efp-escola de formação permanente – aula 10 – josé

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O capítulo 37 de Gênesis narram diversos fatos que nos levam a concluir que José vivia em
um lar desestruturado. A narrativa bíblica dá, ainda, a impressão de que Israel (Jacó) nada
aprendera com sua experiência anterior de favoritismo, tanto que Gênesis 37:3 diz: “Ora,
Israel gostava mais de José do que de qualquer outro filho, porque lhe havia nascido em
sua velhice”. A vida de José, entretanto, vai mostrar que nem tudo que uma pessoa recebe
no lar, nem tudo que vê e ouve em casa, precisa ter influência determinante em seus dias
posteriores.
Na história narrada, vemos que os irmãos de José o odiavam porque percebiam a
preferência do pai. O clima entre eles era tão ruim que o texto diz que “não conseguiam
falar com ele amigavelmente”. A situação já era complicada quando José teve sonhos, e
relatou-os, tanto aos seus irmãos, quanto ao seu pai. Isso só fez aumentar o ódio de seus
irmãos.
A ira dos irmãos os levou a desejarem sua morte, e isso só não aconteceu por intervenção
divina. Ruben, o irmão mais velho, foi usado por Deus para livrar José (Gn 37,21). Ao invés
de matá-lo, resolveram vende-lo. Seus irmãos lhe arrancaram a túnica, marca da
preferência do pai, e o jogaram em um poço, que estava vazio (Gn 37,23).
A ira dos irmãos os levou a desejarem sua morte, e isso só não aconteceu por intervenção
divina. Ruben, o irmão mais velho, foi usado por Deus para livrar José (Gn 37,21). Ao invés
de matá-lo, resolveram vende-lo. Seus irmãos lhe arrancaram a túnica, marca da
preferência do pai, e o jogaram em um poço, que estava vazio (Gn 37,23).
No Egito, foi vendido para Putifar, que era oficial e capitão da guarda do rei. Novamente,
com esforço e dedicação, tornou-se administrador da casa e dos demais escravos de
Putifar e aprendeu o idioma egípcio. Porém, a esposa de Putifar desejou seduzi-lo, mas
diante da recusa de José, ela passou a acusá-lo de tentativa de abuso, o que fez com que
José fosse preso (Gn 39, 7-23).
Enquanto esteve preso, José se relacionava com os demais presos, e fez fama de intérprete
de sonhos, ao mostrar o significado dos sonhos de dois prisioneiros: o copeiro-chefe e o
padeiro-chefe do palácio real, que estavam presos sob acusação de conspiração contra o
rei (Gn 40ss).
Em determinado momento da história, o Faraó teve um sonho em que sete vacas magras
comiam sete vacas gordas e permaneciam magras. Incomodado com o sonho, o Faraó
convocou todos os sacerdotes do Egito, porém nenhum deles soube interpretar seu sonho.
O copeiro-chefe do palácio real, que havia sido perdoado pelo Faraó, lembrou-se das
interpretações de José a respeito dos sonhos, e falou sobre o prisioneiro, que foi chamado
e disse que o sonho significava um período de fartura de sete anos, seguido de um período
de seca igualmente de sete anos, pelo qual o Egito passaria.
O Faraó, satisfeito com a interpretação de José, dá a ele um anel de seu dedo e o nomeia
Governador do Egito. Com a amizade construída com os demais prisioneiros durante o
período em que esteve na cadeia, José aprendeu bastante sobre a política do país, e sabia
da divisão existente no Egito, que era separado como baixo Egito e alto Egito, tendo dois
governantes (Gn 41ss).
José ordena a construção de celeiros para armazenar os alimentos produzidos nos sete
anos de fartura, e nos sete anos seguintes de seca, José passa a vender os alimentos a
valores altíssimos para o alto Egito, conquistando assim, riquezas suficientes para comprar
quase que a totalidade do território do alto Egito, e entregar a seu Faraó, um território
muito maior ao final dos catorze anos.
Durante a seca, que atingia toda a região, Jacó envia seus filhos para comprar mantimento
no Egito. Ao chegarem ao Egito, encontram-se com José, mas não o reconhecem, porém
José os reconhece, os trata friamente, e especulando sobre suas origens, os acusa de
serem espiões. Quando José tem certeza de que são seus irmãos, os mantém presos por
três dias, liberando-os para levar comida a seus familiares sob a condição de que um deles
permanecesse no Egito, enquanto os demais traziam o irmão mais novo como prova de
que não eram espiões (Gn 42ss).
José porém, mandou entregar os mantimentos comprados por seus irmãos e sem que eles
soubessem, mandou também colocar o dinheiro deles de volta em seus pertences. Ao
relatarem tudo que havia acontecido a seu pai, temeram, e após muita discussão entre
eles, resolveram voltar com Benjamin, o filho mais novo.
Ódio, ciúme e inveja são sentimentos destrutivos
Movidos por esses sentimentos destrutivos, os meios-irmãos de José “conspiraram contra
ele para o matarem.” (v.18). Mas Rubem e Judá não queriam sua morte. Seus irmãos
decidiram, então, vendê-lo como escravo, sujar sua túnica de sangue de animal e entregála a seu pai para que pensasse que ele havia sido devorado por um animal selvagem.
As maiores brigas familiares e, mesmo, crimes passionais são movidos por sentimentos
dessa natureza. Ou livramo-nos de tais sentimentos, ou corremos sérios riscos de fazer
algo que vai deixar sequelas para sempre.
O Senhor está no comando
Em pouco tempo, após chegar ao Egito, José foi vendido a um homem importante
chamado Putifar. De escravo, passou a braço direito desse homem. O Senhor protegeu e
abençoou José, preparando um caminho cheio de oportunidades para ele mostrar suas
habilidades e seu valor.
Honestidade, Competência e Retidão
Ele foi preso injustamente. “O SENHOR, porém, estava com[ele], e estendeu sobre ele a sua
benignidade, e deu-lhe graça aos olhos do carcereiro-mor. E o carcereiro-mor entregou na
mão de José todos os presos que estavam na casa do cárcere, e ele ordenava tudo o que se
fazia ali.”
É uma grande lição de como se obtém a verdadeira vitória. Enquanto formos trabalhadores
dedicados, esforçados, interessados e honestos, dando o melhor de nós naquilo que
fizermos, e usando nossos dons e talentos para abençoar as outras pessoas, tenderemos a
ter êxito em tudo o que fizermos.
Fuga do Pecado
Lealdade, castidade e retidão eram valores muito importantes para esse jovem homem.
Muitas vezes somos tentados a ser desleais com nossos irmãos, com nossos amigos e, mais
ainda, com nossos cônjuges. Precisamos ter a mesma determinação de José. Precisamos
aprender a resistir às investidas do maligno. O inimigo quer que percamos o que há de
mais valioso em nossas vidas: nossa família, nossa pureza sexual, nossos valores morais.
Ele vai usar todas as armas de sedução que tem. Precisamos aprender a identificá-las e
rejeitá-las imediatamente. Mesmo que para isso precisemos literalmente fugir.
O Remorso Prolongado
Vinte anos depois de terem vendido José como escravo, ainda sentiam remorso pelo mal
que haviam praticado.
Se tivessem se arrependido e confessado seu erro diante do seu pai e do Senhor, e tentado
resgatar seu irmão, teriam obtido o perdão e, consequentemente, paz para sua alma. Mas
preferiram guardar o segredo durante esse tempo todo, o que lhes causou toda essa
angústia.
Essa lição serve para nós. O poder curador de Cristo está à nossa disposição para
buscarmos o alívio. Quanto mais tempo procrastinarmos o arrependimento, mais
prolongado será o nosso sofrimento.
O Milagre do Perdão
A princípio José não se dá a conhecer a seus irmãos, e chega até mesmo a tratá-los com
aspereza. Entretanto, no coração de José há amor e misericórdia, e ao ver seus irmãos
prostrando-se diante dele, lembra-se imediatamente dos sonhos que tivera (Gn 42:6-9).
Ele testa seus irmãos de todas as maneiras para ter certeza de que agora tinham uma
nova atitude. No segundo encontro com os irmãos, o choro compulsivo revela que seu
coração já não aguentava mais de tanta emoção, e ele dá-se a conhecer (Gn45:2).
Compreender os desígnios de Deus
José disse: “Deus me enviou adiante de vós, para conservar vossa sucessão na terra, e
para guardar-vos em vida por um grande livramento”.
Devido ao que aconteceu a José, sua família foi poupada da fome, assim como toda a terra
do Egito. Gênesis 45:4-8. Precisamos aprender a identificar as bênçãos disfarçadas de
provações.
Impressiona a convicção que José revela a respeito da soberania de Deus sobre aqueles que
o temem. São marcantes as palavras que ele usa para consolar seus irmãos: “Assim, não
foram vocês que me mandaram para cá, mas sim o próprio Deus. Ele me tornou ministro de
faraó, e me fez administrador de todo o palácio e governador de todo o Egito” (Gn 45,8).
Não é possível encontrar nessa fala de José qualquer princípio de rancor, mágoa ou vontade
de vingança. Com essa atitude José se tornou benção para seus irmãos, seu pai, o povo de
Israel e a história
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