PÓS-OPERATÓRIO CIRURGIA CARDÍACA Leonardo L. Rocha R1 Cirurgia Cardiovascular 12/08/2009 Objetivos Revisar tópicos-chave no manejo de pacientes críticos e de fisiologia cardiovascular Apontar as implicações decorrentes do trauma cirúrgico e da circulação extracorporea Descrever as cardiovascular principais características do pós-operatório de cirurgia Destacar as principais complicações no pós-operatório de cirurgia cardíaca e seu tratamento Discutir novas perspectivas/terapias Introdução Objetivo principal do manejo pós-operatório: RESTAURAÇÃO DA HOMEOSTASE Poucas evidências em pós-operatório de cirurgia cardíaca (Abordagem MBE) O sistema cardiovascular é o principal determinante de recuperação bem sucedida Baixo débito cardíaco durante período precoce no pós-operatório aumenta a mortalidade Deve-se sempre estar atento a complicações sistêmicas: pulmonares (acúmulo de fluidos e edema intersticial), renais/metabólicas (prevenção é fundamental; hiperglicemia; acidose), neurológicas (mais comuns quando comparadas a cirurgias não cardíacas), coagulação (sangramento cirúrgico vs coagulopatia) PREVENÇÃO e TRATAMENTO PRECOCES são fundamentais Parte I Fisiologia/Fisiopatologia Cardiovascular Débito cardíaco Principal determinante do transporte de oxigênio aos tecidos (VN 5 – 6 L/min); Maior determinante DC = metabolismo orgânico global (qto maior a necessidade metabolica maior a resposta no sentido de aumentar fluxo; segundo maior é a póscarga – se cai pela metade o DC tende a dobrar) Aferição na prática clínica: TERMODILUIÇÃO Equação de Stewart-Hamilton Interpretando o DC: Indexar Verificar temperatura, Hb, SaO2 Verificar SvO2 Curva IC x TEO2 (J L Vincent) Débito cardíaco: determinantes DC = FC x VS Determinantes da pré-carga Parametros associados: PVC / PAD PCP / POAP PAP diastólica Tensão da parede ventricular no final da diastole Pré-Carga Estímulação Simpática Volemia Sístole Atrial Distribuição da Volemia Interpretando a curva de Frank-Starling Complacência ventricular C=P/V Determinantes da pós-carga Estresse da parede ventricular durante a sístole Parâmetros associados: RVP RVS RVS/RVP NÃO SÃO PÓSCARGA – idéia grosseira Pós-Carga Obstrução ao Fluxo Vasomotricidade Resistência Vascular Performance Ventricular Determinantes da contratilidade Parametros associados: Índice de trabalho sistólico do VD e VE Melhor representante na prática clínica a beira leito = FE Contratilidade Estímulação Simpática Fármacos Estimulação Parassimpática Freqüência Cardíaca Oxigenação Contratilidade Oxigenação miocárdica Parte II Resposta endocrino-metabólica ao trauma/CEC Resposta endócrino/metabólica ao trauma Circulação extra-corpórea Distúrbios neurológicos Embolia Infecção Insuficiência renal Dist. Acbase/eletrol. Sd póscardiotomia Dist. pulmonares Baixo débito Distúrbios ácido-base Sangramento Efeitos/complicações da CEC Distúrbios ácido-base Acidose metabólica: metabolismo anaeróbio (hipoperf. tecidual); hipofluxo, PA durante CEC; baixo DC pós-CEC Acidose respiratória: hipoventilação; atelectasias; DP; edema pulmonar Distúrbios eletrolíticos Na / K / Ca (sangue com citrato) / Mg Hipo/hiperK HipoNa: excesso de água / hiperNa: hiperaldosteronismo Embolia: gasosa e de outras partículas – agregados de fosfolípides/fibrina/plaquetas e bolhas de ar; partículas de Ca; fragmentos de miocárdio Sangramento: heparinização excessiva ou neutralização inadequada; interação de fatores sangüíneos com superfície do oxigenador; consumo de fatores de coagulação – fibrinólise excessiva Efeitos/complicações da CEC Baixo débito cardíaco: proteção miocárdica; edema; lesão de isquemiareperfusão; IAM transoperatório Insuficiência renal: diminuição do volume plasmático efetivo; hipoperfusão renal; hipotensão; acidose metabólica; reação tranfusional; fatores predisponentes e préexistentes Síndrome pós-cardiotomia e pós-perfusão: manifestações inflamatórias de forma aguda, tardia ou recorrente Infecção: hipoperfusão/hipotermia; mediastinite; PNM; ICS; endocardite Pulmonares: “pump-lung” – atelectasias; hemorragia e edema pulmonar; embolia; HP; acúmulo de secreção; DP Neurológicos/psiquiátricos: embolia gasosa/outras partículas; hipofluxo; hipotensão e edema pós-perfusão prolongada; distúrbios eletrolíticos (Na / Mg) Parte III Hemodinâmica Metas da ressuscitação volêmica Adequação da perfusão tecidual, avaliada por ferramentas estáticas e dinâmicas Variáveis estáticas PAM, FC, PAP, PCP, PVC, DO2, VO2, ERO2 Variáveis teciduais Variáveis dinâmicas Avaliação direta de fluxo ∆PP, IC, VPS, ∆PVC SVO2, lactato, excesso de bases, ∆PCO2, ∆PCO2/C(A-V) OPS Hemodinâmica: variáveis estáticas Monitorização hemodinâmica estática de variáveis simples - Comumente utilizadas à beira leito e seus valores são uilizados na decisão clínica - Pressão arterial - PVC - PCP - SaO2 - SVO2 - VSF - VDF - IC RACIONAL: VALORES DE REFERÊNCIA PARA NORMALIDADE SÃO CONHECIDOS VALORES ALTERADOS VALORIZADOS LIMITAÇÕES: 1) Não refletem volemia, perfusão tecidual 2) Não sofrem alterações dinâmicas em resposta à intervenção terapêutica Hemodinâmica: variáveis funcionais Monitorização hemodinâmica funcional - O paciente crítico responde à sua intervenção ? - Sua intervenção resultou em aumento do débito cardíaco e da oferta de oxigênio ? - Monitorização hemodinâmica para avaliar o efeito de uma terapia é conhecida como monitorização funcional porque implica em aplicação terapêutica MÉTODO PARA AVALIAR RESPONSIVIDADE A FLUIDOS Orthogonal Polarization Spectral Imaging (OPS) Transporte de O2: Oferta DO2 = CaO2 x DC (Hb x 1,39 x SaO2) + (PaO2 x 0,0031) O2 ligado a Hb O2 diluído no plasma FC x VS Transporte de O2: Consumo VO2 = DC x C(a-v)O2 VO2 : soma de todas reações metabólicas dependentes de O2 Transporte de O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 Sistema arterial O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 O2 Sistema venoso O2 O2 O2 Transporte de O2: Consumo vs Transporte Lactato aumentado Lactato normal Consumo de O2 patol fisiol o lactato eh um marcador de que embora o transporte de O2 esteja elevado este pode não ser suficiente para suprir a demanda metabólica. Transporte de O2 Saturação venosa de O2 (SvO2) Soma e mistura do sangue capilar terminal afluente de todos os tecidos perfundidos PvO2 A SvO2 aproxima-se em significância (VN = 68% – 77%) Indicador de oxigenação tecidual Não representa tecidos hipoperfundidos; tecidos hiperperfundidos podem elevar seu valor PvO2 SvO2 (mmHg) (%) Estados hiperdinâmicos 45 77 35 68 27 60 20 55 Normal Reserva comprometida Acidose láctica Morte Saturação venosa de O2: interpretação Gradiente sangüíneo e tecidual de CO2 Relação inversa: fluxo sangüíneo e gradiente veno-arterial de CO2 Alargamento dos gradientes de CO2 indica hipofluxo tecidual, absoluto ou relativo Metabolismo anaeróbio DO2 CO2 VO2 Lactato DO2 Hipoperfusão tecidual: existe variável ideal? Relação DCC e TEO2 Manejo hemodinâmico: relação TEO2 e SvO2 10 TEO2 = 30% 3 7 SvO2 = 70% 15 TEO2 = 20% 3 6 TEO2 = 50% 12 3 SvO2 = 80% SvO2 = 50% TEO2 = VO2 = (DCxC(a-v)O2) = (CaO2-CvO2) DO2 (DCxCaO2) CaO2 TEO2 (100-CvO2 ) (100-SvO2 ) TEO2 (100 - SvO2) SvO2 = 70% TEO2 = 30% 3 Manejo hemodinâmico: relação TEO2 e SvO2 DC: 9,0 6,0 L/min DC: 4,5 6,5 L/min DC: 6,5 10,0 L/min SvO2:70 55% SvO2:50 70% SvO2:55 60% IC: 4,5 3,0 L/min TEO2: 30 45% IC: 2,3 3,0 L/min TEO2: 50 30% IC: 3,2 5,0 L/min TEO2: 45 40% Índice Cardíaco Consumo de O2 Taxa de Extração de O2 Reposição e responsividade volêmica • Sua correção constitui a intervenção mais freqüente em terapia intensiva. • Estima-se que 80% do tempo do intensivista é dedicado à essa intervenção terapêutica. Reposição e responsividade volêmica USG veia cava PiCCO® Monitor PiCCO® Monitor PiCCO® Monitor PiCCO® Monitor 21 estudos randomizados IC > 4,5 l/min/m2 PCP < 18 mmHg DO2 > 600 ml/min/m2 REDUÇÃO DE MORTALIDADE Drogas vasoativas Princípios gerais: Restaurar pressão (PAM): VASOPRESSORES Restaurar fluxo sangüíneo (DC): INOTRÓPICOS Drogas vasoativas Catecolaminas: Inibidores da fosfodiesterase: 1. Isoproterenol 2. Dobutamina 3. Dopamina 4. Dopexamina 5. Adrenalina 6. Noradrenalina 7. Fenilefrina 8. Vasopressina 1. Amrinona 2. Milrinona Prostaglandinas: 1. Prostaciclina Sensibilizadores do cálcio: 1. Levosimendan Drogas vasoativas Drogas vasoativas: perfis hemodinâmicos PRESSÃO (PAM) fenilefrina/vasopressina/noradrenalina/ adrenalina/dopamina dopamina/noradrenalina/ adrenalina dobutamina/dopexamina dopamina FLUXO (DC) Drogas vasoativas: aspectos clínicos Isoproterenol: catecolamina sintética similiar à adrenalina atua sobre receptores -adrenérgicos aumenta FC e a contratilidade miocárdica aumenta a condução AV diminui a RVS (vasodilatação) dose inicial : 0,01 g/kg/min Arritmias Hipotensão arterial INDICAÇÕES aumentar DC em pacientes pós-transplante cardíaco diminuir a pressão da artéria pulmonar Drogas vasoativas: aspectos clínicos Dobutamina: catecolamina sintética (mistura racêmica) atua sobre receptores -adrenérgicos aumenta FC e a contratilidade miocárdica aumento DC fraca ação vasodilatadora Arritmias dose inicial : 2,5 g/kg/min Hipotensão arterial hipovolemia INDICAÇÕES aumentar DC em pacientes com choque cardiogênico ou séptico aumentar o fluxo sangüíneo para região esplâncnica e renal Drogas vasoativas: aspectos clínicos Adrenalina: catecolamina endógena atua sobre receptores - e -adrenérgicos aumenta FC e a contratilidade miocárdica em doses baixas, diminui a RVS (vasodilatação) aumenta o DC, mas pode redistribuir o fluxo para áreas pouco “nobres” dose inicial : 0,005 g/kg/min Arritmias Aumento do lactato INDICAÇÕES aumentar a PAM / DC choque anafilático / PCR em geral, utilizada após a falha das outras drogas Drogas vasoativas: aspectos clínicos Dopamina: precursora imediata da noradrenalina atua sobre receptores dopa, e -adrenérgicos vasodilatação dos leitos arteriais renal e mesentérico aumenta o crono e o inotropismo cardíaco aumenta a RVS (vasoconstricção) dose inicial : 2,5 g/kg/min Arritmias INDICAÇÕES aumentar a PAM pouca ação sobre função renal (especialmente em sépticos) Drogas vasoativas: aspectos clínicos Dopexamina: catecolamina sintética atua sobre receptores dopa (DA-1) e 2-adrenérgicos aumenta FC e a contratilidade miocárdica diminui a RVS (vasodilatação renal e esplâncnica) pode ter indicação em pacientes com disfunção de receptores -adrenérgicos dose inicial : 1 g/kg/min Arritmias Hipotensão arterial INDICAÇÕES choque cardiogênico/ICC (disfunção de receptores ) privilegiar fluxo esplâncnico ?? Drogas vasoativas: aspectos clínicos Noradrenalina: atua sobre receptores 1-adrenérgicos aumenta contratilidade miocárdica (1) aumenta a PAM (pressão de perfusão) ação imprevisível sobre o DC dose inicial : 0,1 g/kg/min Arritmias Alterações perfusionais INDICAÇÕES aumentar PAM (especialmente, sépticos) pode melhorar a perfusão renal (vasoplegia) Drogas vasoativas: aspectos clínicos Levosimedan: sensibilizador do cálcio com ação inodilatadora não aumenta demanda de O2 miocárdica melhora função diastólica ação vasodilatadora pulmonar Milrinone: inibidor da fosfodiesterase com ação inotrópica e vasodilatadora efeito sinérgico com dobutamina eficaz na disfunção de VD melhora função diastólica função vasodilatadora pulmonar Hipotensão Drogas vasoativas: aspectos clínicos Óxido nítrico: potente vasodilatador pulmonar seletivo reduz a RVP e a PAP/melhora hipoxemia estimula liberação do GMP das células musculares oxidação a NO2 toxicidade Cateter de Swan-Ganz Bypass aorto-coronariano (FE < 40% e/ou PDFVE > 18 mmHg) Alterações segmentares graves da contratilidade do VE Estenose de coronária E > 75% Ressecção de aneurisma ventricular Troca de valva mitral ou aórtica + dilatação ventricular ou dça coronariana Hipertensão pulmonar Baixo débito/choque cardiogênico Múltipla troca de válvulas (idoso) Cateter de Swan-Ganz Período Peri-operatório: 1. CAP reduz a morbidade e a mortalidade de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca ? Resposta: Baixo risco: Não Graduação: C Alto risco: Incerto Graduação: C Não recomendado para uso rotineiro Pode ser útil em pacientes com disfunção ventricular grave No meio da confusão: o médico Parte III Admissão no POI Admissão de paciente em POI • Exame físico completo • Monitorização: ECG contínuo, oximetria de pulso, PA invasiva, ocasionalmente EtCO2 • Acesso central: cateter central ou cateter de artéria pulmonar (PVC, PAP, POP, IC, SVO2) • Coleta de exames: Gasometria arterial, gasometria venosa, Na+, K+, lactato, HB/HT, Cai e Mg++ de 6/6 horas nas primeiras 12 horas, CPK, CKmB de 12/12h, Uréia, Creatinina, hemograma e coagulograma 1x/d, ECG no POi e de 12 em 12 h, Rx de tórax 1x/dia • Observação contínua dos drenos (de 30 em 30 minutos) • Avaliação contínua da hemodinâmica e dos parâmetros de perfusão • Rx de tórax no leito Parte IV Complicações Cardiovasculares Disfunção hemodinâmica – DC, PA, pressões de enchimento AD/AE Considerar: complicação mecânica direta (cirurgia), ventilação mecânica ou droga Pensar em: oclusão/espasmo de enxerto coronariano, vazamento paravalvar de prótese, imobilidade de valva mecânica, tamponamento cardíaco, pneumotórax, hemotórax, má posição do TOT, doses incorretas de drogas IV SvO2 > 60% geralmente adequado (avaliar individualmente) Adequação oferta/demanda O2 Manter IC > 2,0 a 2,2 L/min/m2* IC baixo = aumento de mortalidade Freqüência cardíaca 80 – 100 bpm (ativar MP s/n) Ritmo sinusal (se possível) Deterioração da função miocárdica - Evento frequente (60-100%), transitório - Manejo anestésico, cardioplegia, tempo de CEC, função ventricular FE < 40%, CEC > 120 min FEVE > 40%, cirurgia sem intercorrências Retorno ao basal em até 24h Síndrome de baixo débito cardíaco Definição = incapacidade de assegurar o equilíbrio celular da oferta e demanda de oxigênio, resultando em hipoperfusão tissular Aumenta a morbi-mortalidade per se (altas taxas de mortalidade) Abordagem: Diagnóstico precoce Busca pela etiologia Potencial de reversibilidade Redução de morbimortalidade Síndrome de baixo débito cardíaco: fisiopatologia Falência de bomba Inflamação Hipoperfusão Suporte mecânico Balão intra-aórtico pós-carga, melhora DC e perfusão coronariana Dispositivos de assistência ventricular DC e DVA máx Pulmonares Ocorrem em 25% das cirurgias cardiotorácicas Redução de risco: avaliação pré-operatória / intervenções no intra-operatório Atelectasia, broncoconstrição, hipoxemia, SDRA, IRpA, VM prolongada, paralisia do nervo frênico, derrame pleural, etc PAV PEEP é bom? Mensagem: EXTUBE O PACIENTE O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL E COM SEGURANÇA Renais AKI – acute kidney injury Redução abrupta (< 48 h) da função renal creatinina sérica ≥ 0,3 mg/dl percentual da creatinina sérica ≥ 50% (1,5 x basal) débito urinário (< 0,5 ml/kg/h por mais de 06 h) Renais Equipe multiprofissional Equipe multidisciplinar Nutrição Enfermagem Fisioterapia Psicólogas Fonoaudióloga TO Sangramento Tendência a fenômenos hemorrágicos em detrimento de trombóticos no PO imediato (fibrinólise/CEC, disfunção plaquetária, heparina etc) Lembrar da tríade mortal e combatê-la a todo custo: acidose metabólica coagulopatia Sangramento excessivo: > 500 ml/h na primeira hora > 400 ml/h nas primeiras 02 h > 300 ml/h nas primeiras 03 h > 200 ml/h nas primeiras 06 h hipotermia Sangramento Melhor método para prevenção: HEMOSTASIA NO INTRA-OPERATÓRIO – meticulosa sistemática O paciente é melhor tratado guiando-se pelo COAGULOGRAMA Arsenal farmacológico: Agentes antifibrinolíticos: Ácido epsilon-aminocaproico, ácido tranexamico e aprotinina (usados na prevenção de sangramento) Desmopressina (DDAVP) – efetividade incerta Hemoderivados (concentrado de hemáceas, PFC, plaquetas, crioprecipitado) Protamina (dose extra) Fator VII ativado Coagulopatia em Cirurgia Cardíaca Fator VII ativado Ann Thorac Surg 2007;83:S27– 86 Controle glicêmico Controle glicêmico Controle glicêmico Neurológicas AVC Doença das artérias carótidas POCD (postoperative cognitive dysfunction) Delirium Gastrointestinais Isquemia mesentérica Hemorragia digestiva Delirium Incidência: 2,3 milhões de idosos internados/ano Acarreta alto custo (4 bilhões/ano) Prevalência em idosos hospitalizados: 14% - 56% Mais frequente no: MAIS idoso, MAIS enfermo, casos CIRÚRGICOS Frequentemente não reconhecido ou erroneamente diagnosticado Mortalidade associada de 10% a 65% Infecção Não confundir resposta inflamatória (SIRS) com INFECÇÃO Febre em pós-operatório NEM SEMPRE é infecção (CEC, atelectasia, flebite etc) Principais infecções associadas: ITU Infecção de sítio cirúrgico (incisões esternal, safena, radial; superficiais vs profundas) Infecções de órgãos e espaços: mediastinite e endocardite Pneumonia (PAV) Infecção Infecção pós-esternotomia (2,0% a 2,5%; 0,8% a 16%) FR: risco cirúrgico alto, cirurgião, reop por sangramento, tempo de estadia na UTI, DC baixo no pós-op, tempo cirúrico Aumenta mortalidade – 5% a 47% (principalmente se desbridamento tardio!) Infecção na incisão da safena (2% a 24%) FR: sexo feminino, DAP, utilização de BIA Infecção na incisão da artéria radial (pouco freqüente) FR: DM e cirurgia prolongada Mediastinite pós-cirúrgica Infecção mais temida Mortalidade pode chegar a 25% Incidência 1% a 4% FR = obesidade, DM (insulina), reoperação, tempo prolongado de perfusão Etiologia: Staphylococcus aureus, S. coagulase negativos, bacilos G Tratamento empírico inicial perfil institucional / CCIH Infecção Endocardite infecciosa pós-cirúrgica 0% a 9,5% (média 2,3%) Pode ocorrer até o D60 no pós-op Aumento dos índices de casos tardios e diminuição dos precoces Não há diferença entre próteses mecânicas e biológicas VM = menos índice de infecção (0,6% a 1,4%) Etiologia: S. aureus, S,. Coagulase negativo, fungos, enterococos, estreptococos Tratamento: ATB (p. ex. vanco + genta + rifampicina) 06 semanas Sempre pensar em indicação cirúrgica (mais eficaz que tratamento clínico) Melhor tratamento = PREVENÇÃO What’s new? PFC