Professores: RICARDO SCHMITZ MARIA APARECIDA ALMEIDA ILUMINISMO • Corrente de pensamento dominante no século XVIII, que defende o predomínio da razão sobre a fé e estabelece o progresso como destino da humanidade. • O século XVIII ficou ainda conhecido como “Séculos das Luzes” ou Ilustração. • Tem origem na palavra Luz – indica combate ao obscurantismo, ao misticismo • Baseia-se no Racionalismo e na Ciência. IDEOLOGIA ILUMINISTA • IGUALDADE: os iluministas defendiam que todos deveriam ser iguais perante a lei. Ninguém teria, então, privilégios de nascença, como os da nobreza. • Entretanto, a igualdade jurídica não significava igualdade econômica. No plano econômico, a maioria dos iluministas acreditava que a desigualdade correspondia à ordem natural das coisas. IDEOLOGIA ILUMINISTA • TOLERÂNCIA RELIGIOSA E FILOSÓFICA: na realização do ato comercial, não importavam as convicções religiosas ou filosóficas dos participantes do negócio. • LIBERDADE PESSOAL E SOCIAL – a atividade comercial burguesa só poderia desenvolver-se numa economia de mercado, ou seja, era preciso que existisse o livre jogo da oferta e da procura. Por isso, a burguesia se opôs à escravidão humana e passou a defender uma sociedade livre. IDEOLOGIA ILUMINISTA • PROPRIEDADE PRIVADA: o comércio só era possível entre proprietários de bens ou de dinheiro. O proprietário podia comprar ou vender porque tinha o direito de usar e dispor livremente de seus bens. Assim, a burguesia defendia o direito à propriedade privada, que é característica essencial da sociedade capitalista. COMBATE AO ANTIGO REGIME • CRÍTICAS AO MODELO POLÍTICO , SOCIAL E ECONÔMICO DO “ANTIGO REGIME”: - AO ABSOLUTISMO MONÁRQUICO - AO PODER DA IGREJA CATÓLICA - AO MERCANTILISMO - À SOCIEDADE ESTAMENTAL PENSADORES ILUMINISTAS • Esses pensadores acreditavam na razão e no progresso. De maneira geral: • Combatiam o misticismo; • A ignorância; • O absolutismo; • A Igreja Católica; • A intervenção do Estado na Economia; JOHN LOCKE John Locke : o surgimento do liberalismo político - (1623-1704), filósofo inglês, expôs suas ideias políticas em sua obra “Tratado do Governo civil” onde defendia principalmente a vida, a liberdade e a propriedade como direitos humanos naturais. Ensinava que os governos haviam surgido em função de um contrato estabelecido entre os homens visando à preservação desses direitos. Assim, caso o governante não cumprisse essa sua razão de ser, a sociedade teria direito à rebelião, à substituição do Estado tirânico. Locke negava, dessa forma, o absolutismo monárquico, fundando o liberalismo político. MONTESQUIEU -Montesquieu: a separação dos poderes. - Charles Louis de Secondat (1689-1755), jurista francês, escreveu O espírito das leis. Nessa obra, defendeu a separação dos poderes do Estado em legislativo, executivo e judiciário, como forma de evitar abusos dos governantes e de proteger as liberdades individuais. J.J. ROUSSEAU -Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) Entre suas obras, podemos destacar O contrato social, na qual expôs a tese de que o soberano deveria conduzir o Estado segundo a vontade geral de seu povo, sempre tendo em vista o atendimento do bem comum. Somente esse Estado, de bases democráticas, teria condições de oferecer a todos os cidadãos um regime de igualdade jurídica. -Em outra obra, o Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens, Rousseau exaltou as virtudes da vida natural e atacou a corrupção, a avareza e os vícios da sociedade civilizada. Fez inúmeros elogios à liberdade de que desfrutava o selvagem, na pureza do seu estado natural, contrapondo-o à falsidade e ao artificialismo do homem civilizado. Rousseau tornou-se célebre como defensor da pequena burguesia e inspirador dos ideais da revolução francesa. TEORIAS ECONÔMICAS • FISIOCRACIA: QUESNAY - Em sua obra Fisiocracia, o governo da natureza, sustentou que existia um poder agindo nas sociedades humanas, sendo inútil contrariá-lo com leis, regulamentos ou sistemas. • Defendia a valorização da terra e da agricultura como a única atividade verdadeiramente criadora de riquezas para uma nação. • Pregavam a implantação de um capitalismo liberal agrário, baseado no aumento da produção agrícola. ECONOMIA CLÁSSICA ADAM SMITH: - o Liberalismo econômico -- O principal representante do liberalismo econômico foi Adam Smith (1723-1790), autor da famosa obra Ensaio sobre a riqueza das nações. -Nessa obra, Adam Smith criticou a política mercantilista, que se baseava na intervenção do Estado na economia. A economia deveria ser dirigida pelo livre jogo da oferta e da procura de mercado. -Segundo ele, o trabalho era a verdadeira fonte de riqueza para as nações e deveria ser conduzido pela livre iniciativa dos particulares. ECONOMIA CLÁSSICA THOMAS MALTUS: - Em 1803, publicou Ensaios sobre o princípio da população. - Nessa obra investiga a questão do crescimento da população e da produção de alimentos. David Ricardo (1772-1823): • Em sua obra Princípios de economia tributária (1817), expôs a teoria sobre o lucro e a renda. ENCICLOPEDISMO -Denis Diderot (1713-1784) e Jean Le Rond d’Alembert (1717-1783): foram os principais organizadores de uma enciclopédia de 33 volumes, na qual pretendiam reunir os principais conhecimentos da época nos campos artístico, científico e filosófico. -A Enciclopédia contou com a colaboração de mais de 130 renomados pensadores da época. -Essa obra exerceu grande influência sobre o pensamento político burguês, defendendo, em linhas gerais, o racionalismo, a independência do Estado em relação à Igreja e a confiança no progresso humano através de realizações científicas e tecnológicas. DESPOTISMO ESCLARECIDO - Os governantes absolutistas de alguns países europeus adotaram certos princípios do Iluminismo, promovendo em seus Estados uma série de reformas nos campos social e econômico. Sem abandonar o absolutismo... - Esses governantes ficaram conhecidos como déspotas esclarecidos. O objetivo principal era manter o controle total sobre os Estados que governavam. • Alguns deles racionalizaram a administração, impondo igualdade de impostos as camadas sociais, incentivaram a educação, modernizaram a economia. • Os mais destacados foram: Frederico II da Prússia, amigo pessoal de Voltaire, José II da Áustria, Catarina II da Rússia e o marquês de Pombal de Portugal, Carlos III da Espanha.