte da África). Sendo assim, produtos de
origem indiana, egípcia, grega, palestina eram comercializado na
cidade.
Era também um importante centro de peregrinação onde milhares
de pessoas se dirigiam a cidade para venerar seus símbolos no
interior da Caaba, um templo onde os árabes reverenciavam seus
deuses.
Segundo a tradição islâmica, a Caaba foi construída por Abraão e
seu filho Ismael.
Essas peregrinações fizeram crescer a importância comercial da
cidade de Meca.
3. Explicar o processo de fundação do islamismo (p. 39 a 42)
Em 570 (séc VI), nasce um homem que transformaria a religião
árabe. Nasce Maomé (ou Muhammad). Segundo a tradição, em um
dos seus momentos de meditação, Maomé recebeu a revelação do
Deus único (Alá) trazida pelo anjo Gabriel que sucederiam 23 anos,
até a sua morte em 632.
As revelações deram origem ao livro sagrado dos muçulmanos, o
Corão ou Alcorão.
Maomé passa então começa a difundir na cidade de Meca uma nova
fé monoteísta que de certa forma prejudicava os interesses dos
sacerdotes da Caaba.
Maomé passa então começa a difundir na cidade de Meca uma nova
fé, uma nova fé monoteísta que de certa forma prejudicava os
interesses dos sacerdotes da Caaba.
Com isso, em 622 Maomé e sua família são expulsos da cidade de
Meca. Esse momento é considerado até hoje um importante
acontecimento histórico pois marca o início do calendário islâmico,
assim como nosso calendário cristão tem início com o nascimento
de cristo. Portanto, 622 é o ano da Hégira, a fuga – Maomé deixa a
cidade de Meca e parte para a cidade de Medina (cidade do
profeta), na época chamada Yatrib.
4. Relacionar o jihad à expansão do islamismo (p. 42 e 43)
Em Yatreb Maomé começa a difundir a sua fé monoteísta
convencendo as pessoas, que se convertam ao islamismo.
Em 630 (sec VII) , Maomé reúne cerca de 3 mil guerreiros e entra
na cidade de Meca, transformando-a em templo de adoração
islâmica.
A partir da tomada da cidade de Meca, Maomé começa a divulgar
os preceitos fundamentais da religião islâmica e essa religião
islâmica ao se espalhar pela península arábica vai ser o motor
para a unificação de todas as tribos árabes sob um estado único e
independente.
Esse estado irá se expandir no século VI e VII se transformando
em império muçulmano. Essa expansão compreende os territórios
da Península Arábica, Ásia Central, norte da África e Península
Ibérica.
4. Relacionar o jihad à expansão do islamismo (p. 42 e 43)
Para conquistar os territórios e implantar o islamismo, os
muçulmanos reuniram seus exércitos motivados tanto por
interesses comerciais quanto religiosos.
No religioso, eram motivados por um princípio: a jihad .
A jihad é interpretada como o empenho de cada fiel em defender
e expandir o islã.
Para os muçulmanos, todos os homens têm a missão de levar a
mensagem de Deus a todos aqueles que ainda não a conhecem
ou ainda não creem nela.
A conversão no entanto, muitas vezes foi e ainda é praticada a
base da força.
A jihad (esforço em favor de Deus), no entanto, não pode ser
confundido com intolerância. O islã não professa a violência. O
Corão proíbe a conversão forçada.
As recentes demonstrações de violência e intolerância por parte
de algumas autoridades e grupos fundamentalistas islâmicos são
consequências de uma interpretação radicalizada da mensagem
do Corão.
5. Caracterizar o cotidiano, a cultura e a arte do Islã (p. 46 a 51)
Os trajes muçulmanos
As principais peças do vestuário do muçulmano são a túnica e o
turbante. Esses trajes são utilizados tanto nos países do Oriente
Médio quanto no norte da África ou Sudeste asiático. Em cada
região, esse antigo estilo árabe se adaptou aos costumes locais.
Os trajes femininos também variam muito de região para região, mas
com significado diferente. O tipo de roupa está ligado à forma como
aquela comunidade interpreta os escritos sagrados.
Em países onde as orientações do Corão são
levadas ao pé da letra, recomenda-se o uso do
chador, traje que envolve toda a mulher, desde a
cabeça até os pés, com exceção dos olhos. A
burca é uma radicalização do chador, pois nem
os olhos ficam descobertos.
A mulher no islã
Na visão do Ocidente, a mulher do islã vive em posição subalterna,
cercada por regras que limitam sua liberdade, como proibição de
estudar, trabalhar e usar qualquer tipo de roupa.
A posição de inferioridade da mulher hoje em muitos países
islâmicos, porém, não condiz com a realidade das mulheres no tempo
de Maomé que “encorajava as mulheres a desempenhar um papel
ativo nos assuntos da ummah”
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/10/saiba-quem-e-malalayousafzai-paquistanesa-que-desafiou-os-talibas.html
Arquitetura: mesquitas e palácios
Na arquitetura, os muçulmanos se destacaram na construção de
mesquitas e palácios. A representação artística de Alá, de Maomé ou
de animais é proibida pelo islã. Por isso, a decoração é caracterizada
pelo uso de arabescos, pelo desenho de mesquitas e pela caligrafia,
inscrições estilizadas de trechos do Corão.
Templo localizado em Foz do Iguaçu
Ciência e arte no islã
A expansão do islã por terras do Oriente Médio, Ásia central, norte
da África e Península ibérica permitiu que a antiga cultura árabe
entrasse em contato com diversos povos, tendo como resultado a
formação de uma cultura diversificada, com elementos e saberes de
várias origens.
Nas diversas áreas como a matemática, gramática, astronomia e
cartografia, os muçulmanos desenvolveram valiosos conceitos que
posteriormente foram inseridos no Ocidente (em grande parte pela
expansão e fixação de árabes na Europa)
MAPA ATUAL CONTINENTE AFRICANO
Islamização da região norte da África
6. Explicar o processo de islamização da região norte da África. (p. 60)
No norte da África o processo de islamização ocorreu
principalmente pela conquista militar onde os beduínos motivados
por questões religiosas (jihad) e econômicas (comércio),
conquistaram as tribos berberes do deserto. Os berberes eram
povos nômades, profundos conhecedores das rotas do comércio
transaariano que aos poucos se converteram ao islã e no século
XII, já eram completamente islamizados.
O domínio árabe no norte da África modificou as relações
estabelecidas entre os povos ao norte e ao sul do Deserto do
Saara. Os muçulmanos desenvolveram um volumoso e rico
comércio pelo interior do deserto, movimentando as rotas
caravaneiras já conhecidas pelos berberes e pelos povos africanos
situados ao sul do Saara.
Os produtos mais valiosos nesse comércio eram ouro, sal e cobre.
Graças à avançada tecnologia, ao conhecimento matemático e
comercial e ao uso do camelo como meio de transporte, os árabes,
aliados aos berberes, criaram grandes redes de contanto entre
diversos povos africanos. Esse desenvolvimento comercial
possibilitou o surgimento de uma série de reinos na África negra,
cuja economia se baseava no controle das rotas comercial
transaarianas (que atravessa o Saara).
Ao contrário do processo de islamização do norte, realizado
principalmente pela conquista militar, a conversão dos grandes
reinos situados ao sul do Saara ocorreu a partir dos contatos
comerciais feitos com os grandes mercadores árabes do norte. Ao
estabelecer contatos comerciais com muçulmanos, os povos do
Sahel, no sul, conheceram o islã e foram aos poucos assimilando a
nova fé.
Reino de Gana
Os governantes ganenses permitiram que mercadores, intelectuais e
líderes religiosos islâmicos, chamados marabutos, se instalassem
ao lado da capital Koumbi-Saleh, onde surgiu uma vila muçulmana.
Esse contato possibilitou que o islã penetrasse no Reino de Gana.
Reino do Mali
No Mali, a conversão do islã foi muito mais completa que em Gana.
Os próprios governantes adotaram a crença, interessados no
comércio com muçulmanos e em aumentar seu poder. Graças às
alianças formadas com os comerciantes berberes islamizados, o
governo de Mali estendeu seus domínios para uma área muito
maior do que a do Reino de Gana.
Império Songhai
No início do século XV, formou-se o Reino Songhai, a última
grande civilização da África negra anterior à chegada dos europeus.
O reino organizou-se como um Estado islâmico, governado
segundo as leis do Corão e fortemente centralizado na figura do
imperador.
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