Unidade 5 Nilo: o rio que dá vida ao Egito Rio Nilo: localizado na África e atravessa mais de 9 países antes de desaguar no Mar mediterrâneo. O rio possui um regime de cheias periódicas que permitem a vida na região Em suas margens, com o passar do tempo, se formaram aldeias e cidades. Egípcios aprenderam a usar as cheias regulares para a agricultura e também impedir que as enchentes inundassem suas casas Os egípcios perceberam que as enchentes coincidiam com o aparecimento da estrela Sirius. Assim o período de cheias ela celebrado com uma grande festa A terra e o Trabalho no Egito Antigo Durante o período de cheias os camponeses eram recrutados para pelo faraó para trabalhar na construção de templos, canais e irrigação e outras obras públicas Quando as águas abaixavam o solo estava umedecido e fertilizado pelo Humus, pronto para ser semeado Cultivavam trigo, cevada, lentilha, ervilha, verdura, frutas e linho (tecidos) Criavam porcos, carneiros, bois gansos e patos Com o papiro eram fabricados cestos, sandálias, velas para embarcações e uma espécie de “papel” Estocavam alimentos para períodos de seca Construíam diques e canais de irrigação. O nascimento do Egito faraônico 6000 a.C. Primeiros grupos humanos se instalam no vale do Nilo Viviam de forma comunitária, porém, com o tempo surgiram desigualdades sociais Pela necessidade de se organizar para o plantio e colheita estas comunidades se uniram formando os NOMOS Com o tempo estes nomos se uniram 3300 a.C. A união dos nomos deu origem dois reinos: Alto Egito e Baixo Egito Por volta de 3000 a.C. o rei Menés, Alto Egito unificou os dois reinos. Este rei é considerado o primeiro faraó do Egito. Podemos dividir a história do Egito após a unificação em 3 períodos. Há entre intermediários estes períodos os chamado períodos 1. Antigo império (2700-2181 a.C.): período da construção das pirâmides de Gizé e a capital era Mênfis 2. Médio império (2040-1782 a.C.): desenvolvimento da escrita hieroglífica e a capital era Tebas 3. Novo império (1570-1069 a.C.): Egito conquista a Síria, Palestina e Ásia Menor e reconquistam a Núbia O faraó: guardião do Egito Faraó é o rei e o sumo sacerdote do Egito Era considerado um deus encarnado (Horús) O faraó era considerado o protetor da ordem universal, passando por muitos ritos ao longo de sua vida Festival de entronização – realizado ao assumir o trono, quando incorporava o espírito de Hórus. Festival Heb-Sed: celebrado após muitos anos de governo que representava a morte e o renascimento do faraó, que renovava suas forças e fertilizava a terra Festival Heb-Sed, era celebrado após os trinta primeiros anos de reinado e a seguir em intervalos de três ou quatro anos. Nessa festividade, dramática e sombria, o rei passava por um sacrifício simbólico e público de morte e depois renascia para assegurar a fertilidade da terra. Por esse ritual se regenerava a força física e mágica do rei envelhecido, força com a qual ele poderia ainda, e por mais outro longo período, exercer seu papel de criador, como acontecia quando subiu ao trono. Colaboradores do Faraó Faraó governava o país e comandava os exércitos, porém existiam funcionários que os ajudavam na administração do reino que recebiam dele poderes para celebrar cultos religiosos, administrar e proteger as terras do reino sacerdotes, ministros, funcionários nas províncias e generais do exército. Até 2500 a.C. a família do faraó desempenhava estas funções, porém, com o tempo surgiu uma burocracia encarregada de coordenar obras públicas, cobrar impostos e cuidar de templos e palácios Principais cargos: 1. Vizir: presidia o tribunal de justiça, chefiava a polícia, assuntos externos e controlava a arrecadação de impostos 2. Sacerdotes: administravam os templos e todos os serviços religiosos. Eram donos de terras 3. Escribas: registram os impostos e faziam o censo da população Guerras militares contra os Hicsos fortaleceramm os chefes A vida dos camponeses Maior parte da população era constituída de camponeses (felás) Cultivavam as terras do faraó, dos sacerdotes e dos altos funcionários do Estado Tinham direito a uma pequena parte da colheita, pois o restante ficava com os donos das terras e para o Estado como pagamentos de impostos Tinham uma vida difícil, pois quando as enchentes era poucas para fertilizar o solo e as colheitas não eram boas eles passavam fome Sofriam violência dos cobradores de impostos Durante as épocas de cheias os camponeses eram recrutados para trabalhar em obras públicas Também deveriam servir no exército Outros ofícios no Egito Antigo A medida que o império expandia, outras profissões surgiam A maior diversidade de profissões estava nas cidades Era considerado cidade quando a maior parte da sua população trabalhava em atividades não ligadas a terra Cidades se diferenciam por funções: Cidades de pirâmides: Gizé – maior parte da população era de construtores de pirâmides e sacerdotes que cuidavam dos rituais religiosos para o faraó morto Cidades de residência das famílias reais: Per- Ramsés – população composta por joalheiros, sapateiros, oleiros e outros artesãos e também por escribas e sacerdotes Cidades porto: Canopo – funcionava como um grande centro comercial. Haviam mercadores, construtores de barcos, militares Aldeia de Deir el-Medina Homens e Mulheres na terra dos faraós Existem estudiosos que afirmam que homens e mulheres tinham os mesmos direitos Existem estudiosos que dizem que as mulheres possuíam posições secundárias na sociedade e que as poucos mulheres faraós só existiram por que não haviam sucessores homens Porém, pode-se se afirmar que as mulheres possuíam muitos direitos como: exercer as mesmas profissões Homens e mulheres tinham o direto de possuir bens Casamentos podiam ou não ser arranjados e existia o divórcio Ah-hotep I Hatshepsut – primeira mulher faraó Sobekneferu Deuses, faraós e seus nomes Os atributos dos deuses Religião está presente em todos os aspectos Os acontecimentos cotidianos sempre eram Cada cidade possuía deuses específicos e Deus Hapi – trazia as inundações da vida haviam deuses cultuados em todo o Egito Os nomes dos faraós e das pessoas comuns estavam ligados aos deuses. Exemplo: Tutankamon Tut = imagem ank = vida amon = nome do deus “A imagem viva do deus” explicados pela religião Deus Rá (Amon-rá): principal deus Deus hórus: simboliza o dia Deus Ah: representa a Lua Deusa Nut: simboliza a noite Deusa Ísis: representa boa esposa e mãe Deusa Hathor: representa a prosperidade e felicidade Crença na vida após a morte era muito forte no Egito – havia uma relação de continuidade entre a vida terrena e o mundo inferior. Para eles a vida era uma caminhada e a morte interrompia esta caminhada, por isso era necessário preparar o corpo para após a morte retomar o caminho. O preparo do corpo envolvia muitas práticas, tendo com principal a mumificação Os rituais funerários tinham a função de eliminar do corpo tudo que causasse corrupção e podridão e criar um corpo purificado pra trilhar o caminho da eternidade A mumificação no Egito antigo O processo de mumificação variava segundo a riqueza das pessoas. Inicialmente, extraíam o cérebro do morto através das narinas; eram retirados, em seguida, os órgãos internos (colocavam-nos, então, em vasos especiais, chamados “canópicos”).Em continuidade, o corpo era deixado, durante vários dias, imerso num líquido especial, o natro, para ser depois definitivamente preparado. Na fase seguinte, colocavam-se ervas aromáticas para preencher os espaços deixados pelos órgãos retirados. O cadáver, depois disso, podia ser convenientemente costurado e posto em caixões, que eram sucessivamente maiores, um dentro do outro. No caso do faraó Tutancâmon, por exemplo, alguns desses caixões eram feitos de ouro maciço. Somente a partir desse momento, o morto podia ser levado para a sepultura. (Adaptado de: FERREIRA, Olavo Leonel. Egito, terra dos faráos. São Paulo: Moderna, 1997. p. 36.) A escrita dos sábios e a escrita do cotidiano 3300 a.C – Surge o hieróglifo – no início esta escrita era pictórica, mas com o tempo passou a ser também ideográfica, com sinais representando ideias e fonética, com sinais representando sons da fala. O hierático é um escrita hieroglífica simplificada e era usada para registos cotidianos 700 a.C. surge a escrita demótica – popular, servia para fazer contas, registros e escrever cartas