As origens e adaptação dos primatas • A maioria da ordem dos placentários aparece no cenozóico, a partir de formas simples semelhantes aos musaranhos que são insectívoros. • A ordem dos primatas segue a mesma regra, pois, seus fósseis mais antigos (dentes e mandíbulas isolados do Cretácio superior e Paleoceno inferior (70-65mya) não se distinguem dos insectívoros. • A diferença é que estes primatas antigos eram omnívoros pela sua dentição, adaptados a vida arborícola, (PlesiadapiformesPurgatórius, E.U.A. • Períodos geológicos • Prossímios visão estereoscópica e as mão adaptadas para agarrar, os prossímios são antigos, já registados no Eoceno, cujo o tamanho dos esqueletos fósseis era de um gato. Estes primatas eram mais próximos aos insectívoros, por este motivo são colocados na subordem dos prossimii (pré-macacos), verdadeiros ancestrais dos primatas e que deram origem à segundo subordem a dos Antropoidea ( macacos comuns, superiores e o homem). • Os prossímios estavam bem espalhados no início do Cenozóico, mas a sua decadência foi de grande rapidez, logo após o aparecimento dos macacos verdadeiros no Oligóceno (35mya), mas não foram totalmente extintos, hoje restringe-se em Madagascar, Ásia tropical e nas Filipinas (Lemuroides, Tarsioides), Aye-Aye. • Anthropoidea - a mais evoluída dos primatas e inclui três superfamilias: a dos Ceboidea (macacos do novo mundo), os Cercopithecoidea (macacos do velho mundo) e a Hominoidea caracterizada por ausência da cauda (pongídeosrepresentados por gorilas, chimpanzés, gibões e homem). A separação deles aparece no Oligoceno época transitória para espécies mais evoluídas no Mioceno. O que é um primata? Principais características Os pés e as mãos dos primatas são normalmente muito sensíveis; Os dedos e as palmas das mãos e dos pés têm impressões digitais (verdadeiros órgãos do tacto) e auxiliam na percepção do mundo exterior; as glândulas de suor ajudam a reduzir a possibilidade de escorregar e aumentam a sensibilidade no apoio a uma locomoção arbórea; A grande flexibilidade dos membros dos primatas permite-lhes uma locomoção em diagonal, i.e., o braço direito move-se para a frente em simultâneo com a perna esquerda. • 2 3 4 1 Os primatas tendem a ter um cérebro relativamente grande, em relação ao tamanho do corpo. Os primatas também se desenvolvem mais lentamente, atingindo mais tarde a maturidade sexual, o que faz com que tenham uma maior esperança da vida. Isto significa que destinam uma grande parte da sua vida à aprendizagem; Radiação dos primatas Cretácio Superior/Paleoceno Inferior-primatas muito primitivos com o tamanho muito reduzido que se compara com os insectívoros Purgatorius(Plesiadapiformes); Paleoceno Superior/Eoceno Tarsierformes); Eoceno Superior/Oligoceno Inferior-primatas superiores primitivos (arboreos, quadrupedes com cérebro relativamente maior; Oligoceno Superior/Mioceno Inferior-primatas superiores quadrupedes terrestres e arbóreos; Final do Terciário/Quaternário-vários macacos superiores com o esmalte fino nos dentes, surge e desenvolvem-se os Hominídeos. Inferior (Lemurformes e O comportamento dos primatas Existem várias formas de adaptação dos primatas em nichos ecológicos diferentes. É a partir daí que se define o seu comportamento: a) locomoção: Quadrupeda, bípede, salto, arbórea, terrestre, mão aberta, nós dos dedos, braciação; b) alimentação: carne, frutos, folhas, insectos; c) comportamento social: idade, sexo, noivado, poligamia, monogamia; d) habitat: muito diverso, mas essencialmente nas zonas tropicais e equatorial; e) Dentição: 2 incisivos, 1 canino, 2 premolares, 3 molares (2.1.2.3) de cada lado, em cima e em baixo; f) cognitivo: fala, língua, comunicação, instrumentos; g) sexual: diurnal, nocturnal, dicromatismo sexual, dimorfismo sexual, bissexual, etc. Hominóides do Terciário Durante o Mioceno médio e superior, a mudança global do clima produziu geralmente o frio nas latitudes médias e altas e secura nas latitudes baixas. Na África oriental, o clima seco sazonal acompanhado com movimentos da crosta terrestre em larga escala reduziu a floresta tropical que foi substituída com a floresta tropical aberto. Os fósseis deste período são menos abundantes do que o Mioceno inicial. Apenas os fósseis do proconsul que aparecem até aproximadamente 8-9 milhões de anos. O segundo hominóide em que os fósseis aparecem em todas as estações do Kenya é o Kenyapithecus, datado entre 16-14 milhões de anos. O fóssil do Aegyptopithecus é o mais antigo que aparece em Fayum datado aproximadamente a 32 milhões de anos. Outros fósseis importantes que aparecem neste período são: África – Apidium aparece em Fayum no Eoceno superior (38 milhões de anos) – contem duas formas phiomense e moustafai que pode ser ancestral dos macacos do velho mundo ou oreopithecus, o macaco do Plioceno da Itália. Apidium Aegyptopithecus O Parapithecus aparece também em Fayum no Eoceno superior (38 milões de anos), apresenta as mesmas características do Apidium. Pela dentição, pode ter sido ancestral dos Anthropoidea. Propliopithecus (30-35milhões de anos), este sugere-se que seja o ancestral do fóssil do gibão Pliopithecus das formações miocénicas e pliocénicas da França. Ramapithecus que aparece em todo velho mundo é mais aceite como Hominídeo Mio-Pliocénico (10-8 milhões de anos). É provável que seja um ancestral directo do Homo sapiens. Parapithecus Propliopithecus Sivapithecus é outro hominóide do Mioceno superior (108 milhões de anos) que aparece em todo velho mundo, o provável ancestral de orangotango; Europa – o Pliopithecus é o primeiro hominóide que aparece neste velho continente no Mioceno (16-11 milhões de anos), considerado como o ancestral do gibão, tinha o rabo que os actuais não têm; O Dryopithecus é outro hominóide que aparece na Europa assim como na Ásia é o pongídeo do MioPliocénico (14-8 milhões de anos) provável ancestral tanto do homem como dos pongídeos actuais. Sivapithecus Pliopithecus Dryopithecus O Ouranopithecus é um hominóide do Mioceno superior (10.5-8.5 milhões de anos), com o tamanho de um chimpanzé; O Ramapithecus que aparece em todo velho mundo é mais aceite como Hominídeo MioPliocénico (10-8 milhões de anos). É provável que seja um ancestral directo de Homo; O Sivapithecus é outro hominóide do Mioceno superior (10-8 milhões de anos) que aparece em todo velho mundo, o provável ancestral de orangotango. Ouranopithecus Sivapithecus Ásia - Dryopithecus – pongídeo do Mio-Pliocénico provável ancestral tanto do homem como dos pongídeos actuais. O estudo desta espécie é de maior importância para a nossa compreensão sobre a evolução dos Hominídeos. Uma das espécies D. indicus da Índia é possível ser ancestral do macaco gigante anormal do Plio-Pleistoceno (9-1 milhões de anos), conhecido por Gigantopithecus – os fósseis dessa espécie vieram do norte da Índia e China. O Ramapithecus que aparece em todo velho mundo é mais aceite como Hominídeo Mio-Pliocénico (10-8 milhões de anos). É provável que seja um ancestral directo do Homo. Sivapithecus é outro hominóide do Mioceno superior (10-8 milhões de anos) que aparece em todo velho mundo, o provável ancestral de orangotango. Dryopithecus Gigantopithecus Sivapithecus Reconstituição hipotética dos primatas terciários, a partir dos seus esqueletos encontrados em Fayum (Egipto, África), Europa e Ásia. Nota-se o Ramapithecus ao lado de Gigantopithecus como o mais evoluido neste grupo de primatas. No final do Mioceno, entre 6.5 milhões de anos e 5 milhões de anos, regista-se um frio agudo. Mas a partir dos 5 milhões de anos, o clima melhora bastante. Contudo, no Plioceno médio, 3.2 milhões de anos, a temperatura cai de novo iniciando a formação das glaciações nos continentes nortenhos e um padrão da oscilação climática cíclica entre um longo intervalo do frio e o aquecimento curto. O intervalo do frio intensificou-se aparentemente entre 2.5 milhões de anos e de novo entre 800.000 - 900.000 anos. Em África a floresta tropical foi substituída por bosques abertos e savana que ocupava a maior parte do continente, havia ainda floresta equatorial e de montanha. O clima quente passou para clima frio e seco que influencia também na fauna. Há grande diminuição da chuva. É nessas condições que aparece e irradia os hominídeos PlioPleistocénicos.