CASO CLÍNICO GINECOLOGIA Identificação: A.M.C., sexo feminino, 59 anos, católica, dona de casa, natural e procedente de Salvador, 2º grau completo. Grau de informação: bom QP: sangramento vaginal há 1 ano. HMA: Paciente relata sangramento genital leve, que ocorre em média 1 vez/mês no último ano. Nega associação com perda de peso, dor, alteração urinária ou aumento de volume abdominal. Refere que há 5 anos apresentou a menopausa e que há 3 anos iniciou terapia hormonal com estrogênio para alívio de sintomas do climatério. A. Menstruais: Menarca aos 10 anos. Menopausa aos 54 anos. Ciclos do menacme irregulares, com intervalos de até 6 meses. A. Sexuais: Coitarca aos 18 anos. Parceiro único. Sem vida sexual há 5 anos. Nega DST. A. Obstétricos: Nuligesta A. Médicos: Obesidade e história de infertilidade não investigada. Nega outras patologias, alergias e cirurgias. Vem em uso de estrogenioterapia há 3 anos. A. Familiares: Nega patologias familiares. HPS: Informa ser muito preocupada. Reside sozinha. Não pratica atividade física. IS: Nega alterações de outros aparelhos. Exame Físico: LOTE, descorada +/IV, afebril, eupnéica. TA: 120x80mmHg. AR e ACV: sem alterações. Mamas normais ao exame. Abdome sem anormalidades. Genitália externa compatível com a idade da paciente. Exame especular: rugosidade vaginal diminuída, colo uterino pequeno, sem lesões evidentes, com presença de secreção sanguinolenta exteriorizando pelo orifício externo, em pequena quantidade. Ao toque: útero pouco aumentado de volume, indolor à mobilização, anexos não palpados e fundo-de-saco vaginal livre Quais as suspeitas diagnósticas diante do caso acima? Justifique. O exame ginecológico é compatível com a queixa da paciente? Caso não, explique a discordância. Que exames poderíamos sugerir para investigação do caso? PROBLEMAS SUSPEITAS DIAGNÓSTICAS Neoplasia uterina Hiperplasia endometrial conseqüente de hormonioterapia Neo de colo? 1. Sangramento uterino Anamnese Ginecológica Menarca Amenorréia –ausência de menstruação Amenorréia Primária – falha no aparecimento Amenorréia Secundária -desaparece a menstruação após já ter Oligomenorréia –ciclos esporádicos Polimenorréia – ciclos freqüentes Menorragia – fluxo maior ou mais demorado Metrorragia- sangramento fora do ciclo Dismenorréia – menstruação com dor Menopausa – desaparecimento da menstruação Anamnese Ginecológica Hábitos de vida: Tabagismo Alimentação Sedentarismo Etilismo Anamnese Ginecológica Gravidez Abortos naturais ou não Tamanho do feto – macrossomia fetal? Corrimento vaginal Lesões genitais / DST Dispareunia – desconforto durante a relação sexual Amamentação Quadro Clínico Geralmente assintomático Corrimento vaginal Relacionado ao HPV Multíparas Múltiplos parceiros O 2º mais frequente em mortalidade no Brasil Exame Ginecológico Qual é o risco de desenvolver câncer do colo do útero? Estudos epidemiológicos têm mostrado que, cerca de 25% das mulheres estejam infectadas pelo vírus somente uma pequena fração das mulheres infectadas com um tipo de papilomavírus oncogênico eventualmente desenvolverá câncer do colo do útero (menor que 10% e em alguns casos inferior até a 3%). O que é HPV? Os papilomavírus humanos (HPV) são vírus da família Papovaviridae capazes de induzir lesões de pele ou mucosa, as quais mostram um crescimento limitado e habitualmente regridem espontaneamente. Existe mais de 200 subtipos diferentes de HPV, entretanto, somente os subtipos de alto risco estão relacionados a tumores malignos. (HPV tipos 16, 18, 31, 33, 45, 58 e outros) CA de Mama Raro antes dos 35 anos de idade Acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Este tipo de câncer representa nos países ocidentais uma das principais causas de morte em mulheres. As estatísticas indicam o aumento de sua freqüência tantos nos países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência Sintomas Nódulo ou tumor no seio Acompanhado ou não de dor mamária. Eliminação de secreção pelo mamilo Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como: abaulamentos ou retrações ou um aspecto semelhante a casca de uma laranja. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila. Fatores de risco: · · · · · · · · · · · · Sexo - o câncer de mama é sobretudo uma afecção do sexo feminino, embora os homens também possam ser acometidos (aproximadamente 1% dos casos); Idade - maior incidência acima de 40 anos, sobretudo depois dos 50 anos; Mulheres cujas mães, irmãs e/ou tias tenham apresentado câncer de mama, principalmente se a doença manifestou antes da menopausa; Primeira gestação após os 30 anos de idade; Mulheres que nunca amamentaram; Menarca precoce (primeira menstruação) e menopausa tardia (última menstruação); Tabagismo; Ingestão crônica de bebida alcoólica; Obesidade; Dieta rica em gorduras de origem animal; Sedentarismo; Terapia de reposição hormonal por mais de 10 anos. É bom lembrar a maioria dos nódulos que aparecem na região mamária são tumores benignos, como por exemplo os cistos e os fibroadenomas, o médico poderá identificá-los e dar a orientação adequada. Auto-exame Exame médico Inspeção: Simetria Forma Retrações Abaulamentos Retração de mamilo Pele: edema, eritema ulceração Palpação Por quadrantes – semelhante ao auto exame Expressão do mamilo Exame da Mama Lesão Ductal Neoplasia avançada Mastectomia Mamografia