Slide 1

Propaganda
Cap. XV
Dos Médiuns Escreventes ou Psicógrafos
Médiuns Mecânicos;
Intuitivos;
Semimecânicos;
Inspirados ou Involuntários;
Pressentimentos.
Médiuns Mecanicos
Se examinarmos certos efeitos que se manifestam nos
movimentos da mesa, da cesta ou da prancheta, não
podemos duvidar de que o Espírito exerce uma ação direta
sobre esses objetos.
Digamos, de passagem, que esses efeitos sempre denotam a
presença de Espíritos imperfeitos. Os Espíritos realmente
superiores são sempre calmos, cheios de dignidade e
benevolência. Se não são ouvidos de maneira conveniente,
afastam-se e outros lhes tomam o lugar.
Quando o Espírito age diretamente sobre a mão, dá-lhe uma
impulsão completamente independente da vontade do
médium.
O que caracteriza o fenômeno, nesta
circunstância, é que o médium não tem a
menor consciência do que escreve.
Médiuns Intuitivos
A comunicação do pensamento do espírito pode dar-se
também por meio do Espírito do médium, ou melhor, da sua
alma, desde que designamos por essa palavra o Espírito
quando encarnado.
O Espírito comunicante, nesse caso, não age sobre a mão
para fazê-la escrever, não a toma nem a guia, agindo sobre a
Alma com a qual se identifica. É então a Alma do médium
que, sob essa impulsão, dirige a mão e esta o lápis.
Notemos aqui um fato importante que se deve conhecer. O
Espírito comunicante não substitui a Alma do médium,
porque não poderia deslocá-la do corpo: domina-a, sem que
isso dependa da vontade dela, e lhe imprime a sua vontade
própria. Assim, o papel da Alma não é absolutamente
passivo. É ela que recebe o pensamento do Espírito e o
transmite. Nessa situação, o médium tem consciência do que
escreve, embora não se trate do seu próprio pensamento. É o
que se chama médium intuitivo.
O papel do médium mecânico é o de uma máquina; o médium
intuitivo age como um intérprete. Para transmitir o
pensamento ele precisa compreendê-lo, de certa maneira
assimilá-lo, a fim de traduzi-lo fielmente.
Médiuns Semi-mecânicos
No médium puramente mecânico o movimento da mão é
independente da vontade. No médium intuitivo, o movimento
é voluntário e facultativo. O médium semimecânico participa
das duas condições.
Médiuns Inspirados
Recebemos a inspiração dos Espíritos que nos influenciam
para o bem ou para o mal. Mas ela é principalmente a ajuda
dos que desejam o nosso bem, e cujos conselhos rejeitamos
com muita freqüência. Aplica-se a todas as circunstâncias da
vida, nas resoluções que devemos tomar.
Que se invoque o Espírito protetor com fervor e confiança,
nos casos de necessidade, e mais assiduamente se admirará
das idéias que surgirão como por encanto, seja para auxiliar
numa decisão ou em alguma coisa a fazer. Se nenhuma idéia
surgir imediatamente, é que se deve esperar.
Quem não é cego, basta abrir os olhos para ver quando
quiser. Da mesma maneira, o que possui idéias próprias,
sempre as tem ao seu dispor. Se elas não surgem à vontade
é que ele precisa buscá-las fora de si mesmo.
Quando pensamos seriamente num problema atraímos a
colaboração de outras mentes, encarnadas ou
desencarnadas. Mas o orgulho humano dificilmente permite
que certas pessoas aceitem essa verdade, que tudo fazem
para negar e rejeitar.
Nesta categoria podem ainda ser incluídas as pessoas que,
não sendo dotadas de inteligência excepcional, e sem sair do
seu estado normal, tem relâmpagos de lucidez intelectual
que lhes dão surpreendente facilidade de concepção e de
elocução e, em certos casos, o pressentimento do futuro.
Nesses momentos, justamente considerados de inspiração,
as idéias abundam, seguem-se, encadeiam-se como que por
si mesmas, num impulso involuntário e quase febril. Parece
que uma inteligência superior vem ajudar-nos e que o nosso
Espírito se livra de um fardo.
Qual a causa primeira da inspiração?
A comunicação mental do Espírito.
A inspiração não se destina apenas a grandes
revelações?
Não. Ela se relaciona quase sempre com as mais comuns
circunstâncias da vida. Por exemplo: queres ir a algum lugar e
uma voz secreta te diz que não, porque corre perigo; ou ainda
essa voz te sugere fazer uma coisa em que não pensavas. Isso é
inspiração. Há bem poucas pessoas que não tenham sido
inspiradas em diversas ocasiões.
Um escritor, um pintor, um músico, por exemplo,
nos momentos de inspiração poderiam ser
considerados médiuns?
Sim, pois nesses momentos tem a alma mais livre e como
separada da matéria, que então recobra em parte as suas
faculdades de Espírito e recebe mais facilmente as comunicações
dos Espíritos que a inspiram.
O mistério da inspiração é assim explicado como um processo de
semidesprendimento da alma. Nesse estado, o artista amplia a sua visão
das coisas, adquire percepções extra-sensoriais e entra em comunicação
com os amigos espirituais que o ajudam.
Médiuns de Pressentimentos
O pressentimento é uma vaga intuição de acontecimentos
futuros. Certas pessoas têm essa faculdade mais ou menos
desenvolvida. Pode-se tratar de uma espécie de dupla vista
que lhes permite ver as conseqüências do presente e o
encadeamento natural dos acontecimentos. Mas muitas
vezes também é o resultado das comunicações ocultas, e é
sobretudo nesse caso que se pode chamar de médiuns de
pressentimentos as pessoas assim dotadas, que constituem
variedades dos médiuns inspirados.
Cap. XVI
Dos Médiuns Especiais
Aptidões especiais dos médiuns.
Quadro sinóptico das diferentes espécies de médiuns.
Médium - pessoa que pode servir de intermediária entre
os Espíritos e os homens.
Mediunidade - a faculdade dos médiuns, ou seja, a
faculdade que possibilita a uma pessoa servir de
intermediária entre os Espíritos desencarnados e os
homens.
Somos todos médiuns?
De forma generalizada poderíamos afirmar que SIM. Todos os
indivíduos possuem rudimentos da faculdade mediúnica, já que
podem ser influenciados pelos Espíritos.
Todavia, de forma particular, na prática espírita cotidiana, é NÃO
a resposta. Orienta Allan Kardec que se deve reservar esta
expressão apenas para as pessoas que permitem a produção de
fenômenos patentes e de certa intensidade:
"Pode-se dizer, que todos são mais ou menos
médiuns.Usualmente, porém, essa qualificação se aplica somente
aos que possuem uma faculdade bem caracterizada, que se
traduz por efeitos patentes de certa intensidade, o que depende
de uma organização mais ou menos sensitiva."
Médiuns Sensitivos: pessoas suscetíveis de sentir a presença dos
Espíritos, por uma impressão geral ou local, vaga ou material. A maioria
dessas pessoas distingue os Espíritos bons dos maus, pela natureza da
impressão.
Médiuns Naturais ou Inconscientes: os que produzem
espontaneamente os fenômenos, sem intervenção da própria vontade
e, as mais das vezes, à sua revelia.
Médiuns Facultativos ou Voluntários: os que têm o poder de
provocar os fenômenos por ato da própria vontade.
Download