O que são registros de câncer?

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Qualidade do tratamento em Oncologia Pediátrica
Registro Hospitalar de Câncer: RELATO DA
EXPERIENCIA DE IMPLANTAÇÃO NO
INSTITUTO DE PUERICULTURA E PEDIATRIA
MARTAGÃO GESTEIRA (RHC/IPPMG)
Ana Paula Bueno
Hematologia Pediátrica – IPPMG/UFRJ
2015
Registros de Câncer
 O que são registros de câncer?
Para quê?
Por quê?
O que é necessário para implantarmos?
Registros de Câncer
“Se caracterizam em centros de coleta,
armazenamento, processamento e análise - de forma
sistemática e contínua - de informações sobre
pacientes ou pessoas com diagnóstico confirmado de
câncer”
Esses centros podem ser:
de base populacional (RCBP)
de base hospitalar (RHC)
Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP)
São centros de coleta, armazenamento,
processamento e análise - de forma sistemática e
contínua - de informações sobre pacientes ou
pessoas com diagnóstico confirmado de câncer.
A informação produzida em um RCBP busca
conhecer o número de casos novos de câncer em
uma população específica, em área geográfica
determinada, em um tempo definido (= taxa de
incidência).
Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP)
Finalidades:
-Promover a vigilância epidemiológica do câncer na
população coberta pelo RCBP
- Contribuir para o planejamento dos serviços de
saúde na área de cobertura do registro
- Contribuir para a organização de um Sistema de
Informações em Câncer a nível nacional
Registro Hospitalar de Câncer (RHC)
São centros de coleta, armazenamento,
processamento e análise - de forma sistemática e
contínua – de informações de pacientes atendidos em
uma unidade hospitalar, com diagnóstico confirmado
de câncer.
A informação produzida em um RHC reflete o
desempenho do corpo clínico na assistência
prestada ao paciente.
Registro Hospitalar de Câncer (RHC)
Finalidades:
- Contribuir para a melhoria da assistência prestada ao
paciente
- Planejamento intra-institucional
- Auxiliar e contribuir na organização de um Sistema de
Informações em Câncer
- Educação profissional continuada para os
profissionais da área de saúde pública
Registros de Câncer
Por quê?
2005: Portaria GM/MS nº 2.439 de 08/12/2005, “ que institui a Política Nacional de
Atenção Oncológica a ser implantada em todas as unidades federadas,
respeitadas as competências das três esferas de gestão do SUS que, em seu
ANEXO I – das Disposições Gerais, letra g) , estabelece que as Unidades e Centros
devem dispor e manter em funcionamento o Registro Hospitalar de Câncer (RHC),
informatizado, segundo os critérios técnico-operacionais estabelecidos e
divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer, disponível na página do Instituto
Nacional de Câncer.
Portaria SAS/MS Nº 741 (19/12/2005)
Art. 5º estabelecer que as Unidades e Centros de Assistência de Alta
Complexidade em Oncologia e Centros de Referência de Alta Complexidade em
Oncologia implantem, em doze meses a partir da publicação desta Portaria, o
Registro Hospitalar de Câncer - RHC, informatizado, se inexistente no hospital;
Parágrafo Único – estabelece que arquivos eletrônicos dos dados anuais
consolidados deverão, no mês de setembro de cada ano, a partir de 2007, ser
encaminhados para o Instituto Nacional de Câncer, que deverá publicá-los e
divulgá-los de forma organizada e analítica.
Registros de Câncer
Por quê?
PORTARIA Nº 140, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2014
Redefine os critérios e parâmetros para organização, planejamento,
monitoramento, controle e avaliação dos estabelecimentos de saúde habilitados
na atenção especializada em oncologia e define as condições estruturais, de
funcionamento e de recursos humanos para a habilitação destes
estabelecimentos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
DAS OBRIGAÇÕES DOS ESTABELECIMENTOS DESAÚDE HABILITADOS
COMO CACON OU UNACON
Art. 13. Os estabelecimentos de saúde habilitados como CACON ou UNACON
deverão:
(...)
IV - manter atualizados regularmente os sistemas de informação vigentes,
especialmente o SISCAN e o RHC, conforme normas técnico-operacionais
preconizadas pelo Ministério da Saúde e enviar as bases de dados e os
relatórios com análises sobre a situação do controle do câncer em seus
estabelecimentos à Secretaria de Assistência à Saúde (SAS/MS) e ao Instituto
Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA/SAS/MS) do Ministério
da Saúde;
Registros de Câncer
 O que são registros de câncer?
Para quê?
Por quê?
O que é necessário para implantarmos?
• “sensibilização” do gestor
• equipe própria treinada
• obter espaço físico e equipamentos adequados
• instalar o SISRHC/ integrador – apoio de TI
Relatar a experiência da
implantação do RHC do Instituto
de Puericultura e Pediatria
Martagao Gesteira (IPPMG/UFRJ)
Equipe do RHC - IPPMG
IPPMG
“ O IPPMG desenvolve atividades de Ensino, Pesquisa e
Extensão na área da saúde da criança e do adolescente,
assistindo crianças de 0 a 12 anos (11meses e 29dias) que
necessitam de atenção de média e alta complexidade.” (POA 2013)
 hospital geral pediátrico
 referência várias especialidades
 universitário: ensino graduação/pós e pesquisa
 inicio tratamento e neoplasias hematológicas na década
de 70
Implantando o serviço...
• Definir os padrões de trabalho e fluxos operacionais
•Identificar os serviços para a busca ativa de casos
•Identificar membros para Comissão Assessora
•Identificar patologias não classificadas no CID O “não
câncer”que têm indicação de tratamento quimioterápico
e/ou que podem evoluir para câncer , necessitando de
acompanhamento ambulatorial contínuo.
 serviço de patologia e radiologia ficam na unidade de adulto, não há
interface (informática) dos resultados de vários exames
Implantando o serviço...
• sensibilizar os profissionais envolvidos sobre a
importância do RHC
Conselho
Diretor
Residência
Médica
• realizar a coleta de dados nos documentos
institucionais
Serviço de Arquivo Médico
SAME IPPMG
Prontuários x adequação dos registros
Ficha de Registro de Tumor:
•Itens Obrigatórios (são os enviados por
todos os RHC para o SisRHC, serão
transformados em dados e estarão disponíveis no
Integrador /site INCA)
• Itens Opcionais
•Itens Complementares
Ficha: informações/itens obrigatórios
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
DADOS DEMOGRÁFICOS E CULTURAIS
-ITEM 11 • ESCOLARIDADE DO PACIENTE NA ÉPOCA DA
MATRÍCULA
-ITEM 12 • OCUPAÇÃO PRINCIPAL DO PACIENTE
LOCALIZAÇÃO DO PACIENTE
Ficha: informações/itens obrigatórios
CARACTERIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO
- ITEM 21 • DATA DA 1ª CONSULTA NO HOSPITAL*
Considera-se como data da primeira consulta a data de atendimento do paciente pelo
serviço responsável pelo seu diagnóstico/tratamento, desconsiderando-se as consultas de
triagem ou de orientação e as entrevistas sociais.
- ITEM 22 • DATA DO PRIMEIRO DIAGNÓSTICO DO TUMOR
-ITEM 23 • DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO ANTERIORES
-ITEM 24 • BASE MAIS IMPORTANTE PARA O DIAGNÓSTICO DO
TUMOR
Ficha: informações/itens obrigatórios
CARACTERIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO
CARACTERIZAÇÃO DO TUMOR
-ITEM 25 • LOCALIZAÇÃO DO TUMOR PRIMÁRIO (CID-O/3)
-ITEM 26 • TIPO HISTOLÓGICO DO TUMOR PRIMÁRIO (CID-O/3)
-ITEM 27 • CLASSIFICAÇÃO DO TUMOR MALIGNO ANTES DO
TRATAMENTO
- ITEM 28.a • ESTADIAMENTO CLÍNICO DO TUMOR
ESTADIAMENTO INICIAL (com base no TNM)
-ITEM 28.b • OUTRO ESTADIAMENTO CLÍNICO DO TUMOR ANTES
DO TRATAMENTO (para sistemas de estadiamento diferentes do
TNM e para os casos com idade menor ou igual a 18 anos)
-ITEM 29 • pTNM – CLASSIFICAÇÃO DOS TUMORES MALIGNOS,
PATOLÓGICO
-ITEM 30 • LOCALIZAÇÃO DE METÁSTASE A DISTÂNCIA
Ficha: informações/itens obrigatórias
CARACTERIZAÇÃO DO PRIMEIRO TRATAMENTO
- ITEM 31 • CLÍNICA DO INÍCIO DE TRATAMENTO NO HOSPITAL
- ITEM 32 • DATA DO INÍCIO DO PRIMEIRO TRATAMENTO
ESPECÍFICO PARA O TUMOR, NO HOSPITAL
-ITEM 33 • PRINCIPAL RAZÃO PARA A NÃO REALIZAÇÃO DO
TRATAMENTO ANTINEOPLÁSICO NO HOSPITAL
-ITEM 34 • PRIMEIRO TRATAMENTO RECEBIDO NO HOSPITAL
-ITEM 35 • ESTADO DA DOENÇA AO FINAL DO PRIMEIRO
TRATAMENTO NO HOSPITAL
-ITEM 36 • DATA DO ÓBITO DO PACIENTE
-ITEM 37 • RELAÇÃO DO ÓBITO DO PACIENTE COM O CÂNCER
Ficha: informações/itens obrigatórias
CARACTERIZAÇÃO DO PRIMEIRO TRATAMENTO
- ITEM 31 • CLÍNICA DO INÍCIO DE TRATAMENTO NO HOSPITAL
- ITEM 32 • DATA DO INÍCIO DO PRIMEIRO TRATAMENTO
ESPECÍFICO PARA O TUMOR, NO HOSPITAL
-ITEM 33 • PRINCIPAL RAZÃO PARA A NÃO REALIZAÇÃO DO
TRATAMENTO ANTINEOPLÁSICO NO HOSPITAL
-ITEM 34 • PRIMEIRO TRATAMENTO RECEBIDO NO HOSPITAL
-ITEM 35 • ESTADO DA DOENÇA AO FINAL DO PRIMEIRO
TRATAMENTO NO HOSPITAL
-ITEM 36 • DATA DO ÓBITO DO PACIENTE
-ITEM 37 • RELAÇÃO DO ÓBITO DO PACIENTE COM O CÂNCER
Ficha: informações/itens obrigatórias
ITENS DE SELEÇÃO DO PACIENTE PARA SEGUIMENTO
-ITEM 38 - CASO ANALÍTICO
•caso diagnosticado ou não no hospital, mas com o tratamento realizado integralmente
no hospital do RHC, onde permanece em acompanhamento
• caso diagnosticado no Hospital do RHC, porém o início do tratamento é realizado em
outro hospital (por indicação do hospital do RHC e segundo planejamento deste),
retornando a seguir ao hospital do RHC para complementação do tratamento e
acompanhamento
• caso diagnosticado em outro hospital, onde apenas iniciou o tratamento antineoplásico
específico e que veio ao hospital no qual está instalado o RHC para dar continuidade a
esse primeiro tratamento e nele permaneceu, em acompanhamento.
Casos novos com planejamento e tratamento e acompanhamento no hospital
-ITEM 39 • INDICAÇÃO DE REALIZAÇÃO DE SEGUIMENTO
ITEM DE IDENTIFICAÇÃO DO REGISTRADOR
Ficha: ITENS OPCIONAIS
-ITEM 41 • ESTADO CONJUGAL ATUAL
-ITEM 43 • HISTÓRICO FAMILIAR E CANCER
-ITEM 44 • HISTÓRICO DE CONSUMO DE BEBIDA ALCOÓLICA
-ITEM 44 • HISTÓRICO DE CONSUMO DE TABACO
-ITEM 47 • CLÍNICA DE ENTRADA DO PACIENTE NO HOSPITAL
Ficha: ITENS COMPLEMENTARES
•Pré-disposição genética/ doença prévia (co-morbidades)
(Sd de Down; Neurofibromatose tipo I; Sd de Beckwith-Wiedemann; Sd de Li-Fraumenii;
Polipose adenomatosa familiar – FAP; Ataxia-Telangiectasia...)
• Escolaridade da mãe ou principal cuidador
•Exposição a agentes infecciosos
EBV (Burkitt, Hodgkin e Ca de nasofaringe) / HIV (linfomas, Kaposi,
leiomiossarcoma) / Hepatite B e C (Carcinoma hepatocelular)
• Nível socioeconômico da família.
• Sobreviventes de câncer (QT, RT) : 2ª neoplasias
Qualidade do tratamento em Oncologia Pediátrica
Acompanhar indicadores sugeridos pelo proprio manual:
-Indicadores de processo
-Indicadores de produtividade
-Indicadores de qualidade
Emissão dos relatórios
Divulgação dos dados para o corpo clinico
 Avaliação da qualidade da assistência
Ficha: informações/itens obrigatórias
Tipos de relatorios possiveis para o RHC
Ficha: informações/itens obrigatórias
Tipos de informações e relatórios possíveis para o publico
A lista das unidades habilitadas para alta complexidade em oncologia
(UNACON/CACON/Hospital Geral), no Rio de Janeiro, cadastradas no sitio do Integrador
RHC (IRHC), pode ser consultada da seguinte forma:
1 – Entre no site do IntegradorRHC (https://irhc.inca.gov.br)
2 – Clique no link: “Unidade Hospitalar”;
3 – Preencha somente o Estado (RJ) ou Município e Clique em Enviar”;
Abra o cadastrado completado, clicando no nome da unidade de interesse.
Existem também alguns hospitais que não são habilitados para alta complexidade, mas
contribuem para o sistema de consolidação nacional de forma voluntária e estão
igualmente cadastrados no IRHC.
Ficha: informações/itens obrigatórios
Tipos de informações e relatórios possíveis para o publico
Para consultar o envio de base de dados no Tabulador Público Hospitalar:
1 – Entre no site do IntegradorRHC (https://irhc.inca.gov.br) (não precisa de senha);
2 – Clique no link “Tabular Dados”
3 – Clique no link “consultas” abaixo da Palavra Tabulador Hospitalar;
3 – Selecione o Tabulador de Interesse, Exemplo: “Base Estadual, marcando o estado do Rio de
Janeiro (RJ)”
4 – No Tabnet, Selecione na Linha: “Unidade Hospitalar”e na Coluna: “Ano primeira consulta”
5 – Em Períodos Disponíveis, selecione o desejado, exemplo: 2000 até 2014;
6 – Role a Tela até o fim e Clique no botão “Mostra”.
Qualidade do tratamento em Oncologia
Pediátrica
Responsabilidade sobre a informação prestada: corpo clínico/
multidisciplinar
Ensino (graduação e pós-graduação): importância do qualidade do
prontuário médico
 Comissão de prontuário, óbito
 Administração/arquivo médico
Equipe do RHC devidamente treinada
acesso ao setor de Informação do INCA
Acrescentar na ficha de registros informações que contemplem
especificidades da população pediátrica
Implantação de RHC em todos os hospitais que efetivamente tratam
estes pacientes
Ana Paula S. Bueno - serviço de oncohematologia
Susan Meri - nucleo de vigilância epidemiológica
Telma Galvão - enfermeira
Valeria Medrado – aux. Enfermagem RHC /2014
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