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Conteúdo de História – 7º ano
A américa pré-colombiana e a Colonização espanhola na América
(p.180 a 205 - 208 a 225)
PAULA GRACIELE CARNEIRO
[1] Caracterizar os principais elementos da sociedade, da economia e da cultura dos astecas.
[2] Caracterizar os principais elementos da sociedade, da economia e da cultura dos incas.
[3] Reconhecer como se deu a vitória dos conquistadores espanhóis e o posterior processo de
dominação dos nativos.
[4] Identificar os principais grupos sociais a América espanhola
[5] Caracterizar a revolta de Túpac Amaru
1. Caracterizar os principais elementos da sociedade, da economia e da
cultura dos astecas. (p. 188-189-192)
Quando os espanhóis chegaram ao Vale de Anahuac (atual México),
eles encontraram um grande império dominado pelos mexicas, no
qual denominamos de Império Asteca.
Principais elementos da sociedade: (p. 192)
Os mexicas tinham diferenciação social entre eles:
Imperador:
Eleito pela aristocracia militar e sacerdotal. Devia prestar honra aos
deuses e proteger o povo asteca.
Sacerdotes:
Cuidavam do culto, da educação dos jovens, dos hospitais para
pobres e doentes, além de guardar os livros sagrados históricos.
Altos funcionários do Estado
Exerciam elevadas funções militares e civis. Não pagavam impostos
e recebiam parte dos tributos cobrados da população.
Grandes comerciantes e artesãos
Organizavam-se em corporações e transmitiam a profissão de pai
para filho.
Camponeses
Trabalhavam na agricultura, nas construções e nas guerras.
Pagavam impostos e recebiam do governo alimentos, vestimentas e
educação gratuita.
Principais elementos da economia: (p. 189)
A agricultura era a base da economia asteca. Os camponeses cultivavam
tomate, milho, algodão, cacau, batata e vários tipos de pimenta. A dieta
completa incluía peixes, aves e cachorros. O cacau servia de alimento e
bebida e sua semente era utilizada como moeda de troca.
Uma prática agrícola desenvolvida pelos astecas foi a construção de
chinampas. O que é isso?
Canteiros flutuantes nos quais se cultivavam legumes, frutas e flores.
Principais elementos da cultura: (p. 188)
Uma das principais fontes para o estudo dos astecas são os códices.
Códices: conjunto de imagens e
símbolos desenhados sobre madeira
peles ou papéis.
Por meio dos códices foi possível
conhecer a educação, a vida familiar, a
alimentação e os conhecimentos que
esses povos tinham de astronomia e de
técnicas de cultivo.
Religião
No século XVI, os mexicas construíram um templo em honra a
Huitzilopochtli, deus da guerra e do sol, principal divindade asteca.
Em torno do tempo cresceu a cidade de Tecnochitlán, capital asteca.
2. Caracterizar os principais elementos da sociedade, da economia e da
cultura dos incas. (p. 193 e 194)
Principais elementos da sociedade: (p. 193-194)
A organização social inca obedecia uma rígida hierarquia.
Soberano (Sapa Inca)
Sacerdotes e militares
Chefes locais (Kurakas)
Agricultores e artesãos
Escravos
* O chefe supremo do império era o Sapa Inca. Era considerado filho do sol e
exercia controle total sobre os povos que viviam em seus domínios. O soberano e
seus descendentes ocupavam o topo da pirâmide social.
Principais elementos da economia (p. 194)
A base econômica do Império Inca era a agricultura, praticada em
aldeias. Os camponeses plantavam milho, batata, algodão, amendoin,
abacate, pimenta e outros produtos.
Também criavam animais como
alpacas e as ilhamas. Esses animais
forneciam lã, leite, carne, além de
servirem como meio de transporte.
A irrigação das terras do império, em
parte desértica, era uma preocupação
dos incas. Para resolver o problema, eles
construíram canais de irrigação que
recolhiam a água que descia das
montanhas e a levavam para as áreas de
cultivo.
Os incas eram ótimos construtores. Além dos canais de irrigação,
construíram estradas que permitia a comunicação entre os vales e
garantia a circulação de produtos e de um sistema de correios. Mas um
dos maiores feitos que eles deixaram foram as cidades de Cuzco e Machu
Picchu no Peru.
Principais elementos da cultura: (p. 193)
O soberano era considerado filho do sol. Ele estabelecia quando as
pessoas podiam casar ou viajar e forçava a migração para áreas
menos ocupadas do império, com o objetivo de defender terras
desprotegidas.
Embora essa civilização não tenha desenvolvido a escrita eles
utilizavam cordões com nós chamados quipus para fazer a
contabilidade da produção agrícola e o censo.
3. Reconhecer como se deu a vitória dos conquistadores espanhóis e o
posterior processo de dominação dos nativos. (p. 216)
Cortés chegou ao México com pouco mais de 500 soldados, e Pizarro
entrou no Peru com cerca de 180 homens. Como tão poucos espanhóis
conseguiram derrotar milhares de astecas e incas? Vamos enumerar
algumas das várias razões que levou a vitória dos espanhóis.
1. Superioridade bélica (p. 216)
Os espanhóis, além de espadas e armaduras, tinham armas de fogo com
poder destrutivo muito maior que as dos indígenas e que impressionavam
pelo barulho que faziam. Contavam com cavalos, animais que os astecas e os
incas nunca tinham visto e que, a princípio, os aterrorizavam. Os nativos da
América pensavam que o cavalo e o cavaleiro eram um único ser.
2. Doenças (p. 216)
As doenças trazidas pelos espanhóis, como sarampo, varíola e gripe,
mataram mais que as armas, pois os indígenas não tinham defesas contra
tais doenças. O sucessor de Montezuma, por ex, foi uma dessas vítimas:
reinou oitenta dias e morreu de varíola.
3. A insatisfação dos povos dominados
Tanto os astecas quanto os incas tinham inimigos internos, e os espanhóis
souberam tirar proveito disso aliando-se a eles. Na conquista do México, por
exemplo, Cortés contou com a ajuda de cerca de 150 mil combatentes
indígenas.
4. Diferentes visões
O modo de pensar e agir dos espanhóis eram incompreensível para os
indígenas. Os conquistadores mentiam, trapaceavam e não obedeciam as
regras de guerra existentes nas sociedades astecas e incas. A derrota era
interpretada pelos astecas como um castigo divino, enquanto os espanhóis
buscavam explicações racionais para ela.
5. Motivações econômicas e culturais (p. 216)
Estudos recentes afirmam que as preocupações religiosas foram decisivas
para a conquista. Muitos escritores europeus desse período identificavam a
América como moradia do diabo e os rituais indígenas como cultos malignos.
Ocupar o continente seria, portanto, uma forma de combater o demônio.
5. Crenças (p. 212)
Antes da chegada dos espanhóis, os astecas tiveram sinais divinos,
interpretados por sábios, de que o império enfrentaria momentos difíceis.
Essas visões foram descritas como indícios de uma tragédia ou do fim do
mundo.
Nesse sentido, Montezuma pode ter interpretado a chegada dos espanhóis
como deuses e para evitar o confronto, ele teria optado pela aproximação.
6. Disputadas internas (p. 215)
Enquanto os espanhóis preparavam-se para atacar, Huáscar e Atahualpa,
filhos do sapa inca Huayna Cápac, disputavam o trono. O império foi dividido
entre os irmãos e após várias batalhas Atahualpa derrota Huáscar e reunifica
o território. Porém, a crise já havia enfraquecido o império.
4. Identificar os principais grupos sociais da América espanhola. (p. 217)
Chapetones: nascidos na Espanha
Criollos: Descendentes de espanhóis nascidos na América
Mestiços: Filhos de espanhóis com indígenas
Indígenas: grupo menos favorecido
Escravos africanos: não eram muitos
Chapetones: brancos nascidos na Espanha. Proprietários de teras e minas.
Ocupavam cargos mais altos na administração e eram os únicos que
podiam atuar no comércio externo.
Criollos: Descendentes de espanhóis nascidos na América. Podiam ter
terras e minas, mas exerciam cargos inferiores na administração colonial.
Mestiços: Filhos de espanhóis com indígenas. Eram homens livres e
trabalhavam no comércio urbano e no artesanato ou auxiliavam na
administração das fazendas.
Indígenas: Grupo social menos favorecido. Eram submetidos a trabalhos
forçados nas minas, obras públicas e agricultura.
Escravos africanos: Faziam trabalhos agrícolas nas ilhas do Caribe e no
norte da América do Sul. O número era pequeno em relação aos
indígenas.
5. Caracterizar a revolta de Tupac Amaru (p. 224)
A violência usada para recrutar os indígenas e a exploração de suas
comunidades pelos encomenderos provocaram algumas revoltas
indígenas, como a de Túpac Amaru.
Liderados pelo inca José Gabriel Túpac eles tentaram obter o fim da
mita por meios pacíficos. Porém, não sendo atendidos recorreram às
armas.
Após vencerem algumas batalhas, os índios foram derrotados e seus
líderes mortos. Túpac Amaru, sua mulher e seu filho foram condenados
à morte e executados em Cuzco.
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